Aquecimento pré-Draft

A final da NBA foi longe demais e a consequência disso (além de muitas fotos do JR Smith sem camisa e um podcast só sobre sobre o assunto) é que a euforia pós-título ficou embolada com o Draft da NBA. Sem receber muita atenção ou preparação, inclusive por aqui, a seleção de novatos acontece já nesta quinta-feira às 20h!!!

Mas vamos tentar aliviar as coisas por aqui: o que esperar desse Draft? Como acompanhar o evento e aproveitar mesmo sem estar por dentro de todos os nomes? Separamos algumas boas histórias para ficar de olho. E na hora que a coisa acontecer, nós do Bola Presa estaremos lá na redação do Lance! para acompanhar tudo com comentários ao vivo =)

Draft2016

Um começo sem surpresas?

Ao que tudo indica, o Philadelphia 76ers, que tem a primeira escolha do Draft, irá selecionar o ala Ben Simmons mesmo. E o Los Angeles Lakers, depois de alguns sustos, deve não arriscar muito e ir com o promissor Brandon Ingram.

Cogitado para ser a primeira escolha desde antes de pisar no basquete universitário, Simmons recebeu muita atenção e críticas ao longo da temporada. Sua decisão de ir jogar por LSU não foi uma das melhores e ele passou uma temporada inteira parecendo desinteressado em um time fraco, mal treinado e cercado de jogadores ruins. Sequer ir para o mata-mata final do NCAA Tournament não é o jeito que ele gostaria de ver sua carreira começar. Mas os bons momentos pareceram comprovar a ideia de um jogador completo, genial e único. O Sixers esperou (e perdeu) demais pela chance de ter uma joia no Draft e parece que não vai desperdiçar a oportunidade.

Contando com a moral de ser o mais bem cotado de sua classe, Simmons se recusou a fazer testes em qualquer time, afinal ir mal poderia custar caro e ir bem não iria melhorar sua situação em nada. Mas, aos 45 do segundo tempo, aceitou uma visita à Philadelphia, de onde saiu com a garantia de que será mesmo o primeiro selecionado. Quer dizer, pelo menos é o que garantem as tais FONTES ANÔNIMAS.

Já o Lakers ainda passa alguma insegurança em relação a sua escolha porque existe a tentação de trocá-la por um jogador de mais renome. Depois de décadas de sucesso quase ininterrupto, alguns anos de fracasso parecem uma eternidade, né? Mas a não ser que algum time apareça com uma proposta dos deuses, Brandon Ingram deve ser mesmo o escolhido. Depois de algumas semanas de muita dúvida, o palpite geral é que esse comecinho de Draft será previsível.


A terra de ninguém

Depois dessas duas escolhas aí é cada um por si, amigos! E digo aqui pelos jogadores e pelos times. Pelos jogadores, não existe consenso entre ninguém sobre quem são os melhores. Alguns gostam do estilo pontuador e decisivo e old school de Buddy Hield, estrela do NCAA Tournament, outros gostam dos arremessos de Jamal Murray ou do potencial bruto de Marquese Chriss ou Jaylen Brown. Já o pivô croata Dragan Bender é a terceira escolha certeira para alguns, ou um risco na oitava para outros. Tem um grupo de 7 ou 8 jogadores que pipocam em QUALQUER LUGAR  da terceira até a décima posição em qualquer mock draft da internet.

As previsões ficam ainda mais difíceis de serem feitas porque não sabemos nem que times vão estar lá para pegar os caras! O Boston Celtics não esconde de NINGUÉM que está com o telefone fervendo fazendo e recebendo mil ofertas com essa escolha. As especulações vão dos improváveis Jimmy Butler e Gordon Hayward até o mais possível Jahill Okafor. O Wolves, com a quinta escolha, também não teria medo nenhum de fazer uma troca, assim como o Denver Nuggets (que tem uma DÚZIA de escolhas) e o Toronto Raptors, que busca ajuda veterana mais do que um novato perdido na quadra. O mesmo se diz do New Orleans Pelicans, que tem a sexta escolha mas não quer atrasar muito o desenvolvimento do time em volta de Anthony Davis. É muito vendedor, mas alguém compra?


Os nomes de risco

Alguns jogadores intrigam scouts, torcedores e, claro, times mais do que outros. São aqueles caras que você vê jogando e diz “que cara espetacular…” e, dois segundos depois, “…ou um lixo completo”.  Se você pensar bem, é uma reação normal já que estamos tentando prever como adolescentes irão atuar profissionalmente pela próxima década: é uma receita pronta para dar errado. Mas em alguns casos, acredite, é ainda mais imprevisível do que parece.

Nessa categoria está, por exemplo, Skal Labissiere, que foi para a Universidade de Kentucky para ser o próximo grande pivô da universidade depois de DeMarcus Cousins e Karl-Anthony Towns, mas que não rendeu nem metade do que se esperava ao longo do ano e despencou nas previsões. E depois subiu. E caiu. E agora existe a dúvida sobre quem vai se arriscar para pagar e ver no que dá. No papel ele parece ter nascido para jogar nessa época, com 2,13m de altura, velocidade para correr pela quadra e um bom arremesso de média e longa distância. Mas ele nunca conseguiu juntar tudo isso em atuações convincentes. Talvez alguém pague pra ver ele no Top 10, talvez chegue perto do 20.

Outros que podem quebrar as previsões de qualquer um são Thon Maker e Marquese Chriss. O primeiro é um cara que conseguiu provar para a NBA que se formou do colegial em 2015, e que ficou mais um ano na escola porque quis e assim poderia ir para a liga mesmo sem passar pelo basquete universitário ou ligas internacionais. Ele é vendido como um pivô de 2,16m que consegue correr, driblar e arremessar, mas ninguém nunca viu isso contra jogadores com real potencial de profissionais. Ele vai conseguir reproduzir metade disso na liga? Muita gente aposta na sua escolha no fim da primeira rodada, mas basta um time bem animado (e dizem que pode acontecer) pra ele pular lá pra frente. Pular, aliás, é com ele mesmo: saiu 81 centímetros do chão, sem passo para pegar impulsão, em um teste pré-Draft! É a marca mais alta da história da NBA nesse exercício para jogadores de 2,10m ou mais.

Marquese Chriss é um caso especial, daqueles que, de repente, já com o fim da temporada da NCAA, começa a pular nas listas de Draft porque fez bons testes por aí. Quantas vezes vamos ser enganados por jovens que parecem tão atléticos, mas tão atléticos que não conseguimos imaginar que vá dar errado? Bom, pelo jeito para sempre. O cara pode ser o novo Amar’e Stoudemire se achar o armador certo, o novo John Henson se mandarem ele ser pivô ou o novo Jeff Green se mandarem jogar mais longe da cesta. Ver em que time ele vai cair pode definir que tipo de jogador vai se tornar daqui uns anos, é um dos casos mais interessantes de se acompanhar.


Os donos do Draft

Alguns times têm tudo para serem os protagonistas da seleção de pirralhos desse ano, são as franquias que definirão se teremos muitas trocas, movimentações e surpresas ou não. Nesse ano devemos nos focar no Boston Celtics, Denver Nuggets, Phoenix Suns e Philadelphia 76ers.

Os verdinhos têm as escolhas 3, 16, 23 e, como dissemos, nenhum pudor em fazer trocas. Já o Nuggets pensa em trocar Kenneth Faried e ainda pode envolver as seleções 7, 15 e 19. O Sixers, que provavelmente não vai mexer na escolha 1, não garante nada sobre o que vai fazer com a 24, 26 e com Jahill Okafor e/ou Nerlens Noel, já no alvo de muita gente. O Suns, por fim, também concentra três escolhas: 4, 13 e 28.

São quatro times, todos em fase de mexer bastante no elenco, com 12 das 28 primeiras escolhas desse ano. É bem provável que eles se mexam para conseguir posições melhores ou até mesmo que troquem essas seleções com os times que ficaram fora da brincadeira. É bom lembrar que Houston Rockets e o Dallas Mavericks, por exemplo, que adoram brincar de trocar jogadores, estão fora da primeira rodada e acho que não ligariam de ter uma seleção por lá. O Portland Trail Blazers já deixou claro que tem muita vontade de arrancar uma escolha também.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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