🔒Filtro Bola Presa #25

Nesta terça-feira (1) chegamos ao fim da primeira semana da NBA, o período conhecido por conclusões precipitadas, overdose de torcedores assistindo jogos ruins (estávamos na seca!) e é quando finalmente começamos a acostumar com Dwyane Wade vestindo o uniforme do Chicago Bulls e Kevin Durant dando high-fives com Steph Curry. Foi uma semana recheada de causos e bizarrices, então bora lá.


Esta excelente matéria da ESPN Magazine fala sobre jogos impossíveis de serem vencidos: por que eles são contra Spurs, Warriors ou Cavs? Não, por causa do sono. Eles contam que em 2011, o Boston Celtics contratou um médico para analisar o calendário deles, as viagens e identificar problemas. Ele apontou uma partida contra o Phoenix Suns, no Arizona, um dia após o time ter jogado em Portland e três dias depois de uma partida do outro lado do país, em Boston: “Vocês não vão vencer esse jogo, será como jogar basquete bêbado”, avisou. Pois uma das potências da NBA na época realmente foi lá tomou uma surra de uma das piores defesas da NBA naquele ano.

Essas “derrotas de calendário”, como chamam os técnicos, são quando as diferenças de fuso horário, sem tempo de sono e descanso, destroem um time. A ESPN consultou outros médicos, analisou o calendário de cada equipe e listou as partidas mais impossíveis de serem vencidas neste ano. Seguem as três piores:

  1. 29 de novembro – O Charlotte Hornets deixa Memphis, “perde” uma hora voltando para casa e finaliza uma sequência de 4 jogos em 5 noites enfrentando o Detroit Pistons.
  2. 3 de dezembro – O Los Angeles Lakers enfrenta o Grizzlies, em Memphis, um dia depois de ter enfrentando o Raptors em Toronto. Será a quarta partida do time em 5 noites, todas fora de casa.
  3. 6 de dezembro – Outro final de sequência de 4 jogos em 5 noites, dessa vez com o Miami Heat deixando sua casa na Flórida e perdendo uma hora de vida a caminho de Detroit para pegar o Pistons

No último podcast nos perguntaram sobre suicídio, e o assunto, curiosamente, foi tema de uma matéria envolvendo um jogador da NBA na última semana. O Kyle Anderson, ala do San Antonio Spurs, teve um amigo de infância que se matou ao pular da ponte George Washington em New Jersey, em 2014. Foi durante a pré-temporada daquele ano, logo depois de seu amigo fazer sua estreia como jogador profissional.

Para combater a própria tristeza de perder o parceiro mais próximo que teve na juventude, Anderson criou jogos anuais em New Jersey e em San Antonio onde jovens disputam partidas de basquete e recebem apoio psicológico para lidar com sintomas da depressão. Vale a leitura sobre a relação dos dois, sobre como a suicídio é um fantasma constante entre jovens e como funciona o programa criado pelo jogador.

Para os interessados no assunto, recomendo também o podcast “Suicide Paradox” do Freaknomics, um dos melhores que já ouvi em todos os aspectos, incluindo a habilidade de lidar com um tema tão difícil.


Querem continuar com os temas mais pesados antes da coisa animar? Para quem está por fora, vake lembrar que Jrue Holiday não está desfalcando o New Orleans Pelicans porque o time inteiro está acostumado em se machucar, mas sim porque a sua mulher, a jogadora de futebol Lauren Holiday, precisou fazer uma cirurgia para retirar um tumor do cérebro. Um que ela descobriu ter quando estava grávida, diga-se de passagem.

Eles esperaram a criança nascer e então a Lauren fez a cirurgia que, ainda bem, foi bem sucedida:

A Lauren Holiday venceu o ouro olímpico no futebol em 2008 e 2012 e conquistou a Copa do Mundo em 2015, no Canadá, onde fez um dos gols da seleção americana na decisão. Jrue Holiday segue cuidando da mulher no pós-cirurgia e do novo filho, e ainda não tem data pra voltar para ajudar o pobre Monocelha.


Depois de suicídio e tumor cerebral, que tal animar com Marc Gasol tocando air guitar?

Marc

Por que o espanhol está tão feliz? Porque ele é o novo Steph Curry! Nos últimos 2 minutos de tempo normal e mais a prorrogação na vitória contra o Washington Wizards ele acertou mais bolas de 3 pontos (4) do que em toda a temporada passada (3). Agora são 6 bolas de 3 feitas no ano contra 12 no total de seus 8 anos anteriores na NBA. É um novo mundo em Memphis!


No Filtro da semana passada falamos sobre jogadores negros e sobre os cada vez mais raros brancos americanos que jogam na NBA, mas e que tal falar dos Native Americans, os jogadores com ascendência dos povos indígenas da América do Norte? Temos UM representante deles na NBA hoje, sabiam? É o Potawatomi Ron Baker, que conseguiu uma vaga no elenco final do New York Knicks aos 45 do segundo. Ele não parece protagonista de filme da sessão da tarde?

O primeiro native american da NBA, porém, foi Phil Jordon, que tinha parentes Wailaki e Nomlaki e era pivô do New York Knicks na época que eles tomaram os famosos 100 pontos de Wilt Chamberlain. Jordon não jogou aquela partida porque estava doente (dizem que de ressaca, na verdade) e alguns defendem que com ele por lá a contagem centenária poderia nunca teria acontecido.


Antes do começo de todo jogo da NBA, até nos de pré-temporada que rolaram no Rio de Janeiro, a NBA pede que a torcida não faça gestos ofensivos contra os jogadores. Pode vaiar, pode xingar, mas existe um limite. Isto é o que acontece depois desse limite:

Leandrinho é outro que não está satisfeito com Russell Westbrook. Mas ao invés de mostrar o dedo, ficou só na encarada enquanto o adversário celebrava a vitória:


Ainda no campo das punições, um gesto de Dwyane Wade custou 25 mil dólares ao atleta. A NBA não gosta quando seus meninos de ouro fazem um sinal de cortar a garganta depois que eles matam uma partida:

Quem se deu mal nessa, porém, não foi Wade, mas a sua mulher, a atriz Gabrielle Union. Ela fez aniversário poucos dias depois causo e o jogador disse no Instagram que não poderia comprar um presente mais “extravagante” porque tinha acabado de perder 25 mil obamas. Quem nunca deu o migué da multa milionária da empresa na hora que esqueceu do presente, né?

Union


Para quem entende bem inglês e não se irrita com pessoas falando rápido demais (não passei nessa parte), tem um vídeo bem legal explicando o básico do básico da análise estatística na NBA:


Nós achamos que a vida de jogador da NBA é a coisa mais fácil do mundo, e essa ideia foi reforçada ainda mais nesta última offseason quando jogadores medianos fecharam contratos zilionários que nos faziam chorar na calçada de inveja e espanto. É legal, porém, ver o lado mais humano desses jovens milionários: essa EXCELENTE matéria da ESPN mostra como foi o verão de Tyler Johnson, que há alguns meses ninguém conhecia (alguns fãs casuais ainda não conhecem) e agora faturou um contrato de 50 milhões de dólares!

Tyler

O armador do Miami Heat perdeu peso e sono na angústia do novo contrato. Quando finalmente fechou o seu acordo com o Brooklyn Nets (que o Heat iria igualar depois), ele deitou com a cara no chão, ligou para a mãe, disse que “conseguimos” e então vomitou duas vezes. Já dá pra acalmar e ir arrumar esse dente, né Tyler?


Pergunte para qualquer um que jogue basquete qual é a coisa mais humilhante que pode acontecer com alguém e provavelmente ele lhe dará uma dessas duas respostas: um toco ou uma enterrada na cabeça. No nosso mundo peladeiro as enterradas são raras, então os tocos que mandam a bola pra longe costumam ser o que mais machuca.

Mas tenho uma teoria aqui. Na NBA, onde tocos e enterradas são bem mais comuns e cotidianas, e onde você, por ser profissional, é obrigado a assumir os riscos de sofrer com esses lances, o nível de humilhação é bem menor. Elejo aqui, portanto, o novo fundo do poço para o atleta profissional: ter a bola arrancada da sua mão como se você fosse uma criança. Senhor Kawhi Leonard, me ajude aqui com um exemplo. Traga o Ben McLemore para ilustrá-lo:


Outra coisa humilhante é ser supostamente a estrela da equipe e não conseguir nem que coloquem o seu nome do jeito certo na camiseta…

Pelo menos ele pode ter a certeza de que não é pessoal, as coisas que não costumam dar certo em Phoenix mesmo…

Mas quando dão… segura o Alan Williams!


Estatística da semana que eu tinha percebido só porque tenho o Andrew Wiggins no fantasy e perdi em assistências:


O Enes Kanter pode ter sido deserdado pela sua família por questões políticas, pode ter sido excluído das convocações da seleção turca e pode até não ser titular no Thunder. Mas pelo menos ele pode dizer que o dia 29 de Outubro de 2016 foi o Enes Kanter Day em Oklahoma:


Lembram do Mike Budenholzer, técnico do Atlanta Hawks, sendo ATROPELADO na pré-temporada? Temos mais uma lesão de técnico nessa primeira semana de jogos. Um torcedor do Memphis Grizzlies deu uma COTOVELADA na cara do Scott Brooks, que perdeu os óculos e, de alguma forma, permaneceu bem calmo:


Senhor DeMarcus Cousins, você aprova a sua primeira falta técnica do ano?

E você aprova deixar o jogo com a sexta falta cometida no último minuto?

Outro queridinho das confusões, Markieff Morris, também não se entendeu com seu protetor bucal. Sua precisão, porém, para jogá-lo de costas e DERRUBAR O CELULAR do torcedor é algo digno de nota:


Falando ainda no astro do Sacramento Kings, está na hora de criarmos uma votação para o melhor BROMANCE da NBA. Embora se fale muito dos Splash Brothers, eles são meio frios às vezes. Não chega aos pés do amor declarado entre Kyle Lowry e DeMar DeRozan, do carinho de Zach Randolph e Marc Gasol ou mesmo da BRODERAGEM de Damian Lillard e CJ McCollum. Mas coloco aqui o casal que eu mais SHIPO na atualidade: Cousins e Omri Casspi

E o amor é de longa data…


MASCOTES POWER RANKING

A partir desta semana sempre vamos trazer algum mascote que se destacou no exercício da sua importante função. Cada menção valerá 10 pontos ao indicado. Uma menção honrosa valerá 5 pontos. Ao fim da temporada daremos um prêmio ao melhor mascote da temporada, combinado:

Começamos dando 10 pontos para o Raptor, do Toronto Raptors, que usou nada menos do que VINTE E UMA fantasias diferentes na noite desta segunda-feira! E ainda dançou o Thriller, de Michael Jackson, com as cheerleaders! Uma atuação histórica!

Menção honrosa para o ursinho Clutch, do Houston Rockets. Ele também fez a dança do Thriller e deu show com seu corpo esférico. Mas faltaram as fantasias para levar o prêmio máximo da semana.

Ranking Semana 1

  1. Raptor > 10 pontos
  2. Clutch > 5 pontos

FOFURA DA SEMANA

Anos atrás, os irmãos Jamaar e Dante Exum e um jovem Ben Simmons curtiam as suas tardes australianas curtindo um bom e velho Call of Duty jogados no chão da sala. A bola de basquete, no fundo, era só cenário.

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Ao invés de dar um soco em seu roupeiro, por que não dar um presente para ele? A lição foi de Jason Kidd, que deu um ingresso da World Series do beisebol para um de seus funcionários no Milwaukee Bucks. Mike Sergo trabalha com o Bucks há 20 anos e é FANÁTICO pelo Chicago Cubs que, como vocês devem saber, chega a uma final do beisebol pela primeira vez desde os anos 1940.


ESPECIAL HALLOWEEN

LeBron James de uma baita festa de Halloween em Cleveland, e o time inteiro apareceu. A Fox Sports, num trabalho essencial, nos deu a chance de escolher as melhores fantasias do evento! E vale uma visita ao Instagram do LeBron para ver as tags e reconhecer alguns dos caras que se esconderam demais.

LeBron-Party

Em Toronto, o coitado do Patrick Patterson teve que trabalhar até tarde na vitória contra o Denver Nuggets, mas não perdeu tempo e logo vestiu a fantasia antes mesmo de responder às perguntas dos jornalistas. A festa deve ter sido boa lá no norte!

O Paul Pierce, uma LENDA do Dia das Bruxas americano, foi além. Machucado e sem poder entrar em quadra pelo seu Los Angeles Clippers, Pierce decidiu usar a fantasia na quadra mesmo. Embalou um Rick James na beira da quadra e roubou a cena com sua melhor performance no ano!

E quando eu falo que o cara é uma lenda do Halloween é porque o cara é uma lenda do Halloween:

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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