Prêmios Alternativos do Bola Presa – 16/17

Se tem uma INSTITUIÇÃO que funciona no Bola Presa, ela é o atraso. Ou, como gostamos de dizer por aqui, a falta de pressa. Eu queria ter publicado os prêmios alternativos da temporada antes? Sem dúvida, mas aí o que estaríamos fazendo aqui na metade de JULHO né? Antes tarde do que nunca!

Chegou há pouco tempo e não conhece os nossos Prêmios Alternativos? É o seguinte, todo ano separamos algumas categorias que DEVERIAM existir e não existem, coisas muito mais legais do que essa palhaçada de melhor defensor, MVP e jogador que mais evoluiu. Isso aqui não é pokémon, rapaziada.

Mas se nos últimos anos a gente sempre repetiu os mesmos prêmios, neste ano resolvemos dar uma mexida em tudo e criar alguns novos. Depois deem o feedback para ver se nossa decisão foi acertada. E, claro, use os links abaixo para relembrar das últimas temporadas!

Prêmios Alternativos 07/08

Prêmios Alternativos 08/09

Prêmios Alternativos 09/10 

Prêmios Alternativos 10/11

Prêmios Alternativos 11/12

Prêmios Alternativos 12/13

Prêmios Alternativos 13/14

Prêmios Alternativos 14/15

Prêmios Alternativos 15/16Parte 2


Troféu Cameron Payne de Aperto de Mão do Ano

Até o momento, a grande contribuição de Cameron Payne para a NBA foi o seu arsenal de cumprimentos com Russell Westbrook nos tempos de OKC Thunder. Sua troca para o Chicago Bulls foi o fim de uma era, a decadência do melhor representante deste momento que vivemos na NBA. Hoje os cumprimentos são parte chave do jogo. Aquela coisa de só dar high-five é passado. Criatividade e PERSONALIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA é imprescindível. Abaixo, alguns dos candidatos separados em vídeo especial da NBA criado no ‘Handshake Day‘:

Mas o vencedor desta temporada é LeBron James. Assim como no seu jogo, o King vence por dominar todos os aspectos da sua arte. Seus cumprimentos são criativos, engraçados, diversos e personalizados. Cada jogador do Cleveland Cavaliers tem o seu e LeBron nunca hesita:

Menção honrosa para outro membro do Cleveland Cavaliers, o mascote Moondog, que tira a camisa para salutar JR Smith, famoso por ficar seminu por ao menos uma semana seguida após a conquista do título de 2016.


Troféu Gilbert Arenas de Melhor Celebração de Vitória

Além de machucar joelhos, fazer turnês de vingança, marcar 60 pontos em um jogo e portar armas de fogo como ~pegadinha~ no vestiário, Gilbert Arenas também ficou famoso por divertidíssimas celebrações de arremessos decisivos. Uma vez ele virou de costas antes da bola cair e, ao contrário de Nick Young, não passou vergonha. Ele também já tirou sua camisa e largou no meio da quadra, depois confessando que sua expectativa era que o público invadisse a quadra para tentar pegá-la. Ninguém foi, mas o que vale é a história.

Nesta temporada a concorrência foi pesada. Tivemos Marc Gasol matando uma bola de 3 pontos e imitando o lutador Connor McGregor, John Wall subindo na mesa para comemorar seu game-winner contra o Celtics nos Playoffs (e Bradley Beal nem percebeu, ficando chocado ao saber da novidade na coletiva) e ainda TJ McConnell acabando com os corações do New York Knicks e celebrando com o pulinho do Michael Jordan -ou é do Pelé?

O Joel Embiid gostou tanto do pulinho do seu companheiro que usa como foto de perfil no Twitter uma compração de McConnell e Jordan:

Embiid

Mas o vencedor não é nenhum deles. A imagem inesquecível é de Dion Waiters, que buscou seu Arenas interior para ganhar do Golden State Warriors com um arremesso de três e logo dar a cruzada de braço mais MARRENTA dos últimos tempos. Quem nunca imitou na pelada?


Troféu Romarinho de Sexto Homem do Nosso Coração

O Eric Gordon ganhou o prêmio de sexto homem da temporada regular. Em geral esse troféu vai para quem mais ajuda seu time entre aqueles que começam o jogo no banco, mas existe outro tipo de reserva que acho mais importante. Aquele que não importa se é o primeiro a entrar no jogo ou o último, mas que é o que a torcida está DOIDA para ver de verdade.

Neste ano tiveram vários reservas que a gente ficava coçando o League Pass para ir ou voltar de um jogo e ver se ele já tinha entrado. Teve o cara que teria sido o vencedor desse prêmio no ano anterior, Boban Marjanovic no PistonsMarcus Smart e sua energia surreal no Boston Celtics e até nosso lado patriótico querendo ver o Raulzinho no Utah Jazz. Mas ninguém superou o grande JaValle McGee!

O pivô do Golden State Warriors, que era uma piada ambulante até outro dia e que entrou na pré-temporada sem contrato garantido, de repente se tornou um dos caras mais legais da liga. Todo jogo a torcida, narradores, comentaristas e redes sociais ficavam em polvorosa quando ele entrava e às vezes mudava completamente os jogos. Quem não queria ver ele de repente sendo bem utilizado e finalizando dúzias de pontes-aéreas? Foi a melhor história de redenção do ano e o reserva que a gente mais queria que entrasse logo em quadra.


Troféu New York Knicks de maior cagada do New York Knicks do Ano

Poderia ser um prêmio só para besteiras em geral? Claro, mas o Knicks iria dominar tudo do mesmo jeito. Vamos lá:

  • O Phil Jackson DORMIU (ou ao menos pescou) durante o treino de um jogador antes do Draft
  • O Derrick Rose DESAPARECEU antes de uma partida, não deu notícia e ninguém sabia onde ele tinha ido parar. Depois ele voltou e blz flw
  • O Kristaps Porzingis resolveu tacar o foda-se e voltou pra Letônia ao invés de fazer a reunião de fim de temporada com o time
  • A resposta de Phil Jackson foi, claro, dizer para o mundo que iria trocar seu melhor jogador. Exatamente como ele fez com Carmelo Anthony o ano todo
  • Depois de tantas cagadas, Phil Jackson foi mandado embora… um mês depois de ter recebido uma extensão de contrato de mais dois anos. A brincadeira rendeu 24 milhões de dólares para o Zen Ma$ter

O conjunto da obra deveria dar o troféu para Phil Jackson. O lado humorístico deveria premiar Derrick Rose e seu sumiço à la jogador de futebol bad boy dos anos 90. Mas não dá pra não premiar James Dolan, dono da franquia, por decidir pagar tanta grana para Jackson e logo depois mandá-lo para a rua. Vamos premiar a cereja desse bolo de merda.

Ah, e enquanto vários donos de time viajam para o Draft e acompanham a seleção de novatos ao lado de seus General Managers, Dolan estava FAZENDO UM SHOW com sua banda JD & The Straight Shot:

UPDATE: por pura incompetência e amnésia minha, esqueci da MAIOR CAGADA do Knicks na temporada. Eles conseguiram não só fracassar no presente e arruinar o futuro, mas também MANCHAR O PASSADO. Em um jogo dessa temporada Charles Oakley, ícone da equipe nos anos 90, foi EXPULSO do Madison Square Garden após uma discussão com o dono James Dolan, que estava sentado na sua frente.

Após ouvir impropérios, o manda-chuva mandou os seguranças levarem o cara para a rua. Ele não quis sair do ginásio e saiu na mão com uns funcionários, uma cena patética que constrangeu a todos. O atleta ainda foi temporariamente banido do Madison Square Garden após a treta. Só com a intervenção de Michael Jordan e do comissioner Adam Silver após algumas semanas que os dois se desculparam. Como se o time precisasse de mais drama…


Troféu Rasheed Wallace de Coletiva de Imprensa do Ano

Os mais novos podem não saber, mas nossa seção Both Teams Played Hard do podcast tem esse nome em homenagem à maior e melhor entrevista pós-jogo da história, quando Rasheed Wallace respondeu todas as perguntas feitas com a frase “both teams played hard”, a versão americana do “os dois times deram 100%”.

Um forte candidato para a vitória nesta categoria foi Russell Westbrook, que fez a coisa mais Westbrook de todas após uma derrota para o Houston Rockets nos Playoffs. Perguntaram para Steven Adams sobre o desempenho fraco do time quando o armador saiu do jogo, mas antes do pivô responder, o próprio Westbrook assumiu o microfone e fez um PRONUNCIAMENTO em defesa dos seus companheiros:

Foi simbólico: sua intenção é das melhores, mas ao mesmo tempo ele faz exatamente o que seus maiores críticos apontam, tira qualquer tipo de chance de protagonismo dos colegas.

O vencedor, porém, é inquestionável. David Fizdale, técnico do Memphis Grizzlies, deu um SHOW de frustração, raiva e muitas frases de efeito para serem usadas NA VIDA após uma derrota para o San Antonio Spurs, nos Playoffs, quando ele sentiu que seu time foi prejudicado pelos árbitros:

Aqui o que o Danilo escreveu sobre o episódio no Resumo da Rodada:

Basicamente, Fizdale disse que Mike Conley é um cavalheiro que nunca recebeu uma única falta técnica na sua vida e que mesmo assim os árbitros não o respeitam; que Zach Randolph é o jogador mais “calejado” da NBA, mas que nessa partida não cobrou nenhum lance livre; que o Grizzlies deu 35 arremessos no garrafão mas só cobrou 15 lances livres, enquanto o Spurs deu 18 arremessos no garrafão e cobrou 32 lances livres, incluindo Kawhi Leonard tendo cobrado mais lances livres do que todo o time do Grizzlies somado. Fizdale ressaltou que não é um cara “das estatísticas” – realmente não é a praia dele – mas que esses números são “inaceitáveis e nada profissionais”, que “Popovich tem pedrigree” enquanto Fizdale é um novato, mas que ele não vai deixar que seu time seja passado pra trás como um iniciante. E finalizou: “nossos jogadores se entregaram ao jogo e conquistaram o direito de estar no jogo. E os árbitros não nos deram uma chance”.

O silêncio tomou a sala até que algum jornalista agradeceu Fizdale, que então simplesmente ESMURROU A MESA e encerrou com o clássico instantâneo “TAKE THAT FOR DATA“, algo como o lucianagimenezado “Te dou um dado!”, um misto de desdém pelas estatísticas, vindo de alguém famoso por não estar mergulhado nelas, e indignação com a realidade que elas mostraram. Quer dados, então toma esse: os árbitros destruíram tudo porque não respeitam nem o Mike Conley que é o cara mais legal do planeta só porque ele não dá piti. Foi algo tipo assim.

Tem como esse vídeo ficar melhor? Parece que não, mas o The Ringer conseguiu. Basta misturar David Fizdale com… o filme ‘Independence Day’:


Troféu Camila Coelho de Fashionista do Ano

Ninguém na NBA ou no mundo inteiro é tão perfeito e faz maquiagens tão boas quanto a nossa amada Cami, mas cada vez mais os jogadores se esforçam para se vestir bem. Aqui a resposta óbvia seria Russell Westbrook, mas pra pagar de diferentão nós vamos premiar Kelly Oubre Jr, o cara que está a uma temporada boa de se tornar o grande ícone fashion dessa GERAÇÃO. Ele tem o estilo, ele é bonito pra cacete e tem gosto. Para brilhar falta só ter média de mais de 7 pontos por jogo…

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Troféu Riley Curry de Momento Fofíneo do Ano

Além das bolas de 3 pontos, dos recordes e dos títulos, Steph Curry trouxe para o mundo a fofíssima Riley, sua filha, que brilhou nas entrevistas coletivas dos Playoffs de 2015 e nomeia este troféu. Seja com a presença de filhos, pais ou amigos, é sempre legal ter um momento BONITINHO no meio desse esporte másculo e viril que ocupa tanto da nossa vida. O próprio Curry foi destaque fofinho este ano ao desafiar seu pai, o ex-jogador Dell Curry, hoje comentarista do Charlotte Hornets, a um chute de 3 pontos. De longe. De terno. Mas tá no sangue…

Também foi divertido, mas com uma carga emocional bem maior, a homenagem do San Antonio Spurs a Tim Duncan. A franquia não quis esperar e logo aposentou o número do seu maior astro, ídolo e vencedor. Os causos contados por Tony Parker, Manu Ginóbili e Gregg Popovich valeram a noite. E pontos para a ideia de fazer tudo com calma, depois de um jogo, não na correria do intervalo. Tá com 40 minutos sobrando?

Em tom de despedida também tivemos o último jogo de Paul Pierce em Boston, que visitava a cidade agora como membro do Los Angeles Clippers em sua turnê de despedida. Ele entrou no final e fez sua última bola de 3 pontos no ginásio onde se consagrou, e a torcida foi ao delírio:

A homenagem durante o jogo não foi nada mal também.

Por fim, o vencedor do prêmio. No começo desta temporada morreu o repórter Craig Sager, que cobriu a NBA por DÉCADAS e batalhava há algum tempo contra uma leucemia. A liga não poupou homenagens e ele foi lembrado no All-Star Weekend, no evento de premiação do fim do ano, por diversos times, jogadores, nas roupas e microfones de diversos colegas ao longo ano. O canal onde trabalhava, a TNT, também fez um belo serviço relembrando a vida e a carreira de um dos rostos mais conhecidos de todos os não-jogadores da NBA:


Troféu Gaúcho da Copa de Melhor Torcedor

RIP Gaúcho da Copa, torcedor mais daora da seleção, todo time precisa de um maluco desse. Nesta temporada o melhor torcedor foi a GLORIOSA, talentosa e cara de pau ‘Dance Cam Mom’ do  Golden State Warriors. Clássico instantâneo:

Depois ela ficou tão famosa que ainda participou de um especial de Natal com as cheerleaders e conheceu o Steph Curry:

E não pensem que ela é MODINHA! Ela tem season tickets do time há VINTE E OITO temporadas. Assistiu muita merda antes de dar de cara com o time campeão.

Em um próximo segundo lugar ficou o “toaster guy”, o responsável por dar uma TORRADEIRA para Klay Thompson assinar numa sessão de autógrafos no meio da temporada. Desde que essa assinatura aconteceu, ainda em MARÇO, o Warriors perdeu só mais dois jogos (ganhou 31!) e só um deles -na final- com Klay em quadra. É a torrada mágica.

Ambos foram homenageados pelo time na parada de celebração do título!


Jogada Bola Presa do Ano

Por fim, o grande clássico, a Jogada Bola Presa do Ano, o prêmio que damos desde a nossa primeira temporada cobrindo a liga lá em 2007-08. Trago aqui a explicação que dei no ano passado para quem merece vencer:

Mas o que faz uma jogada ser a Jogada Bola Presa? Não é a mais bonita do ano, nem a mais impressionante, nem a mais criativa. Também não é só uma videocassetada ou um lance que errado. Aqui analisamos quesitos mais profundos: o que estava no subconsciente do jogador ao fazer tal asneira? O que esse turnover representa para a sociedade contemporânea? Estamos sendo justos com este determinado escorregão? No fim você precisa juntar todos os elementos que fazem do Bola Presa o Bola Presa para determinar um vencedor, são eles: “basquete”, “essa foi uma péssima ideia” e “ok, no fim das contas divertido”

Antes de declarar o vencedor é preciso mostrar os concorrentes! Começamos com as JOGADAS FAUSTÃO, aquelas que podem aparecer em alguma tarde de domingo dos próximos 20 anos ao lado de muitos tombos de avós e bebês filmados em VHS. Tem a clássica “bolada no queixo” de Sam Dekker, um tiro de João Paredão em Marcin Gortat e D’Angelo Russell fazendo… não sei o que foi aquilo.

Também existem os gloriosos trabalhos em equipe, para mostrar que cagadas também podem ser ensaiadas e contagiantes: esse Clippers/Grizzlies é um roteiro de filme inteiro, toda uma jornada do herói, em 15 segundos.

Vimos também a categoria “não queria que tivesse gente filmando agora”: teve Ginóbili acertando lance-livre quando tentava errar de propósito, Leandrinho achando que ainda jogava no Warriors e celebrando antes da hora e JaValle McGee cobrando o fundo bola… PARA O TIME ERRADO!

E o vencedor é…

D’Angelo Russell! A simplicidade do lance é a essência do que queremos numa Jogada Bola Presa: uma decisão idiota, desnecessária, mal executada e constrangedora. Tudo isso num time ruim em um duelo emocionante contra outro time terrível. Inesquecível.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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