Análise do Draft 2017 – Parte 3

Voltamos para analisar mais do Draft 2017! Hora de rever quem foi analisado nas edições anteriores e de relembrar que os SELOS DE QUALIDADE deste ano são os bons, velhos e incansáveis CLICHÊS DE DRAFT!

Parte 1 (Sixers, Lakers, Celtics e Suns)

Parte 2 (Kings, Magic, Bulls, Knicks, Mavericks e Hornets)

Parte 3 (Blazers, Pistons, Jazz, Heat, Wolves, Bucks, Pacers, Hawks, Thunder, Nets)

Parte 4 (Cavs, Nuggets, Warriors, Rockets, Clippers, Grizzlies, Pelicans, Spurs, Raptors, Wizards)

Selo1

‘Estamos muito empolgados com nossa escolha’ – Ah, jura?! Você não se arrependeu um segundo depois dessa decisão que demorou MESES pra fazer? Está para nascer o General Manager que não solte uma dessa. Mas, dos clichês, o menos pior. Não é mentira, é só ÓBVIO. Selo para os times que fizeram o que tinham que fazer!

Selo2

‘Ele era a nossa primeira opção’ – Que feliz coincidência que os 30 times conseguiram o nome que era o primeiro da lista! Ninguém preferia o cara que saiu duas escolhas antes, ficou puto e pegou o outro mesmo assim? Tudo bem, pega mal magoar o pobre do novato, ninguém quer ser segunda opção. Selo para os times que poderiam e queriam fazer mais, mas foram bem mesmo assim.

Selo3

‘Não acredito que ele caiu no nosso colo’ – Essa costuma ser um complemento para a anterior. Não só ele era o primeiro da lista, como o manager está INDIGNADO que seus rivais não aproveitaram essa chance. É um mix de cutucada no rival com a vibe #gratidão que infesta a nova geração. Selo para os times que não devem ver sua vida mudar neste Draft.

selo4

‘Não estamos preocupados com seu histórico de lesões’ – Claro. E eu nem ligo para aquele amigo lindo, alto e musculoso que é super amigão da minha namorada. Selo para os times que até tentam disfarçar, mas mandaram mal.


Selo3

Portland Trail Blazers

(10) Zach Collins, C
(26) Caleb Swanigan, PF

O Portland Trail Blazers, como comentamos no dia do Draft, tinha tudo para fazer negócios na noite das escolhas. O elenco é um dos mais caros da NBA, o time não é tão bom assim e eles tinham TRÊS escolhas na primeira rodada. Não há espaço pra tanta gente nova, e ainda ficaria caro. O manager Neil Olshey não decepcionou e conseguiu transformar duas dessas escolhas, a 15 e a 20, na 10, em uma troca com o Sacramento Kings.

Após o Draft, Olshey falou que a troca estava engatilhada com o Kings desde o começo da noite, mas que eles só fechariam se Zach Collins sobrasse na 10ª posição, era este o único alvo deles. Verdade? Mais um clássico clichêzaço de Draft? Nunca saberemos, mas sempre que um time manda duas escolhas boas de Draft para subir de posição, geralmente é porque existe um grau de certeza/empolgação com um jogador. A esperança do Blazers é que Collins se desenvolva para se tornar o que eles sonhavam que Meyers Leonard, um de seus pivôs reservas, nunca se tornou: um pivô rápido, que possa acompanhar a velocidade de Lillard e McCollum no ataque, que consiga arremessar de três pontos no ataque e que tenha tamanho para dar uns tocos na defesa e proteger o garrafão de infiltrações.

O pivô se preparou para ser um pivô da NBA contemporânea. Ele sabe arremessar de longa distância, mas sem abrir mão de ser forte fisicamente para ainda ocupar espaço na defesa e pontuar no garrafão. Mas será que ele já está pronto para todas essas funções entre os profissionais? Não parece, por isso o Blazers pode ser uma boa para ele. O time já encontrou finalmente seu pivô com Jusuf Nurkic, e Collins poderá atuar em situações mais controladas e não ser tão exposto em uma equipe que tem ambição de ao menos seguir indo aos Playoffs. Se o time der muita sorte e Collins se adaptar rápido, ele pode até dividir a quadra com Nurkic dependendo do adversário. Ele é atlético e seu chute parece bom. Digo “parece” porque seu aproveitamento foi espetacular (49%), mas foram tão poucos chutes (0,5 por jogo), que não é tanto material assim para ser avaliado.

Com sua outra escolha, no fim da primeira rodada, o Blazers pegou outro jogador de garrafão, Caleb Swanigan. Ala de força que faz jus ao nome da posição, Swanigan é produto de algo que criamos há alguns anos: a máquina de fazer Maxiells. Todo ano tem algum novo “Jason Maxiell” no Draft, um jogador meio grosseiro, forte, que gosta de jogar perto da cesta e que sempre parece meio embananado, mas que dá um jeito de colocar a bola lá dentro. Já tivemos o próprio Maxiell, Carl Landry, Leon Powe e tantos outros, quase sempre no fim da primeira rodada ou na segunda. O estilo estava caindo em desuso porque agora todo mundo está caçando arremessadores, alas passadores e todo esse negócio, mas sempre aparece um.

Só vai ser difícil para Swanigan conseguir espaço em quadra. Embora o Blazers tenha mirado jogadores de garrafão, já tem bastante gente para essas posições no time: os citados Nurkic e Zach Collins, Ed Davis, Meyers Leonard, Al-Farouq Aminu, Noah Vonleh e até Maurice Harkless já jogou um tempo na posição 4. Até diria que o Blazers pode trocar um deles, mas não são lá nomes muito sedutores que podem ser trocados facilmente.


Selo1

Detroit Pistons

(12) Luke Kennard, SG/SF

Com sua única escolha, o Detroit Pistons escolheu um clássico dos Drafts, o cara-branquelo-de-Duke. Vai ser o novo JJ Redick, o novo Kyle Singler ou Ryan Kelly? Talvez nada disso. Curiosamente, a melhor comparação que eu vi para Luke Kennard está na história do time que o contratou, não na cor da sua pele e na universidade em que atuou. Para entender quem é Kennard basta lembrar de como era Rip Hamilton atuando pelo Detroit Pistons: muita movimentação sem a bola, precisos arremessos de todos os cantos da quadra e aquela MANHA de achar espaços para fazer pontos fáceis.

O Pistons é um time DESESPERADO para marcar pontos. O time foi pensado para cercar Andre Drummond de bons arremessadores e todos saíram pior que o esperado. Já esperava que Kennard fosse ter espaço antes por ser esse arremessador, mas hoje, algumas semanas depois do Draft, é certeza. Embora o time tenha trocado por um jogador de sua posição, Avery Bradley, isso significou também que eles liberaram Kentavious Caldwell-Pope para ser um Free Agent Irrestrito, praticamente determinando sua saída do time.

Como todo jogador que não é atleticamente explosivo, vai sofrer um bocado para defender vários dos alas velozes e fortes que vão aparecer todo dia na sua frente. Dá pra superar isso com bom posicionamento, inteligência e um bom time por trás, mas difícil pedir tudo isso de um novato num time fraco. De novo, sorte dele que Bradley chegou.


Selo3

Utah Jazz

(13) Donovan Mitchell, SG
(28) Tony Bradley, C
(55) Nigel Williams Goss, PG

Eu gosto do Donovan Mitchell, você gosta do Donovan Mitchell, Trevor Booker?

E você, Rudy Gobert?

Aparentemente todo mundo que analisou o Draft deste ano gosta muito de Mitchell. E os jogadores e ex-jogadores do Jazz também. Que alegria. E quase todos concordam que a sua maior qualidade é, sem sombra de dúvidas, a sua defesa. Para muitos ele é capaz de chegar na liga já causando impacto nesse lado da quadra. No ataque ele não tem o repertório que qualquer um gostaria de ver num jogador de perímetro, mas há um arremesso de longa distância em potencial aí.

Mitchell encaixa perfeitamente na mentalidade desse Utah Jazz de ser um time completamente voltado para a defesa, sem estrelismo tolo. Ele também ganha a chance de passar mais tempo em quadra com a saída de Gordon Hawyard , mas perde justamente um dos jogadores que dariam mais espaço e passes para ele em quadra. Pelo Jazz, já será bom o bastante se não se machucar sempre como Alec Burks e Rodney Hood.

No fim da primeira rodada o Jazz trocou com o Lakers para pegar a escolha 28 e selecionar o pivô Tony Bradley, que ainda parece despreparado para a NBA, mas é muito atlético e excelente reboteiro. É o bastante para já ganhar tempo de quadra no seu primeiro ano? Na segunda rodada o Jazz apostou em Nigel Williams Goss, mais um desses bons armadores universitários que acabam despencando no Draft porque não parecem ter físico de jogador da NBA. Fica pior com o nível da concorrência na posição, seja na liga com um todo, seja no próprio time, que já tem Ricky Rubio, Dante Exum e Raulzinho sob contrato.


Selo1

Miami Heat

(14) Bam Adebayo, C

Volta e meia aparecem uns moleques que, se jogassem numa seleção africana de futebol de base, receberiam olhar torto do resto do mundo. Não é possível que essa massa gigantesca de músculos seja um adolescente de 19 anos! Confesso que vê-lo em ação, tanto em Kentucky como na Summer League, foi como ver um adulto jogando com crianças, ao menos fisicamente falando. Sensação que eu tinha tido pela última vez vendo Andre Drummond em ação.

Muitas análises do Draft se mostraram preocupadas com a redundância de pegar um cara como Adebayo, alto, forte e que funciona basicamente como um enterrador profissional, quando o time já tem Hassan Whiteside. Eu discordo dessa abordagem. É legal demais quando o time pega um jogador que pode ajudar de imediato, mas não acho que se deve deixar passar um bom talento só porque o titular da posição tem o mesmo estilo. Ainda mais a essa altura do Draft, no miolo da primeira rodada, e em um time como o Heat, que tem bons jogadores (embora nenhuma grande estrela) em todas as posições.

Pensando nesse primeiro ano, Adebayo pode ser reserva imediato de Whiteside e só, tá mais que bom para um novato. Se o técnico Erik Spoelstra quiser testar os dois juntos, talvez apostando naqueles arremessos de meia distância que o Whiteside adora tentar ou na agilidade que Adebayo mostra em infiltrações improváveis, dá pra arriscar e ver no que dá. Independente de como for usado no primeiro ano, o menino parece ser MUITO bom e pode impressionar ainda se ficar em ainda melhor forma física, como é costumeiro com os jogadores do Heat.


Selo2

Minnesota Timberwolves

(16) Justin Patton, C

O Wolves tinha a 7ª escolha, mas como vocês sabem e até já analisamos, a escolha foi trocada para o Chicago Bulls na negociação que envolveu Jimmy Butler. O Wolves toparia o negócio mesmo se o Bulls não desse de volta esta escolha 16? Eu acredito que sim, mas não custa pedir né? Pediram e levaram, é a arte da negociação.

Com a escolha eles buscaram um reserva para entrar eventualmente na rotação de pivôs da equipe. Justin Patton é bem alto, tem 2,13m, com boa defesa e a habilidade de distribuir uns tocos. Sua velocidade lateral, porém, é o que mais anima para ele se tornar um bom defensor na NBA, seja marcando pick-and-rolls, seja aparecendo na cobertura de infiltrações. Se defender bem como promete e completar pontes aéreas no ataque já é um vencedor na carreira, difícil pedir mais que isso por enquanto.

Da mesma forma que Jordan Hill foi pago para não pisar em quadra no ano passado, é difícil acreditar que o técnico Tom Thibodeau vai ter paciência com um cara que não ajude muito. Se ele não começar logo o ano bem, é possível que apareça pouco ao longo da temporada.


Selo3

Milwaukee Bucks

(17) DJ Wilson, PF
(46) Sterling Brown, SG

Veja se essa descrição te faz lembrar de alguma coisa: o Bucks selecionou um jogador fisicamente impressionante, alto, de envergadura assustadora mas que ainda não parece tão desenvolvido tecnicamente. Giannis Antetokoumnpo? Thon Maker? John Henson? Não, estamos falando de DJ Wilson. Sabemos que o Bucks tem TARA por jogadores de braços muito longos e eles não fugiram disso aqui. Wilson não era muito conhecido antes da última temporada universitária começar, mas ganhou fãs ao longo do ano com seu jogo rápido e explosivo.

O que esperar dele para esse ano? Coisas do Bucks: correria, defesa e enterradas, muitas enterradas. Wilson está longe ainda de ser um produto pronto, e só a sua capacidade de continuar crescendo para definir se daqui uns anos o veremos mais como Giannis, Maker ou Henson. O time tem experiência no modelo, pelo menos. NOTA: seu nome é DeVante Jaylen, por isso o “DJ”. Por que alguém em sã consciência deixa de lado um nome tão fantástico como DeVante?! Começou mal, garoto.

Na segunda rodada o time selecionou Sterling Brown, irmão mais novo de Shannon Brown, campeão da NBA com o LA Lakers e um ícone cult do YouTube por causa das suas enterradas fenomenais e de uma FALTA que virou sua jogada mais conhecida. Seu irmão, infelizmente, não parece ter essa impulsão fora da realidade, mas ainda é atlético e, mais importante, é rodado e parece saber o que faz em quadra. Caras que jogaram os 4 anos de universidade costumam ficar pra trás no Draft por serem considerados “velhos” e com menos chance de evolução, mas foram justamente jogadores de perímetro e veteranos como Brown que se saíram como alguns dos melhores jogadores de 2ª rodada dos últimos anos: Malcolm Brogdon, Josh Richardson, Normal Powell, Tyler Johnson, Jae Crowder...

Não é garantia que qualquer senior vá dá certo, mas o Bucks parece apostar no padrão. No ano passado deu certo apostar na aberração física na primeira rodada e no veterano all-around na segunda. Veremos.


Selo3

Indiana Pacers

(18) TJ Leaf, PF
(47) Ike Anigbogu, C
(52) Edmond Sumner, PG

O Indiana Pacers ainda não tinha trocado Paul George no dia do Draft, mas já tinha decidido que esse seria o caminho. A Era pós-PG é, até segunda ordem, a Era Myles Turner, e o Indiana Pacers começa a buscar o parceiro de garrafão ideal para o seu pivô. No Draft eles colocaram suas fichas em TJ Leaf, companheiro de Lonzo Ball em UCLA.

Leaf nasceu em Tel-Aviv, em Israel, quando seu pai jogava basquete profissionalmente por lá na época. Ele morou no país até os 2 anos, quando foi para os EUA. O pai, com sua formação basquetebolística internacional, disse que sempre tentou fazer com que o filho fosse um jogador completo, como os europeus com quem ele jogou junto costumam ser, independente da posição em que jogam. O filho obedeceu e hoje é um jogador que pode jogar no garrafão, pega muitos rebotes de ataque, infiltra para enterradas ferozes e consegue arremessar de longe e dar bons passes. Não ser MUITO BOM em nada pode o prejudicar na NBA, mas nunca é ruim ter um jogador que faz um pouco de tudo no ataque. O desafio agora é conseguir usar sua velocidade e explosão para além das enterradas, sendo também efetivo na defesa. O Pacers não tem tanta pressa, mas precisa acertar em cheio em algum Draft para voltar ao topo do Leste.

Na segunda rodada o Pacers foi com outro grandalhão, Ike Anigbogu, pivô que jogou com Leaf em UCLA. Mais alto e com mais foco na defesa, Anigbogu era considerado um jogador de primeira rodada do Draft até que preocupações com a saúde do seu joelho o fizeram despencar pelas tabelas. Ele até parecia bom, mas não o bastante para valer o risco. Parece um bom valor de aposta na distante 47ª posição.

Por fim o time PAGOU para ter a 52ª escolha e assim poder selecionar o armador Edmond Sumner, outro que despencou nas previsões depois de ter machucado o joelho, o que o tirou dos últimos dois meses da última temporada. Foi a segunda vez em três anos de basquete universitário que ele não terminou o campeonato. No seu primeiro ano, Sumner bateu a cabeça no chão após uma colisão e chegou a ficar 10 minutos sem se mexer na quadra. Se recuperou, mas não jogou mais naquela temporada.

Dizem que o armador tem uma boa visão de jogo combinada com capacidade ótima de invadir o garrafão para infiltrações. Sem arremesso, terá que continuar conseguindo finalizar bandejas e achando passes para conseguir alguma coisa na liga. Como estamos falando de um time que deve dividir a armação entre Lance Stephenson e Darren Collison, sabemos que haverão oportunidades para ele mostrar que pode ajudar em alguma coisa. O Pacers literalmente pagou para ver.


selo4

Atlanta Hawks

(19) John Collins, PF
(41) Tyler Dorsey, PG
(60) Alpha Kaba, PF

Com a saída de Dwight Howard e Paul Millsap e a chegada do duvidoso Miles Plumlee, é certo dizer que qualquer um que chegar para o garrafão do Atlanta Hawks vai ter chance de jogar. Bem ou mal, preparado ou não, John Collins deve ter muito mais oportunidades que vários de seus colegas novatos.

Em Wake Forest, Collins viu 48% de suas jogadas de ataque aconteceram em post-ups, as jogadas de costas para a cesta que pouco costumam acontecer no ataque do técnico Mike Budenholzer em Atlanta. Vai ser curioso ver como ele será usado lá e se o time vai tentar fazer com que seu bom arremesso de meia distância vire um arremesso de 3 pontos, arma que ele quase nunca usou no basquete universitário. Jogar no Hawks também envolve dar muitos passes, talento que ele não explorou ainda. Será uma adaptação dupla portanto, à vida na NBA e ao esquema tático do Hawks, mas ela acontecerá em um time que acaba de assumir, pela primeira vez em anos, que está numa reconstrução mais lenta e que dará espaço para seus jovens jogadores.

Na segunda rodada o Hawks pegou Tyler Dorsey, que chega para tentar ganhar a vaga de armador reserva de Dennis Schröder. O caso não é muito diferente de seu companheiro acima: ele precisa cortar os turnovers e ser menos fominha para se encaixar no sistema do novo time, mas é, na prática, o único armador do elenco além do alemão se considerarmos que o experimento com Malcom Delaney já acabou.

O time tinha ainda a última escolha do Draft, que eles gastaram com a irresistível Força Nominal de Alpha Kaba, o francês com uma envergadura do tamanho do Yao Ming. Certamente foi selecionado apenas para que o time mantivesse os direitos sobre ele, deve continuar na Europa por mais alguns anos.


selo4

Oklahoma City Thunder

(21) Terrence Ferguson, SG

O ala Terrence Ferguson é mais um que, assim como Brandon Jennings e Emmanuel Mudiay, decidiu não disputar o basquete universitário e passar o ano obrigatório entre colegial e NBA fazendo algum dinheiro. Ele atuou na Austrália na última temporada depois de ser cortejado por muitas universidades e até informalmente se comprometer com duas delas. O tempo fora não parece ter sido o ideal. Ao invés de ser o centro das atenções num time só de jovens, jogou apenas 15 minutos por jogo na liga australiana. Mas morou num país muito legal e ganhou para isso, sempre melhor que trabalhar de graça né?

Sabemos que o Thunder gosta de jogadores que sejam atleticamente bem acima da média e Ferguson não é diferente. Suas enterradas estão por aí no YouTube para mostrar isso. Será útil nos contra-ataques do time, sem dúvida alguma. Nas bolas de longe, necessidade desesperada do Thunder, ele foi mal na Austrália, acertando só 31% das suas tentativas. Não parece ter sido uma escolha exatamente ruim, mas também não soa como uma que vai fazer qualquer diferença nesse time que ambiciona tirar tudo o que puder da dupla Westbrook e Paul George.


Selo3

Brooklyn Nets

(22) Jarrett Allen, C

No dia do Draft, os jogadores mais bem cotados ficam no Green Room, aquele lugar que a gente vê na TV com as mesas e tudo mais. É o lugar de luxo do dia, mas também o lugar da vergonha quando todo mundo ao seu redor foi chamado e você fica lá com cara de bobo. Jarrett Allen foi o penúltimo a sair, muito depois do que era projetado. Constrangedor, mas eventualmente ele conseguiu seu lugar. Alguém do passado que chega em 2017 não deve conseguir entender como um pivô gigante e com um ganchinho confiável não é desejado pro todos os times.

Acontece que Allen é ainda meio desengonçado, não tão veloz com no jogo de pernas e deve ter alguma dificuldade para repetir o que fez no basquete universitário. Ele era bom em conseguir posição perto da cesta na marra e ganhar rebotes de ataque. Os ganchinhos não devem fazer efeito se não conseguir usar a força para receber a bola bem perto do aro e se não demonstrar bom passe quando receber uma marcação mais forte. Lembra um pouco Robin Lopez, que demorou alguns anos para crescer e se firmar como presença física entre os profissionais.

O Brooklyn Nets precisa de TUDO, mas precisa ainda mais de um pivô após ter trocado Brook Lopez e ter recebido em troca os restos mortais de Timofey Mozgov. Com rebotes, alguns tocos e se pegar o jeito para fazer bons corta-luzes ele já estará pronto para entrar em quadra e começar seu desenvolvimento.

Outra coisa legal é que Allen já tem um dos cabelos mais divertidos da NBA e seu bigode chega para brigar com Steven Adams e Enes Kanter entre os melhores da liga.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.