Free Agents – FAQ

Época de Free Agents e contratações é época de… DÚVIDAS! Todo ano tem gente nova se interessando por NBA e nem sempre é fácil pegar logo de cara todos os esquemas e regras dessa época de tanta especulação e mudança. Montamos então um guia com algumas perguntas básicas para explicar os princípios da Free Agency.

Pedimos que vocês MANDEM SUAS PERGUNTAS para que a gente atualize o post com novas informações.


O que são Free Agents?
Free Agents são jogadores que estão sem contrato na NBA. Assim que um jogador tem seu vínculo encerrado com uma franquia, ele fica livre para assinar com qualquer outro time da liga.


Como posso acompanhar as contratações?
Sites como o RealGM e o Jumper estão sempre atualizados com as últimas contratações. Mas a gente tenta fazer a nossa parte com uma planilha que reúne todos os nomes disponíveis e seus novos contratos.


Qual a diferença entre um Free Agent Restrito e um Free Agent Irrestrito?
O tipo de contrato de um jogador define que tipo de FA ele será ao fim do seu vínculo. A maioria é irrestrito, mas os que saem de um contrato de novato (explicarei mais pra frente) podem ser restritos.

O restrito pode assinar com qualquer time da NBA, mas o seu antigo time tem alguns dias para igualar a oferta e manter o atleta. O irrestrito não tem mais nenhum vínculo com seu ex-time e vai para onde bem entender.


Todo mundo pode contratar Free Agents?
Sim, mas a situação salarial de algumas equipes podem impedir negócios. A NBA tem um teto salarial, e times que passam esse teto salarial só podem oferecer contratos baixos para os Free Agents, basicamente os tirando da disputa pelos jogadores mais disputados.

Os times abaixo do teto salarial podem usar esse espaço para oferecer um contrato mais gordo. Por exemplo, um time que esteja 10 milhões abaixo do teto salarial pode oferecer um contrato que pague, em seu primeiro ano, até 10 milhões do dólares ao jogador.


O que times acima do teto salarial podem fazer para se reforçar?
Para que os times acima do teto não fiquem totalmente engessados foram criadas as chamadas “Exceptions“, que permitem que um time possa contratar mesmo acima do teto. Você pode ler com detalhes sobre elas NESTE POST, mas, em resumo, são modelos de contratos pequenos e que acabam sendo dados para jogadores veteranos, longe do seu auge.

Os times acima do teto salarial também não tem restrição para renovar com seus próprios jogadores. É isso que vimos nos últimos dias com o Cleveland Cavaliers e o Brooklyn Nets, times que já estouraram o teto salarial, pagando contratos enormes para renovar com Tristan Thompson, Kevin Love, Thaddeus Young e Brook Lopez.


O que são “cap holds”?
Você pode ter lido esse termo por aí e se confundido todo, é uma coisa esquisita mesmo, mas vale uma explicação rápida. Um cap hold é um artifício criado para os times não manipularem demais as regras das contratações a seu favor.

Um time poderia, por exemplo, deixar os contratos de todos seus jogadores acabarem e usar o espaço no teto salarial para contratar um monte de gente boa, e aí depois usar o artifício citado acima para renovar com os caras que eles já tinham no grupo. Para evitar isso, o time mantém o cap hold do seu antigo jogador até que ele assine com outra equipe ou renove.

O San Antonio Spurs, por exemplo, mantém o cap hold de Kawhi Leonard, Tim Duncan, Manu Ginóbili e Danny Green mesmo sem eles terem assinado oficialmente o retorno à franquia. Então mesmo com metade do time vendo seu contrato acabar eles não tinham tanto espaço assim para contratar qualquer um, até por isso tiveram que trocar Tiago Splitter para ter espaço de negociação.

Existe, porém, um jeito de se beneficiar disso tudo. O cap hold de Kawhi Leonard, por exemplo, é mais barato do que o novo contrato que eles acertaram. Eles poupam então algum espaço valioso se enrolarem mais algumas semanas antes de colocar o contrato no papel e mandar para a NBA. Esse espaço é essencial para o time assinar com LaMarcus Aldridge.


O que é um sign-and-trade?
Cada vez menos usado, o sign-and-trade é quando um time reassina com um jogador seu que acabou de virar Free Agent e imediatamente o troca para outra equipe. É uma renovação seguida de troca.

Geralmente era usado por um conjunto de razões:

– O time que ia receber o jogador precisava abrir espaço salarial para abrigar o jogador, uma troca era, portanto, um jeito de se livrar de contratos.
– O time que ia perder o jogador de qualquer jeito aceita o sign-and-trade para ao menos receber algo de compensação.
– O time que já possui um jogador recebe uma vantagem para mantê-lo, ele pode oferecer um contrato de até 5 anos, enquanto os outros podem oferecer no máximo 4. Então o jogador topava esse negócio para ter, no outro time, os 5 anos de contrato ao invés de 4. Essa regra, porém, mudou, e um time só pode oferecer 5 anos de contrato se não for trocar o jogador imediatamente.


O que é um “contrato de novato”?
Nos anos 90 os times estavam ficando assustados com o tamanho dos contratos que jogadores que estavam chegando na liga estavam recebendo. Depois que Glen Robinson ganhou um contrato de 100 milhões de dólares por 10 anos sem nunca ter pisado numa quadra da NBA, decidiram que aquilo precisava mudar.

Os times queriam poder gastar menos com jogadores que nunca tinham provado nada, e os jogadores veteranos até preferiram não ter pirralhos ganhando mais que eles. Foi criada então a Rookie Scale, que é uma escala que pré-define os salários que cada novato vai receber baseado na posição em que ele foi escolhido no Draft da NBA.

Os contratos de novato têm 4 anos de duração, com o time podendo desistir dele após o segundo ano. O atual Rookie Scale pode ser visto neste link.


O que são as Player Option e a Team Option?
São aberturas no contrato para que eles possam ser encerrados mais cedo. Muitos jogadores nos últimos dias assinaram contratos que são anunciados como de 4 anos, mas na verdade eles são de 3+1. São 3 anos garantidos e o último é um Player Option, ou seja, após o terceiro ano o jogador avisa se quer ficar mais um ou se quer se tornar Free Agent.

No Team Option o esquema é o mesmo, mas aí é o time que define se quer o jogador por mais um ano ou se deixa ele sair do time.

Jogadores gostam de Player Options porque dá liberdade. Se o contrato está bom e ele está satisfeito com seu dinheiro e equipe, ele fica. Se ele acha que pode conseguir um negócio mais lucrativo, opta por sair do contrato e partir para o mercado. A tendência dos contratos 3+1 e 2+1 se dá porque o teto salarial vai subir bastante nos próximos anos, criando muitas oportunidades de negócio nas próximas temporadas e os jogadores querem ter a chance de aproveitar isso.


Como é definido o teto salarial?
O teto salarial é definido de acordo com o BRI, o Basketball Related Income, o PIB da NBA. Tá bom de sigla? Quanto mais a liga fatura com contratos de patrocínio, direitos de TV, ingressos e etc., mais o teto salarial cresce. Como o novo contrato de TV que a NBA assinou no último ano deu um salto surreal de valor, o teto salarial irá seguir a alta quando esse dinheiro chegar nos cofres da liga.

O teto era de 58 milhões na temporada 2013-14, subiu para 63 milhões em 2014-15, será de 67 milhões nesta temporada. Ele, porém, deve saltar para OITENTA E NOVE milhões no ano que vem! Depois disso as previsões são de que pule ainda mais, para 110 milhões de doletas!

E sim, é por esse motivo que tem tanto jogador mais ou menos recebendo contratos de 8 ou 10 milhões de dólares por ano. A partir do ano que vem esse vai ser o padrão da classe média da liga.


Quanto é o máximo e o mínimo que cada jogador pode receber?
O valor depende de dois fatores: o teto salarial e o número de anos de experiência do jogador na NBA.

Por exemplo, um jogador que tenha de 0 a 6 anos de experiência na NBA pode receber, no máximo, 25% do teto salarial por temporada. O número pula para 30% se o cara tem de 7 a 9 anos de NBA e 35% a partir de uma década de liga.

O salário mínimo de um novato nesta temporada é de 543 mil dólares por ano, para um jogador com mais de 10 anos de NBA o mínimo que pode ser dado é 1 milhão e meio de verdinhas.


Pergunta do leitor: Como é cobrada a taxa das equipes que passam o teto salarial? EX: O teto é de 65 milhoes anual, a equipe tem 80 milhões anuais, esta passando 15 milhões, chega no meio da temporada ela manda alguem para outro time que receberia 15 milhões, ficando no teto de 65 milhões, como fica? Paga proporcional? Paga o valor referente ao começo da temporada? 

A NBA funciona no esquema “soft cap”, o que quer dizer que existe um teto salarial mas existem maneiras de passar por cima dele. Um time acima do teto salarial, por exemplo, não pode contratar um Free Agent por qualquer preço, mas pode gastar o quanto for preciso para renovar o contrato de um jogador que já joga por lá.

Se um time fica acima do teto salarial ao longo da temporada, ele não recebe alguns benefícios da liga. Existe ainda o “luxury tax” que é um limite acima do teto salarial, quando a equipe ultrapassa esse limite, paga taxas para a NBA, que repassa o dinheiro para os times que estão abaixo do teto.

Fica assim:

Times abaixo do teto: Não pagam multas, têm espaço para contratar Free Agents.

Times acima do teto mas abaixo do luxury tax: Não recebem dinheiro das multas; não têm espaço para contratar Free Agents (além das exceções, claro)

Times acima do luxury tax: Pagam multa e não tem espaço para contratar Free Agents (além das exeções).


Pergunta do leitor: Denis, qual o motivo de um contrato máximo para jogadores como Irving e o Wall serem de “somente” 90 mi e para o Davis ser de 145. Existe algum tipo de premiação (All Star, First Team…, MVP) que aumenta esse valor? 

Normalmente um jogador que acabou de sair do seu contrato de rookie (o contrato de 4 anos pré-fixado feito logo após o Draft) só pode receber uma extensão que tem como limite 25% do teto salarial da NBA no seu primeiro ano, com um aumento progressivo nos anos seguintes. Mas se um jogador conseguir ser MVP uma vez, All-Star duas vezes ou entrar no All-NBA Team ao menos duas vezes nesses primeiros anos, ele fica elegível para receber um contrato que atinja 30% do teto salarial da NBA no seu primeiro ano, com os aumentos normais depois. Essa exceção é chamada de “Rose Rule”, já que foi criada pensando em Derrick Rose, que foi MVP da liga antes de receber sua primeira extensão de contrato.

A verdade é que esse número divulgado pelo Pelicans não é necessariamente verdadeiro, ninguém sabe qual será o valor real ainda. Isso porque a extensão passa a valer só daqui um ano. Para ser elegível para a ‘Rose Rule’, Davis precisa ser titular no próximo All-Star Game ou entrar mais uma vez em um dos três All-NBA Teams. É bem provável, sabemos disso, mas uma lesão pode estragar tudo. Outro dado que nos impede de saber o valor exato do contrato é que ele depende do valor do teto salarial do ano que vem, que só será definido em Julho de 2016. Se ele conseguir entrar na Rose Rule, o salário do primeiro ano do novo contrato é de 30% desse teto. As previsões da NBA é que ele fique na casa dos 89 milhões, e é pensando nisso que chegaram na conta de 145 milhões por 5 anos.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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