Bem amigos do Bola Presa, bem vindos a mais uma temporada de NBA aqui neste humilde blog. Depois de merecidas férias (risos) após aquela cobertura louca dos Playoffs, voltamos em ritmo de pré-temporada aquecendo os motores para o basquete de verdade que começa no fim deste mês.
Separamos nosso preview em divisões, apresentando os times na ordem que achamos que eles vão terminar frente a seus rivais. Destacamos quem chegou e quem saiu (os mais importantes, não necessariamente todas as mudanças) e tentamos prever a rotação de cada time.
[image style=”fullwidth” name=”on” link=”” target=”on” caption=”Faz carinha de quem fez 37 pontos em 9 minutos”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Warriors2_teste.jpg[/image]
Golden State Warriors
Quem chegou: Kevon Looney, Ben Gordon e Jason Thompson
Quem saiu: David Lee
A ambição: Ganhar tudo de novo
A realidade: Realmente podem ganhar tudo de novo
Titulares | Reservas | Resto |
Steph Curry | Shaun Livingston | Ian Clark |
Klay Thompson | Leandrinho | Brandon Rush |
Harrison Barnes | Andre Iguodala | Kevon Looney |
Draymond Green | Mareese Speights | James McAdoo |
Andrew Bogut | Festus Ezeli | Jason Thomspon |
O Golden State Warriors não simplesmente venceu o título da NBA na última temporada, eles atropelaram tudo e todos. Como cansamos de dizer no ano passado, acabaram a temporada com a melhor defesa, o segundo melhor ataque e um dos melhores saldos de pontos da HISTÓRIA da liga. Steph Curry e seus companheiros titulares cansaram de nem entrar em quadra no último quarto de tantos jogos que eles abriam 15, 20 e não olhavam para trás.
Do time que fez isso na temporada passada, apenas David Lee, que acabou virando um mero reserva, deu o fora. Steph Curry MVP? Presente. Klay Thompson que marca 100 pontos em um quarto? Presente. Draymond Green ultra versátil e agora também milionário? Presente. Iguodala MVP das Finais? Opa, por aqui! Então por que acreditar que eles não vão ganhar tudo de novo?
Se nenhuma lesão atrapalhar esse grupo, é difícil imaginar que eles não cheguem novamente ao menos na final do Oeste de novo. E lá, se forem derrotados por alguém, vai ter que ser porque outro time conseguiu queimar o cosmo e também alcançar o sétimo sentido. O LA Clippers tem elenco para montar um time quase sem falhas, assim como o San Antonio Spurs, e os dois devem fazer isso para vencer, porque esperar esse Warriors mostrar fraquezas pode ser uma fria.
Os times que deram trabalho para o Warriors na temporada passada, como o Bulls na temporada regular, Grizzlies e Cavs nos Playoffs, tiveram sucesso relativo ao conseguir diminuir o ritmo de jogo, evitar contra-ataques e usar e abusar de seus pivôs contra o quase sempre time baixo do Warriors. Em todos os casos o time de Steve Kerr sofreu, mas achou soluções em seu vasto elenco para virar os jogos. De qualquer forma, talvez o caminho para derrubá-los esteja por aí. Quem tiver sucesso diminuindo o ritmo do Warriors consegue pelo menos ter uma chance. Ironicamente, porém, cada vez mais times tem deixado seus pivôs de lado para investir em elencos ágeis, baixos e velozes como o Warriors. Sinceramente, duvido que alguém possa os bater dentro do esquema deles.
Para ficar de olho: Andrew Bogut é um dos poucos do elenco que não é tão jovem, será que sua boa fase física dura mais tempo? Se não, vão depender da evolução do promissor-mas-limitado Festus Ezeli. O esquema do Iguodala de titular e nenhum pivô funcionou na final, mas é impensável, até fisicamente, sustentar isso durante 82 longos jogos.
Para ficar de olho 2: o técnico Steve Kerr fez uma cirurgia na coluna e não está comandando o time nessa pré-temporada e training camp. O time já joga no automático e se conhece, mas não parece uma boa começar o ano sem ter o treinador para comandar a única época do ano em que os times podem treinar de verdade. Além disso, Alvin Gentry, principal assistente do time na última temporada, deixou a franquia para assumir o comando do New Orleans Pelicans.
[image style=”wide” name=”on” link=”” target=”on” caption=”Os fiéis escudeiros de Austin Rivers”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/LAC.jpg[/image]
Los Angeles Clippers
Quem chegou: Paul Pierce, Lance Stephenson, Wesley Johnson, Pablo Prigioni, Josh Smith
Quem saiu: Glen Davis, Spencer Hawes, Danthay Jones, Hedo Turkoglu e Matt Barnes
A ambição: Finalmente disputar uma final da NBA
A realidade: Tem time para disputar a final, mas vão empacar na MALDIÇÃO
Titulares | Reservas | Resto |
Chris Paul | Austin Rivers | Pablo Prigioni |
JJ Redick | Jamal Crawford | CJ Wilcox |
Paul Pierce | Lance Stephenson | Wesley Johnson |
Blake Griffin | Josh Smith | Luc Mbah a Moute |
DeAndre Jordan | Cole Aldrich | Branden Dawson |
Durante boa parte dos últimos Playoffs nenhum time, nem o Warriors, pareceu tão dominante quanto o LA Clippers. A trinca ofensiva de Chris Paul, Blake Griffin e DeAndre Jordan parecia simplesmente impossível de ser parada, e a capacidade atlética da equipe compensava os altos e baixos da defesa, que tinha sido o ponto fraco deles na temporada regular. Mas de repente aconteceu aquela virada SURREAL para o Houston Rockets, estão lembrados? Perderam os Jogos 5, 6 e 7, sendo que o penúltimo foi em Los Angeles e eles venciam por 15 a poucos minutos do fim. E tem mané aí que não acredita que o Clippers foi construído em cima de um cemitério indígena.
A desgraça do Clippers quase durou um pouco mais quando por muito, mas muito pouco não perderam DeAndre Jordan para o Dallas Mavericks nas férias. Sorte que ele se arrependeu antes da data em que poderia assinar o novo contrato e retornou ao time de Los Angeles no infame caso do Sequestro dos Emojis. Alguns dias de diferença e o Clippers teria perdido um de seus melhores jogadores, não teria espaço no teto salarial para contratar uma reposição e teria jogado no lixo a sua maior chance NA HISTÓRIA de brigar pelo título.
Esse carro derrapante que é o Clippers é difícil de prever, mas certamente é empolgante e muito potente. Eles têm mais do que potencial e talento, eles já mostraram do que são capazes, mas é inegável que são imprevisíveis. Derrotaram o poderoso San Antonio Spurs com autoridade em uma das melhores séries de Playoff de todos os tempos, mas perderam com amareladas homéricas nos dois últimos anos. Alguém bota seu rico dinheiro nesses caras?
Dois problemas assolaram o Clippers na última temporada, a falta de uma defesa consistente no perímetro, longe da proteção de DeAndre Jordan, e um fraquíssimo banco de reservas. Este segundo problema foi muito bem atacado na offseason e o time se livrou de pesos mortos como Glen Davis e Hedo Turkoglu e conseguiu trazer Lance Stephenson, Paul Pierce e Josh Smith.
Stephenson foi mal no Hornets na última temporada, mas é bom jogador e, o mais importante, versátil! Pode substituir Chris Paul na armação muito melhor do que Austin Rivers, mas também pode jogar ao lado do armador e até na posição 3 dependendo do que encontrar do outro lado da quadra. Josh Smith também exerce múltiplas funções e mostrou no Rockets no ano passado que pode compensar os momentos de heroísmo desastrado e megalomania com bons passes e proteção de garrafão. Paul Pierce, idoso de tudo, brilhou nas últimas duas temporadas, tanto no Nets quanto no Wizards, ao se tornar um matchup esquisito e difícil de marcar ao jogar na posição 4. Ao enfrentar caras mais altos, sua falta de velocidade fez menos diferença e os arremessos de longe punem o adversário.
Mas se o banco finalmente não vai ser um buraco nos jogos do Clippers, a questão da defesa de perímetro está longe de ser resolvida. Não só não contrataram nenhum especialista na posição como perderam o sempre insuportável (e útil) Matt Barnes. De alguma forma JJ Redick anulou James Harden nos últimos Playoffs, mas difícil contar com isso sempre. Sabemos como o basquete de pós-temporada pode ficar individualista nos finais de partida e talvez o Clippers sofra na hora de ter alguém para defender Kevin Durant, Kawhi Leonard o outros caras do tipo. Defesa é muito mais do que mano-a-mano, mas certamente este é um raro ponto fraco do time de Doc Rivers.
[image style=”fullwidth” name=”on” link=”” target=”on” caption=”E se a gente adicionasse mias 4 armadores nessa foto?”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Suns_.jpg[/image]
Phoenix Suns
Quem chegou: Tyson Chandler, Devin Booker, Jon Leuer e Mirza Teletovic
Quem saiu: Reggie Bullock, Marcus Morris e Brandan Wright
A ambição: Voltar a disputar os Playoffs
A realidade: Vai ser mais difícil do que eles imaginam
Titulares | Reservas | Resto |
Eric Bledsoe | Ronnie Price | |
Brandon Knight | Archie Goodwin | Devin Booker |
PJ Tucker | TJ Warren | Cory Jefferson |
Markieff Morris | Mirza Teletovic | Sonny Weems |
Tyson Chandler | Alex Len | Jon Leuer |
As questões internas parecem quase todas resolvidas. O insatisfeito Goran Dragic foi trocado, Isaiah Thomas não está mais aí para reclamar que é reserva e Marcus Morris foi separado de seu irmão gêmeo para ver se os dois param de aprontar poucas e boas fora das quadras. Quando os amiguinhos são acusados de espancar pessoas, eles tem que ser separados pra ver se sossegam o facho, né? Markieff Morris ainda resmungou um bocado depois de ver o irmão partir, mas nas últimas semanas voltou a dizer que quer ficar em Phoenix. O Suns precisa dele para funcionar, ele precisa ficar no Suns para se livrar do rótulo de bad boy que ameaça chegar pra ficar.
Há dois anos o Phoenix Suns era um time em reconstrução que deu mais certo do que todo mundo esperava e quase beliscou uma vaga nos Playoffs. Na temporada passada o Suns era o time que deveria evoluir e ficar entre os 8 melhores do Oeste, mas ao invés disso foi um poço de brigas internas, trocas e decepções. Qual vai ser a deles agora?
Se as questões extra-quadra se resolverem, dentro das linhas a receita está lá para o sucesso. O ataque veloz proposto por Jeff Hornacek tem tudo para voltar a funcionar em alto nível com Eric Bledsoe agora tendo Tyson Chandler como seu parceiro de pick-and-roll. O pivô experiente, além de excelente defensor, é perigoso nessa jogada que é a base de todo o ataque do Suns. Como em todo bom sistema ofensivo baseado em pick-and-rolls, os arremessadores de longa distância são essenciais para obrigar a defesa a não ficar plantada no meio da quadra fechando o garrafão. É aí que a chegada do novato Devin Booker e de Mirza Teletovic podem fazer a diferença. E é por isso que, no papel, Markieff Morris é o parceiro de garrafão ideal para Chandler.
O elenco desse ano coloca menos pressão sobre o jovem pivô Alex Len, e os dois armadores do elenco, Bledsoe e Brandon Knight, parecem ter funções mais bem definidas, com Knight jogando mais sem a bola e evitando aqueles conflitos de ego que tiveram Bledsoe e Dragic. A relação de Markieff Morris com a direção do time, seu técnico e resto de elenco, assim como a evolução dos jovens Archie Goodwin e TJ Warren são os detalhes que podem fazer o Suns subir de mera aposta para certeza de Playoff em 2016.
[image style=”fullwidth” name=”on” link=”” target=”on” caption=”SPOILER: foi falta técnica”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Boogie.jpg[/image]
Sacramento Kings
Quem chegou: Marco Belinelli, Willie Cauley-Stein, Caron Butler, Rajon Rondo e Kosta Koufos
Quem saiu: Carl Landry, Ray McCallum, Reggie Evans e Nik Stauskas
A ambição: Primeira aparição em Playoffs desde 2006
A realidade: Um circo que pode dar certo ou pegar fogo
Titulares | Reservas | Resto |
Rajon Rondo | Darren Collison | Seth Curry |
Ben McLemore | Marco Belinelli | James Anderson |
Rudy Gay | Caron Butler | Omri Casspi |
Kosta Koufos | Quincy Acy | Duje Dukan |
DeMarcus Cousins | Willie Cauley-Stein | Eric Moreland |
Eu ficaria muito surpreso se o Sacramento Kings tivesse uma campanha melhor que a do Phoenix Suns? Nã… ok, eu ficaria, mas seria possível entender. No papel, o Kings tem seu melhor elenco desde o saudoso tempo de Chris Webber e Pej Stojakovic. E olha que isso faz tempo! DeMarcus Cousins é um dos melhores jogadores da NBA, Rondo já foi um dos melhores armadores, Belinelli está lá na elite dos arremessadores e Rudy Gay é um pontuador nato. Mas basta acompanhar a NBA há algum tempo para saber que todo mundo nesse elenco tem um asterisco do lado do nome.
Quando Cousins não está dominando jogos, ele está estragando jogos com faltas técnicas ou deixando seu time na mão ao cometer uma sexta falta idiota a minutos do fim da partida. Ele voltar andando para a defesa depois que não teve uma falta chamada a seu favor já é um clássico da NBA, algo tradicional como Tim Duncan usando a tabela. Rajon Rondo não se esforça há uns 4 anos e acabou de sair do Dallas Mavericks após ter uma briga homérica com seu técnico e ser dispensado no meio de uma série de Playoff. Rudy Gay é gente fina e talentoso, mas seus dois últimos times melhoraram horrores depois de o trocar por pacotes de amendoim. E Belinelli, o mais tranquilo de todos, foi se destacar mais na carreira quando teve times organizados em volta para dar para ele boas oportunidades de arremesso, justamente o oposto do que ele encontrará em Sacramento.
E falar da personalidade dos jogadores é pouco frente ao caos que assombra essa franquia. Nos últimos anos, desde que o indiano Vivek Ranadivé comprou o time, tudo tem dado errado: Pete D’Alessandro foi contratado como General Manager, mas ele não conseguia fazer o que planejava porque Vivek se intrometia em tudo, então resolveram trocar D’Alessandro por Vlade Divac, um raro manager que não entende lá muita coisa de regras salariais da NBA e que não confia necas nessa ~modinha das estatísticas avançadas~. As tal analytics, aliás, eram prioridade quando Vivek assumiu e imediatamente contratou Dean Oliver, um dos pioneiros da pesquisa estatística no basquete nos EUA. Pois não deu dois anos e Oliver foi mandado embora por Divac, que quer encher o time de ex-atletas e não com caras que só estudam o jogo. Ideologias que mudam a cada ano, um manager que sabe pouco da função que exerce e um dono que adora meter a mão em tudo, e que muda de ideia toda hora. Como dar errado, né?
E nem começamos a falar dos técnicos, né? Mike Malone levou o time a um ótimo início de temporada no ano passado, fez Cousins jogar o melhor basquete da vida, mas bastou uma sequência de derrotas para ele ser demitido. Detalhe: Cousins estava doente e não jogou durante essa sequência de jogos! O único técnico capaz de fazer o Kings jogar algo parecido com basquete nos últimos anos foi demitido quando não tinha culpa, em resumo. Para o lugar dele chegou primeiro Tyrone Corbin e depois George Karl, que incorporou o profissionalismo da franquia e disse que queria Cousins trocado. O clima ficou tão pesado que o negócio quase rolou, e Karl teve que se desculpar com o jogador para existir um mínimo de clima possível para que os dois entrassem na quadra neste ano.
Dito isso, quantos mangos você aposta no sucesso do Sacramento Kings? O pior de tudo é que o elenco é bom e se incorporarem o espírito dos renegados-em-busca-de-redenção até podem fazer barulho.
[image style=”fullwidth” name=”on” link=”” target=”on” caption=”-Nunca. Nunca passe a bola”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Kobe-Clarkson.jpg[/image]
Los Angeles Lakers
Quem chegou: Ron Artest/Metta World Peace, D’Angelo Russell, Roy Hibbert
Quem saiu: Jeremy Lin, Wesley Johnson, Jordan Hill
A ambição: Desenvolver os jovens jogadores e não passar vergonha
A realidade: Passar vergonha
Titulares | Reservas | Resto |
D’Angelo Russell | Marcelinho Huertas | Anthony Brown |
Jordan Clarkson | Louis Williams | Metta World Peace |
Kobe Bryant | Nick Young | Larry Nance Jr |
Julius Randle | Ryan Kelly | Tarik Black |
Roy Hibbert | Brandon Bass | Robert Sacre |
Vamos dar uma olhada no provável time titular do Los Angeles Lakers:
D’Angelo Russell: Novato. Parece bom, mas não temos ideia de até onde pode (ou não) chegar
Jordan Clarkson: Segundo ano de NBA, se destacou na segunda metade da última temporada como o cestinha de um time ridículo
Kobe Bryant: Jogou apenas 41 jogos dos últimos 164 possíveis do Lakers; está com 37 anos
Julius Randle: Quebrou a perna em seu primeiro e único jogo na carreira
Roy Hibbert: Após ter sido até All-Star, foi chutado pra fora do Indiana Pacers depois de sua pior temporada na liga
O Lakers tem um ídolo cujo corpo não parece dar mais conta do recado, um pivô tentando mostrar que ainda pode ser titular e útil na NBA e três jogadores que nunca provaram nada em alto nível. Não é exatamente uma receita de sucesso.
Mas se é bom jogar esse balde de água fria logo de cara, também é justo dizer que nem tudo está perdido. Há alguns anos a dupla Steph Curry e Klay Thompson também era só um backcourt de dois pirralhos com um aparente talento e nenhuma certeza de sucesso. Blake Griffin perdeu sua temporada de novato com uma lesão bem grave e nunca mais teve problemas. O trio Russell, Clarkson e Randle pode ser a espinha dorsal de um time que vai brilhar daqui uns anos, mas o fato é que estamos tão no começo de tudo que não é possível apostar em nada. Impossível sequer chutar quais desses tem potencial para carregar um time nas costas ou só ser um bom reserva.
O objetivo do Lakers nessa temporada é, portanto, descobrir tudo isso. Colocar a molecada para jogar, encher eles de responsabilidades, funções, furadas e deixar eles aprendendo com os erros e a experiência. O triste da situação é ver Kobe Bryant se aposentando apenas como um mentor, e não disputando jogos importantes de Playoff. Mas não é todo mundo que consegue ter um final de carreira de cinema. A maioria, aliás, se aposenta em situações até piores. Mesmo Michael Jordan, que teve o final dos sonhos, com um arremesso de título, fez questão de voltar para dar adeus ao basquete em um jogo de temporada regular com a camisa do Washington Wizards.
Mais do que o Kobe em quadra, estou curioso para ver como ele vai lidar com esse papel de tutor para o resto do elenco. Perfeccionista e MUITO CHATO, ele nunca foi do tipo paizão, pelo contrário, é daqueles que grita, cobra, xinga e cria um sincero desprezo daqueles que não treinam e se dedicam como ele. Essa postura militar não tem dado certo com essa nova geração de jogadores. O tempero extra para essa situação estranha foi a contratação de Ron Artest/Metta World Peace. Quando na história desse planeta a gente poderia esperar que o cara que SOCOU TORCEDORES NA CARA seria contratado pensando em levar seriedade e “experiência vencedora” ao vestiário de uma equipe? Está acontecendo, amigos.