Hora do último preview da segunda rodada dos Playoffs. Já falamos antes do duelo Celtics/Wizards, Spurs/Rockets e Cavs/Raptors!
(1) Golden State Warriors x (5) Utah Jazz
Vamos ser sinceros, não existe receita para vencer esse Golden State Warriors. Tem coisas que você pode fazer para ter alguma chance e, se fizer certo, talvez tenha chance no último minuto de um sofrido Jogo 7.
São basicamente duas coisas que mais machucam o time de Steve Kerr:
Rebotes ofensivos
O Golden State Warriors é o time que mais cede rebotes de ataque por jogo na NBA. Eles jogam com um time muito baixo e com todos os jogadores prontos para o contra-ataque, dando espaço para segundas chances do rival. O problema? Primeiro que o Utah Jazz, bem conservador com sua defesa, gosta de ter todo mundo de volta rápido para evitar os tais contra-ataques e assim tem apenas a 21ª marca em rebotes ofensivos por jogo (17º em porcentagem de rebotes ofensivos ganhos).
Outro problema é que o Warriors é o time que força o aproveitamento mais baixo dos arremessos de seus oponentes. Então ter uma segunda chance não é necessariamente ter um acerto garantido. De qualquer forma, na única vitória do Jazz sobre o Warriors nessa temporada, Steve Kerr colocou os rebotes de ataque do adversário como a razão para o resultado: “Eles arremessaram 12 vezes a mais!”
VIDEO: Kerr on Warriors loss to Jazz: "Rebounding. They got 12 more FGAs. That was the difference" ? (1:00) https://t.co/kRkxtzZ2kl
— LetsGoWarriors (@LetsGoWarriors) April 12, 2017
Jogo pegado
O que os times mais aprenderam com o OKC Thunder e o Cleveland Cavaleirs nos Playoffs do ano passado é que é preciso usar o corpo para desgastar o Warriors. Pegar, puxar, enfiar o braço, se enroscar, desgastar os jogadores do Warriors no limite das faltas para evitar que eles se movimentem soltos pela quadra. Quando eles se mexem, ficam livres. Quando ficam livres, fazem cestas. E daquelas que valem mais pontos.
Um ótimo time na defesa, o Jazz tem elenco para fazer uma série pegada contra o Warriors, mas não sei se o bastante. Os atletas de Quin Snyder não são tão atléticos e rápidos e provavelmente teriam que abrir mão dos rebotes de ataque citados acima para voltar rápido para a defesa, forçar um ritmo mais lento e tentar fazer a série ser mais pegada. A comunicação defensiva do time terá que ser PERFEITA para compensar a falta de velocidade de Boris Diaw, Joe Johnson, Joe Ingles e outras peças importantes do time.
Aqui está a pegadinha: se você coloca muitos jogadores para o rebote de ataque e punir o Warriors, você corre o risco de não pegar esse rebote e se ver marcando com menos jogadores o time mais mortal do basquete na transição. Se você volta correndo com todo mundo, não explora uma rara deficiência do adversário. O que fazer?
O Jazz ainda tem outras questões-chave: quanto tempo de quadra dar para Rudy Gobert, que provavelmente será forçado a sair do garrafão para marcar os quintetos baixos do Warriors? Quem Joe Johnson, essencial no ataque, irá marcar? O Jazz é um dos times mais lentos da temporada, como fazer para diminuir o número de posses de bola contra um dos que mais gostam de transformar o jogo numa correria completa?
Na temporada regular, segundo dados do John Schumann da NBA.com, o Utah Jazz acertou apenas 17 dos 56 arremessos que tentou nos 34 minutos em que o quarteto Curry-Klay-Durant-Green estava junto em quadra. E o Warriors acertou 15 dos 25 arremessos que tentou perto do aro quando Gobert estava defendendo, o maior aproveitamento de TODA A NBA contra o melhor defensor da liga em volta da cesta.
MALDIÇÃO BOLA PRESA
Na melhor das hipóteses o Jazz vai ver Gordon Hayward ter atuações mágicas e Rudy Gobert dominar os rebotes como nunca antes em sua vida, mas mesmo assim parece surreal demais imaginar que eles vençam o Warriors QUATRO vezes. Os grandes desafios do Warriors começam só na próxima rodada.
Last the jazz played the warriors in the playoffs pic.twitter.com/yqZb8LAEsB
— Go Spurs Go (@Bjones1128) May 2, 2017