Sobrevivemos a mais uma movimentada Trade Deadline! Foram 19 trocas na última quinta-feira, quatro a mais que no último ano e a mais m0vimentada desde 2019. E ainda tivemos três trocas no final de Janeiro, maior marca para a época desde 2020. Só que teve alguém que não participou da festa… o Chicago Bulls. De novo. O time liderado por Arturas Karnisovas não fez nenhuma troca, assim como não tinha feito em 2023 e 2022. Dos 30 times da NBA, apenas o Bulls não fez um negócio sequer nos últimos três anos de Trade Deadline. Como lembrou a ESPN, o Miami Heat e o Cleveland Cavaliers também não fizeram trocas no exato dia limite de negociações nos últimos anos, mas tinham feito nos dias anteriores.
Não fazer trocas não é necessariamente ruim nem necessariamente bom, existem todos os tipos de casos. Acho que todo torcedor do Los Angeles Lakers adoraria que o time não tivesse feito muitas trocas depois do título de 2020, por exemplo. É até engraçado pensar que sua versão atual está desesperada atrás de jogadores como Kentavious Caldwell-Pope, Alex Caruso e Kyle Kuzma. Por outro lado, o quanto é legal ver o Boston Celtics ter a melhor campanha da temporada depois de ousar mudar um time redondinho que tanto brilhou nos últimos anos, arriscando Kristaps Porzingis no lugar do capitão Marcus Smart?
Cada caso é um caso e todos devem ser analisados individualmente. E é dentro dessa individualidade que fica difícil explicar a decisão do Bulls de não fazer nada. O time está de de novo apenas brigando por uma vaga no Play-In da Conferência Leste, está vendo os contratos de DeMar DeRozan e Andre Drummond acabarem e está recebendo diariamente ligações de General Managers desesperados por Alex Caruso. Se nos últimos anos o time reclamou de não ter mais ativos para conseguir reforçar o time ao redor da boa-mas-nem-tanto base, por que desperdiçar esses ativos agora enquanto valem alguma coisa? Segundo Karnisovas, que deu entrevista após a Trade Deadline, o time está jogando bem ultimamente e que seu único plano era se “manter competitivo”, e que todas as trocas que estavam disponíveis seriam “um passo para trás”.
Talvez tudo isso não passe de trauma. As duas últimas grandes trocas do Bulls acabaram sendo desastrosas: primeiro quando mandaram o ainda jovem Lauri Markkanen para o Cleveland Cavaliers em troca de uma mísera escolha de Draft (que ainda não chegou) e Derrick Jones Jr. O finlandês pouco fez em Chicago e agora, dois anos depois, é uma estrela da NBA. Depois tivemos a grande troca por Nikola Vucevic, que não deslanchou nem mudou o time de patamar e que custou Wendell Carter Jr (outro que viveu seu melhor momento assim que saiu) e duas escolhas de Draft, uma delas de Top 10 que se tornou Franz Wagner. E devemos citar que em 2021 eles mandaram Daniel Gafford para o Washington Wizards e em troca receberam Javonte Green e Troy Brown Jr? Pois é.
Em comum, os negócios ruins do Bulls tiveram a pressa como maior inimiga. Se livraram de Carter, Gafford e Markkanen ainda muito jovens, antes de deslanchar, sempre em busca de alguma ajuda veterana imediata ou de alívio salarial para que outros movimentos fossem possíveis. Só agora com Coby White estão tendo o prazer de ver um jogador que teve um começo de carreira capenga começar a se encontrar ainda com a camisa vermelha. Consigo enxergar Karnisovas se obrigando a ter paciência dessa vez. Ao invés de trocar DeRozan valendo pouco nos últimos meses de contrato, renovar com um ele por uma pechincha na offseason ou até fazer um sign-and-trade, já que provavelmente os times em que DeRozan gostaria de jogar não terão espaço salarial sobrando. Talvez pensem em manter Drummond a longo prazo visando uma troca de Vucevic quando seu contrato for mais curto; e talvez não queiram trocar Caruso só porque ele é muito bom e importante para um time que sonha em voltar aos Playoffs o mais rápido possível. E temos que lembrar que Zach LaVine, jogador mais especulado em trocas no time ao longo da temporada, está machucado e deve perder o resto do campeonato, o que afastou os times que antes estavam interessados.
Sigo achando que DeRozan deveria ter sido trocado já no ano passado, que o contrato do LaVine é caro demais e que se algum time apareceu com mais de uma escolha de Draft por Caruso, era pra ter aceitado. Mas talvez as propostas boas nunca tenham chegado mesmo. E mesmo que nossa ânsia sempre mande os times medíocres fazerem alguma (QUALQUER COISA!), um General Manager precisa ser mais frio que isso. Na prática, o bombardeio sofrido por Karnisovas no pós-Trade Deadline não é por causa da quinta-feira, mas dos negócios anteriores. É pelo all-in que deu no grupo de Lonzo Ball, LaVine, Caruso, DeRozan e Vucevic que rendeu três meses de um dos times mais divertidos de toda a NBA e depois dois anos e meio de mediocridade.
Falta descobrir se a falta de negócios do Bulls é sinônimo de paciência em busca da troca certa para começar uma nova era ou mais um caso de um cartola apaixonado demais por sua ideia inicial, sem condição de admitir que deu tudo errado e não tem mais volta. Infelizmente essas respostas não aparecem quando o time não faz nada, mas quando faz alguma coisa. As decisões em relação a DeRozan, Caruso e LaVine na offseason podem finalmente colocar o Bulls de novo no centro das discussões, por bem ou por mal.
O número mais extremo da semana na NBA veio do cara dos extremos, Victor Wembanyama. Que ele parece melhorar a cada semana é óbvio, mas ninguém estava esperando uma partida de 27 pontos, 14 rebotes, 5 assistências e 10 tocos em uma vitória do seu San Antonio Spurs sobre o Toronto Raptors. Um raríssimo triple-double com tocos! Foi apenas a 91ª vez que isso aconteceu na NBA desde que tocos começaram a ser contados em 1973. O último tinha sido em 2021, com Clint Capela (13 pontos, 19 rebotes and 10 tocos).
É triplo duplo que você quer, @?
Pois bem, vídeo com todos os highlights de Victor Wembanyama ontem contra o Toronto Raptors.
📈 27 PONTOS – 14 REBOTES – 10 TOCOS – 5 ASSISTÊNCIAS – 2 ROUBOS
DOMINANTE! 👽pic.twitter.com/H84og562dx
— Cultura Pop (San Antonio Spurs Brasil 🇧🇷) (@CulturaPopPod) February 13, 2024
De todas as 91 ocasiões, apenas quatro foram alcançadas por um novato: além de Wembanyama, David Robinson, Mark Eaton e Ralph Sampson também alcançaram o feito em suas primeiras temporadas. Isso dá mais tempo para Wemby tentar repetir a dose, o que é também raro. Apenas oito jogadores na história da NBA têm mais de um triple-double com tocos, lista liderada por Dikembe Mutombo e Hakeem Olajuwon com dez cada.
O mais curioso da lista acima é ver como Eaton teve dez tocos ou mais em DEZESSEIS ocasiões, mas só cinco viraram triple-doubles. Tem que ser um jogador completo, Markão! É o caso de Wemby, que se tornou o quinto jogador a conseguir um triple-double com tocos e ainda dar cinco assistências numa partida, se juntando a Kareem Abdul-Jabbar, Olajuwon, Sampson e Robinson. Próximo passo seria um quadruplo-duplo? O último foi de Robinson em 1994.
TIME A SER BATIDO?
O Cleveland Cavaliers é o time mais quente da NBA no momento. Venceu 17 dos seus últimos 19 jogos e boa parte dessas partidas foram massacres, com o Cavs registrando saldo de pontos de +16,2 pontos a cada 100 posses de bola no período. Não sabe o quanto isso é dominante? Te dou um dado: abaixo temas a lista de times dos últimos 15 anos que registrou saldo de ao menos +15 pontos por 100 posses em um período de 19 jogos. É só pedrada:
Cavaliers have a +16.2 net rating since Jan. 1 (via @bball_ref). Only teams in the last decade to have net rating of 16+ over 19 games:
67-win Spurs (2015-16 season)
67-win Warriors (2016-17 season)
63-win pace Bucks (2019-20 season)Teams with net rating of 15+ over 19 games: pic.twitter.com/yiqFymjqnk
— Mike Vorkunov (@MikeVorkunov) February 12, 2024
A LA PAZ AMERICANA
Na semana passada escrevemos sobre Joel Embiid não enfrentar Nikola Jokic em Denver desde 2019, lembram? Pois não é só ele. Segundo um levantamento do Tom Haberstroh, a altitude influencia muito a presença de grandes jogadores em jogos em Denver e Salt Lake City. Elas são as cidades que mais viram estrelas descansarem nas últimas duas temporadas. Nada menos que 40% das estrelas que visitaram o Utah Jazz nos últimos anos foi poupada! Haberstroh destaca o fato do Top 5 inteiro ser de cidades relativamente isoladas de outras praças da NBA na esparsa Conferência Oeste. Quando chegam a vez delas durante longas viagens, os times tendem a poupar mais seus jogadores. Quando a altitude entra em jogo, mais ainda.
JOGADA BOLA PRESA DA SEMANA
Era pra ser a consagração da Lei do Ex! Um contra-ataque contra o antigo time que não quis renovar seu contrato, hora de mandar a enterrada mais bonita da semana, Obi Toppin! Pelo menos rendeu uma risada de Julius Randle…
RANDLE 👎 AFTER OBI TOPPIN MISSED DUNK 😂 pic.twitter.com/IjM9i37nhr
— Bleacher Report (@BleacherReport) February 11, 2024
No mesmo jogo, porém, Tyrese Haliburton conseguiu uma jogada de efeito de verdade. Aproveitando a moda de dar passes para si mesmo usando a tabela (popularizado por Edwards, Embiid, Chet e Wemby nesta temporada), o armador do Indiana Pacers usou a tabela para dar assistência para uma outra assistência. Coisa de maluco!
Haliburton crafty assist off the backboard 🤯 pic.twitter.com/vVewwWSRXP
— NBA TV (@NBATV) February 11, 2024
Mas a NBA é tão maluca que ele não foi o primeiro a fazer isso. Nem o primeiro a fazer isso no Madison Square Garden. Nem o primeiro a fazer isso no Madison Square Garden em um dia 10 de Fevereiro.
Kobe Bryant Tyrese Haliburton
🤝
Off the backboard assists at MSG
pic.twitter.com/AhSXUK7Dsf— ClutchPoints (@ClutchPoints) February 11, 2024
Outra grande assistência da semana foi esse passe magistral de LeBron James para Anthony Davis, apenas um TAPA na bola que matou a defesa do Denver Nuggets. Algumas pessoas questionaram se havia sido sem querer ou de propósito, o que ofendeu LeBron: “Depois de tanto tempo ainda provando que eles estão errados”:
After all this time I’m still proving them wrong! I mean you would think they know by now but you know when it comes to me. https://t.co/kJ0ZA1xPd1
— LeBron James (@KingJames) February 9, 2024
Poréeeeeeem…. que tal esse ângulo da jogada? Sei não, LeBron.
TIOZÃO DA SEMANA
Sabe aquele tiozão que faz piada de tiozão e está sempre deixando todos a sua volta constrangidos sem motivo aparente? É quem Giannis Antetokounmpo tem se tornado a cada dia. Ele já admitiu que gosta de piadas sem graça e desde que virou pai abraçou de vez o personagem. Na última semana ele adicionou mais dois episódios clássicos para reforçar a imagem. Primeiro respondeu assim a uma pergunta sobre os arranhões que ele, Nikola Jokic e outros jogadores de garrafão recebem: “Acho que é mais fácil ver os arranhões nele (Jokic) porque a pele dele é mais clara, mas tenho muitos no meu braço também. Minha mulher acha que é muito sexy, então eu adoro”.
Informação demais, Giannis. Mas esperado de alguém que, DO NADA, mete uma TOALHADA na bunda do árbitro com o jogo em andamento:
Giannis really snapped the towel at the ref & hit him in the backside with it when trying to tell him something 😂💀
The ref couldn’t believe it & didn’t T him up! 😳
Via. @LyneaAndJorge/TT pic.twitter.com/gfy2fGlKex
— NBA Buzz (@OfficialNBABuzz) February 13, 2024
E já que Giannis mandou uma frase absurda, vamos colocar aqui a de Spencer Dinwiddie quando explicou sua decisão de ir para o LA Lakers ao invés do Dallas Mavericks após ser dispensado pelo Toronto Raptors: “Digamos que você é uma criança que apanhou de um valentão. Dallas seria como sua mamãe dizendo ‘tá tudo bem, bebê’, o Lakers seria como seu pai falando ‘é bom você ir lá e lutar até você ganhar'”. Eu entendi o que ele quis dizer? Talvez não, mas sei que a briga pelo Troféu Kyrie Irving de Frase do Ano vai ser intenso!
E o pior é que vai ter mais candidato só dessa semana. Em um novo podcast, Jalen Brunson e Josh Hart discutiram sobre que jogadores da NBA eles conseguiriam superar numa briga (!). Brunson argumenta que conseguiria bater no amigo e ex-companheiro Ryan Arcidiacono e também em TJ McConnell, armador reserva do Indiana Pacers. Ao que Hart responde: “TJ é um desses caras que você não consegue só vencer, você precisa MATAR ele”. Brunson se assusta, olha torto e manda: “Tem algo errado com você, irmão. Você tem problemas de verdade”.
Jalen Brunson says that there are 2 NBA Players he could beat up: Ryan Arcidiacano and TJ McConnell.
Josh Hart: “TJ is one of those guys where I feel like you can’t just win, you gotta kill him.”
Jalen: “There’s something wrong with you bro. You have legit issues.”
(via… pic.twitter.com/tCHR4KAgJL
— KnicksMuse (@KnicksMuse) February 8, 2024
TORTA DE CLIMÃO DA SEMANA
O caso na verdade envolve um bolo, não uma torta. O Dennis Schröder publicou no Instagram uma foto da festa de aniversário do filho com um bolo do… Toronto Raptors. Dias depois dele ter sido trocado para o Brooklyn Nets! “Encomendamos o bolo antes de eu saber da troca”, escreveu. Era melhor ter feito do Daniel Tigre.
e o Dennis Schroder que deixou a festa de aniversário do filho planejada antes de ser trocado e o tema era Raptors
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— NBA das Mina (@NBAdasMina) February 12, 2024
DICA DE LEITURA?
No SportingNews, Stephen Noh conversa com Derrick Rose sobre o seu grande vício: xadrez! Quem diria que um ex-MVP e Danilo Silvestre tinham algo em comum? O armador do Memphis Grizzlies já foi flagrado pela mulher jogando xadrez no meio de um show do Drake e leva seu tabuleiro para todo lugar. A matéria fala ainda de Steven Adams, Klay Thompson, Luka Doncic, Marcus Smart e mais jogadores mordidos pelo bichinho do xadrez.
REFERÊNCIA POP DA SEMANA
Comentaram no Twitter que o Patrick Beverley usando a camisa 21 do Milwaukee Bucks dava a impressão dele ser uma versão maligna do Jrue Holiday. Aí postaram essa imagem:
ÍCONE FASHION DA SEMANA
Uma jaqueta com a cara do Bobby Portis. Uma jaqueta. Com a cara. Do Bobby Portis.
Ninguém na NBA nesta temporada acertou mais arremessos que Stephen Curry nos minutos finais de jogos disputados. O problema é que inúmeras vezes os seus arremessos foram respondidos imediatamente por outros, resultando em derrota do Golden State Warriors, o time que mais perdeu jogos decididos por três pontos ou menos na NBA nesta temporada. Mas não dessa vez!
Enfrentando o Phoenix Suns, Curry recebeu a bola de Brandin Podziemski a poucos segundos do fim, virou e acertou uma bola de 3 perfeita que decidiu o jogo. Emocionante, épico e mais uma imagem para o documentário sobre a carreira de Curry que veremos daqui uns anos. Mas tem mais na jogada que isso. O excelente Joe Viray, que escreve sobre a parte tática do Warriors no Golden State of Mind, fez um artigo excepcional contando a história dessa jogada, ironicamente chamada “Phoenix”.
Se você se interessa por tática, história tática e sabe inglês, vale a pena ler o artigo inteiro, mas vamos resumir aqui em duas partes. A primeira é como a jogada funciona e seus personagens na bola decisiva de Curry: primeiro os jogadores se posicionam na região da cabeça do garrafão em um quadrado ou em linha. Então um deles (Klay Thompson) corta em direção ao canto da quadra para ocupar um dos marcadores. Enquanto isso, um outro jogador (Andrew Wiggins) faz um bloqueio para um companheiro (Draymond Green) que, quando livre, fará um novo bloqueio para que o arremessador (Stephen Curry) tenha espaço para vir de dentro do garrafão e arremessar rápido de 3 pontos. É um jogada feita para arremessos com pouco tempo no relógio.
Nesse caso Bradley Beal leu muito bem a jogada, trocou rápido a marcação antes do corta-luz de Draymond e por pouco não interceptou o passe. Sorte que Podziemski estava ligado e adaptou o ângulo do passe, jogando a bola mais para trás e fazendo a tentativa de roubo de Beal custar caro. Excelente precisão do novato.
Agora a história: a jogada se chama “Phoenix” porque foi criada por Mike D’Antoni quando treinava o Suns no meio dos anos 2000. A jogada foi então popularizada por Gregg Popovich, que foi vítima do lance e resolveu copiar. Desde então ela foi usada também por Quin Snyder e Steve Kerr, como conta (e mostra exemplos) o grande Gibson Pyper do Half-Court Hoops:
Breakdown: Golden State Warriors "Phoenix" Play For Klay Thompson pic.twitter.com/kvH2oDVrhg
— Coach Gibson Pyper (@HalfCourtHoops) May 2, 2022
Queria muito entender de futebol americano para ser capaz de interpretar o que o G-Wiz, mascote do Washington Wizards, postou: um time completo de NFL feito apenas de mascotes. Só sei que Benny the Bull de quarterback faz sentido, de resto nem sei o que são as siglas. Deixo a análise e interpretação para vocês!
a football roster made up entirely of @NBA mascots pic.twitter.com/3MnVlebYAm
— G-Wiz (@WizardsGWiz) February 11, 2024
O G-Wiz, aliás, que se tornou o primeiro mascote a passar vergonha usando o Apple Vision Pro dentro de quadra.
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A Revista Bola Presa é nossa nova tentativa de variar os conteúdos exclusivos para você que nos apoia. Estamos há algumas semanas sem nada de novo no ar e tudo isso é culpa de uma CRISE repetida que sofro por aqui: me empolgo com um formato e o replico até ficar ele ficar muito grande, complexo e trabalhoso. Por fim ele me engole e travo. Foi assim com nossos textos, com o Filtro e agora com a Prancheta. Durante as férias da Amora eu me frustrei tanto tentando fazer novas Pranchetas que acabei largando duas vezes no meio por pura frustração. Elas demoravam muito para ficar prontas, às vezes não conseguia a jogada certinha que eu queria ou algo na edição demorava uma eternidade. Percebi logo o padrão com o que rolou com os textos e o Filtro.
A solução que pensei foi recuperar um pouquinho de tudo que deixamos de lado nos últimos tempos, mas num formato mais controlado. E se a gente tivesse uma coluna semanal com um texto (mas não tão grande assim), com curiosidades e histórias divertidas (mas sem o tamanho colossal do Filtro) e comentários táticos (mas sem separar dez variações de cinco tendências diferentes como na Prancheta)? É como uma revista semanal, que tem um pouco de tudo em tamanho adequado.