🔒Filtro Bola Presa #106

Demorei um pouco mais que o normal pra fazer esse Filtro e com isso muita coisa acumulou, mas na hora de organizar tudo aqui vi que não tinha tantas seções assim para montar. Olhando bem, tudo aqui se encaixa em jogada bizarra, recorde ou briga. É muito mais que o normal nessas três categorias, mas acho que tudo bem, é desse entretenimento que o povo gosta. Entre os destaques temos LeBron James versus Courtside Karen, Kyle Lowry versus Aaron Gordon, recorde de Fred VanVleet, dificuldade de canhotos e mais de uma trapalhada de Reggie Jackson.


EU LEVEI ISSO PARA O PESSOAL DA SEMANA

O glorioso Michael Jordan não inventou o “levar para o pessoal” no esporte, mas trouxe essa atitude para outro nível. Bastava alguém respirar meio esquisito do lado dele que já era motivo para vingança, revanche, trash talk, dedo na cara e o que mais fosse preciso para ele elevar ainda mais seu nível, como vimos muito bem no documentário The Last Dance. Não é diferente com todas as gerações que vieram depois de MJ: em seu primeiro jogo em Cleveland desde que deixou o Cavs, LeBron James viu alguém (pelo jeito um funcionário da diretoria do time) vibrar além da conta depois de LeBron errar o arremesso final do terceiro quarto. Aí já era…

“Ele estava animado demais em me ver errar”, disse LeBron, que acabou o jogo com 46 pontos, 8 rebotes, 6 assistências, 2 roubos and 2 tocos. VINTE E UM dos seus pontos só no último quarto, depois da provocação, dois a mais do que o TIME INTEIRO do Cavs marcou no período. E quem já viu de perto sabe o problema que é: vejam Kevin Love, no banco, admitindo a derrota antes mesmo do arremesso decisivo entrar na cesta:

Mas essa nem foi a briga mais comentada de LeBron com alguém que estava à beira da quadra. Dias depois, contra o Atlanta Hawks, ele discutiu com um casal que acabou expulso do ginásio. O Hawks é um dos onze times da NBA que podem receber algum público nas arenas.

Depois do jogo ele minimizou a treta, afirmou que não achava que eles deveriam ter sido expulsos e que foi só uma troca de provocações. Mas no Twitter foi dar risada ao dizer que a “Karen” estava nervosa. Nos EUA, o nome Karen se tornou uma gíria para se referir a um tipo específico de membro da sociedade: mulheres, geralmente loiras, ricas, que se acham no direito de tudo, reclamam de nunca estarem sendo tratadas como merecem e que sempre chamam o gerente.

Em defesa de LeBron, os vídeos dela no Instagram provam seu ponto:

Pelo o que a Karen (Juliana Carlos é seu nome, na verdade) conta, seu marido tem uma treta com LeBron há anos e em algum momento do jogo o jogador falou alguma bobagem pra ele. Ela se revoltou e respondeu o desafiando, começando a confusão. A galerinha da interwebs encontrou o perfil do marido, Chris Carlos, e ele realmente tinha fotos no Instagram assistindo jogos na beira da quadra e falando que não gosta de LeBron!

Alguns dias depois, após ser bombardeada nas redes sociais, Juliana Carlos postou um pedido de desculpas. Disse que errou ao usar “linguagem imprópria” e por tirar a máscara durante a discussão. Ela afirmou que seu “instinto de defender o homem que ama” acabou incendiando uma discussão que só deveria ter sido uma provocação. Meu CHUTE é que o marido, como tantos outros torcedores, adora provocar um jogador e ouvir uma resposta de volta, é o máximo que pode fazer para se sentir parte do jogo. Vários passam do limite ao fazer isso e devem ser expulsos mesmo, mas um grito da galera é comum. Talvez a Karen não estivesse acostumada com o ambiente ou com o comportamento do marido e achou que a discussão era realmente pessoal. Dito isso, a nota de rodapé da história é que Richard Jefferson, campeão com LeBron no Cavs em 2016, curtiu TODAS as fotos da Karen no Instagram (que agora é fechado):

Rolou também briga no jogo entre Golden State Warriors e Detroit Pistons. Embora a treta tenha ficado um pouco mal explicada, o que sabemos é que Juan Toscano-Anderson falou alguma coisa para o rival Wayne Ellington durante o jogo. Ellington então contou a tal coisa misteriosa para Rodney McGruder, que ficou PUTO. Ele saiu do jogo falando muito, gritando pelos corredores e provocando a galera do Warriors. Enquanto isso, Klay Thompson, que estava nesse dia fazendo comentários para a TV do Warriors, disse que “ele não deve mais estar na NBA daqui um tempo, deve estar bravo por isso”:

Já depois do jogo, na entrevista coletiva, Draymond Green foi ainda mais longe: “Desde quando Rodney McGruder é o cara durão? Não sei, cara. Não entendo. E ninguém faz nada, se ele quisesse ter feito alguma coisa era só ter feito. Vir aqui falar merda como se fosse durão? Cai fora”. O DESPREZO com que ele fala o nome do jogador do Pistons me deixou até desconfortável:

Pulamos de uma briga sem explicação para uma com história: a rusga entre Kyle Lowry e Aaron Gordon. Tudo começou na Bolha, quando Lowry fez uma falta dura e o ala do Orlando Magic acabou machucando a perna. No jogo da última semana, ao tentar proteger para um rebote, Lowry de novo acertou a perna de Gordon e aí não teve jeito, ele nem disfarçou e meteu uma OMBRADA no peito do adversário durante um contra-ataque poucos lances depois:

Não sei se é a quarentena exagerada da galera nos hoteis, a falta de sair para restaurantes (restaurante, né Lou Williams?), mas tá todo mundo bem irritadinho. No jogo entre Sacramento Kings e Memphis Grizzlies teve Chimezi Meto montando no ombro de Jonas Valanciunas, golpe de UFC do lituano para retrucar e depois revanche dele nas costas alheias:


JOGADORES VERSUS A NBA

Em um dos momentos mais constrangedores da temporada para a NBA, Kevin Durant foi barrado (entrou só com o primeiro quarto em andamento), voltou ao jogo e depois foi barrado de novo por uma confusão com o seu protocolo de segurança contra a Covid-19. E como desgraça pouca é bobagem, tudo isso rolou em um jogo transmitido em rede nacional pela ESPN, que filmou Durant PUTAÇO ao ser informado que deveria deixar o jogo em andamento:

Depois ele ainda foi no Twitter mandar um “Me libertem!” e marcou a NBA para dizer que “seus fãs não são idiotas. Vocês não podem enganá-los com suas estúpidas táticas de relações públicas”:

A NBA disse que Durant teve contato no dia do jogo com alguém que retornou um teste inconclusivo e que foi confirmado positivo apenas com o jogo em andamento. O próprio jogador testou negativo TRÊS VEZES nas 24 horas que antecederam o jogo, mas o protocolo mesmo assim o obriga a não atuar nessa situação. “Uma vez que o teste deu positivo, por uma abundância de precaução, Durant foi removido do jogo e seguiremos examinando para saber se ele de fato teve contato próximo com a pessoa envolvida”, afirmou a liga. Mais do que saber se Durant ou se a NBA está certa, vale reforçar a ideia de que os próprios times, jogadores e torcedores seguem muitíssimos confusos em relação a qual é exatamente o protocolo que vem sendo adotado.

Teve também protesto de Draymond Green, um desabafo longo e irritado depois dele ver que Andre Drummond foi afastado do Cleveland Cavaliers até que uma troca seja arranjada pela equipe. Segundo Draymond, há um tratamento muito distinto dado a times que constrangem jogadores quando querem negociá-los e atletas quando querem trocar de equipe:

O engraçado é que um dia antes de toda a história vazar, Drummond apareceu para o jogo do Cavs com um agasalho que dizia “adeus” bem pequenininho. A gente que não tava prestando atenção…


ESTATÍSTICAS DA SEMANA

Em um jogo contra o quentíssimo Utah Jazz, o NY Knicks tacou sua própria arma nuclear: Austin Rivers. O armador fez nada menos que TODOS os DEZ arremessos que tentou no primeiro tempo, incluindo aí cinco bolas de 3 pontos! Ele foi o primeiro jogador nos últimos 25 anos a conseguir essas marcas na NBA! Vale destacar que no segundo tempo ele fez… ZERO PONTO.

Essa é bem legal: o Todd Whitehead disse que depois de descobrir que canhotos costumam virar mais o corpo que destros para arremessar, ele se perguntou se isso significaria que eles têm mais dificuldade para arremessar da zona morta do lado direito da quadra. Ele então juntou dados de 40 canhotos por três temporadas e descobriu que tinha razão: a média da NBA é de 39% de acerto em cada zona morta, enquanto canhotos acertam 38% do lado esquerdo e apenas 35% do direito. Será que Kelly Oubre está só do lado errado da quadra para o Golden State Warriors então?

Falando em bolas de 3 pontos, a gente entende que praticamente todos os recordes envolvendo tiros de longe estão sendo quebrados ano após ano, mas esse aqui me pegou de surpresa: o HOUSTON ROCKETS quebrou seu recorde de mais bolas de 3 pontos feitas num jogo, 28. Não era com essa versão atual do time que imaginava que essa marca seria superada.

Essa partida foi uma das QUINZE vezes na história da NBA que um time marcou mais de 25 arremessos de longa distância. O bizarro é que duas dessas atuações aconteceram contra o New Orleans Pelicans em partidas seguidas: cortesia de Dallas Mavericks e Chicago Bulls:

Mais recordes de 3 pontos: Buddy Hield tinha a maior sequência da NBA de partidas com ao menos uma bola de 3, mas passou em branco contra o LA Clippers e sua marca parou em 87 jogos. O líder em atividade agora é Steph Curry, com 84. O recorde histórico é também de Curry: 157 partidas!

Estou revoltado com esse recorde abaixo: como Klay Thompson e Steph Curry nunca fizeram oito bolas de 3 pontos cada no mesmo jogo? Bom, pelo jeito não aconteceu mesmo e agora temos que conviver com Zach LaVine e Coby White nos livros de história (um livro que, vale sempre a pena lembrar, não existe de fato).

Rei do plus/minus, Alex Caruso tem saldo de +25 pontos nas DERROTAS do LA Lakers na temporada. O time venceu os minutos em que nosso careca favorito esteve em quadra em todas as derrotas da temporada e ele só teve saldo negativo em um jogo (uma vitória, claro) em todo o ano. Difícil ver ele carregando LeBron nas costas todos os dias e ninguém reconhecer!

E ele ainda toma cuidado para que o câmera não tropece ao entrevistá-lo rumo ao vestiário. Que homem!

Tivemos, em dois dias seguidos, viradas SURREAIS na NBA e até comentamos seus lances no nosso vídeo dos Jogos da Semana. Primeiro foi o Portland Trail Blazers virando pra cima do Chicago Bulls, depois o Washington Wizards contra o Brooklyn Nets. Nas duas ocasiões os times estavam CINCO pontos atrás no placar com dez segundos no relógio. Segundo o modelo de probabilidade de vitórias do Impredictable, a chance de duas viradas dessa acontecerem em dias seguidos era de 1 em 62.500!!!

A NBA elegeu Joel Embiid (Leste) e Nikola Jokic (Oeste) como Jogadores do Mês em Janeiro. Isso marcou a primeira vez desde 2006 (!!!) que dois pivôs foram premiados no mesmo mês. Na ocasião venceram Dwight Howard e Yao Ming:

O pivô do Denver Nuggets, aliás, segue voando também em Fevereiro. Depois de marcar 47 pontos em uma partida, fez CINQUENTA contra o Sacramento Kings! Ele se tornou o primeiro pivô a somar 50 pontos e 10 assistências em uma partida desde Kareem Abdul-Jabbar em 1975!

Poréeeeeeem… Jokic PERDEU o jogo para o Kings mesmo com os 50 pontos. No mesmo dia Steph Curry marcou 57 pelo Warriors em uma derrota para o Dallas Mavericks, marcando apenas o terceiro dia na história da NBA em que dois caras chegaram nos 50 em fracassos:

E pra não passar em branco os 57 pontos de Curry e ao mesmo tempo enriquecer o papo que tivemos sobre ele no último podcast, sente o drama: ele está executando 7,7 pick-and-rolls por jogo, o máximo da sua carreira. E está pontuando 1,2 ponto por lance de pick-and-roll, o que é mais que um contra-ataque de Giannis Antetokounpo (ou seja, MUITO):

No jogo da treta entre Lowry e Gordon, quem se destacou com cenas bem menos lamentáveis foi Fred Van Vleet, que marcou incríveis 54 pontos, novo recorde da história do Toronto Raptors! Essa também se tornou a maior marca já feita por um jogador não draftado, superando os 53 do grande Moses Malone:

A maioria das melhores marcas de não draftados são de Malone e Connie Hawkins, mas ambos têm histórias inusitadas e de outras épocas, não é como os não draftados de hoje que simplesmente passaram em branco no dia da seleção. Se considerarmos outros nomes, o antigo recorde era de Anthony Morrow, que marcou 42 pontos em 2012. E VanVleet ainda roubou três bolas e deu TRÊS TOCOS, entrando numa lista bem exclusiva…

O mais fofo da história do VanVleet foi ele dizendo que durante o jogo ele lembrou do ex-companheiro DeMar DeRozan, que sempre mandava mensagens depois de grandes atuações dele pra dizer ironicamente que ele tinha sido “fraco” por ainda não ter superado seu recorde de maior pontuação da franquia. Agora que a marca foi batida, o ala do San Antonio Spurs escreveu finalmente para parabenizar =)

Para fechar, estatísticas aleatórias que não acrescentam muita coisa mas a gente acha legal: o Charlotte Hornets fez CINCO pontes aéreas só no último quarto do jogo contra o Houston Rockets, o que fez o jornalista Jared Wade dizer que acha que o time já passou temporadas inteiras sem alcançar essa marca. Pois o John Karalis correu atrás e descobriu que, sim, É VERDADE! Em 2016-17 foram só quatro no ano todo!


MÚSICA DE MENINA DA SEMANA

Muito feliz de descobrir que minha paixão por músicas de menina é compartilhada por um dos jogadores mais legais de se ver nessa temporada, Keldon Johnson. Só ele mandou bem nessa brincadeira aí: canta, dança e interpreta.


RETORNOS DA SEMANA

Eu sei que vocês todos aí choram em casa quando veem esses vídeos-tributo que os times fazem quando recebem ex-jogadores. Então tomem aí o que o Golden State Warriors preparou para Kevin Durant

…e o que o Washington Wizards fez para John Wall (um dia depois dele ter dito que se sentiu DESRESPEITADO pelo time por ter sido trocado antes do começo da temporada):


MUITO TEMPO LIVRE PARA O MEU GOSTO DA SEMANA

Depois de Jeff Van Gundy ter destacado jogadores cujos sobrenomes são também nomes de CORES, o Kevin Pelton foi atrás dos DADOS: o Houston Rockets de 2017-18 se destacou com quatro atletas com sobrenomes coloridos (Tarik Black, Bobby Brown, Markel Brown e Gerald Green):


CENAS LAMENTÁVEIS DA SEMANA

Saudade da torcida no ginásio? Em Houston rolou isso aqui. E por que um dos caras toma socos e segue parado?!

Do lado de fora do Toyota Center, porém, o clima é mais ameno. Finalmente tiraram todas as pinturas de rua que tinham como protagonistas James Harden e Russell Westbrook e fizeram novas com John Wall e Christian Wood. Essa deles no pôr do Sol com um foguete partindo ao fundo me emocionou até. VAI FICAR TUDO BEM, GENTE!

Rockets


JOGADAS BOLA PRESA DA SEMANA

Sabem por que jogadores de futebol que ficam no banco de reservas precisam usar colete? Para não acontecer o que rolou nesse lance aqui com Bam Adebayo:

No fim do jogo do LA Clippers contra o Miami Heat, Reggie Jackson quase ENTREGOU A PAÇOCA ao pedir um tempo quando não havia mais nenhum a ser pedido! A punição para isso é um lance-livre e mais a posse de bola para o adversário, com isso o Heat cortou a diferença de SEIS para TRÊS pontos. Para a sorte de Jackson, o Clippers conseguiu segurar a vitória:

O mais triste é que não é a única aparição de Jackson por aqui hoje. O quanto você precisa ser ruim, chato e/ou teimoso para IRRITAR Kawhi Leonard? Pois ele conseguiu. Quando Kawhi sinaliza com a mão EM CÂMERA LENTA para onde o armador tem que ir parece que dá pra ouvir ele dizendo “SÓ FAZ O CAR*LH* QUE A GENTE COMBINOU, MANO”:

Se os erros de Jackson não custaram o jogo, não podemos falar o mesmo de Hamidou Diallo. O ala do OKC Thunder, por algum motivo obscuro, resolveu enfiar a mão numa bola arremessada por Jamal Murray no estouro do relógio do terceiro quarto. Os juízes marcaram interferência ofensiva e deram os três pontos para o Denver Nuggets, diferença essencial num jogo que o Nuggets venceu por DOIS de vantagem no fim das contas. Claramente uma punição dos deuses do basquete…

Quem também errou RUDE e completamente sozinho foi Derrick Rose, que passou manteiga na mão antes de cobrar esse lateral quando ainda estava no Detroit Pistons. Essa é daquelas que quando acontece na pelada o pessoal até fica com pena e deixa bater de novo:

Prender a bola entre o aro e a tabela, outro clássico das nossas peladas, geralmente acontece em arremessos de longe. Em BANDEJA eu nunca tinha visto, mas tem sido esse tipo de ano para Pascal Siakam:

A saga das “Jogadas que vemos nas Peladas Bola Presa”acaba com Bradley Beal indo buscar a bola embaixo da arquibancada:

Eu ri muito dessa próxima, mas ainda não cheguei a uma conclusão sobre a sua motivação. Saca só essa compilação de lances onde LaMarcus Aldridge SALTA como se não houvesse amanhã para contestar arremessos de 3 pontos mesmo que esteja a no mínimo uns cinco passos de distância da galera. É pra desconcentrar? Ele acha que surte efeito? É piada?

Raça ou falta de respeito? Nunca desistir ou não entender regras não escritas do jogo? Joel Embiid estava só batendo a bola esperando o jogo acabar quando LaMelo Ball chegou por trás, roubou e meteu uma bola de 3 pontos. Não mudou a história do jogo, mas se considerarmos as viradas bizarras que já vimos por aí…

Quase todo jogo tem um arremesso que não dá nem aro, é feio mas acontece. Mas os quarenta jab steps deram uma MARRA e um fracasso todo especial para esse tiro do Danilo Gallinari, que parece que tá andando demais com o Trae Young:

Pelo menos Gallinari pode dizer que o arremesso foi de bem longe, argumento que o Russell Westbrook não pode dar no seu lance-livre. Mas nem precisamos comentar nada, seu olhar no horizonte diz tudo:

Só que não vou ser eu o cara que critica alguém que se aquece assim:


SOCIAL MEDIA DA SEMANA

A pessoa que comanda o Twitter do Sacramento Kings é sempre muito boa e muito rápida. Um dos seus maiores talentos, essencial para trabalhar numa franquia como essa, é saber rir das prórpiras DERROTAS. Essa aqui foi logo depois do Brooklyn Nets mandar uma sequência de 20 a 0 (!!!) no fim do terceiro quarto, quase tudo em arremessos de longa distância de Kyrie Irving, Joe Harris e James Harden:


PERRENGUES DA SEMANA

Embora morar em Chicago pareça ser bem mais legal que em diversas outras cidades da NBA, o frio lá ainda é dos mais pesados, especialmente para quem não está muito acostumado. Nascido e criado em Charlotte e com faculdade na Flórida, a quantidade de NEVE que o novato Patrick Williams viu foi novidade. E Zach LaVine estava lá para flagrá-lo tentando limpar o vidro do carro: “Bem vindo a Chicago!”


GRINGO À VONTADE DA SEMANA

Parece que Nikola Jokic está oficialmente há tempo o bastante nos EUA: está fazendo até piada com touchdowns após seus passes.


CARAS E BOCAS DA SEMANA

Rei das caras e bocas na NBA, Bradley Beal ficou no meio do trash talk entre os trocados John Wall e Russell Westbrook. Ainda estou muito na dúvida sobre de que lado ele está nessa briga onde certamente ninguém tem razão:

Beal2

Na derrota contra o New Orleans Pelicans parecia que ele só queria um abraço:

Beal

Contra o Houston Rockets parecia que ele só queria chorar em posição fetal ouvindo Mariah Carey:

As caras e bocas não só só charme: ele chegou a ter uma sequência de seis jogos onde seu Washington Wizards perdeu CINCO mesmo que ele tenha passado o período com médias de 41 pontos, incluindo aí uma partida onde marcou SESSENTA. Ele, aliás, se tornou o primeiro jogador da história da NBA a perder DEZ partidas seguidas em que marcou 40 pontos ou mais.

Depois que as imagens dele frustrado rodaram a internet, um repórter foi lá fazer seu trabalho de perguntar o óbvio para ver se ganhava uma frase de impacto em troca. Com Beal nunca falha:

-“Você está frustrado”

-“O céu é azul?”

A frustração eventualmente conseguiu afetar o jogo de Beal. Contra o Miami Heat ele errou TODOS os 12 arremessos que tentou no primeiro tempo, empatando a maior marca de arremessos errados sem nenhum acerto em um tempo nos últimos 25 anos. O antigo dono solitário do terrível recorde era OJ Mayo:


FOTO DA SEMANA

Falei e falei das caras e bocas de Beal, mas a real é que a imagem da semana é essa de Shai Gilgeous-Alexander IMPLORANDO pelo meme do “você deve estar se perguntando como eu vim parar aqui”:

Se tivéssemos fotógrafos atrás das cestas, talvez tivéssemos uma imagem melhor dessa grande cena que foi Timothe Luwawu-Cabarrot e Rui Hachimura desesperados com o absurdo fim de jogo daquele Wizards e Nets:


DICAS DE LEITURA


GAFE DA IMPRENSA DA SEMANA

O ala Juan Toscano-Anderson deu um passe para uma bola de 3 pontos de Steph Curry e saiu comemorando mesmo antes da bola cair. Super legal quando isso acontece, mas quando o Bleacher Report e a ESPN foram colocar o lance no Twitter, chamaram o jogador só de “companheiro de Steph”. O ala tratou de ir se apresentar:

Outra crítica veio do sempre pentelho Patrick Beverley, que repetiu LeBron James ao virar de costas antes mesmo de seu arremesso da zona morta cair na cesta. Mas ao invés de celebrar, ele partiu para o ataque exigindo que seu arremesso viralizasse como o de outros caras por aí. O cara é chato até quando faz uma coisa legal…


MARCO DA SEMANA

No dia 25 de Janeiro, na partida entre Orlando Magic e Charlotte Hornets, a NBA viu pela primeira vez uma dupla de mulheres atuar juntas como árbitras. Natalie Sago, que está em seu segundo ano na liga, e Jenna Schroeder, estreante nessa temporada depois de três anos na G-League e duas na WNBA, fizeram companhia a Sean Wright.

“O jogo de ontem não foi só mais um jogo pra gente”, disse Jenna à repórter Jenny Dial Creech do The Athletic. “Foi uma noite especial, foi um jogo especial e somos gratas pelos momentos que vivemos ao longo de todo o dia”. A dupla disse que foram inúmeras mensagens de apoio antes da partida. A NBA usa árbitras desde 1997 e hoje tem cinco mulheres no painel de 76 juízes escalados para 2020-21.


LUTO DA SEMANA

Com o aniversário de um ano da trágica morte de Kobe Bryant, muitas novas histórias sobre o Black Mamba foram relembradas. A minha favorita foi essa que a Rachel Nichols e o The Jump fizeram perguntando a diversos jogadores de gerações diferentes como foi enfrentar Kobe pela primeira vez na NBA:

E no dia que todos lembravam de Kobe, o mundo da NBA viveu outra perda: Sekou Smith, jornalista que cobria a NBA no site oficial da liga há mais de duas décadas morreu de Covid-19. Ele comandava o blog NBA Hang Time e era quem escrevia toda semana a MVP Ladder, lista da NBA.com que acompanhava a briga pelo título de MVP da temporada. Era parceria constante de todo mundo que acompanhava basquete americano por perto.


MASCOTES POWER RANKING

Os 10 pontos dessa semana vão para o Gorilla, mascote do Phoenix Suns. Durante o jogo contra o Milwaukee Bucks ele montou uma final do The Bachelorette, reality show onde uma mulher precisa escolher um pretendente para se casar, contra uma versão muito TOSCA do Bango, mascote do rival. Obra-prima!

Os 5 pontos vão para Benny The Bull, que pegou aquele CHATÍSSIMO show do The Weeknd no intervalo do último SuperBowl e transformou em uma dança muito mais legal. Às vezes só um pouco de pelúcia faz toda a diferença:

RANKING
Coyote – 20
Bango – 17,5
Gorilla – 10
Franklin – 7,5
Hugo, Clutch e Rumble – 5

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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