Resumo da Rodada 15/4 – Quem duvida de Oladipo?

O Boston Celtics foi o time que mais teve jogos decididos por 3 ou menos pontos nesta temporada, foram DEZENOVE das 82 partidas do ano resolvidas por um fio de cabelo. Próximos desse número apenas o OKC Thunder (18), Miami Heat (18), San Antonio Spurs (18) e Memphis Grizzlies (17). Mas tem uma diferença chave entre os verdinhos e essas outras equipes: o Celtics venceu ONZE dessas partidas, já todos os outros times perderam mais desses jogos do que ganharam.

Por que digo isso? Porque os Playoffs começaram ontem para o time de Brad Stevens e lá estavam eles vencendo o Milwaukee Bucks por míseros 3 pontos a poucos segundos do fim da partida quando começou o CAOS:

Primeiro Malcolm Brogdon empatou o jogo, depois parecia que Terry Rozier tinha entrado para a história com um drible antológico e um arremesso a 0.5 segundo do fim, mas aí apareceu Khris Middleton para a cesta mais impressionante deste primeiro fim de semana dos Playoffs. Não tem erro, jogos do Celtics tem uma enorme tendência de serem emocionantes e eles, mesmo que sejam obrigados a irem para a prorrogação, tem enormes chances de ganhar. Esse time é ILUMINADO.

Depois dessa loucura tivemos a prorrogação e lá o Celtics conseguiu fechar o negócio com mais cestas impressionantes de Rozier, grande atuação de Marcus Morris e, claro, Jayson Tatum nos fazendo duvidar da idade dele. Nem ferrando que alguém com 19 anos faz isso aqui…

Ajudou que Giannis Antetokounmpo saiu com 6 faltas no tempo extra, claro. Sem ele, o Bucks, que cometeu péssimos 20 turnovers durante o jogo (8 só no primeiro quarto!), pareceu ainda mais perdido que o normal no ataque. A verdade é que a defesa do Celtics soube complicar a vida do Bucks e até criar boas situações no ataque, mas, como previsto por todos, os desfalques eventualmente iriam pesar. Se não fosse aquele começo de 2º quarto quando eles marcaram só SETE PONTOS em nove minutos, já tinham deslanchado no placar.

De qualquer forma, por sorte (ou algo maior que isso), quando a água bate na bunda o Celtics consegue o mais importante, vencer. E será que agora, com Al Horford organizando o ataque de um lado e defendendo Antetokounmpo do outro, a gente vai começar a valorizar mais o pivô?!


O segundo jogo da rodada foi o que mais deixou gente boquiaberta. Veja bem, não é que o Indiana Pacers não seja um bom time, mas é que LeBron James não perdia um mero jogo de primeira rodada de Playoff desde 2012! Como a gente iria imaginar uma derrota do Cleveland Cavaliers logo de cara? E jogando em casa? E chegando a ficar mais de 20 pontos atrás no placar?!

Mais coisas assustaram nesse primeiro duelo: LeBron James jogou 43 minutos, jogou bem e até fez seu tradicional triple-double (24 pontos, 10 rebotes, 12 assistências); o Pacers também não teve nenhuma grande atuação mágica de um jogador aleatório e sequer passou dos 100 pontos. Em outras palavras, esse jogo pareceu bastante comum e capaz de acontecer de novo!

Pode-se argumentar que Victor Oladipo não vai jogar desse jeito de novo, mas a real é que ele tem atuado num nível bem próximo disso o ano todo. Ontem ele marcou 32 pontos, acertou SEIS bolas de 3 pontos, roubou 4 bolas e foi fora de série em todos os aspectos da defesa. Olha como nesse lance ele se movimenta rápido para ficar na frente de LeBron, atrapalha a bandeja e ainda tem o timing pra roubar a bola no final, coisa absurda:

O Cleveland Cavaliers tem duas esperanças para o Jogo 2. A primeira é que LeBron James faça os milagres que ele está acostumado. Só teve um momento ontem em que o Cavs parecia que ia vencer, foi quando o REI abaixou a cabeça e atacou seu RIVAL Lance Stephenson sem parar no segundo quarto. A outra é que os coadjuvantes acertem pelo menos alguns arremessos! Ontem o Cavs acertou só 32% dos arremessos sem marcação que tiveram, segundo dados da NBA.com.

Se Kevin Love, Rodney Hood, George Hill e amigos continuarem errando tudo sobrará apenas uma opção para o LeBron James:


De volta ao Oeste, o Utah Jazz foi até Oklahoma City enfrentar Russell Westbrook, Carmelo Anthony e Paul George, ou melhor, Playoff P. Esse é o ALTER EGO que o próprio jogador criou para si para dizer que sua melhor versão é a que aparece na pós-temporada. Soa ridículo, parece infantil, mas foi no que todo mundo pensou quando ele meteu TRINTA E SEIS PONTOS na cara de uma das melhores defesas da NBA!!!

A atuação de Paul George foi o que estragou os planos do Utah Jazz. Durante boa parte da partida eles conseguiram exatamente o que queriam de sua estratégia: amarraram o jogo, cortaram os contra-ataques e forçaram Russell Westbrook a uma porrada de bandejas forçadas e contestadas por Rudy Gobert. Não fosse a chuva de bolas de longe de PG-13, o Jazz até tinha uma boa chance.

Em uma batalha de defesas, o Thunder também deve ter ficado satisfeito com seu plano de jogo. Apesar de ceder 25 pontos para Donovan Mitchell, eles obrigaram Ricky Rubiu a dar DEZOITO arremessos. Esse NUNCA é o plano de qualquer time que tem Rubio no elenco, acredite! Só aconteceu porque as linhas de passe estavam sempre fechadas e o espanhol era o único com espaço para arremessar. Abaixo um exemplo de um ataque estagnado onde a única opção de passe era Derrick Favors na zona morta (irgh!):

O Jazz precisa arrumar seu ataque, o Thunder precisa da versão de Westbrook que acerta mais de 10 arremessos quando tenta 25 chutes. Essa série tem tudo para ir longe, mas pode ser decidida por Playoff P:


O último jogo da noite foi a estreia do FAVORITAÇO Houston Rockets. Em um jogo muito mais disputado do que o imaginado, eles precisaram de QUARENTA E QUATRO pontos de James Harden para vencer por apertados 104 a 101 o Minnesota Timberwolves.Jimmy Butler teve a oportunidade de empatar no segundo final:

Foi um jogo bem estranho do Wolves dos dois lados da quadra. Na defesa foram bem menos erros que o de costume: embora não tenham conseguido se livrar do cobertor curto do pick-and-roll entre Harden e Clint Capela, foram disciplinados para evitar bolas de 3 sem marcação do rival. Os melhores momentos dos 20 pontos que Capela fez só no PRIMEIRO TEMPO mostram como o Wolves fez de tudo para não mandar ajuda na defesa desse pick-and-roll pensando em evitar a bola de longe, mas cedendo espaço para o pivô fazer a festa:

A estratégia não é perfeita, mas valeu para não deixar o Rockets deslanchar no placar. No ataque o Wolves também foi esquisito: Derrick Rose e Jamal Crawford arremessaram mais que Karl-Anthony Towns e Jimmy Butler. E eles acertaram só duas bolas de 3 a menos que o Rockets mesmo tendo tentado QUATORZE menos! Não foi normal nem bonito, mas Rose, Jeff Teague e Andrew Wiggins acertaram um monte de arremessos contestados de meia distância e de alguma forma mantiveram o time no jogo até o fim.

Jogos amarrados e esquisitos assim são um convite para zebras, mas o Barba não deixou acontecer. Com o placar empatado nos minutos finais ele resolveu não tocar mais a bola pra niguém e botar a partida no bolso. Com a defesa sem ajuda do Wolves, não teve pra ninguém. Vale mais a pena ver do que ler:

E vale ver com detalhe…

Vale também lembrar que Harden salvou a pele de Chris Paul. O armador, apesar de estatísticas impecáveis na sua história nos Playoffs, tem o histórico de cometer erros BISONHOS no final de partidas importantes. Não vai ser assim que sua reputação vai mudar, CP3…


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