[Resumo da Rodada] Al Horford, armador profissional

Nos OITO primeiros jogos entre Washington Wizards e Boston Celtics na temporada até ontem, somando temporada regular e Playoffs, o placar estava 4 a 4: sempre ganhou quem jogou em casa. Pior, quase sempre o time vencedor conseguiu seu resultado de LAVADA. Um Jogo 5 de Playoff é a hora disso parar de importar tanto e termos um jogo disputado, não? Não, não nessa segunda rodada dos Playoffs pelo menos. O Celtics tirou proveito do mando de quadra de novo, e foi FÁCIL!

A margem de vitória em todos os jogos desta rodada, somando todas as séries, é uma dos maiores da história da liga!

Desta vez o Celtics usou a receita que o Wizards tinha utilizado nos três primeiros jogos (incluindo até os vencidos pelos verdinhos) e disparou na liderança ainda no primeiro quarto, conseguindo uma sequência de 16 a 0 e fechando o período com 33 a 21 no placar. A vantagem ainda subiu no período seguinte e, pra mandar a RELA, o Wizards nunca pareceu ter chance de igualar o jogo.

Se somarmos apenas os dois períodos do meio, o 2º e o 3º, o Wizards até que teve um bom jogo. Nessa janela de tempo acertaram 45% dos seus arremessos, conseguiram 8 rebotes de ataque, foram 13 vezes à linha de lance-livre e pareciam bem organizados ofensivamente. O Celtics ainda venceu a soma desses dois quartos — 60 a 55 — mas o jogo pareceu muito mais bem jogado e disputado, como imaginávamos que seria desde o começo. A grande questão dessa série tem sido que o time visitante sempre DESMANCHA em algum momento, e nós sobramos vendo um jogo com placar amplo demais.

O Boston Celtics pode colocar a vitória desta quarta-feira na conta de Avery Bradley e Al Horford. O primeiro fez 29 pontos, 25 só no decisivo primeiro tempo, acertando 12 de 19 arremessos. O pivô fez mais um jogo all-around, com 19 pontos, 6 rebotes e 7 assistências, acertando impressionantes 8 dos 9 arremessos que tentou. Bradley foi quem mais se aproveitou dos contra-ataques que o Celtics conseguiu ao longo da primeira etapa. Maior arma do Wizards na série, o ataque rápido em transição definiu essa partida, o time da casa fez os primeiros VINTE E DOIS pontos de contra-ataque da partida:

Alguns lances mostram como qualquer erro do Wizards, desde um passe torto até uma mera bandeja errada, viravam cestas facílimas do outro lado:

E se Bradley foi o rei do jogo em velocidade, Horford assumiu a partida nas posses de bola em que o time era obrigado a atacar na meia quadra. Já viram pivô pedir corta-luz do armador de 1,75m para um pick-and-roll? Esse é o mundo em que vivemos hoje:

No segundo tempo em especial Horford TOMOU CONTA do sistema ofensivo do time, levando a bola ao ataque como um armador, pedindo jogadas e também distribuindo passes quando recebia a bola dentro do garrafão. Não é a primeira vez que fez isso, mas fez mais do que o normal (e melhor!):

O Celtics já mostrou o que pode fazer quando todos seus jogadores estão em sintonia, passando a bola com velocidade e finalizando bem de longa distância. O time também já foi bem com quintetos mais baixos e já conseguiu ter, nos últimos jogos, até bons minutos com Horford e Amir Johnson dividindo o garrafão e intimidando um pouco John Wall. Por outro lado, o Wizards também já teve momentos de domínio, já realizou defesas sufocantes e por vezes pareceu imparável com suas duas estrelas dominando jogos. São os APAGÕES, a falta de resposta para sequências de 15 ou 20 pontos em poucos minutos, que decidiram a maior parte dos jogos. Quem vai enfim visitar o adversário e jogar com alguma estabilidade por 48 minutos?


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Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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