O dia dos armadores

>A NBA está infestada de grandes armadores. Desde experientes até uma renca de novatos, eles não param de chegar. A rodada de ontem chamou a atenção especialmente por quatro deles. Kyrie Irving, Ricky Rubio, Chris Paul e Derrick Rose.

No bom jogo entre Cleveland Cavaliers e Indiana Pacers, Irving mostrou um bom arsenal de jogadas de ataque (teve arremesso de média e longa distância, bandejas) e ótima visão de jogo. Em determinado momento do jogo ele só não teve umas três assistências seguidas porque Anderson Varejão sofreu uma falta flagrante quando ia para a enterrada e porque Antawn Jamison não estava lá tão inspirado na hora de finalizar os passes. O jogo foi amarrado e o primeiro da temporada a ir para a prorrogação, cortesia também do lado ruim do novato Irving. Ele costurou a defesa do Pacers com um corte seco em Roy Hibbert quando este vinha cobrir o bloqueio, mas na hora de fazer a bandeja de esquerda o armador do Cavs errou a pontaria mesmo sem marcação. Seria sua primeira cesta no estouro do cronômetro logo na sua semana de estreia, mas não deu. No tempo extra foi a hora de David West chamar a responsa e finalizar o jogo para o invicto time da casa.
O ataque do Pacers até já merece um post especial. Se forem assistir a um jogo deles em breve reparem em como o time joga sem posições definidas (uma espécie de Flex Offense) quando o Roy Hibbert e o Darren Collison não estão em quadra, dando espaço para George Hill e Tyler Hansbrough. É bem legal de acompanhar.
Em Minneapolis o Miami Heat continua sua rotina de sofrer para bater times fracos. Depois de precisar de um arremesso no final de Dwyane Wade para bater o Bobcats, repetiram a dose contra o Wolves. De novo LeBron James dominou o jogo do começo ao fim (34 pontos, 8 rebotes, 10 assistências) e Chris Bosh jogou bem com seu novo estilo mais agressivo, mas coube a Wade, que quase não jogou, machucado, fechar o negócio. Primeiro mandou um arremesso longo de 2 pontos para virar o jogo e a 4 segundos do fim recebeu um passe do lateral de LeBron em uma jogada maravilhosa desenhada por Erik Spoelstra. Todos estavam esperando uma jogada de isolação na linha dos 3 pontos, já que ainda havia muito tempo no relógio, e eles executaram uma jogada típica de quando se tem menos de 1 segundo sobrando. A estratégia deu certo, mas também deu tempo para o Wolves quase empatar em um arremesso de Wayne Ellington, jovem que pela primeira vez na temporada entrou em quadra e mandou muito bem com 11 pontos.
Mas o Wolves ficou perto da vitória graças a um jogo esplêndido do Ricky Rubio, o novo amor da minha vida já competindo com a Alinne Moraes. O jogo dele foi tão bom que não foram só 12 assistências, mas também acertou as duas bolas de 3 pontos que tentou e iluminou o jogo com jogadas de efeito. A minha favorita foi quando apontou para Kevin Love pedindo um bloqueio e meio segundo depois estava mandando uma ponte aérea do outro lado da quadra para o Anthony Randolph. O moleque está tão à vontade que teve uma jogada que ele deu um passe bizarro que não deu em nada, Randolph então virou para ele com uma cara de “era pra mim essa porra?” e Rubio disse que não, apontando para Anthony Tolliver que estava embaixo da cesta e com a uns 4 marcadores de distância. Retardado. Abaixo todos os bons momentos de Rubio no jogo:
Mas já que o tema da noite são armadores, que tal um Chris Paul versus Derrick Rose? CP3 mandou 15 pontos, 14 assistências e 5 roubos, mas perdeu o duelo com Rose, que foi para um simpático 29 pontos, 16 assistências e 8 rebotes. O técnico do Bulls Tom Thiboudeu disse que foi “como assistir dois pesos pesados se enfrentando com um soco atrás do outro”. Os dois costumam usar muitos bloqueios para evitar o confronto direto nas infiltrações, mas se marcaram o jogo inteiro e foi realmente um duelo de altíssimo nível que merece, um dia, uma série de playoff inteira. 
 O Clippers ainda não está funcionando bem como um time, e nada como a defesa do Bulls para expor isso. Isolar o Blake Grifin (34 pontos, 13 rebotes) deu muito certo, mas no quarto período o time  teve um momento ruim e bastou para o Bulls abrir uns 10 pontos de vantagem e fechar o jogo. Parece piada, mas esperem o Clippers melhorar demais quando Reggie Evans voltar de contusão para, além de apertar o saco alheio e cobrar os piores lances-livres do Universo conhecido, consertar o problema de rebotes que eles tem.  
No resto da rodada tivemos o Mavs e o Celtics finalmente ganhando um jogo. O Mavs chegou a estar perdendo, em casa, para o Raptors no terceiro período, mas com uma partidaça do Ian Mahinmi (claro, quem não esperava isso?) e de Rodrigue Beubois conseguiu assegurar a vitória. Já o Celtics fez a gente nos sentir de volta em 2002 com o Jermaine O’Neal em forma sendo o cestinha do jogo com 19 pontos. O que ainda não sabemos, porém, é se a vitória é mais pelo bom jogo de O’Neal, pela volta de Paul Pierce ou só porque enfrentaram o Detroit Pistons mesmo. 
Quem também ganhou pela primeira vez foi o Utah Jazz, que está vendo o Derrick Favors finalmente mostrar um pouco do basquete que o fez ser a terceira escolha do Draft do ano passado. Ele começou o jogo de pivô e deu certo, vamos ver no que dá. Mas sério, o que me surpreende mesmo é a atuação do Spencer Hawes pelo Sixers. Mesmo perdendo para o lixo do Jazz ele teve mais um jogaço com 15 pontos, 13 rebotes e 3 tocos. Quem é esse cara e o que ele fez com o Hawes que eu conheço?
No resto da rodada o Dwight Howard continua fazendo os melhores jogos da sua vida contra o Charlotte Bobcats, o Suns se vingou do Hornets, o garrafão do Grizzlies engoliu o Rockets com uma pitada de azeite e molho de mostarda com mel e o Wizards conseguiu a façanha de tomar mais de 60 pontos do Bucks antes do intervalo. O momento Bola Presa da rodada, no entanto, ficou com o novato Marshon Brooks, do Nets, que em jogo apertado que seu time perdeu para o Hawkspediu um tempo quando o time não tinha mais nenhum. Resultou em falta técnica e bola para o adversário, o que minou qualquer chance de reação.
Fotos da rodada
E você achando que ele não se importa com a  aparência

Tem hora que a gente só quer deitar no peito de alguém e se sentir protegido

Griffin consegue finalizar o Boozer com essa pegada, Belfort?

A famosa defesa break-dance de Rip Hamilton

Shane Battier senta em uma cadeira invisível para assistir Rubio jogar

Norris Cole não teve a mesma paciência

BoLAdA nO QUeiXo – Hausahusahsahsa

Volta aqui, bróder


Sobre o resumo da rodada:
São pitacos diários sobre a rodada da noite anterior da NBA. É uma seção que não chega para substituir nada, nem nossos textos gigantes e analíticos sobre as equipes. “Não cheguei para tirar a vaga de ninguém, só vim adicionar ao grupo”, disse o Resumo em sua entrevista coletiva de apresentação no Bola Presa.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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