[Resumo da Rodada] Que comece o massacre

A ESPN gringa começou sua transmissão do primeiro jogo entre Cleveland Cavaliers e Toronto Raptors tocando em um assunto que é realmente curioso quando pensamos a uma certa distância, mas que faz todo o sentido para nós que acompanhamos a temporada de perto: qual foi a última vez que um duelo tão disputado no papel é tão ridicularizado por críticos e torcedores?

O Raptors venceu 56 jogos na temporada regular, a melhor da história da franquia, e ficou a apenas uma vitória de distância do Cavs na classificação do Leste. No confronto direto foram 2 vitórias a 1 para o time canadense. E mesmo assim todos, absolutamente TODOS (e coloca a gente nessa também!) têm seríssimas dúvidas sobre a capacidade do Raptors ganhar UM JOGO SEQUER nesse confronto.

Eu achava que se eles fossem ter uma chance de vencer em Cleveland, seria no Jogo 1. Diversos jogadores reclamam que às vezes é ruim passar muito tempo sem jogar, como o Cavs está por fechar muito rápido a série anterior, e que isso atrapalha o começo do primeiro jogo depois da parada. Isso até aconteceu ontem, mas durou cerca de seis minutos. O Cavs começou bem devagar, meio perdido em quadra, especialmente na defesa. E enquanto isso o time canadense marcava todos os primeiros sete pontos do jogo.

Não demorou para o Cavs esquentar seus motores, porém. LeBron James aproveitou que o Raptors, para evitar os passes para arremessos de 3 pontos, o marcou só no mano-a-mano, sem ajuda, para DESTRUIR o aro. DeMarre Carroll não deu nem para o cheiro, foi dominado, e LeBron marcou muitos pontos dentro do garrafão.

O jogo pareceu disputado enquanto, do outro lado, DeMar DeRozan estava em dia de Kevin Durant. Seu primeiro período foi impecável, aproveitando os espaços que o Cavs dava pra ele arremessar de meia distância e colocando todos os arremessos na cesta. É aquela história, arremessos longos de 2 pontos só são ruins quando você erra eles.

Mas aí a coisa começou a desandar: pensa em um objeto numa daquelas cenas desesperadores de enxurradas, um carro, por exemplo. A água bate com tudo e o carro fica lá, apanhando, mas parado. De repente, em questão de segundos, aquela coisa de uma tonelada que parecia sólida e segura está boiando e girando como se fosse um brinquedo de plástico. O Raptors era o carro que virou brinquedo indefeso. Aguentaram as porradas durante cerca de 12 ou 14 minutos, depois foram levados pela correnteza com uma velocidade tão grande que quem piscou não viu quando o jogo saiu de mão.

A combinação fatal teve uma soma de fatores: no ataque o Raptors secou sem os arremessos de DeRozan. Primeiro porque ele foi para o banco ao mesmo tempo que Kyle Lowry, depois porque voltou frio. Como nas outras séries, o time não viu boas contribuições de DeMarre Carroll, Terrence Ross ou Patrick Patterson. Do outro lado, foram completamente dominados individualmente. LeBron James, Kyrie Irving, Kevin Love e, vejam só, até Iman Shumpert (!!!) e Richard Jefferson (!!!!!!) foram capazes de criar jogadas por conta própria, se aproveitando da falta de ajuda do Raptors, que ao tentar evitar a bola de três tomou tantas enterradas que até eu fiquei tonto assistindo.

No fim, LeBron ainda os DESTRUIU moralmente e fez o pênis de todos parecerem menores com essa enterrada.

Na metade do segundo período a diferença já havia chegado a 19 pontos e o jogo basicamente acabou. Sério, o segundo tempo foi mais frio e sem emoção do que muito jogo de terça-feira chuvosa em janeiro em Milwaukee. Valeu só por uma jogada de Terrence Ross, parecidíssima com a enterrada acima de LeBron James, e que resume o jogo de ontem:


RODADA DO DIA

OKC Thunder @ Golden State Warriors (22h, SporTV)


SORTE DO DIA

Os deuses da probabilidade operaram seu milagre máximo: pela primeira vez na história do atual modelo de sorteio das posições do Draft da NBA (que expliquei aqui em detalhe ontem), todas as posições ficaram inteiramente de acordo com as probabilidades: quem mais tinha chance de ser o primeiro, foi o primeiro. Quem mais tinha chance de ser o 14º, foi o 14º.

O grito da torcida do Philadelphia 76ers, que se reuniu em massa para assistir o sorteio, mostra o resultado:

Há anos o time tentava perder de propósito por essa bênção, e a alma de Sam Hinkie (que descanse em paz no céu dos managers!) estava lá presente para que isso finalmente acontecesse. Eles que não ousem escolher o cara errado agora! Seja Ben Simmons, seja Brandon Ingram, ACERTEM por favor!

O vídeo abaixo mostra o sorteio que acontece antes do evento que passa na TV. Das 250 combinações de 4 dígitos possíveis para o Sixers, duas foram sorteadas de cara. Uma para render a primeira escolha, a segunda só pra dar um gostinho de sorte mesmo, porque não valia mais. Um terceiro sorteio garantiu a segunda escolha para o Lakers. Não é incrivelmente prazeroso ver esses caras importantes, ricos e bem vestidos vendo o futuro deles ser decididos por essas bolas flutuantes?

O resultado final do sorteio foi esse:

1- Philadelphia 76ers 
2- LA Lakers
3- Boston Celtics (via Brooklyn Nets)
4- Phoenix Suns
5- Minnesota Timberwolves
6- New Orleans Pelicans
7- Denver Nuggets
8- Sacramento Kings
9- Toronto Raptors (via NY Knicks)
10- Milwaukee Bucks
11- Orlando Magic
12- Utah Jazz
13- Phoenix Suns (via Washington Wizards)
14- Chicago Bulls

 

 

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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