Começamos com o Nuggets e Lakers que aconteceu ontem no fim da tarde. Estava animado com o bom horário do jogo e com o fato do Andrew Bynum finalmente voltar depois da sua suspensão devido ao assassinato do JJ Barea nos últimos playoffs. E ainda bem que ele voltou, porque foi o único ponto positivo do jogo. Ele dominou para cima do Timofey Mozgov, do Nenê e às vezes contra os 3 ou 4 marcadores que vinham para cima dele, foi realmente impressionante. Não fossem as seguidas contusões que ele teve ao longo da carreira eu não tenho dúvida que o pessoal do Orlando Magic estaria seriamente considerando a troca pelo Dwight Howard.

Mas não vamos nos enganar, fora isso o jogo foi patético, um dos piores que eu já vi nos últimos anos. Do lado do Lakers o Steve Blake não acertava um arremesso sem marcação nem que a vida de sua mãe dependesse disso, o Kobe Bryant parecia preguiçoso e quando tentou acordar para o jogo só fez cagada, isso além dos seus Arremessos-Forçados-A-40-Metros-Da-Cesta™. Do Pau Gasol eu juro que vi a remela nos olhos de quem acabou de acordar e os arremessos do Metta World Peace (0-8, 0 pontos) quase me fizeram parar de gostar de basquete. Como o Lakers ganhou o jogo então? Bom, o Ty Lawson não fez nada, o Danilo Gallinari não só jogou mal como errou uma bandeja sem marcação, sozinho, a 4 segundos do fim, que empataria o jogo e o Nenê até enterrada sozinho perdeu. O Rudy Fernandez, se eu fosse o George Karl, seria punido sem entrar em quadra por 10 jogos depois de tanto arremesso forçado sem necessidade. No fim do primeiro tempo o Nuggets tinha a posse de bola e tempo para dar o último arremesso do tempo, mas o espanhol resolveu mandar um tijolo de 3 pontos e dar a posse de bola para o Lakers. Total falta de atenção no jogo. Se quer voltar para o Real Madrid, que vá, caras como o Gary Forbes ajudariam mais.

Depois da bandeja ridícula do Gallinari, que ele próprio não deve saber porque não foi uma enterrada, o Kobe ainda errou um lance-livre só para dar uma última chance para o Nuggets empatar o jogo. Pelo bem do basquete eles erraram e não tivemos que ver mais 5 minutos daquela tortura chinesa.

Em um dos poucos jogos disputados da noite, o Detroit Pistons bateu o Indiana Pacers para conseguir sua primeira vitória na temporada. O Indiana vinha de um jogo com prorrogação contra o Cavs na noite anterior e ainda teve que viajar até Detroit, o time sentiu e com jogos terríveis de David West e Danny Granger ficou difícil lutar por alguma coisa. Vamos dar pelo menos um tiquinho de mérito para o Pistons, que pelo menos conseguiu aproveitar o jogo ruim do seu adversário e pelo menos pareceu interessado. O melhor jogador em quadra foi o sueco Jonas Jerebko, que se encaminha para ser o melhor jogador do Pistons em toda a temporada, podem escrever. Ele é alto, veloz, pode jogar nas duas posições de ala, sabe se posicionar bem e até mete bola de 3 pontos. A minha jogada favorita dele no jogo apareceu no resumão da partida: ele se posiciona embaixo da cesta, mas ao perceber a infiltração do Brandon Knight, corre para a linha dos três pontos, de lá ou o seu marcador o acompanha e abre espaço para a bandeja ou o deixa livre para arremessar, que é o que acontece e ele mata a bola. Quando o Charlie Villanueva voltar vamos poder comparar a inteligência dos dois dentro de quadra, vai ser engraçado.

Outro time que pareceu cansado foi o Atlanta Hawks. A crítica de quem cobre o time foi sobre “falta de energia”, mas com tantos jogos em sequência fica difícil julgar o que é vontade e o que é falta de pernas mesmo. De qualquer forma o Rockets entrou com tudo e engoliram o adversário. A rodada de ontem foi tão ruim que até o melhor jogador da noite não acertou um arremesso sequer: Kyle Lowry foi monstruoso, igualou seu recorde pessoal com 18 assistências, lidera a liga nesse quesito mas não teve pontaria nos 6 chutes de quadra que tentou.

O que atrapalhou o Hawks também foi que eles pegaram um dos poucos dias inspirados do pivô Jordan Hill. Para abusar do Rockets é bom aproveitar a falta de altura e de bloqueadores do time, mas Hill (15 rebotes, 11 pontos) se impôs e o time do Leste conseguiu só 6 rebotes de ataque.

O resto da rodada foi de lavadas. O San Antonio Spurs não tomou conhecimento do Utah Jazz e mostrou para o Josh Howard como ele não escolheu o lugar ideal para jogar, o Knicks nem precisou do Amar’e Stoudemire para usar do corredor largo, aberto e confortável que é a defesa do Kings (até o Toney Douglas pareceu um gênio com 18 pontos e 8 assistências) e o OKC Thunder brincou com o Phoenix Suns. O Alvin Gentry colocou o Grant Hill para marcar o Kevin Durant, segurou bem o cestinha da liga e mesmo assim tomaram na cabeça o jogo todo e não tiveram chance, triste. O Steve Nash é gente fina demais para pedir para ser trocado, alguém tem que ir lá fazer o favor de o libertar.

No último jogo da noite o melhor pivô da atualidade, o gênio Spencer Hawes, continua causando estragos. Mais um double-double para cima do Golden State Warriors com 14 pontos e 12 rebotes. Você acha que pode parar Hawes, mas tem que ficar feliz se apenas apanhar pouco. Ele está com média de 12 pontos, 12 rebotes, 4 assistências e 2 tocos por jogo. O Warriors perdeu o jogo e não teve chance desde o começo: Steph Curry ainda parece incomodado pela contusão no tornozelo e Monta Ellis não jogou devido ao falecimento de sua avó. Sem os dois o ataque do time funciona tão bem quanto aquele serviço de reclamação da sua operadora de celular, com a diferença que o Warriors pelo menos tenta ser rápido.

Fotos da rodada

Todos querem ter a honra de encostar em Spencer Hawes

Muita gente decidiu passar o ano novo curtindo um excelente jogo do Pistons

…a gente se conheceu assim meio sem querer

Alvin Gentry indica onde estão indo as penetrações do Thunder contra seu Suns

Bola Presa™

– Bitch, please

Aquele momento em que pisamos numa peça de lego