MUDANÇAS E CONSEQUÊNCIAS
Um dos temas mais recorrentes na história do Bola Presa é o da mudança de regras e suas consequências. São tantos anos cobrindo a NBA que já pegamos mudanças de formato nos Playoffs, na temporada regular, no All-Star Weekend, nas regras salariais, no Draft… e ainda fizemos dois podcasts especiais especulando que mudanças de regra nós traríamos para a NBA se fôssemos donos do mundo (#MorteAosLancesLivres)
E como bom estudiosos de jogos que é o Danilo, nossas conversas sempre foram para o lado das consequências quase sempre imprevisíveis das mudanças de regras. Seja em jogos de criança, em videogames, em jogos de tabuleiro e até em coisas que não são exatamente jogos mas acabam sendo, como o mercado de ações, sempre existem os casos de regras que mudaram por um motivo e o resultado foi algo completamente novo e inesperado. É um efeito dominó que nem sempre podemos prever. Mas será que não dá pra prever pelo menos alguma coisa?
Esse tema veio à tona na última semana com os casos de Joel Embiid e Tyrese Haliburton. O pivô do Philadelphia 76ers, até então favorito ao troféu de MVP, foi tirado do jogo contra o Denver Nuggets poucos minutos antes de enfrentar seu rival Nikola Jokic. Ele não joga em Denver desde 2019! Logo vieram as acusações de que ele estaria fugindo da briga, ao que o Sixers respondia de maneira bem vaga que era um problema no seu joelho. O pivô ficaria de fora de novo do jogo seguinte contra o Portland Trail Blazers e só voltaria contra o Golden State Warriors. Foi um jogo estranho. Embiid parecia cauteloso demais, lento demais, passivo demais. Marcou apenas 14 pontos nos 30 minutos que ficou em quadra, interrompendo uma sequência de 22 jogos com 30 pontos ou mais na temporada. E pior, sua partida acabou mais cedo quando Jonathan Kuminga caiu em cima do seu joelho direito.
A confirmação veio só alguns dias depois, uma lesão em flap no menisco lateral. Já fizeram uma thread legal no Twitter explicando melhor o que isso quer dizer, mas infelizmente ainda não dá pra ter certeza de nada. Há várias opções de tratamento, muitas possibilidades de tempo de recuperação e nenhuma informação mais precisa vindo do time. Ele foi operado nesta terça, mas ainda assim é impossível saber.
Mas então, Embiid jogou machucado? Foi imprudente? Ou a lesão foi só mero azar pela queda de Kuminga bem em cima do joelho? Ou se ele estivesse saudável o impacto teria sido melhor absorvido? Ao que tudo indica, lidar com medicina esportiva é ter que aceitar que não se tem todas as respostas do mundo. O que apimenta a discussão, porém, é outra possibilidade. A de que Embiid não entrou em quadra só porque havia ouvido todos os tipos de crítica por ter “fugido” do duelo contra Jokic, mas porque estava correndo riscos de perder mais de 18 jogos na temporada e assim se tornar inelegível para os prêmios da temporada, inclusive o de MVP que todos davam como certo para ele nas últimas semanas.
A regra que obriga um jogador a atuar ao menos 65 jogos numa temporada para concorrer aos prêmios é nova, está valendo pela primeira vez neste ano e já causa polêmica. Quem foi mais vocal sobre a regra foi Haliburton, que a chamou de “estúpida”. Ele precisa entrar nos times All-NBA para ser elegível a 41 milhões de dólares a mais na sua extensão de contrato com o Indiana Pacers, mas uma lesão na coxa o fez perder alguns jogos, voltar antes da hora, sentir dores de novo e agora ele só pode desfalcar o time mais QUATRO vezes até o fim da temporada regular para salvar seu dinheirinho. A solução do Pacers para ajudar sua super estrela vai contra toda a precaução que os times pregaram nos últimos anos: mesmo sem parecer 100% ele tem jogado cerca de 20 minutos por partida na última semana, até vindo do banco em uma ocasião. Sim, um jogador precisa atuar por ao menos 20 minutos para um jogo ser contabilizado. Não daria para colocar o armador em quadra, fazer uma falta proposital no primeiro lance e assistir o resto do banco.
O ex-jogador Joe Dumars, hoje vice-presidente executivo da NBA, defende a liga se referindo justamente à imprevisibilidade das mudanças: “Sempre teremos consequências inesperadas, essa é a primeira coisa que temos que lembrar. A segunda é que já se sabia que os primeiros caras que perdessem alguma coisa por pouco se tornariam um problema, então isso seria uma discussão em algum momento”. Ou seja, Dumars até entende que consequências inesperadas são parte fundamental de uma mudança na estrutura, mas que esse caso da reclamação por perda de um prêmio era até bem esperado.
Mas a fala mais importante de Dumars é sobre o nascimento da regra. Ela só existe porque o sindicato dos jogadores a aprovou. “Não podemos esquecer que isso foi aprovado pela associação dos jogadores, aprovada pelos donos dos times e pelo comitê competitivo”, disse Dumars. “Mexemos muito nos números e no fim das contas chegamos a 65 jogos. Isso é 20% da temporada [que um jogador pode perder]. Isso é justo e todos aprovaram”.
Não é a primeira vez que jogadores reclamam de regras aprovadas por eles mesmos, isso vai desde a adoção do Play-In até o aumento imediato do teto salarial após o novo contrato de TVs em 2016. A impressão é que há um grupo pequeno de jogadores interessados em fazer parte do sindicato e sentar na mesa e um grupo maior de jogadores que só TORCE para que as decisões sejam as melhores, sem participar realmente de discussões. Se mais atletas além de Haliburton acham a regra estúpida, isso certamente teria um peso enorme na hora das negociações. Mas eles falaram alguma coisa na hora? Paul Reed, reserva de Embiid no Sixers, disse que “não assinou nada”. É preciso participar, camaradas. Algumas mudanças de regras causam efeitos inesperados, a reclamação de quem perde um prêmio ou um contrato por isso não deveria ser inesperado.
Outro caso na última semana chamou a atenção para regras de dentro do próprio sindicato dos jogadores. Uma matéria do Yahoo!Sports contou que Tony Snell, escolha de Draft de 2013 do Chicago Bulls e que jogou pela última vez em 2022 pelo New Orleans Pelicans, estava lutando por um retorno à NBA por um motivo diferente do normal.
A razão principal não é competitiva ou financeira, mas burocrática. Snell quer conseguir completar uma décima temporada de serviços prestados na NBA para ter direito a um plano de aposentadoria do sindicato em que toda sua família tenha seguro de saúde daqui pra frente. Por enquanto apenas o jogador tem plano garantido pela NBAPA.
No ano passado Snell revelou que seu filho recebeu o diagnóstico de autismo e que isso o fez pensar se ele mesmo não era assim. Ele então recebeu o mesmo diagnóstico. “Sinceramente, senti alívio”, disse. “Eu sabia que era diferente de todo mundo. Só de observar os outros ao meu redor, como se interessavam um pelo outro e já se entendiam. Não conseguia encontrar maneiras de me conectar. O basquete foi a única coisa que me fez ter amigos”.
O ala também revelou que seu outro filho recebeu o mesmo diagnóstico de autismo e por isso que ele deseja garantir um plano de saúde para ambos para o resto da vida. Snell está jogando no Maine Celtics, filiado do Boston Celtics na G-League, desde o ano passado e precisava garantir um contrato até a última sexta-feira para que essa temporada contasse como o décimo ano. Contratos mais curtos ou aqueles de dez dias não valem nesse caso. Uma campanha nas redes sociais tentou convencer times de que ele merecia e até Charles Barkley apareceu na TV fazendo um apelo para que o jogador recebesse uma oportunidade, mas nada feito. Passou a sexta-feira e Snell ficou sem contrato. Poderá tentar de novo no ano que vem.
Nas redes sociais já apareceram os que contaram quantos milhões Snell fez ao longo da carreira e como a sua mulher já apareceu esbanjando nas redes sociais. A questão aqui não é que o jogador faliu. Ele apenas quer garantir saúde, algo caríssimo nos EUA, para seus filhos para todo o futuro, até para quando ele não puder mais cuidar deles. Uma preocupação bastante válida.
O caso Snell é mais um exemplo de como saber as regras mudam automaticamente nossa interação com o jogo, mesmo um jogo da burocracia. Atletas com nove anos de NBA merecem planos de saúde mais parrudos também, mas a linha tinha que ser traçada em algum lugar. E assim que ela é traçada a maneira que todos passam a agir é com ela de base. E claro que vamos torcer para alguém como Snell, mas ao mesmo tempo isso não iria tirar a vaga de outro jogador que também busca alguma coisa? Alguém que sonha com o primeiro grande salário, com um benefício, para se firmar na NBA, ganhar sua primeira oportunidade, etc. Se eu fosse um General Manager nesta última semana eu me sentiria terrível, certamente tentando inventar na minha cabeça teorias que provassem que ter Snell no meu time seria melhor para todos. Como escrever regras que deixem tudo justo, igual, divertido e ainda humano?
MALDIÇÃO DOS 60 PONTOS
Depois de Devin Booker e Karl-Anthony Towns, dessa vez foi a vez de Stephen Curry marcar 60 pontos em uma DERROTA. E pior, derrota para o Atlanta Hawks! Dos anos 1980 até agora há pouco só tínhamos visto SEIS derrotas em atuações de 60 pontos ou mais, agora foram mais três nas últimas duas semanas.
Number of NBA players who scored 60+ points in a game and lost:
1980s: 2
1990s: 1
2000s: 0
2010s: 3
Last 13 days: 3— Zach Kram (@zachkram) February 4, 2024
NO POINTS JUST VIBES
O armador Ryan Arcidiacono, do NY Knicks, se tornou nesta última semana o primeiro jogador a ZERAR na pontuação por VINTE JOGOS seguidos! Ele entrou em 20 partidas no ano e somou apenas 45 minutos totais de quadra, então é menos pior que parece, mas ainda impressionante. E de qualquer forma, ele não está lá para isso. Arcidiacono está presente porque é o quarto membro da Universidade de Villanova presente no time, ao lado de Jalen Brunson, Donte DiVincenzo e Josh Hart.
Can't measure vibes pic.twitter.com/mR6RIy6ogg
— Jeff Eisenband (@JeffEisenband) February 5, 2024
Mas tem mais que apenas VIBES na contribuição de Arcidiacono. Como relatado pelo Fred Kaz no The Athletic no começo do ano, o armador tem uma MISSÃO no banco de reservas: dedurar defensores adversários que estão a mais de três segundos dentro do garrafão. A matéria conta que ele não para de gritar para alertar os juízes e que até aquele momento 16 marcações de três segundos defensivos no garrafão já haviam sido marcadas contra adversários do Knicks, sendo TREZE na frente do banco do time com Arcidiacono gritando na orelha dos árbitros. “É assim que marco meus pontos”, contou.
QUEM VIGIA OS VIGILANTES?
A NBA precisa começar a vigiar os responsáveis por computar as estatísticas dos jogadores em cada ginásio da NBA. Já são anos de passes banais sendo contados como assistências por um excesso de boa vontade dessa gente. No ano passado ainda tivemos a polêmica do Jaren Jackson Jr. estar com muito mais tocos nos jogos em casa do que fora. A análise dos vídeos não achou muitos lances em que os mesários de Memphis estivessem inventando coisas, mas a reação do público foi de desconfiança.
Agora o número da vez é de Fred VanVleet. Com 46 tocos, ele se tornou o jogador de 1,83m ou menos com mais tocos na história da liga em uma temporada! E ele só jogou 47 jogos até agora!! VanVleet tem mais tocos nesta temporada que pivôs como Bam Adebayo, Nikola Jokic e Al Horford! Mas quando a tropa do Twitter ficou sabendo disso e foi investigar… onde estão os tocos? A maioria dos lances parecem mais roubos que qualquer outra coisa. Vejam vocês:
VanVleet’s 4 blocks from Sunday pic.twitter.com/4dZ3rCVeF3
— Robert Davis (@RobertD80867127) February 5, 2024
Em defesa do armador do Houston Rockets, seja roubo ou seja toco, é um grande lance defensivo. Não estamos questionando seu talento em quebrar jogadas, mas pedindo consistência nas marcações. No caso acima elas vieram até da mesa do Minnesota Timberwolves, então não é uma conspiração de Houston para quebrar um recorde que ninguém sabia que existia. De qualquer forma, estatísticas importam e quando eu ler um boxscore quero saber que uma assistência foi mesmo uma assistência e quero aprender a diferença de um roubo para um toco, por favor.
TEORIA DA MÃO QUENTE
Quantas vezes você já viu um jogador marcar ao menos OITO PONTOS em três posses de bola consecutivas? O Todd Whitehead se fez essa pergunta e descobriu que, surpresa, Stephen Curry é o jogador que mais vezes conseguiu essa sequência que ele chamou de “Flurry”. Foram 96 vezes já, 16 a mais que James Harden, o segundo colocado. Vale registrar que nesta segunda-feira Brandon Ingram conseguiu incríveis 15 pontos em 5 posses de bola seguidas, só bola de 3 atrás de bola de 3. Essa acho que nem o Curry já fez…
Steph Curry scored 8 points on back-to-back-to-back Warrior possessions twice yesterday – once with 3 minutes left in regulation and again in the last minute of overtime. Nobody else in NBA history has had more of these scoring flurries than him. pic.twitter.com/R9z6BmRUgv
— Todd Whitehead (@CrumpledJumper) February 5, 2024
MISSÃO
A gente já prometeu que eventualmente vai voltar a Pelada Bola Presa, mas agora eu quero prometer algo ainda maior: uma Pelada Bola Presa EM UM GINÁSIO DA NBA! É possível? Pior que é. Talvez muito caro, mas possível! Descobrimos essa semana que um grupo de torcedores do Toronto Raptors combina uma ou duas viagens por ano para assistir o time e depois se junta para alugar o ginásio por um tempo para bater uma pelada numa quadra da NBA. Aqui um jogo de baixíssimo nível lá no Paycom Center em Oklahoma City:
They said they travel to a city or two every year to do this and picked OKC and New Orleans this year. Adding this to my bucket list https://t.co/smMfFCXXhy
— The Daniel Bell© (@BasketballGuruD) February 5, 2024
FRASE DA SEMANA
O humorista travestido de jogador de basquete Josh Hart fez uma falta em LeBron James e se revoltou com a marcação do juiz. Não que ele não tenha feito a falta, isso ele admitiu, Hart só não acredita que o árbitro tenha sido capaz de vê-la: “Não é possível que você viu isso, a não ser que você tenha visão raio-X. Empurrei ele e foi uma ótima marcação, mas você não conseguiu ver”.
"Não é possível que você viu essa falta, a não ser que você tenha visão raio-x. Eu empurrei ele, foi falta mesmo, mas você nem conseguiu ver."
O JOSH HART METEU ESSA PRO JUIZ KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKpic.twitter.com/JAj2OeQ3E5
— Camisa 23 (@camisa_23) February 4, 2024
SLOB WIZARD
A temporada do Josh Giddey vai ficar marcada pela história dele ter ficado com uma garota menor de idade, caso que foi encerrado pela polícia recentemente mas que rendeu vaias e mais vaias para o jovem australiano em todas as partidas fora de casa na temporada. Antes disso tudo acontecer, porém, o tema do seu ano era um apelido bizarro que ele recebeu do comentarista e ex-cartola John Hollinger: SLOB Wizard!
A sigla SLOB vem de “sideline out of bounds”, o termo usado para as jogadas começadas com um lateral. Quando é na linha de fundo é BLOB, “baseline out of bounds”. O que Hollinger percebeu é que Giddey dava passes fora de série, MÁGICOS, nessa situação específica, e que por isso se tornou o cobrador oficial de laterais do OKC Thunder. Quase um GRALAK dos tempos modernos! O armador do Thunder não se animou, mas segundo a página dele no Basketball-Reference já é um apelido oficial.
Nesta última semana vimos um exemplo da bruxaria de Giddey em um lance genial desenhado por Mark Daignault: precisando de uma cesta para levar o jogo para a prorrogação, o técnico coloca Aaron Wiggins para fazer um bloqueio para Shai Gilgeous-Alexander dentro do garrafão. Mas quando parece que Shai vai correr para receber a bola, ele para e faz ele mesmo um bloqueio para Wiggins, que então dá meia volta e ataca o espaço vazio sob a cesta. Espaço que só existe porque Chet Holmgren está no meio da quadra puxando Jakob Poetl pra fora da sua zona de conforto. É no meio desse redemoinho de trocas, voltas e corpos que Giddey precisa acertar o passe na hora certa. E ele acerta! Coloquei esse lance e outras bruxarias dele no vídeo abaixo. Não quero ser o BuzzFeed, mas o número 4 vai fazer você pular da cadeira:
TODOS AMAM ROBIN LOPEZ?
Antes inimigo mortal dos mascotes, o pivô Robin Lopez agora ganhou o respeito dos peludos. A moda da temporada é ver os mascotes trocando de camiseta com o pior irmão Lopez, como fazem os grandes amigos ou rivais após grandes duelos. Já rolou com o Coyote, Burnie e até com o patético Lucky. Na última semana o Jazz Bear fez o mesmo, mas gostei que apesar disso ele não abandonou a tradição. Tem que ter provocação primeiro, só depois o respeito!
"Eu andei 15 metros da minha caverna para ver o meu irmão Lopez favorito jogar, mas eu vou ter que me contentar vendo o Robin"
Mascote do Jazz, para Robin Lopez
E o pivô não estava afim de conversa! 😂😂😂pic.twitter.com/qkUVobZpLm
— Camisa 23 (@camisa_23) February 5, 2024
O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO?
A Revista Bola Presa é nossa nova tentativa de variar os conteúdos exclusivos para você que nos apoia. Estamos há algumas semanas sem nada de novo no ar e tudo isso é culpa de uma CRISE repetida que sofro por aqui: me empolgo com um formato e o replico até ficar ele ficar muito grande, complexo e trabalhoso. Por fim ele me engole e travo. Foi assim com nossos textos, com o Filtro e agora com a Prancheta. Durante as férias da Amora eu me frustrei tanto tentando fazer novas Pranchetas que acabei largando duas vezes no meio por pura frustração. Elas demoravam muito para ficar prontas, às vezes não conseguia a jogada certinha que eu queria ou algo na edição demorava uma eternidade. Percebi logo o padrão com o que rolou com os textos e o Filtro.
A solução que pensei foi recuperar um pouquinho de tudo que deixamos de lado nos últimos tempos, mas num formato mais controlado. E se a gente tivesse uma coluna semanal com um texto (mas não tão grande assim), com curiosidades e histórias divertidas (mas sem o tamanho colossal do Filtro) e comentários táticos (mas sem separar dez variações de cinco tendências diferentes como na Prancheta)? É como uma revista semanal, que tem um pouco de tudo em tamanho adequado.