A CRISE DO APITO
Na rodada desta segunda-feira (26), o Detroit Pistons estava a segundos de vencer o New York Knicks, seria apenas sua NONA vitória em 57 jogos, quando Donte DiVincenzo atropelou Ausar Thompson, que tinha interceptado um passe após uma sequência caótica de lances a poucos segundos do fim. Até aí tudo bem… porém, os árbitros não interpretaram esse atropelamento como falta. A bola ficou com o Knicks e acabou com a cesta da virada de Josh Hart segundos depois. O erro foi grosseiro, óbvio e admitido imediatamente após o jogo pelo árbitro James Williams, nem foi preciso esperar o relatório dos minutos finais publicado no dia seguinte. Mesmo assim, pouco depois, o técnico Monty Williams, do Pistons, apareceu para sua coletiva apenas para DESCER A LENHA na arbitragem e ir embora com a certeza de que a multa vem, mas de que ficar calado seria pior:
"The absolute worst call of the season. Enough is enough!"
Monty Williams goes off on refs and then walks out of press conference after the Pistons 2-point loss to the Knicks.pic.twitter.com/unUyXbkr8b
— Ballislife.com (@Ballislife) February 27, 2024
Poderia ser mais uma daquelas entrevistas históricas de técnicos revoltados, como a minha favorita “take that for data” que ilustra uma das seções desta revista, mas virou só mais uma na multidão. Há duas semanas, Tyronn Lue foi multado em 35 mil dólares por um vídeo gravado após a vitória do seu LA Clippers sobre o Golden State Warriors em que aparece gritando “onde estão os árbitros agora? Trapaceando, é tudo o que eles fazem”. Um mês antes, Darko Rajakovic, técnico do Toronto Raptors, foi multado em 25 mil dólares por um acesso de fúria pós-jogo onde questionou a grande diferença na quantidade de lances-livres cobrados no último quarto em relação ao Los Angeles Lakers: “Eles tinham que ganhar hoje? Se é o caso, era só nos avisar que nem viríamos. Só deem a vitória para eles. Não foi justo e não foi a primeira vez”. Também já tivemos multa para Ime Udoka, técnico do Houston Rockets e, claro, o pedido do New York Knicks para um possível anulamento do resultado do seu jogo contra o mesmo Rockets quando os juízes inventaram uma falta de Jalen Brunson em Aaron Holiday no último arremesso do jogo.
Erros acontecem e é impossível um árbitro acertar tudo num jogo de basquete. Nossa abordagem no Bola Presa sempre foi a de não gastar tempo demais mergulhado em erros desse tipo porque são inevitáveis, parte do jogo e bem menos interessantes do que tentar entender o que os jogadores estão fazendo em quadra para determinar o resultado da partida. Ficar revoltado demais parece ser como ficar revoltado demais que um jogador erra arremessos, vai acontecer mesmo quando o processo for bem feito. Claro que o tema às vezes é inevitável, como quando acontece em um lance que definiu a partida, mas não há muito o que analisar para além do óbvio “sim, o juiz errou feio”. O tema fica mais interessante quando falamos de mudanças de postura ou de interpretação de algum tipo de lance como um todo, como quando a NBA anuncia seus “pontos de ênfase” para uma temporada, seja focando menos flopping, foco em marcar andadas ou qualquer coisa do tipo.
Dito isso, a NBA precisa fazer alguma coisa em relação à arbitragem. Ou ela precisa simplesmente melhorar ou a liga precisa convencer todos os envolvidos de que tudo bem ela nunca ser muito melhor que isso, por limitações humanas e da dificuldade de se apitar um jogo tão veloz e complexo em tempo real. Uma coisa é a torcida reclamar que seu time é sempre prejudicado, outra são técnicos veteranos insinuando resultados manipulados ou trapaça. Um “eles erraram hoje” é bem diferente de um “não é a primeira vez que isso acontece contra nosso time”. E vivemos uma época delicada, pipocam na timeline pessoas que nunca vi nada vida insinuando que os erros cresceram desde que a NBA passou a fazer parcerias com sites de aposta. Não é hora de ter a percepção pública e interna sobre os árbitros despencando.
O esporte nunca vai ser 100% justo enquanto pessoas tiverem que tomar decisões difíceis em tempo real para aplicar as regras, qualquer esporte percebe disso. Sempre foi assim e mesmo esperneando de vez em quando, aceitamos. Mas existe em algum lugar um ponto onde acaba a confiança. Para alguns acaba a confiança na capacidade técnica dos responsáveis em aplicar a regra, para outros acaba a confiança na índole dos envolvidos. E sem confiança não tem esporte. Como todo bom torcedor de futebol sabe, não precisa de muito para uma final épica entre dois grandes times ser completamente ofuscada por discussões sobre arbitragem. Isso é tudo o que a NBA não quer e chegou a hora de fazer algo a respeito.
Já foram organizadas algumas reuniões entre árbitros e o sindicato dos jogadores nos últimos anos para tentar apaziguar os ânimos entre as duas partes, mas os atletas não parecem mais satisfeitos com a performance e comportamento vindo do outro lado. E é pior quando os técnicos, que muitas vezes deveriam ser os “adultos na sala” em situações como essa passam a ser os que criticam de forma mais virulenta. Se o treinador do meu time tá falando que fomos roubados de propósito, quem sou eu pra dizer que não foi, não é? As multas são automáticas para reclamações contra a arbitragem, mas isso pouco reduz a percepção de insatisfação e ainda passa uma ideia de uma liga autoritária que não aceita ser criticada mesmo quando está errada. No All-Star Weekend, Jayson Tatum disse que a regra que ele mudaria é a de ter seu dinheiro de volta caso fosse provado que ele tinha razão em uma reclamação que acabou em falta técnica.
Só consigo pensar em três soluções para apaziguar os ânimos, mas uma a NBA já tenta aplicar, então não sei se tenho tanta razão assim. Essa é a transparência: árbitros precisam falar, dar entrevista, explicar suas decisões e devem haver relatórios explicando suas decisões. Isso já é feito, mas como é tudo isso só acontece depois dos jogos e não muda os resultados, acho que ninguém se importa. A segunda solução é sair da caixinha na hora da preparação dos árbitros: como eles se preparam para os jogos? Há um exercício para capturar coisas difíceis de se ver em tempo real? Há pessoas pesquisando sobre como desenvolver melhores juízes do mesmo jeito que há gente sempre pensando como os atletas devem ser melhores, mais técnicos, mais ágeis e mais precisos? A NBA adora uma inovação, então talvez devesse olhar menos para joguinhos em realidade virtual boba e mais para profissionais de educação física, esporte e afins para descobrir se há um jeito de fazer um “Árbitro All-Star” do mesmo jeito que hoje já vemos treinamentos de elite para meninos de 12 anos de idade. Vale dizer, porém, que não sei onde estamos nesse aspecto. Não encontrei nada sobre preparação de árbitros de alto nível, sobre treinamento específico ou se alguém investe especificamente nisso. Há muito material online sobre treinamento básico de árbitros, assim como há vídeos de gente ensinando a fazer bandeja, o meu foco é em treinamento do mais alto nível para a nata do esporte.
Por fim temos o amado e odiado árbitro de vidro. Talvez a solução mais fácil seja largar mão da ideia de desafios dos técnicos e simplesmente ter uma equipe na frente da TV dedicada a cada jogo com a capacidade de interferir o máximo de vezes possível quando enxergar algo que pode ser corrigido. Seria um trabalho enorme e provavelmente cheio de idas e vindas na hora de decidir em que situações eles poderiam intervir e quanto tempo poderiam demorar para acionar os árbitros da quadra, mas seria um jeito de acertar mais vezes. Basta um replay para ver que não foi falta de Brunson. Bastou um replay para ver que foi falta de DiVincenzo em Thompson. Talvez um grau maior de interferência só pudesse acontecer nos minutos finais, mas não soa estranho a regra mudar de uma hora pra outra dentro do jogo? E o VAR tá aí pra provar que é possível errar tanto pelo vídeo quanto ao vivo. Qualquer grande equívoco evitado justifica mais interrupções de gente de fora? Só sei que pedir a Abordagem Bola Presa™ de aceitar que erros (mesmo os grosseiros) são parte do esporte não vai funcionar, a cicatriz parece muito aberta e já alcançou jogadores, torcedores e parece que ainda mais técnicos que antes.
Um dos grandes desafios de Adam Silver nos próximos anos será consertar a arbitragem para não deixar que a arbitragem se torne o tema principal da NBA. Adepto de grandes mudanças, criativo e amigo das tecnologias, será curioso ver como ele ataca esse assunto sem vender a ideia de que a própria liga acha seus árbitros ruins e sem fazer com tanto alarde, evitando o perigo de que olhem mais para os juízes que para os jogadores. Não vai ser fácil e muita gente vai errar no processo.
ALIEN
Se a gente quisesse, toda semana tinha aqui número fora de série de Victor Wembanyama. Nunca vai faltar material! Até pensei em dar uma variada, mas dessa vez não vai dar pra evitar. O gigante simplesmente conseguiu um 5-by-5, um jogo alcançando ao menos cinco em pontos, rebotes, assistências, roubos e tocos. Ele teve incríveis 27 pontos, 10 rebotes, 8 assistências, 5 roubos e 5 tocos contra o Los Angeles Lakers. Foi só a 23ª vez que isso aconteceu na NBA, a primeira desde 2019 com Jusuf Nurkic, e apenas 15 jogadores diferentes tem um desse no currículo. Até Wemby aparecer, apenas Jamaal Tinsley havia alcançado o feito como novato.
LeBron and Wemby had the same energy after squaring off last night 🤝 https://t.co/9gG9EbVrEq pic.twitter.com/yhIDTa3s9d
— Ball Don’t Lie (@Balldontlie) February 24, 2024
Mas talvez o mais surpreendente é que um dia antes o assunto já estava sendo discutido. Wemby tinha feito 19 pontos, 13 rebotes, 4 assistências, 5 roubos e 5 tocos contra o Sacramento Kings. Ele ficou a uma assistência de um 5-by-5 e todos se perguntaram quando ele iria alcançar a marca. Bom, no dia seguinte! Pra se ter uma ideia da dificuldade de repetir a dose, apenas Hakeem Olajuwon (6) e Andrei Kirilenko (2) conseguiram repetir um 5-by-5 na história. Wemby quase conseguiu isso em dois dias seguidos na metade da sua primeira temporada e com restrição de minutos. A essa altura do campeonato parece que o francês vai banalizar o 5-by-5 como Russell Westbrook fez com os triple-doubles. E curioso faltar justo uma assistência naquele jogo em Sacramento, porque essa parte geralmente não é culpa dele. Olha o passe que ele deu em um contra-ataque depois de uma sequência defensiva assustadora pra cima de John Collins no jogo contra o Utah Jazz e seu companheiro não aproveitou. Aconteceu mais de uma vez. Talvez esse seja o número mais difícil para o Alien no restante da temporada, fazer o resto do elenco transformar seus passes em assistências, no resto ele se garante.
A lista completa de jogadores que já alcançaram um 5-by-5 pode ser vista em muitos lugares, mas eu recomendo o NBA HoopsOnline porque o design do site nunca foi atualizado desde 2005, nostalgia pura. Vocês vão ver lá o Draymond Green, que alcançou a marca uma vez em 2015 e QUASE repetiu a dose em 2017, quando teve uma partida com 10 roubos, 10 assistências, 11 rebotes, 5 tocos e… QUATRO PONTOS! Faltou um ponto! O mais fácil! Tem coisa mais Draymond que essa? Só se ele também tivesse sido expulso no mesmo jogo por chutar alguém.
E voltando a Wembanyama e seu 5-by-5, alguns números mais para encerrar: Wembanyama foi o mais novo a alcançar a marca (Kirilenko tinha 22 anos, Wemby tem 20) e o que fez em menos minutos (31, Marcus Camby havia precisado de 34 minutos). Que venham os recordes da semana que vem!
UMA NOVA CATEGORIA
Estamos exaltando Wembanyama só porque um dia alguém achou legal dar um nome para os jogos em que alguém alcança cinco em cinco categorias diferentes. Será que é a hora de inventarmos mais coisas para celebrarmos? O jogo de Nikola Jokic com 20 pontos, 15 rebotes e 15 assistências me fez pensar que um dia alguém, talvez o próprio Joker, vai ter uma partida de 20-20-20. Isso precisa de um nome próprio! E que nome dá para quando um triple-double vem com 100% de aproveitamento nos arremessos como esse do pivô sérvio?! Vamos batizar tudo.
The first player to record
20+ PTS
15+ REB
15+ AST
100 FG%in a game, in over 40 seasons. pic.twitter.com/riyFgCmNAB
— StatMuse (@statmuse) February 23, 2024
Nesse jogo contra o Washington Wizards, Jokic se tornou o terceiro jogador da história da NBA a alcançar um triple-double contra todo time que já enfrentou, igualando Russell Westbrook e LeBron James. Fez família.
SR. CONSISTÊNCIA
Você valoriza consistência? Então valorize Nikola Vucevic! Como bem observou o Stephen Noh, desde que chegou no Chicago Bulls as médias do pivô têm sido praticamente idênticas! Foram exatos 17,6 pontos, 11,0 rebotes e 3,2 assistências em 2022 e 2023, e ele está muito próximo de repetir a dose em 2024. Essa eu nem vou pesquisar e já garanto que nunca aconteceu na história da NBA.
Nikola Vucevic has a chance to average the exact same points/rebounds/assists for three consecutive years in Chicago.
—-
2022: 17.6 points, 11.0 rebounds, 3.2 assists
2023: 17.6 points, 11.0 rebounds, 3.2 assists
2024: 17.6 points, 10.7 rebounds, 3.4 assists— Steph Noh (@StephNoh) February 27, 2024
E não podemos falar de consistência sem falar do time mais MÉDIO da NBA. Lembra que ano passado o Atlanta Hawks acabou a temporada com 41 vitórias e 41 derrotas e passou meses sem embalar nem sequências de mais de DUAS vitórias ou derrotas? Pois nessa semana eles alcançaram a marca de exatas 750 vitórias e 750 derrotas nos últimos 1.500 jogos! São quase duas décadas de mediocridade. Terrível simetria.
The Atlanta Hawks are 750-750 in their last 1,500 games
They have achieved perfect mid pic.twitter.com/Q7LW1VD3Zc
— NBA University (@NBA_University) February 23, 2024
NÃO EXISTE SORTE
Nesta terça-feira vimos um dos finais de jogos mais malucos da temporada no duelo entre Cleveland Cavaliers e Dallas Mavericks. O Mavs abriu vantagem, Max Strus de repente acertou quatro bolas de 3 pontos em 70 segundos, aí o Mavs se recuperou, aí tivemos vários turnovers, quase turnovers e de repente PJ Washington colocou o Mavs na frente a poucos segundos do fim. Sem tempo para pedir, só deu tempo de jogar a bola para Strus tentar sua quinta bola de 3 pontos no período…
What a shot from Max Strus. pic.twitter.com/WfNbrIAgdp
— Steve Jones Jr. (@stevejones20) February 28, 2024
BANG! Vitória! Pelos dados oficiais do arremesso, ele saiu a 17,9 metros da cesta, o que faz do arremesso de Strus o segundo game-winner mais distante de toda a história da NBA (pelo menos desde quando começaram a marcar a distância dos arremessos). O mais longo é de Devonte Graham num final de jogo que não foi menos maluco contra o OKC Thunder há dois anos: 18,5 metros de distância! A NBA publicou um vídeo com os mais distantes desde 2014, é insanidade atrás de insanidade e os mais legais (Curry, Lillard e o citado Graham) foram contra o Thunder:
In honor of Max Strus' halfcourt game-winner… Check out the LONGEST game-winners the NBA has seen since 2014 🤯 pic.twitter.com/OeSYOBLLVO
— NBA (@NBA) February 28, 2024
JOGADA BOLA PRESA DA SEMANA
O que diabos aconteceu com o Jordan Poole? Tudo isso são efeitos de longo prazo pela pancada na cabeça? Já virou reserva em Washington…
jordan poole is trying his best. pic.twitter.com/tqflUziN8W
— Rob Perez (@WorldWideWob) February 23, 2024
DESPERDÍCIO DA SEMANA
Ninguém menos que Adrian Wojnarowski, o Woj, foi HACKEADO nesta semana. Alguém conseguiu acesso a seu Twitter e postou uma mensagem com link falso sobre o NBA Top Shot, uma bobagem que a NBA inventou de investir no auge da loucura dos NFTs, vocês lembram? A ideia era pegar usuários do jogo e atraí-los para esse link com a promessa de um pack gratuito de cartinhas. Uma hora depois a mensagem não estava mais no ar, o Top Shot avisou todo mundo que o link era falso e ficou por isso mesmo.
A questão é: você consegue invadir o Twitter do cara que dá as notícias mais bombásticas da NBA em primeira mão, que todo mundo segue, leva a sério e acredita e… tenta dar um golpezinho vagabundo?! Imagina o que seria do mundo da NBA por algumas horas se alguém menos ganancioso e mais poético tivesse esse acesso. Imagina um tuíte de Woj dizendo que LeBron James decidiu jogar mesmo com o Golden State Warriors no próximo ano, informam fontes da Klutch Sports. Ou que a NBA vai fazer a Final em jogo único na Arábia Saudita. Se fosse em época de Trade Deadline seria ainda mais devastador!
FRASES DA SEMANA
Como bom ciborgue que é, Kawhi Leonard fala as coisas do jeito que elas são. Ao ser perguntado sobre o que aconteceu para ele estar mais presente e disponível para os jogos nesta temporada em relação aos anos anteriores, Kawhi respondeu: “Não rompi o ligamento do joelho nem meu menisco”.
Kawhi Leonard when asked what’s gone into him being so available this season:
“Not tearing my ACL and not tearing my meniscus.” pic.twitter.com/nmmKvg9vdD
— Joey Linn (@joeylinn_) February 26, 2024
Também embebido no elixir da verdade, o técnico Steve Clifford mandou RELA TOTAL sobre a pressão de botar para jogar alguns caras ruins só porque eles foram escolhas altas de Draft: “A NBA é cheia desses caras que só jogam porque draftamos eles em 6º, 7º, 8º e não queremos dizer que ‘pô, talvez a gente tenha cometido um erro’, e quando eles chegam aos 23 anos estão fora da NBA e mais dois técnicos foram demitidos”. Isso foi bem específico, Steve. Quer compartilhar algo?
PIZZA PARTY
Vimos lá em cima a versão FURIOSA do técnico Darko Rajakovic, mas ele tem um lado carinhoso também. No começo da temporada o treinador prometeu um jantar com tudo pago para o elenco do Toronto Raptors caso eles vencessem três jogos seguidos fora de casa, feito que finalmente alcançaram ao bater o Indiana Pacers nesta segunda-feira. Segundo o técnico, a promessa ficou conhecida como a promessa da “Festa da Pizza” dentro do time, mas ele garantiu que vai bancar algo mais sofisticado que isso:
In December, Raptors HC Darko Rajaković pledged a self-funded 'all expense paid' team dinner if they win 3 straight games
Last night, they finally did it 👏
(via @Raptors) pic.twitter.com/WTBV1ibn4X
— Bleacher Report (@BleacherReport) February 27, 2024
O Darko paga jantar, mas não é tão legal, jovem e parte da galera a ponto de ainda conseguir ENTERRAR junto de seus jogadores. Na transmissão do jogo entre Orlando Magic e Detroit Pistons no último sábado, a TV de Detroit colocou no ar uma lista com os únicos técnicos que confirmaram que conseguem ainda cravar. Jamahl Mosley e Monty Williams, que se enfrentavam naquele dia, estão no seleto grupo, embora Monty tenha dito que enterrou pela última vez no ano passado para seus filhos verem e que isso não se repetirá mais:
Confirmed Active head coaches who can dunk 😎 pic.twitter.com/UHHUSXM5cP
— 🚀Şlค๓ ຟhit๓໐rē🚀 (@jg_clutch_city) February 25, 2024
Pra fechar a parte dos técnicos, fica a crítica do torcedor: este sofredor do Pistons afirma que seguirá usando a mesma camiseta até Monty Williams desistir de usar quintetos apenas com reservas. Apoio! É um luxo que poucos times podem se dar e o Pistons não é um deles.
This t-shirt is incredible 💀 pic.twitter.com/vVsxxEeklY
— Jack Kelly (@jack_kelly_313) February 25, 2024
MAIS QUE UM MASCOTE
Na semana passada mostramos Sandro Mamukelashvili acertando arremessos de costas da quadra de defesa tal qual um mascote, mas não é que finalmente Gregg Popovich resolveu colocar ele em quadra? E não só isso, chamou duas jogadas seguidas onde ele conduziria a bola e receberia um corta-luz de Zach Collins. Point Sandrão?! Até ele ficou surpreso: “Entrei em quadra e Coach Pop me deu confiança chamando dois pick-and-rolls pra mim. Ele me viu treinando esses lances. Eu fiquei tipo ‘É sério isso?'”. Não só é sério como ele fez as duas cestas e a segunda foi um lance lindo.
Turns out Mamu was as surprised as anyone:
“I go in and Coach Pop gave me confidence by calling two pick-and-rolls for me. He’s seen me working on that. I was like, 'Are you kidding me?' " https://t.co/ULsrlCDlBh
— Jeff McDonald (@JMcDonald_SAEN) February 26, 2024
FOFURA DA SEMANA
Lembram que a filha do Damian Lillard foi tirar uma foto do papai depois do All-Star Game? Recebemos o resultado! Aliás vale muito ver a entrevista de Dame para a SportsIllustrated onde diz que sente muita falta da família, que ficou toda em Portland, da dificuldade do divórcio, que a vida em Milwaukee é solitária e que ele passa o dia em casa vendo vídeos de LUTA no YouTube ou jogando videogame. Pesado.
O momento que todo mundo tava esperando: a foto tirada pela filha de Lillard
😂❤️ https://t.co/ysPDhDOkLQ pic.twitter.com/4TsqQ0hoWE
— NBA das Mina (@NBAdasMina) February 24, 2024
DESRESPEITO DA SEMANA
Um torcedor do Dallas Mavericks chamou o Kevin Durant de “vadia” quando ele entrava em quadra. O jogador parou e foi tirar satisfação enquanto o cara e a esposa tentaram bancar de brincalhões. Durant não entrou no jogo, mas disse que não era preciso expulsar o casal do ginásio. Foi mais humilhante que isso fazer essa cara e ir embora quando ouviu que o babaca tinha “um podcast sobre esportes”. É assim que somos vistos…
the most important nba player clip of our time pic.twitter.com/oC3Ebnzv64
— Fastbreak Breakfast (@fastbreakbreak) February 23, 2024
MAX FORCE
Já que falamos lá em cima das CINCO bolas de 3 pontos de Max Strus no último quarto da vitória do Cleveland Cavaliers contra o Dallas Mavericks, vamos assistir esses arremessos. No primeiro lance gosto como ele, marcado por Luka Doncic, é o escolhido para fazer o corta-luz para Darius Garland. Não só isso envolve mais Luka na defesa, seja para explorá-lo ou para cansá-lo, como obriga a defesa a se comunicar. Basta Kyrie Irving perder o equilíbrio no bloqueio que Strus abre para o pick-and-pop e fica LIVRE para o arremesso. E ainda contou a ajuda de Jarrett Allen, que subiu para fazer um novo corta-luz em qualquer um que tentasse impedir o arremesso do companheiro.
Depois Strus acerta um arremesso em movimento em um passe vindo do fundo de quadra, mais uma vez usando a velocidade para vencer a defesa de Luka, que prefere marcar jogadores que ficam mais parados. O terceiro é mais um pick-and-pop, bem parecido com o primeiro, de novo mirando Luka, e o quarto é uma variação do mesmo tema: o pick-and-pop vira um handoff, com Garland soltando a bola para Strus enquanto bloqueia a defesa, e os marcadores estão trocados, agora é Tim Hardaway Jr correndo atrás do arremessador enquanto Luka só assiste Garland desfilar. E tudo executado com muita velocidade e certeza, claro!
É uma excelente alternativa para o Cavs não se repetir demais nos bloqueios envolvendo seus pivôs, é um lance que gera arremessos rápidos e fáceis e que dependendo de como é marcado, pode até ajudar a vida de Garland a atacar o garrafão. Também uma boa saída para quando os melhores defensores estão ocupados com Allen ou Evan Mobley e “escondendo” um defensor pior em Strus, como fez o Mavs.
Dessa vez foi melhor ainda com o aproveitamento perfeito de Strus para salvar o time na Hora H. Ah, e a última bola não precisa de análise, né?
Já que o tema da semana é a arbitragem, temos que começar dando uma moral para o Moondog, um dos mascotes do Cleveland Cavaliers, que fez um truque de mágica onde o Scott Foster DESAPARECE! Fazer sumir o juiz mais odiado de toda a NBA não é pouca coisa. Parabéns, Moondog! O Chris Paul vai te dar uma gorjeta de bons milhões se você fizer disso algo permanente.
Last night I won the internet by making everyone’s favorite referee disappear.
You’re welcome. 😂#LetEmKnow @cavs pic.twitter.com/LQ9O36OetO
— Moondog (@CavsMoondog) February 23, 2024
Mas aqui é um blog de amor, não de ódio e assassinatos encomendados. Então damos precisamos destacar o G-Wiz, mascote do Washington Wizards, que organizou um evento de “speed dating” para achar uma namorada. Uma delas tinha namorado e a outra não gostava de nós mais peludinhos, mas no fim o amor venceu!
alexa… play marvins room pic.twitter.com/Tilk7wZeFx
— G-Wiz (@WizardsGWiz) February 25, 2024
Por fim, temos cenas fortes de competidores de alto nível se enfrentando. De um lado Benny the Bull como sempre tentando atrapalhar o aquecimento do time adversário, do outro Jrue Holiday, do Boston Celtics. Senti uma animosidade na troca de golpes e um cheirinho de revanche para o próximo encontro. Só não sei se foi uma boa escolha de modalidade para Benny desafiar seu rival, Jrue costumava jogar bastante contra seu irmão Justin e tem até uma mesa de ping-pong em casa para treinar…
Jrue Holiday destroyed @bennythebull in ping pong and Benny was not happy about it. pic.twitter.com/EyYebaUSfA
— Taylor Snow (@taylorcsnow) February 23, 2024