🔒Enigma Cousins

Em uma entrevista ao Bill Simmons, o grande, polêmico e divertidíssimo Charles Barkley falou que um dos jogadores que ele mais temeu na carreira foi Derrick Coleman, o primeiro escolhido no Draft de 1990. Como Barkley bem lembra, Coleman podia jogar nas duas posições do garrafão, sabia arremessar de perto da cesta, de média distância e até de 3 pontos. Era forte, tinha técnica e, para completar, era ambidestro. Mas ao invés de ser o cara mais dominante de uma geração, foi um jogador desinteressado, briguento e cheio de picuinhas que emperraram sua carreira. Ao invés de ser um dos melhores da história, ou ao menos da sua época, ele sobrevive na memória da liga apenas como um dos “e se” que povoam o imaginário de quem viveu suas expectativas.

E por que Simmons e Barkley estavam conversando sobre ele? Simples, o assunto era DeMarcus Cousins. Assim como com Coleman, Barkley acha que “quando ele colocar as coisas no lugar, vai tomar conta da NBA”. Mas se Coleman nunca colocou as coisas no lugar, o que garante que Cousins irá? Apesar de só ter 25 anos e ser duas vezes All-Star, a NBA tem seu pé atrás. Todos temos.

Na última semana, Cousins conseguiu dois jogos seguidos com mais de 45 pontos e 10 rebotes, foi apenas o quarto jogador nos últimos 30 anos a conseguir uma dupla de partidas consecutivas com esses números.

No segundo jogo, contra o Charlotte Hornets, Cousins marcou 56 pontos, a maior marca da história da franquia em Sacramento. Ele fez tudo o que sabe fazer: infiltrou, jogou de costas para a cesta, arremessou de 3 pontos, puxou contra-ataque, faturou seus rebotes ofensivos e até acertou mais de 80% de seus lances-livres. Simplesmente indefensável. Seria em qualquer época, mas fica ainda mais explícito agora, quando vários adversários não têm ninguém alguém do mesmo tamanho para fazer frente.

Mas apesar do domínio, seu time perdeu esse jogo. O Kings levou o jogo até a segunda prorrogação, mas lá não resistiu a Kemba Walker e às 8 bolas de 3 pontos de Troy Daniels. O problema não é perder um jogo disputado, mas ver que os minutos finais da partida foram jogados sem Cousins em quadra. O líder da NBA em faltas (3.8 por jogo) saiu com 6 no meio do segundo tempo extra, e nessa hora pesou uma das faltas mais idiotas que vi em toda a temporada: a pouco mais de um minuto do fim do tempo regular, com seu time PERDENDO por 3 pontos, Cousins ficou bravo por não terem marcado uma falta sobre ele. Como resposta, ele mesmo fez uma falta proposital e tola em Kemba Walker ainda no meio da quadra. O Kings já tinha estourado o limite do quarto, então Kemba foi para os lances-livres. Em poucos segundos Cousins (1) perdeu a bola, (2) gastou uma falta à toa e (3) deu 2 pontos de graça em um jogo que estava disputadíssimo. Imaginei a cabeça dos torcedores do Sacramento Kings e lembrei de mim mesmo torcendo para o Lakers naquele primeiro ano pós-troca de Shaquille O’Neal, lembram? Kobe Bryant queria levar o time nas costas e às vezes conseguia, mas às vezes forçava arremessos direto para a abismo. O Lakers perdia por causa de Kobe, mas só chegava perto de ganhar também por causa de Kobe. Ele era tão dominante que era o herói e o vilão ao mesmo tempo.

Todos associam DeMarcus Cousins a faltas técnicas, e não sem motivo. Ele reclama demais e é o segundo da NBA no quesito, com 10 marcadas contra ele na temporada, apenas uma atrás do líder Draymond Green. Mas quem dera fosse só isso. As técnicas chamam mais a atenção, mas são mais esporádicas. É na soma de todos os tipos que o pivô machuca seu time: ele é líder em faltas comuns, segundo em técnicas e quarto em faltas de ataque. Sem contar que é sétimo em turnovers.

Tentei separar aqui alguns pontos para tentarmos estudar DeMarcus Cousins e entender como ele chegou a esse cruzamento onde ele pode ser chamado, sem causar estranhamento, de temperamental, ‘câncer’ da equipe e também o melhor pivô da geração.

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PERSONALIDADE

Ele é um cara estourado, não tem o que fazer. Talvez se a gente conhecesse mais da vida pessoal dele pudéssemos especular alguma coisa, relembrar de quando ele sofreu bullying, tropeçou na frente de todo mundo na escola ou tomou o primeiro fora. Não é o caso. Também pode não ser nada disso: minha irmã tem os mesmos pais e a mesma formação que eu, ela expressava frustração gritando com as pessoas quando era pequena, eu o fazia trocando os chinelos dos pés. Sim, se eu estava irritado com os meus pais, no alto dos meus 4 anos de idade, e  então colocava o chinelo direito no pé esquerdo e vice-versa. Cada um lida com suas frustrações do seu jeito e a maneira Cousins é a da TOTAL INDIGNAÇÃO.

Em uma entrevista à SportsIllustrated, Cousins diz saber como ele funciona. Diz que qualquer pequena coisa o tira do sério, um contratempo bobo como uma falta que ele não concorda, e isso basta para ele perder o controle sobre seus atos.

“Eu tenho um sério problema quando alguma coisa está errada ou eu sinto que está errada. Eu tenho que falar o que estou achando. Peguei isso da minha mãe, é um problema que eu tenho. Não quero dizer que quero mudar o meu jeito porque ele me ajudou a chegar onde cheguei, mas ao mesmo tempo sei que às vezes preciso ficar quieto”.

Está aí um problema com os jogadores que chegam na NBA, o topo do topo da vida basquetebolística. Se eles conseguiram ser aquele 0,1% da nata do esporte fazendo o que fazem, por que justo quando chegam lá é que tem que mudar? Sendo “nervosinho”, ou, para usar um termo que ele deve usar mais consigo mesmo, “não guardando nada para si”, Cousins conseguiu ser um dos melhores jogadores colegiais, ser recrutado por Kentucky e ser um Top 5 no Draft, como convencê-lo de que o jeito que ele age em quadra é errado? Parece óbvio para quem olha de fora, mas convencer um cara a mudar não deve ser fácil.

Uma coisa que deve ficar clara, porém, é que Cousins não é exatamente um bad boy. Ele não tem registros de noitadas com drogas, bebida, atrasos e violência. Seus pontos negativos são todos de comportamento, de não aceitar qualquer contrariamento e aí perder o controle. O que dizem na imprensa dos EUA é que quem trabalha com Cousins, seja companheiros de time, comissão técnica ou funcionários, não sabe quem vai encontrar de manhã no ginásio. É a versão cara mais gente fina e brincalhão do elenco ou o mal humorado que foi contrariado e responde gritando palavrões contra tudo e todos? E ele é a alma do time, ele não pode ser ignorado.

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A FORMAÇÃO

Como disse antes, Cousins passou um ano na Universidade de Kentucky antes de pular para a NBA. Se esses jogadores do one-and-done já não têm muito tempo de aprender muita coisa, talvez a coisa seja ainda pior na faculdade que mais atraiu estrelas colegiais nos últimos anos. Liderados pelo controverso John Calipari, Kentucky se especializou em juntar jovens cheios de hype, dar um jeito deles jogarem juntos por um ano, tentar ganhar o título e depois ver todo mundo ir pra NBA. Ao lado de Cousins, por exemplo, jogaram APENAS John Wall e Eric Bledsoe. Com talento de sobra, Calipari costuma botar a molecada para correr e tenta usar os talentos individuais de cada um para sufocar adversários. É claro que boa parte dos universitários chegam na NBA meio perdidos, mas os de Kentucky costumam receber muitas críticas de erros básicos. É o que acontece esse ano claramente com Julius Randle, por exemplo, e aconteceu no passado de maneira mais gritante com John Wall.

Embora possa se argumentar que Cousins não é o cara mais quadrado e treinado tecnicamente, não acho que ele tenha tido problemas graves com isso, ele transborda talento. Mas talvez tenha sentido falta de um ambiente que vislumbrasse as coisas mais a longo prazo: treinar um garoto pensando em seus 4 anos de faculdade, mesmo que ele não fique lá por todos, implica em conhecer o menino e trabalhar todos os aspectos do seu jogo, incluindo o emocional. Embora Calipari tenha muito poder na hora de seduzir os meninos para o seu time, parece não ter a mesma capacidade de entrar na cabeça deles como tantos outros fazem durante essa etapa da carreira. Ele é bom no discurso Felipão do “temos um ano, temos que segurar nosso ego por alguns meses e trabalhar juntos”, mas não sei se alcança camadas mais profundas de seus jogadores.

Não quero dizer que Calipari não tenha uma conexão com seus jogadores, Cousins e muitos outros o elogiam até hoje, mas simplesmente não dá tempo. Uma fala do próprio pivô disse sobre o estilo do seu técnico deda uma falha em seu sistema:

“Aqui ele ensina rápido e, se você não pega, fica para trás. Ele trabalha como os profissionais, na NBA se você não pegar rápido, está fora da liga”.

Posso estar achando pelo em ovo, mas não parece ser esse o lugar onde você vai desenvolver, aos poucos, a maneira com que você deve se portar em quadra. Não ajuda também que várias das brigas entre Cousins e Calipari, na quadra, na frente de todo mundo, depois eram minimizadas com ambos dizendo que “somos pessoas emotivas, apaixonadas”.

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O AMBIENTE

A maior injustiça da NBA está em jogar os atletas no meio do desconhecido na noite do Draft. É fascinante, excitante, mas às vezes muito cruel. Por puro acaso, bolinhas de pingue-pongue e um efeito borboleta de escolhas de outras pessoas, um cara pode acabar no San Antonio Spurs ou no Minnesota Timberwolves; no Portland Trail Blazers ou no Phoenix Suns. O Spurs é um dos times que mais investe no desenvolvimento individual de atletas, sabe que não é uma grande cidade que atrai qualquer um e que nem pode pagar os maiores salários, então já pegou muito cara zé ninguém e transformou em gente grande. Quem seriam Danny Green, Patty Mills e até Tony Parker se não fosse a equipe de Gregg Popovich? O caso mais recente é o de Kawhi Leonard. Simplesmente ZERO pessoas no mundo achavam que ele ia virar o que virou. E a maior prova disso é ver seu primeiro ano na liga, quando ele realmente não sabia nada do que sabe hoje. Mas e se ele caísse no Wolves, que troca de técnico, não tem estilo de jogo, vive cercado de lesões e agora nem tem técnico ou General Manager oficial?

O Los Angeles Clippers da era Donald Sterling tinha um dos menores orçamentos para centros de treinamento, scouting e comissão técnica, qualquer jovem que caísse lá tinha muito menos chance de melhorar seu jogo do que um que fosse selecionado por uma franquia que gosta de trabalhar seus jovens jogadores, como o Utah Jazz, por exemplo. Pois DeMarcus Cousins caiu no Sacramento Kings, um time desorganizado, com brigas internas e que nunca se recuperou do quase-título de 2002. Demoraram para se reconstruir e depois que assumiram que era hora de começar do zero, mudaram de General Manager e técnicos trocentas vezes, só para depois ver a franquia ser vendida e o novo dono querer mudar tudo isso de novo. É uma organização sem um nome forte, sem respeito ao redor da NBA e que tem dificuldade em criar uma identidade própria. Desde estilo de jogo até comportamento, ninguém sabe o que esperar quando é contratado pelo Kings.

Como já falamos aqui algumas vezes, a NBA é uma competição e, portanto, seus participantes respeitam uma coisa acima de tudo: vitórias. Quando eu entrevistei o pessoal do Miami Heat aqui no Brasil em 2014, vários deles falaram, com toda a seriedade do mundo, que estavam felizes com a contratação de Shannon Brown (!!!) porque ele trazia consigo a experiência de ter sido campeão com o Los Angeles Lakers. Vai entender! Quando você soma esses títulos com tempo de experiência na liga, uma rede de influência e participação em níveis diversos (anos como jogador, técnico, dirigente), aí você vira uma entidade como Pat Riley ou Phil Jackson. O Kings não tem meio Riley por lá.

E quer saber o que DeMarcus Cousins tem a dizer sobre suas primeiras impressões do time? Vamos lá:

“Foi péssimo, para dizer a verdade. Quando falo das pessoas não acreditarem em mim, falo até do meu time. Eu cheguei e eles já falavam ‘você precisa fazer isso’, ‘você precisa fazer aquilo’, ‘você precisa perder peso’. Era tudo negativo e eu nem tinha jogado minha primeira partida. Eu teria que ir para a batalha com esses caras e eles nem acreditavam em mim”.

A sugestão do time para que Cousins procurasse um psicólogo para ajudar a lidar com “controle de raiva” só fizeram o jogador se sentir mais ofendido e negar a oferta.

Dito isso a gente pula para o começo dessa temporada, quando George Karl, técnico do Sacramento Kings, disse que queria DeMarcus Cousins trocado. O General Manager, Vlade Divac, disse que não ia trocar e a torta de climão ficou do tamanho do estado da Califórnia. Como dois caras tão rodados conseguem criar uma confusão desse tamanho, NA IMPRENSA, sobre um assunto tão importante para o futuro da equipe?! Cousins respondeu com emojis (antes de DeAndre Jordan!), Karl pediu desculpas e, de novo, o Kings foi uma piada em toda a NBA. Depois de Paul Westphal e Keith Smart, mais um técnico não se entendia com a estrela do time. Nenhum deu certo? Sim, deu. Mike Malone foi até elogiado por Cousins por alguém que “admitia seus erros e sabia conversar”, mas aí ele foi mandado embora. Cousins pode ser vítima de si mesmo, mas também é do Sacramento Kings.
TEMPO

Ter um nome forte para evitar essa novelas mexicanas ajudaria, mas nada como o tempo, não é? Kobe Bryant, mesmo com os livros de Phil Jackson, demorou um bom tempo para ser um pouco menos insuportável. Rasheed Wallace precisou sair de Portland e criar uma ligação pessoal com os seus companheiros de Detroit Pistons para deixar de ser uma influência negativa na sua equipe, e Zach Randolph precisou ser exilado na pequena Memphis para finalmente parar, pensar e ver que o basquete é um esporte coletivo.

É possível que um paizão no basquete universitário tivesse feito Cousins abrir os olhos sobre seus defeitos, assim como um nome forte ou o mínimo de organização no Sacramento Kings pudessem fazer com que o pivô ao menos enxergasse como ele às vezes estraga o time que deveria salvar. Mas também é possível que nada disso adiantasse e que só com o tempo, as derrotas e as frustrações ele aprendesse. E é aí que entra o dilema do Kings: trocar Cousins enquanto ele ainda é visto como um dos melhores jogadores de garrafão da NBA, ou insistir e acreditar que ele não vai precisar mudar de cidade para mudar de atitude? Cousins tem contrato até 2018 e é difícil acreditar que tope continuar na equipe se eles não mostrarem MUITA melhora até lá.

Embora tenham figurado entre os oito primeiros do Oeste na última semana, já foram ultrapassados. Estão atrás do Portland Trail Blazers na briga pela última vaga de Playoff do Oeste e isso é sintomático: o Kings batalha há anos para sua reconstrução dar certo, mas ficam atrás do Blazers, que só tem Damian Lillard de titular da temporada passada e que começou a sua própria restauração ainda neste ano! A fraqueza desse novo Oeste nos faz achar que o Kings vive uma boa fase, mas na prática eles estão atrás de um time que jogou tudo para o alto e que só queriam não fazer feio.

Uma das coisas que tem feito parecer que o Kings é um time melhor é Rajon Rondo, que está de volta a sua velha forma. O armador lidera a NBA em assistências e faz o ataque do time parecer algo ordenado e treinado. Com o poder de fogo de Cousins e Rudy Gay, a coisa só não é melhor por causa da defesa.  Não dá pra ser levado a sério se você tem a sétima pior defesa do campeonato, não dá pra ganhar muitos jogos em 2016 se o seu time é o que mais toma bolas de 3 pontos por jogo na liga. Junte essas coisas e se pergunte: Rondo voltará no ano que vem? Ele assinou um contrato de um ano e tirou proveito dele para se livrar da imagem de decadente, é bem provável que algum time com espaço na folha salarial e ansioso por um armador (Knicks, Nets, Lakers, Pacers, Pelicans) apareça com uma boa proposta. No lugar dele você ficaria? Perder Rondo seria dar um passo para trás, seria irritar DeMarcus Cousins e desanimar a torcida. Mas o armador, chegando aos 30 anos, vai pensar bem antes de decidir.

Segurar Rondo pode ser uma responsabilidade de DeMarcus Cousins. É ele,mais do que qualquer outra coisa, o responsável para mostrar que o time tem um futuro e um líder. E mais uma vez cito Cousins em um momento assustadoramente lúcido:

“Ser um líder é ser o melhor exemplo para seus companheiros de time todos os dias. Tenho sido um líder há muito tempo, apenas não tenho sido da melhor maneira possível”

Antes da temporada o Sacramento Kings parecia o time mais enigmático da liga: como iria se comportar uma equipe que juntou três dos caras com mais fama de balançar grupos na liga, Rondo, Courins e Rudy Gay? E pior, com um técnico que não está lá com uma boa fama entre seus jogadores e em uma franquia com manager novato e um dono manda-chuva que não parece entender de basquete. O circo está interessante, mas ainda sem respostas. O time é bom? Às vezes é ótimo. Às vezes é péssimo. E o DeMarcus Cousins, agora vai? Já está indo, mas ainda não foi.

“Eu vejo isso como um troféu. Pegar um time que ninguém quer vir, considerado o pior da liga, e no meio dessa negatividade arranjar uma maneira de vencer. Eu quero colocar Sacramento no mapa de novo, quero ser parte da mudança por aqui”.

Cousins disse isso há exatos três anos. Quando ele e o Kings vão realmente mudar?

 

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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