🔒Filtro Bola Presa #37

O Filtro pode até atrasar um pouco, mas tão certo quanto a Lua no céu, a beleza da Alinne Moraes, as bolas de três do Curry e a falta técnica no DeMarcus Cousins, o Filtro está aqui toda semana com a melhor coleção de causos, vídeos, links, estatísticas e MASCOTES de toda a blogosfera mundial. Vamos lá antes que a semana acabe?

Começamos prestigiando nosso querido Nenê, que sofreu o desprestígio máximo de NÃO TER UM NOME no telão do ginásio em Miami. A configuração do telão de mostrar apenas os sobrenomes simplesmente não funciona com a cultura brasileira (Nenê, Bebê, Baby, e até os que não se referem a crianças, como Pelé, Zico, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias). Para quem não se lembra, Nenê chegou na NBA como “Nenê Hilário” porque foi obrigado a ter um sobrenome nas costas da camiseta, só conseguindo virar apenas “Nenê” quando mudou legalmente seu próprio nome. Mas os Estados Unidos não estão preparados e ele ainda sofre em alguns ginásios sendo O HOMEM SEM NOME, quase um Prince.


Também sem nome (porque não encontrei!) mas certamente melhor recebida foi essa senhora que, em seu aniversário de 100 anos, recebeu pessoalmente de James Harden a bola da partida. Diz a lenda que Harden viu a senhora toda animada na lateral da quadra durante o jogo inteiro, foi lá falar com ela, descobriu que era seu aniversário e improvisou o presente.


Mas para alguns, o melhor presente que James Harden pode dar é simplesmente o direito de marcá-lo durante um treino. David Vertsberger coletou histórias sobre os jogadores responsáveis por marcar as grandes estrelas da NBA durante os treinos de cada equipe. Os responsáveis por marcar Harden, por exemplo, são Sam Dekker e K.J. McDaniels, que disseram no começo ser humilhados (e sacaneados, caindo em vários truques do Harden para cavar faltas) mas que agora conhecem os padrões do Harden e conseguem forçar o armador a dar sempre seu melhor. A relação parece mutuamente benéfica: as estrelas são forçadas a jogar no limite por um defensor que conhece todos os seus segredos, e os defensores podem treinar sua defesa contra um dos melhores jogadores ofensivos da NBA. Histórias similares coletadas incluem Lance Thomas marcando Carmelo Anthony (coitado), Doug McDermott marcando Dwyane Wade, Ian Clark e Shaun Livingston marcando Stephen Curry, Iman Shumpert marcando LeBron James e Cole Aldrich defendendo Karl-Anthony Towns. Alguns desses defensores dizem ser capazes de realmente frustrar essas estrelas durante os treinos, o que simula muito bem as defesas estudadas que enfrentarão nos Playoffs, por exemplo.


Kawhi Leonard, no entanto, seria obrigado a marcar a si mesmo para conseguir tirar algum proveito dos treinamentos, já que é um dos melhores jogadores ofensivos E defensivos da NBA. Mas não era isso que esperavam os relatórios a seu respeito antes do draft: descrito como alguém cheio de energia mas incapaz de pontuar, esperava-se que ele conseguisse no máximo jogos de 25 pontos através de pontos de segunda chance, com rebotes ofensivos, bolas que sobraram sem querer para ele e eventuais roubos de bola. Pois bem: Kawhi tem 25 pontos por jogo DE MÉDIA e marcou 41 contra o Cavs essa semana. Pra gente sempre lembrar que draft é TERRA DE NINGUÉM.


Um bom exemplo é Ron Baker, que chegou a jogar como titular no Knicks essa semana, e que sequer foi draftado. Um dos motivos para ele não ter sido levado a sério, como apontou nosso amigo Lucas Pastore, pode ser que ele parece ator coadjuvante de comédia com Ashton Kutcher. Aliás, impossível deixar de considerar que a cara dele tenha ficado assim DEPOIS que resolveram chamar ele de Ron Baker, baita nome de ator B. É o poder da força nominal.


Na última semana tivemos um novo confronto entre Durant e Westbrook, tenso desde que Durant deixou o OKC Thunder. Mas do que nos lembraremos nesse confronto? Certamente daquele momento em que o Westbrook estava tão PILHADO, tão focado em partir para a cesta e destruir seus adversários, tão querendo BEBER O SANGUE DE CRIANCINHAS que ele esqueceu daquela coisa boba que é BATER A MALDITA DA BOLA:

O mais engraçado é que a andada foi tão absurda que nem os juízes se tocaram do que estava acontecendo nos primeiros segundos, e depois da marcação Westbrook ficou batendo na própria cabeça como se quisesse colocar algum bom senso dentro dela na base da porrada.


Não precisa se bater, Westbrook. Mesmo esquecendo de bater a bola, você ainda é em situações de clutch (2 minutos ou menos para acabar um jogo em que o placar tem apenas 5 pontos ou menos de diferença entre as equipes) o líder dessa temporada em pontos, posses de bola em que participa, roubos, arremessos (tanto de 2 quanto de 3 pontos) e pontos feitos a mais do que tomou. Além disso é o segundo em rebotes, assistências e faltas sofridas nesses momentos. Mais impressionante ainda? Em jogos que passaram por situações de “clutch” nessa temporada, Westbrook ganhou 15 e perdeu 10.


E ainda que a vitória contra o Warriors não tenha acontecido, Westbrook está jogando decidido a enterrar na cabeça de todos os melhores defensores da NBA das formas mais absurdas possíveis. Essa tentativa de enterrada em cima do Rudy Gobert, líder da NBA em tocos, lembra a temporada de novato do Blake Griffin em que ele não sabia ainda que era impossível enterrar no meio de cinco defensores a dez passos de distância do aro. O Gobert até se ENCOLHE depois da tentativa de enterrada, não sei se pra tentar proteger a honra ou se com medo de que o Westbrook ainda esteja VOANDO e caia em cima dele.


E tudo isso depois de Westbrook ter sobrevivido a uma das faltas mais RIDÍCULAS e GROSSEIRAS dos últimos tempos. Zaza Pachulia fez a falta, deu uns tapas pra acabar de derrubar o Westbrook, jogou a bola na direção dele e depois ainda andou pra cima do corpo desabado do armador como se tivesse vencido um duelo de pistolas no Velho Oeste e não feito a falta mais patética da temporada. O Pachulia é o típico bobão que não faz a menor ideia de quando está arrasando e de quando está sendo um idiota.


Pra piorar a situação, depois da partida ele ainda afirmou que se Westbrook tivesse se machucado, “tudo bem também, faz parte do jogo”. É uma frase tão ABSURDA e caricata que não tem como não lembrar do Ivan Drago, vilão dos filmes do Rocky, dizendo “Se ele morrer, morreu”.


Aproveitando a atenção dada para Durant na semana, vale resgatar essa história sensacional sobre a saída dele de Oklahoma. Enquanto esteve no Thunder, Durant ajudou uma organização dedicada à educação de crianças sem moradia. Seu envolvimento era muito maior do que simplesmente assinar cheques, indo pessoalmente conversar com as crianças e, certa vez, levando um par de tênis da sua marca para cada um, se certificando de que era o tamanho certo, de que as crianças tinham meias e colocando no pé de cada um para garantir que estava tudo certo. Agora que ele deixou a região para se juntar ao Warriors, a associação perguntou se Durant ainda poderia ajudá-los com uma pequena quantia para uma vaquinha que tinha como intenção eventualmente comprar um terreno para expandir o projeto. Mas pelo jeito Durant não ajudou mandando uma graninha, ele enviou a totalidade da grana necessária sem nem pestanejar, reiterando que dará apoio integral a tudo que eles precisarem mesmo que seja à distância. Ele pode até ser odiado em Oklahoma, mas as crianças são uma coisa à parte.


O confronto entre Durant e o Westbrook foi apenas o primeiro de uma sequência de jogos em que Durant teve que enfrentar ex-companheiros de Thunder. Foram vitórias de Durant em cima de Westbrook, James Harden e Serge Ibaka, até que seu ex-companheiro Dion Waiters quebrou a sequência com aquela cesta absurda no último segundo. Num bolão de qual ex-companheiro venceria o Durant, quem em SÃ CONSCIÊNCIA apostaria no Waiters? Pelo jeito ele, que com certeza já tinha ensaiado a pose de vitória enquanto estava sozinho tomando banho.


A atenção do planeta estava tão centrada em Westbrook e seu desafeto Kevin Durant durante essa partida que até mesmo Stephen Curry, o atual MVP, foi ignorado a ponto dele mesmo ter que se cumprimentar numa jogada. Pra gente ver como o cara é autônomo…


A linha entre autonomia e egocentrismo é uma linha estreita. O que dizer do pivô do Lakers, o croata Ivica Zubac, que segundo seu companheiro Larry Nance Jr cria apelidos para si mesmo enfiando seu nome no nome dos outros? São coisas como Kareem-Abdul Zubar, Zuol Deng, Zuwight Howard, Zulius Randle e outros horrores mais.

E eu só consigo ouvir o nome dele e pensar nisso aqui:

[image style=”” name=”off” link=”” target=”off” caption=””]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2017/01/Zubat.png[/image]


Se seus ouvidos não são penico e ficaram ofendidos com os trocadilhos acima, pense que os ouvidos de Carmelo Anthony são ainda mais sensíveis do que os seus! Whitney Medworth fez uma coletânea de todas as vezes em que Carmelo teve seus ouvidos atacados por algum terrível juiz assoprador de apitos, e pelo jeito o ala do Knicks reclama disso CONSTANTEMENTE nos vestiários. Vale ver a coletânea completa com cenas de horror e sofrimento, em que Carmelo faz questão de MOSTRAR seu descontentamento e vários juizes obrigam ele a continuar o jogo mesmo enquanto tenta se recuperar das apitadas. Que falta de sensibilidade!

Destaque para a cara de DESGOSTO que o Carmelo faz quando tem que continuar jogando após a apitada.


Ainda no Knicks, temos uma das histórias mais bizarras da temporada (e não é nem o “VOU ME FUGIR” do Derrick Rose): Courtney Lee disse que deixou de tentar um arremesso de último segundo contra o Wizards, optando por passar a bola, porque o assistente técnico adversário entrou na quadra movendo os braços e gritando “eu cubro ele” como se fosse um jogador. Lee achou que realmente estava sendo marcado e desistiu do arremesso que deveria ter dado. A discussão na NBA agora é se isso é passível de punição ou apenas uma estratégia válida. O que irritou o Lee, no entanto, é que o assistente claramente SE FINGIU de jogador pelas palavras que usou, o que é no mínimo meio PANACA.


E que tal essa coletânea do “The Starters” com todas as polêmicas do Knicks SÓ ESSA SEMANA? Tem a treta do Carmelo com o Phil Jackson, Courtney Lee reclamando de ir pro banco, Derrick Rose reclamando que o técnico não exige da equipe, Jennings reclamando da rotação e o caso surreal do assistente técnico do Wizards acima. É ou não é o maior SHOW DE HORRORES da NBA no momento?


Em 3 semanas teremos mais um All-Star Game e para celebrar, que tal essa compilação visual de todos os titulares desde 2005, primeiro ano em que o LeBron James foi para o Jogo das Estrelas? É bem legal se você quer ter a cara do LeBron James gravada para sempre na sua retina através da excesso de exposição e repetição, já que ele está presente em todos os anos. Kobe também fica perto de queimar sua retina, titular em todos os anos menos um, e Wade aparece em todos os anos menos três. Vale dar uma espiada para ver quantas figurinhas são repetidas e como os grandes nomes da Liga realmente acabam dominando períodos que duram até uma década ou mais.


Joel Embiid, que deveria ser All-Star mas não é (o que o Paul Millsap tá fazendo nos reservas do All-Star Game, gente?), pelo menos sabe aproveitar as pequenas vitórias: que tal o avatar dele no Twitter, com uma comparação SUPER PERTINENTE entre Michael Jordan e o quase tão vencedor T.J. McConnell?


Por falar em comparações com Jordan, não podemos ignorar Marc Gasol no seu Instagram comparando sua enterrada contra o Kings com a GLORIOSA enterrada de Michael Jordan no filme Space Jam. Mas o que Marc Gasol não fala é que sua enterrada foi facilitada pelo fato que Garrett Temple, do Kings, está sofrendo uma terrível chave de braço do temível Homem Invisível! Assim até eu, né?

MarcGasol


Uma das coisas mais legais que eu descobri nos últimos tempos foi que Enes Kanter tem um programa de culinária no YouTube com o chef do Thunder, e que arrecada dinheiro para uma associação contra a fome infantil.

Se não bastasse o fato de que o Kanter é simpático, divertido e as receitas são bacanas, ainda tem o fato de que o Kanter tem O MELHOR JEITO DO MUNDO de temperar a comida, saca só:

É uma referência ao melhor meme do momento, o SaltBae, um turco que faz os vídeos mais pornográficos sobre churrasco que você pode imaginar. E é assim que ele joga o sal:


Pedidos de casamento nos intervalos da NBA são naturalmente constrangedores, mas nada se compara com esse em que as alianças são derrubadas, todo mundo tem que procurar onde elas foram parar, e dá pra ver na cara de TODO MUNDO que foi uma micagem ensaiada com atuações dignas de peça de quarta série. A garota atrás que fica colocando as mãos na cabeça é o desespero mais FAJUTO da internet.


Mas pelo menos não foi mais constrangedor do que esse quadro reminiscente da Porta dos Desesperados do Sérgio Mallandro em que a porta simplesmente CAIU na cabeça da participante. Ela tentando fingir que está bem quando visivelmente se machucou é horrível, merecia bem mais do que o prêmio mequetrefe que ganhou no processo.


Esse fã aqui, por exemplo, ganhou algo bem mais legal: DeAndre Jordan deixou ele dar um arremesso durante o aquecimento e além disso o pivô conseguiu controlar seus INSTINTOS e NÃO DEU UM TOCO no arremesso! Uma pena que o garoto, assim como o Korver de sua camiseta nos últimos tempos, errou a bola de três pontos.


Sabe que hora é agora? A mais esperada pelos fãs do Filtro: é hora do Mascote Power Ranking! Pode comemorar e dançar quenem esse fã do Celtics aqui:

MASCOTE POWER RANKING

Ao contrário da semana anterior que viu a decadência do Sulito, esse foi um mês INCRÍVEL para os mascotes de todo o planeta. Teve até mascote de futebol (o esporte com os piores mascotes, né?) dando uma PONTE para defender o chute errado. Talvez ele tenha SALVADO A VIDA do segurança que estava ali desavisado olhando pra arquibancada, vai saber.

No mundinho da NBA, tivemos a chance de ver alguns mascotes fora do ambiente das quadras. Pra começar, teve o Pierre The Pelican prestigiando um casamento! Num mundo em que as pessoas precisam se fantasiar de pinguins nos casamentos, não parece tão absurdo alguém fantasiado de pelicano, né? Pierre só não leva pontos para casa essa semana porque merece ser PUNIDO por usar um trocadilho, o primo pobre do humor: o pelicano disse que os noivos eram “o casal Pierre-feito”. Leia com sotaque carioca e tudo fará sentido.

Também vimos o Hooper longe das quadras recarregando as energias comendo FENO ao lado de animais não-fantasiados, que devem imaginar o que raios deve estar passando na cabeça desses humanos de pelúcia.

Mas os reais campeões são outros. Em segundo lugar, com 5 pontos, ficamos com o Jazz Bear pela boa ação da semana, realizando o sonho do garotinho que queria aparecer na televisão no seu aniversário.

E o campeão da semana que leva 10 pontos para sua casa de pelúcia e ainda assume a liderança do ranking é o Stuff, The Magic Dragon, que fez sua parte no longo e árduo confronto de todos os mascotes da NBA contra Robin Lopez. Stuff fez tudo certo: pediu para Robon Lopez sorrir, enganou o pivô colocando a condição “caso você tenha peidado”, abanou o mal cheiro com as mãos e quando Robin foi pegar o cartaz caído no chão, Stuff simplesmente ACERTOU ELE NA CABEÇA E SAIU CORRENDO. Piada com peido? Soco-de-cuzão, aquele que o outro não espera, seguido por fuga desavergonhada? Gostamos.

Classificação Geral

Stuff > 30
Coyote > 25
Benny > 20
Rumble > 15
Clutch > 15
Harry > 15
Raptor > 10
Moondog > 10
Grizz > 10
Hugo > 10
Gorilla > 10
Crunch > 10
Jazz Bear > 10
Hooper > 5
Pierre > 5
Franklin > 5
Bango > 5

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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