>5 passos para o Bobcats sair da pindaíba

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A situação não é tão feia quanto o bigode do Adam Morrison, mas poderia ser melhor

O Danilo já fez um texto aqui com 5 passos para o Houston dele melhorar, depois eu fiz um sobre o Miami Heat. Agora resolvi dar um pouco de atenção para um time que a mídia deixa muito de lado, o caçula Charlotte Bobcats.

No começo da temporada eu estava no grupo que achava que esse ano era o do Bobcats, não o ano de levar título de alguma coisa, nem de divisão, mas que esse era o ano que eles oficialmente deixariam de ser um saco de pancadas que todo mundo olhava como coitadinho, afinal é o caçula fofinho queridinho da titia, e que iria ser visto agora como um bom time de playoff.
Por um lado eu acertei, não é mais o saco de pancada, mas talvez isso seja mais mérito do Heat, Wolves e Knicks do que do próprio Bobcats.

O time está em décimo segundo no Leste mas, ao mesmo tempo, está somente duas vitórias atrás do oitavo colocado, o imprevisível New Jersey Nets. Não é ruim, mas eu esperava mais e, como disse do Nuggets, o elenco deles é o bastante para eles conseguirem mais do que isso. E aqui vão os cinco passos que acho que o Bobcats precisa dar para ser um bom time no Leste.

1- Definir posições
Vendo só os boxscores já é uma confusão. Primeiro o Felton é armador titular, depois segundo armador, tem dia que o Jason Richardson é ala e tem dia que é segundo armador, o Gerald Wallace joga cada dia em uma posição de ala e o Okafor ninguém sabe se é pivô ou ala de força. Acho que todos esses jogadores tem o talento pra jogar em qualquer uma dessas posições que o técnico os coloca, mas o que não pode acontecer é ficar mudando toda vez que a lua muda de fase.
Tem que decidir se o Felton é armador ou segundo armador e pronto, aí usar ele assim, botar na cabeça do cara o que ele vai ser e treinar ele pra isso. Fico imaginando o Okafor no treino, ele não deve saber se fica treinando gancho e vai pra sala de musculação pra ser pivô ou se fica mais magro e rápido e treina jumper de meia distância pra ser ala de força.

2- Montar o elenco de acordo com as posições definidas
Depois de decidir onde cada um joga, é hora de montar um elenco que possa ajudar. Por exemplo: se for pra jogar com uma escalação pequena, um small ball, e usar o Okafor de pivô, talvez ter trocado o Hermann pra ter o Mohammed não tenha sido uma boa idéia, o Hermann é muito talentoso, grande arremessador e pode jogar de ala de força. Já o Mohammed também é muito bom, mas se for só pra jogar contra o Okafor nos treinos, é um talento desperdiçado.
Mas nesse caso acho que o maior problema é na posição de armador, o time agora está decidido a usar o Jeff McInnis junto com o Felton na armação. É um esquema que o antigo técnico usava, com o Brevin Knight junto com o Felton. Mas o negócio é que o McInnis tá fedendo! Foram vários jogos com números ridículos e resolvi então assistir uns jogos do time pra ver se o que ele fazia não aparecia nas estatísticas, e o fato é que não aparece em lugar nenhum.
Então se o plano é usar o Felton junto com outro armador, eles deveriam começar a pensar em fazer uma troca para pegar um armador ou até ir buscar um na D-League.

3- Okafor
Simplesmente Okafor. É até engraçado pensar que poucos anos atrás estávamos discutindo se o Orlando fez certo ao draftar Dwight Howard na frente do Emeka.
Dwight era um gorila-trator-gigante que tinha acabado de sair do colegial e Okafor era um campeão universitário com talento testado e aprovado. Eis que menos de 4 anos depois Dwight é o novo Shaquille O’Neal para alguns e Okafor se mata para conseguir uma média de 12 pontos e 10 rebotes, longe de ser uma média ruim, mas que é digna de David Lee, e não de uma segunda escolha de draft, escolhida para ser o pilar de construção do Bobcats.
Para que o Bobcats dê um salto de qualidade, Okafor tem que evoluir também, é sua quarta temporada na NBA e ele tem que começar a jogar com a regularidade de um veterano e tem que pelo menos dominar o jogo na parte defensiva, que era uma promessa de todos que o viam jogar em UConn.

4- Deixar de ser bege
Não sei se todo mundo conhece o que é ser “bege”. Mas eu digo que algo é bege quando é sempre mediano, sempre meio sem sal, sem chamar a atenção ou até sem personalidade, acho que deu pra pegar o espírito.
Se você pegar o Bobcats, eles não se destacam em nada. Não estão entre os piores e nem entre os melhores em nada na liga. Pode escolher a categoria: defesa, ataque, tocos, roubos, assistências, porcentagem de aproveitamento de arremessos, de bolas de 3. Em tudo eles estão entre o décimo e o vigésimo lugar. Não que seja ruim ser um time equilibrado, mas talvez fosse bom arriscar mais e com isso ganhar uma característica que incomode outros times. O Warriors, por exemplo, é o time que mais toma pontos mas ao mesmo tempo é o com mais roubos e um dos que mais mete bolas de 3. Jogar com eles é muito diferente de jogar contra qualquer outro time e por isso existe uma preocupação especial ao enfrentá-los. Contra o Spurs ou o Pistons você se preocupa com a defesa; contra o Suns, com a velocidade; contra o Jazz, com os pick-and-rolls de Deron e Boozer; e por aí vai. O Bobcats precisa de uma identidade.

Ah, tem uma estatística em que o Bobcats é um dos piores, em aproveitamento de lances livres. É o penúltimo. Apenas um time é pior, e quem acertar que time é esse ganha uma viagem a Miami.

5- Treinar com Michael Jordan
Michael Jordan é um dos donos do Bobcats e mesmo não planejando o décimo quinto retorno às quadras (pra conseguir ter mais retornos à vida profissional do que o Romário teve de despedidas da seleção), MJ resolveu participar de uns treinos com o seu time, dando umas dicas e tudo mais. O resultado foram duas grandes e convincentes vitórias sobre Jazz e Knicks. Tá bom que depois disso eles voltaram a perder, mas treinar com o Jordan é legal demais, quem não ia querer? Atraso nos treinos não iam acontecer nunca mais, isso eu garanto.

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