>Análise do Draft 2011 – Parte 1

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Vamos ser infantis, chamar o Kyrie Irving de KY e dizer que ele facilita a penetração do Cavs?

Voltamos para finalmente analisar o Draft 2011. Sim, Draft, aquele encontro de juvenis que aconteceu um tempão atrás e todo mundo já esqueceu porque um monte de coisa depois, sabe? Então, estamos atrasados mas não estamos mortos. Agora que voltei para o Brasil vou começar a embalar no blog com essa sequência de posts analisando time a time as aquisições na noite do Draft 2011; vai ser legal para colocar o blog e eu de volta nos trilhos, quem já passou um tempão longe de casa, especialmente fora do país, deve saber como a sensação de voltar pra casa é bem estranha. O que não mudou é deprimente porque continuou o mesmo enquanto tanta coisa aconteceu com você, o que mudou é perturbador porque te deixa desconfortável e sem se sentir em casa onde antes era seu território. Em outras palavras, é bizarro. Sentar por horas na frente do computador e escrever sobre basquete vai me fazer me sentir em casa de novo.

A tradição dos posts do Draft é assim: Analisamos time por time, na ordem das escolhas e damos a cada equipe um selo que resume o que achamos das escolhas no geral. O tema dos selos muda todo ano, já foi baseado em mulheres, números, Michael Jackson e até seleções brasileiras em Copas do Mundo. Nesse ano a minha idéia é usar um dos grandes vícios meus e de 90% da comunidade internética (palavra que me lembra aquela mulher que lia mensagens dos ‘internautas’ no Programa O+ do Otaviano Costa na Band. Triste): Memes!

Meme é um termo criado em 1976 pelo famoso Richard Dawkins, biólogo autor de best-sellers como “O gene egoísta”, onde o termo meme nasceu, e mais recentemente “Deus, um delírio” que deve ser o terror de todos aqueles que nos descem a lenha quando fazemos piadinhas com deus. Dawkins chama de meme a “unidade mínima da memória”, é uma unidade de informação que se propaga fácil e automaticamente. Na internet se tornaram aquelas coisas que de repente todo mundo conhece, entende e ninguém sabe de onde veio e quem criou. Podem ser frases, personagens, imagens e outras coisas que a internet deixa famosa. Uma boa maneira de saber mais sobre essas coisas é acompanhar o site “know your meme“.

Para dar os selos do Draft eu vou usar uma linha de personagens bem famosa e bem divertida e que é bastante difundida no Brasil por esses blogs que ganham 15 milhões de acessos diários só por repostar piadas feitas por outros no exterior. Saibam que esses blogs tão engraçados e suas webcelebridades cheias de prêmios dados pela deprimente comunidade virtual brasileira são só um bando de nerds com uma boa lista de blogs gringos no computador. Mas deixem eles pra lá e vamos continuar com essa doida idéia de realmente criar um conteúdo próprio; Para os selos:

Fuck Yea – É o personagem convencido, que se gaba de qualquer coisa (qualquer uma mesmo) que tenha dado certo. É o selo para os times que fizeram a coisa certa na hora certa e saíram do Draft com essa pose de fodão. (conheça mais do fuck yea)

Close Enough – É o meu meme favorito. Um cara que quer uma coisa, não consegue exatamente o que deseja mas “cheguei perto o bastante” e empina o nariz. É o selo para os times que não brilharam, mas fizeram a coisa certa. (conheça mais do close enough)

Okay – É o personagem  derrotado que abaixa a cabeça e aceita qualquer coisa. Fácil de se identificar com ele nas nossas frustrações cotidianas. É o selo para os times que não pegaram nenhum grande jogador mas fizeram o que dava na hora. (conheça um pouquinho mais do Okay)

Trollface – Esse é um dos mais famosos, o troll, é o cara que faz as coisas de sacanagem, que irrita, que comenta coisas idiotas no Bola Presa só para nos irritar. É o selo para o time que foi trollado, que está achando que fez uma coisa boa mas vai quebrar a cara em breve. (conheça mais do Troll)

Rage Guy – Esse todo mundo já viu, é o famoso “ffffuuuu”, expressão que você pode usar no dia-a-dia quando bater o dedinho na quina, derrubar uma bandeja cheia de comida no chão, perder o ônibus só porque parou pra amarrar o tênis e coisas do tipo. Selo para os times que erraram feio. (conheça mais do Rage Guy)

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Cleveland Cavaliers
(1) Kyrie Irving – PG
(4) Tristan Thompson – PF
(54) Milan Macvan – PF
via troca: Omri Casspi

O Cavs, com essa fama e história de derrotas, precisava de uma situação como essa para não errar. Com a primeira e a quarta escolhas era difícil sair perdendo demais e eles realmente se saíram bem. Kyrie Irving era o favorito de 9 entre 10 especialistas em basquete de pirralhos e realmente o cara parece bem talentoso. Não é hiper rápido, forte e com impulsão de canguru como os armadores que apareceram na liga nos últimos anos, mas técnica, liderança e visão de jogo já bastam para um cara da sua posição se destacar na NBA. As previsões para o rapaz vão de “grande jogador” até “futuro All-Star” mas como ele se machucou e jogou pouco em Duke, onde fez universidade, qualquer previsão ainda soa mais como um chute do que qualquer outra coisa. Certeza a gente só vai ter quando ver o cara jogar, mas pelas informações que temos hoje parece ter sido a melhor escolha para o Cavs.

Uma coisa interessante sobre o Kyrie Irving é que ele disse que sempre foi fã do LeBron James e que ainda gosta muito dele, mais do que uma resposta politicamente correta pode simbolizar um passo adiante na vida do Cavs e seus torcedores. A temporada passada foi a fossa pós-rompimento com o LeBron, todo mundo precisa do seu tempo de sofrimento para assimilar o golpe e o Cavs ainda foi presenteado com o seu ex se ferrando na final da NBA. Mas agora isso passou, cedo ou tarde o LeBron vai ganhar seu título e a franquia de Cleveland precisa estar erguida, feliz e esperançosa no futuro de alguma maneira. Kyrie Irving parece ser um bom jogador para montar o time em volta e sua postura sobre o LeBron James passa uma mensagem de “o que passou, passou, vamos olhar para o futuro”. Talvez James seja aquela namorada que marca época, que você não esquece nunca, mas é passado e Irving é a mocinha interessante que acabou de aparecer na sua vida para te deixar feliz. Não estrague as coisas com essa, Dan Gilbert!

Pelo o que eu acompanhei dessa pirralhada e levando em consideração o que estou lendo sobre o mundial sub-19  eu estaria mais animado se o Cavs tivesse escolhido o pivô Jonas Valanciunas do que o ala Tristan Thompson na quarta escolha, mas o TT não parece ser uma escolha errada. Nas suas descrições lemos coisas como “atlético”, “agressivo”, “ótima impulsão” e “ainda precisa desenvolver técnica ofensiva”, o que me fez a princípio achar que eles draftaram um clone do JJ Hickson, que acabou de ser trocado para o Sacramento Kings pelo Omri Casspi. Eu gosto muito do ala israelense e achei que foi uma troca inteligente, nada de estourar os miolos, mas boa. Eles mantém o elenco jovem mas diversificam mais as características desses caras novos, criando um ambiente onde todos vão ter tempo de quadra para se desenvolver e entrosar. Casspi tem pouca concorrência na posição três, Thompson não tem a sombra de Hickson e Irving, apesar da presença de Baron Davis, deve ser titular desde o primeiro dia. Talvez com mais tempo em quadra Thompson se desenvolva mais rápido do que o Hickson, que andou a passos de tartaruga até virar o bom jogador do ano passado.

A última escolha deles foi Milan Macvan, ala sérvio que tem contrato longo com o Maccabi Tel-Aviv, já li boas coisas sobre ele mas é claramente um projeto para o futuro. Não quiseram inflar o elenco e escolheram ter os direitos sobre um promissor estrangeiro. Inteligentemente o Cavs parece não querer abraçar o mundo e não está levando a sério a idéia de ganhar um título antes do LeBron James, é mais esperto pegar alguns bons jogadores quando tem a chance e ir crescendo aos poucos.

Minnesota Timberwolves
(2) Derrick Williams – SF/PF
(43) Malcom Lee – PG/SG
via troca: Brad Miller, futuras escolhas de Draft

O Wolves foi o time que mais se mexeu no dia do Draft, fez tantas coisas que é até estranho que a lista de aquisições seja tão curta. Veja a lista de movimentações do Wolves naquelas poucas horas de evento:

– Mandou Jonny Flynn e os direitos de Donatas Motiejunas (escolha 20) para o Houston Rockets em troca de Brad Miller, Nikola Mirotic (23) e Chandler Parsons (28)
– Mandou Mirotic (23) para o Chicago Bulls em troca de Norris Cole (28) e Malcolm Lee (43)
– Mandou Cole (28) para o Miami Heat em troca de escolhas de Draft futuras, dinheiro e Bojan Bogdanovic (31)
– Mandou Bogdanovic (31) para o New Jersey Nets em troca de escolhas futuras de segunda rodada e dinheiro.
– Mandou os direitos sobre Chandler Parsons (28) de volta para o Rockets em troca de dinheiro.

Ou seja, o Wolves teve um dia de negociações tão confuso que eu acho que ao invés do David Kahn quem comandou a time nesse noite foi uma equipe formada por comerciantes turcos e os chineses que vendem eletrônicos “oliginais” na Avenida Paulista. Mas sabe que apesar dessa coisa de trocar por um jogador só para depois mandá-lo para outro time e acabar com dinheiro e escolhas futuras não é tão ruim. O Wolves já tem muitos jogadores jovens, uma boa base e não precisa estocar pirralhos como se fosse uma escola desesperadas por novos estudantes pagando mensalidade. O ideal seria trocar essas peças jovens por alguns jogadores um pouco mais experientes, como o Thunder fez quando trocou por Thabo Sefolosha ou Kendrick Perkins, por exemplo, mas quando isso não dá certo (vai saber o que estavam oferecendo para o Wolves) é bom ganhar escolhas futuras e tentar de novo ano que vem.

Essa tal base boa do Wolves é formada pelo All-Star Kevin Love, Ricky Rubio, que finalmente decidiu ir para a NBA e, apesar de ouvirmos falar dele há tanto tempo, nem tem pêlo na cara, Wes Johnson e a segunda escolha nesse Draft, Derrick Williams. Ele tem características bem parecidas com o outro jovem do elenco do Wolves, Michael Beasley: ambos chegaram na NBA sem saber direito se devem atuar na posição 3 ou 4, os dois são pontuadores natos e eram bons reboteiros na universidade. Mas essas semelhanças fazem a escolha do Derrick Williams ser boa ou ruim?

Eu acho que foi boa. Uma coisa que aprendi em anos e anos acompanhando Drafts é que é sempre a melhor decisão escolher o cara que você acha o melhor jogador do que outro que parece um pouco pior mas que em teoria se encaixaria no elenco. Lembro que em 2008 ninguém tinha muita certeza de quem teria futuro melhor, Derrick Rose ou Michael Beasley, e eu até achava que era o Rose, mas não por muito e que fazia mais sentido para o Bulls escolher o Beasley já que eles precisavam de um pontuador, de um ala de força e já tinham o Kirk Hinrich de armador. Pois é, eu não me orgulho de lembrar disso. O auge do Hinrich já passou, o Beasley nunca rendeu como ala de força e, não podemos esquecer, Derrick Rose é o atual MVP da liga, não dava pra eu ter errado mais. Claro que esse é um exemplo extremo, mas geralmente vale mais a pena investir a longo prazo com um atleta que você confia mais do que tentar encaixar alguém no seu elenco, algo que é temporário e depois de um ano pode não fazer tanto sentido.

O plano do Wolves parece ser tentar trocar o Michael Beasley por algum jogador um pouco mais veterano de outra posição, para dar espaço e atenção para o Derrick Williams. Se nas características eles são parecidos, o comportamento do Beasley (mais de uma vez pego com drogas, preguiçoso na defesa e instável emocionalmente durante os jogos) faz o time apostar mais no recém-escolhido. Caso a troca não aconteça provavelmente o Beasley vai ser usado como sexto-homem, o que também não é tão mal já que todo time precisa de um pontuador vindo do banco. Ele também não seria o primeiro fominha a se destacar vindo do banco; JR Smith, Jamal Crawford e Jason Terry se acharam na NBA quando viraram reservas.

Também acho que o Derrick Williams tem mais físico e jogo para dar certo como ala de força do que o Beasley, isso quer dizer que quando o Beasley entrasse em quadra vindo do banco o Williams pode substituir  o K-Love na posição 4 e então os dois até jogariam juntos. O vídeo abaixo mostra algumas jogadas dele para vocês tirarem suas conclusões. São só especulações, mas que mostram que são tantas as possibilidades boas que definitivamente não foi errado escolher o Derrick Williams. Não custa lembrar que o técnico Kurt Rambis foi mandado embora e o time ainda não contratou um novo, o que deixa ainda mais complicado prever como será a nova equipe e que tipos de jogadores eles procurariam na hora de trocar alguém.

Entre todos os escolhidos e trocados quem sobrou no time além de Williams foi o Malcolm Lee, escolha 43. Apesar do tamanho de armador principal ele não tem essa característica de jogo, sem contar que com Luke Ridnour e Ricky Rubio ele nem teria muito espaço no time. Se ele conseguir garantir um contrato será para jogar como especialista defensivo na posição dois. Mas se ele nem chegar a conseguir um contrato não se surpreendam.

Ainda há mais para se falar sobre o Wolves, principalmente sobre a chegada de Ricky Rubio, mas como não envolve diretamente o Draft a gente vai deixar pra depois, provavelmente para quando eles contratarem um novo treinador.

Utah Jazz
(3) Enes Kanter
(12) Alec Burks

Vão achar que eu estou pegando no pé do Jazz, e até poderia ser verdade já que é um time chato de torcedores malas, mas não é isso, simplesmente não consigo enxergar o turco Enes Kanter sendo um pivô melhor do que o lituano Jonas Valanciunas, quinta escolha desse Draft, atualmente. Mas falo isso com tanto pé atrás que quase desisti de escrever. O Kanter parece ser mais físico e impressionou os americanos quando quebrou o recorde de pontos do Nike Hoops Summit com 34; é natural que os gringos que tem características de jogo mais próxima das dos EUA e que tenham jogado bem contra eles impressionem mais, por isso Kanter chegou com mais moral e foi escolhido antes, mas o Valanciunas, pelo o pouco que vi, parece ser mais técnico e vai precisar de menos tempo para se adaptar.

Digo que fiquei com muito pé atrás sobre isso porque eu acho que ranquear jovens atletas é algo que beira o impossível. Gostaria que alguém conseguisse um jeito de pegar todas as análises de especialistas em jovens jogadores nos últimos 10 anos e comparassem com o que os jogadores viraram anos depois, eu não duvidaria que o resultado final desse uma margem de acerto que não fosse muito diferente de previsões feitas por sorteio ou jogo de dados. São tantos fatores que influenciam o que é possível ver desses pirralhos e tantas variáveis no futuro próximo deles que a previsão se aproxima demais de um chute. Eu vi o pivô lituano atuando melhor, mas o vi em situações bem diferentes do Kanter, que atuou em campeonatos diferentes, ao lado de atletas diferentes e em outro estilo de basquete. Agora eles vão entrar em times diferentes na NBA, em situações diferentes, com técnicos que tem abordagens distintas e tudo isso vai influenciar o futuro de cada atleta.

São esses argumentos que usamos quando nos perguntam porque evitamos (e achamos até bem idiota) ficar tentando responder a enfadonha pergunta do “quem é melhor?”. O problema é que o Draft acaba sendo exatamente isso, especialmente quando um time vive uma situação como essa do Jazz onde eles abertamente dizem que queriam um pivô e estão em dúvida entre dois caras dessa mesma posição. O que quero dizer com tudo isso é que na situação do Jazz eu teria escolhido diferente, mas que não tenho argumentos bons o bastante para explicar isso, simplesmente os dados que eu joguei deram um resultado diferente.

Com o Jimmer Fredette sendo escolhido antes, o General Manager Kevin O’Connor não tinha o peso de escolher o queridinho da torcida e pode simplesmente fazer o que achava melhor. As posições de alas e pivô do time estão bem com Kanter, Al Jefferson, Derrick Favors, Andrei Kirilenko e o jovem Gordon Hayward, era importante para O’Connor valorizar a dupla de armação da equipe, ou com um armador mais confiável que Devin Harris ou com um segundo armador que tivesse alguns anos a menos que o Raja Bell. Nessa altura do Draft não tinha mais nenhum grande armador e o Alec Burks parece ser um bom nome para a posição 2. Ele sabe infiltrar, tem bom controle de bola e parece só ainda não ter físico para apanhar dos grandalhões da NBA, mas nada que uns meses na academia não resolvam. Tenho minhas dúvidas se ele vai poder ser titular logo de cara e ainda mais dúvidas se ele tem estilo de jogo para atuar ao lado do Devin Harris, que também só infiltra e não arremessa, mas ele não só pode vir do banco por um tempo como todo mundo sabe que o Jazz vai trocar o Harris assim que tiver uma chance, logo não deveria ser empecilho para nada mesmo.

Tem muita gente que torce para o Jazz que sonhava em sair do Draft com Valanciunas e Fredette, mas estes não deveria ficar tristes com Kanter e Burks, esse é um “close enough” que essa imprevisibilidade na previsão de jovens atletas pode facilmente transformar num sonoro “fuck yeah!”.

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Para surpresa geral de todos eu me empolguei e escrevi demais! Só a introdução já daria um post grande, que dirá com as análises propriamente ditas. Mas é normal e os times com as primeiras escolhas costumam render mais comentários. Na continuação que vem amanhã teremos mais times e em pouco tempo teremos analisado as 30 equipes.

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