>Imprevisíveis

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Ontem, Joakim Noah mostrou que é capaz de ser bem feio

Os jogos de ontem foram bons pra mostrar do que cada um é capaz quando chegarem os playoffs. E em geral eles tem algo em comum: a capacidade de serem imprevisíveis.

Começamos pelo jogo mais emocionante da noite, o Lakers contra o Hornets. O começo do jogo foi uma lavada monumental, em um período e meio o LA abriu 30 pontos de vantagem sobre o líder do Oeste. A defesa fechava todas as opções de passes para Chris Paul, Tyson Chandler teve problemas de falta marcando Gasol e não pegou nenhum rebote ofensivo (ele é o líder da NBA nesse quesito) e Stojakovic penava pra conseguir a bola nas suas mãos para um arremesso. Em compensação, o Lakers estava pegando fogo da linha dos três e fazia miséria da defesa do Hornets no contra-ataque. Isso mostra do que o Lakers é capaz: é um time capaz de marcar um dos ataques mais poderosos da NBA e é capaz de ser um time com ótimo poder da linha de três pontos ao mesmo tempo em que tem um garrafão forte com Gasol, Odom e as infiltrações de Kobe.

Então, veio o segundo tempo e um período e meio depois o jogo estava 94 a 93 para o Lakers. Sim, a diferença caiu de 30 para 1 ponto. Chris Paul parecia ter 8 caras esperando seus passes de tanta gente livre que achava, Chandler conseguiu duas enterradas seguidas em rebotes ofensivos e o Peja simplesmente não errava da linha dos três (incluindo uma jogada ridícula em que ele achou espaço para o arremesso fingindo que ia driblar. Sério mesmo que você achou que ele ia pro drible, Odom?). Aí vemos do que o Hornets é capaz. Ele é capaz de tomar 30 pontos de vantagem porque volta e meia seu ataque não funciona e basta que alguns titulares não estejam bem que o time vira um lixo pela falta de alternativa vinda do banco, mas também mostra que eles são capazes de se recuperar no mesmo jogo e, de repente, parecerem imparáveis.

Ao mesmo tempo, o Lakers mostra sua capacidade de ser medíocre. Em um período da ofensiva do Hornets que tirou a vantagem, o Lakers não tinha mais jogadas além de arremessos de três, forçados pelo Radmanovic, Vujacic ou Kobe. Por fim, com grandes jogadas do Kobe e uma melhor movimentação da bola, o Lakers se salvou e conquisou a divisão do Pacífico pela primeira vez desde que Nash foi para o Suns e tomou conta da casa. Mas ficou uma sensação estranha para os dois times, uma insegurança causada por essa capacidade dupla de ser medíocre ou genial que pode machucar muito em uma série de playoff, imaginem se o Lakers desperdiça 30 pontos de vantagem e acaba perdendo a partida em um jogo 5 de playoff em casa, é pra acabar com a moral (e com a temporada) de qualquer um.

Ainda no Oeste, vimos no jogo do Rockets com o Suns do que os dois times são capazes e incapazes. O Houston é incapaz de marcar Amaré Stoudemire. Ontem foram 37 pontos, um a menos do que ele tinha metido na cabeça de Scola, Landry, Mutombo e cia. há pouco menos de um mês. A diferença apenas foi o vencedor do jogo. Daquela vez, o Suns atropelou o Houston, e dessa vez foi o contrário, o time do Texas abriu uma vantagem no segundo período e nunca mais deu chance para a virada. O Suns acabou o jogo com apenas 90 pontos, bem abaixo de sua média, e chegou a estar com 60 no final do terceiro período, só chegou aos 90 porque no fim do jogo, com o jogo perdido, acertaram umas cestas. Voltando ao nosso assunto, mostra a capacidade do Houston, quarta melhor defesa da NBA, de anular o ataque de qualquer equipe, seja ela qual for e independente de ter um cara imarcável no garrafão. E mostra a capacidade do Suns de ser imprevisível, já que na quarta bateram o Spurs em um jogo bem parecido, com ritmo lento, defesa forte e fora de casa. Como foi dito nos comentários daqui do blog, o Suns trocou pelo Shaq não para ser campeão, mas só para bater no Spurs.

Lá no lado leste da NBA vimos mais equipes mostrando tudo o que podem fazer para deixar os playoffs imprevisíveis. O Pistons, depois de duas derrotas feias seguidas, deu a volta por cima e com 28 pontos do Maxiell atropelou o Wizards, sim, o mesmo Wizards que acabara de bater pela terceira vez na temporada o todo-poderoso Celtics. Aliás, o Boston não é tão poderoso assim quando se trata de seus principais oponentes no Leste. Contra o Pistons, foram duas vitórias e uma derrota. Contra o Cavs, duas vitórias e duas derrotas. Contra o Wizards, uma vitória e três derrotas e contra o Orlando, uma vitória e duas derrotas. Não são números ruins, mas estão longe dos números que o time de Garnett tem contra o resto da NBA.

Na partida entre Cavs e Bulls, que ninguém assistiu porque tinha tudo pra ser um porre, também tiveram uns casos estranhos de imprevibilidade. No começo do jogo, o LeBron estava pegando fogo igual NBA Jam do Super Nes, quando a bola pegava fogo de verdade. Todas as bolas caiam, ele fez 10 de 10 arremessos e acabou o primeiro período com 24 pontos! Era um jogo para fazer 82 e superar o Kobe, mas ao invés disso ele fez pouco mais que sua média e acabou com 34. Isso porque o Cavs mostrou como, apesar de ter bons jogadores até, é capaz de não ter ninguém para ajudar o LeBron, que foi marcado agressivamente e não teve a quem recorrer.

Já o Bulls mostrou porque era apontado como favorito no Leste antes da temporada começar. Defendeu LeBron muito bem depois do primeiro quarto, tomou conta do ritmo do jogo e teve contribuições importantíssimas da sua dupla de garrafão Noah e Tyrus Thomas. Eles demoraram só 80 jogos mas finalmente mostraram seu talento e juntos conseguiram 37 pontos e 25 rebotes. Ah, se fosse assim toda noite…

Ainda tivemos o Sixers, que mostrou que é capaz de bater o Pistons duas vezes mas que pode perder, de lavada, para o Pacers. Mas, para mim, o que mais impressionou nessa história toda do que cada um pode fazer foi a capacidade da NBA de mentir pra todo mundo descarademente.

A história é a seguinte: está no site da NBA que ontem o duelo entre o terrível Grizzlies e o medonho Heat foi assistido por 19.000 pessoas! Isso é mais do que os 16.000 que viram o Magic conseguir perder de virada pro Wolves, mais do que os 18.000 do duelo entre Rockets e Suns! Só não foi maior que os 22.000 que viram o Pistons. Será mesmo que Grizz e Heat tiveram uma das maiores audiências da noite? Só pode ser mentira, as imagens do jogo mostram muitos espaços vazios também.

De tudo o que mostrou a rodada de ontem, essa foi a que mais me revoltou! 19.000, hunf! Tá bom, vou fingir que acredito. Como são capazes de mentir assim? Devíamos boicotar os playoffs em protesto.

Vídeo:

Na vitória de ontem do Lakers, Kobe quase fez um triple-double, ganhou do time de Chris Paul, foi o melhor em quadra e ainda por cima deu essa enterrada que está no vídeo abaixo. Será que é o que faltava pra ser MVP?

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