>De volta aos velhos tempos

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Não dessa vez, só o Kobe enterra no Kirilenko

Ah, que saudade de torcer pro Lakers de anos atrás! Ontem pareceu que eu estava torcendo pro Lakers contra o Suns há dois anos. O Gasol fez sua melhor interpretação do Kwame Brown no primeiro tempo, quando não conseguia segurar uma bola sequer, o Jordan Farmar, que errou seus 6 arremessos e bateu a bola no próprio pé quando estava sozinho, me lembrou muito o querido Smush Parker, e o Sasha “The Machine” Vujacic fez cair lágrimas do meu rosto lembrando do Brian Cook, o único arremessador que entra no jogo e não acerta arremessos. E pra terminar, o Lakers perdeu mesmo com o Kobe jogando bem. Isso é muuuito ano passado, amiga!

O motivo dessa derrota, além de atuações abaixo da média do Lakers, foi também o mérito do Jazz, que jogou demais. A minha explicação para o Jazz ser o melhor time da NBA em casa e um mediano fora são os seus coadjuvantes. O estilo do jogo do Jazz é aquele de muitos passes, muitos cortes pra dentro do garrafão e muitos arremessos de meia distância e bem poucos de 3 pontos. E quem dá esses arremessos de meia distância e os cortes são muitos jogadores bons mas irregulares, como Matt Harpring, Kyle Korver e Ronnie Brewer. Até o Kirilenko, que é bem mais talentoso que os três, é meio de lua. E como o Hawks mostrou bem em sua série contra o Celtics, tem jogador que esquece a confiança em casa quando vai jogar em outra cidade.

Isso não é especialidade só do Jazz, foi só ver como Farmar, Vujacic e Walton jogaram nos jogos em Los Angeles e como jogaram ontem, muda muito. Desde a confiança no próprio chute até as decisões tomadas sob pressão. Mas talvez só o Jazz tenha essa disparidade de desempenhos fora de casa por depender mais de seus coadjuvantes. Ontem o Lakers se manteve no jogo até os minutos finais, mesmo com Gasol em um dia apagado porque tinha Kobe Bryant levando o time nas costas.

A atuação de Kobe, por sinal, foi no mesmo estilo da de Chris Paul na noite anterior. Jogadas alucinantes, liderança, poucos turnovers, muitos pontos e uma derrota no final. Mas pelo menos valeu pelo show, se eu não torcesse pra Lakers ou Jazz teria saído do jogo ontem mais que satisfeito pelo espetáculo assistido. Não só pelo Kobe, que teve as jogadas mais plásticas, mas pelo Carlos Boozer também, que teve seu dia de Dwight Howard com 29 pontos e 20 rebotes, sendo 11 desses pontos em sequência nos minutos decisivos do quarto período. Pensando bem, foi uma volta aos velhos tempos do Boozer também, ele estava devendo nesses playoffs uma atuação dessa, no mesmo nível das que ele fez no mata-mata do ano passado.

Não gosto de fazer previsão pro futuro por vários motivos: o primeiro é porque eu erro, o segundo é porque não sou a Mãe Dinah e nem aquelas pessoas que fazem propaganda nos classificados do “Agora São Paulo” ao lado das propagandas de garotas de programa e travestis. Mas não é porque eu não gosto que eu não vou fazer umas previsões, se eu não fizesse nada do que não gosto eu não trabalharia, não teria passado da sétima série na escola e nem teria me alistado no exército quando fiz 18 anos.

Então, para o próximo jogo, imagino o Jazz igualzinho a ontem, agressivo, pressionando o Gasol e forçando o tempo do jogo pra levar o Lakers a errar bastante. O Jazz fez o jogo dele ontem e não tem porque mudar, quem deve tentar uns ajustes é o Lakers, que precisa movimentar a bola com mais calma e acertar uns arremessos de longe, com meia dúzia de arremessos será o bastante pra assustar a defesa daqueles mórmons e liberar um pouco de espaço pro Gasol fazer o estrago dele.

Notas:

– A notícia do momento é que o Knicks ofereceu um contrato bem gordo para o Mike D’Antoni. Ai, ai, não consigo deixar de usar a palavra “gordo” pra falar do Knicks, essa piada não fica velha.

– Será que ele vai botar o Knicks pra correr como fez com o Suns? Essa eu pago pra ver.

– Ontem falei de uma jogada linda do Chris Paul que eu não tinha achado o vídeo, e o leitor Marcelo achou e mandou. É a jogada número 4 desse Top 10, mas vale ver o vídeo inteiro.

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