>Mamata – Parte 2

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Olha mãe, agora com a mão esquerda!

É, no fundo eu sabia que o Lakers não tinha chance no jogo de ontem. Ninguém simplesmente pega o atual campeão e dá uma varrida nele. Quer dizer, o Bulls fez isso com o Heat no ano passado. Mas veja bem, era outra situação, o Heat é um time bizarro e que foi feito para ganhar aquele título e pronto, o Spurs está na luta por títulos há 10 anos, já venceu as finais 4 vezes e também estamos falando de uma final de conferência, o Heat ainda estava na primeira rodada e sem mando de quadra, não tinha provado nada, o Spurs provou muito derrotando Suns e Hornets.

O que quero dizer é que não tinha jeito mesmo, se tinha um jogo com resultado previsível e que você poderia perder para sair com a namorada era o jogo 3. Não que eu tenha feito isso, assisti, sofri, xinguei todo mundo menos o Radmanovic e só entrei no chat aqui do blog depois que tinha me acalmado. A vitória do Spurs de ontem era anunciada e o Kobe e o Phil Jackson sabiam disso, depois do jogo os dois até deram entrevistas bem humoradas, elogiando o Spurs e principalmente o Ginobili.

Aliás, o narigudo-nojento-safado-canhoto-argentino foi o personagem do jogo. Tá bom que o Duncan fez 22 pontos e pegou 21 rebotes e que o Tony Parker voltou à velha forma de fazer bandejas quando bem entender, mas o Manu Ginobili deu show e foi o responsável pelo Spurs abrir a diferença de 10 pontos no primeiro tempo. O Sasha Vujacic fez tudo o que pode para continuar marcando o Manu bem, mas a verdade é que o cara é imarcável quando está inspirado, o Sasha “The broken machine” uma hora até o obrigou a dar um arremesso de três, de bem longe, com a mão na cara e pulando pra trás, e mesmo assim o Ginobili acertou. Tem jogadas em que não é culpa da defesa, é simplesmente o ataque que funciona à perfeição.

Não foi só o Manu, o ataque inteiro do Spurs funcionou à perfeição. Ou, já que dizemos que eles são frios e sem emoção, podemos dizer que funcionou como uma máquina. Primeiro eles conseguiram entrar mais no garrafão, fizeram mais pontos lá dentro, bateram mais lances livres que o Lakers e, mais importante, as bolas de três caíram. Nos primeiros jogos, o Spurs tinha chutado sempre mais de 20 bolas de 3 e o máximo que tinha caído eram 6 bolas, no jogo 1. No jogo passado, o time precisou chutar menos, apenas 18 tentativas, para acertar 10. Destaque mais uma vez pro narigudo do Ginobili, que tentou 7 e acertou 5.

Na defesa, o Spurs também foi ótimo mas aqui podemos começar aquela discussão que é mais velha que o Brent Barry, que discute o quanto dos resultados é mérito da defesa e quanto é falha dos atacantes. Pra mim, quando o jogo é decidido por pouco até se pode conversar sobre isso, mas se a diferença no placar foi de 20 é bem óbvio, as duas coisas aconteceram. O Spurs marcou muito bem, não deixou o Kobe bater para dentro, forçou o Gasol a tentar vários arremessos de ângulos em que ele não está acostumado a tentar e anulou todo mundo do banco, com exceção do Jordan Farmar, que finalmente superou a série contra o Jazz em que ele parecia uma menina de 3 anos perto do Deron Williams. Um número que traduz um pouco da defesa do Spurs são as assistências do Lakers, apenas 13 no jogo todo, mas só traduz um pouco porque várias vezes o Lakers trocou bons passes mas mesmo assim errou arremessos sem marcação ou bandejas no final, não fazendo contar as assistências, afinal o número de assistências traduz, além da qualidade dos passes, a qualidade da finalização.

Mas já que Odom, Fisher e Sasha foram deprimentes no ataque e por alguns momentos pareciam que não sabiam para onde ir, em compensação foi um dos poucos jogos em que o Vlad Radmanovic jogou muito! Acertou 4 arremessos, pegou 9 rebotes, deu passes, enfim, jogou sem medo e (apesar disso) jogou muito bem. Tem uns caras coadjuvantes que você espera que tenham medo e só toquem a bola de lado pra não acabar dando uma de JR Smith e arremessando bolas do meio da quadra nas posses de bola mais importantes do jogo, e eu sempre fico com medo quando o Radmanovic se empolga muito, mas ontem ele calou minha boca. Espero que ele volte a jogar bem em jogos em que o Lakers tenha alguma chance de vencer.

Para o próximo jogo, eu espero algo mais emocionante, porque é muito chato fazer texto sobre jogo que acabou com 20 pontos de diferença, quando você vai ver está elogiando o Radmanovic e o Brent Barry, o que pode pegar mal depois da atuação deles no próximo jogo, vai saber. Mas não me preocupo com a cabeça dos jogadores do Lakers, acho que vão entrar focados e com consciência de que precisam roubar um jogo em San Antonio para conseguir vencer a série. O que me preocupa é o próprio time do Spurs, que quando quer, joga muito!

Na minha análise da série, eu tinha dito que iria ganhar quem se desse melhor nas bolas de três e quem acertasse mais lances livres. Aqui estão os dados dos três primeiros jogos:

Jogo 1 – Lakers 89 – 85 Spurs

Lakers:
4 acertos em 10 bolas de 3 (40% de aproveitamento)
15 acertos em 18 lances livres (83%)

Spurs:
5 acertos em 20 bolas de 3 (25%)
12 acertos em 17 lances livres (70%)

Jogo 2 – Lakers 101 – 71 Spurs

Lakers:
5 acertos em 18 bolas de 3 (27%)
18 acertos em 20 lances livres (90%)

Spurs:
6 acertos em 23 bolas de 3 (26%)
5 acertos em 10 lances livres (50%)

Jogo 3: Spurs 103 – 84 Lakers

Spurs:
10 acertos em 18 bolas de 3 (55%)
17 acertos em 23 lances livres (73%)

Lakers:
6 acertos em 17 bolas de 3 (35%)
8 acertos em 17 lances livres (47%)

Em termos de aproveitamento, quem tem o aproveitamento mais alto vence. No total, o Spurs teve uma bola de 3 a mais no primeiro jogo e mesmo assim perdeu. Acho bom continuar de olho nesses números até o fim da série.

Maria Juana:

Ontem, o Joakim Noah, do Bulls, respondeu à uma dúvida que muita gente tinha: que jogadores, além do assumido Josh Howard, fumam maconha?
Bom, o Noah foi pego com maconha e foi preso na Florida. Eu não fiquei surpreso, a cara dele já denunciava tudo. E o vídeo abaixo mostra que maconha é pouco para esse menino:

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