Resumo da Rodada 31/5 – “Eu achei que estávamos na frente”

Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers voltam para se enfrentar nas Finais da NBA pela quarta vez consecutiva, mas dessa vez no trajeto até aqui não faltaram sustos: as duas equipes foram levadas ao limite, vieram de Jogos 7 fora de casa e tiveram suas dificuldades exploradas por mais de um time nessa pós-temporada. Isso significa, na prática, que essas Finais não começam do zero: os dois times já conhecem perfeitamente bem as limitações um do outro e podem se inspirar no que os adversários mais bem-sucedidos fizeram contra eles nos jogos até aqui.

Nada deixa isso mais evidente do que ver o Cavs, já nas primeiras posses de bola, usando a “cartilha Houston Rockets de como defender o Warriors”. Trocaram a marcação a cada posse de bola, marcaram Kevin Durant “no chão” tentando forçá-lo a bater bola, e atacaram agressivamente as linhas de passe, tentando forçar roubos de bola e com isso diminuir as chances do Warriors trocar tantos passes. Logo de cara Kevin Love já foi chamado para o perímetro, onde pode ser explorado pelos adversários, mas fez a troca de maneira impecável e ocupou o espaço de um possível passe, limitando as opções do Warriors na jogada. JR Smith também fez a parte dele tentando roubar passes agressivamente, a ponto de causar esse susto aqui, que tirou Klay Thompson do jogo por uns minutos mas que, por sorte, não foi nada sério:

Mesmo com JR Smith brincando de BOLICHE, ficou claro que ao invés de tomar surras até descobrir como é a melhor maneira de dificultar a vida do Warriors, o Cavs fez a lição de casa e usou aquilo que a NBA já descobriu nas últimas semanas: proteção de passes, marcação pressionada e troca dos defensores o tempo todo.

Do outro lado, o Warriors fez a mesma coisa: se trocar a marcação em todo corta-luz funcionou contra James Harden, por que não funcionaria contra LeBron James? Então o Cavs executou os ajustes necessários para que LeBron fosse marcado por Stephen Curry, que por sua vez jogou de costas para a cesta e fez uma cesta simples na primeira posse de bola que teve. Na jogada seguinte o Warriors tentou esconder melhor Curry, que acabou sendo isolado contra JR Smith. E então a defesa do Warriors dobrou a marcação nele, forçando um passe apressado e conseguindo um roubo de bola.

Dobrar a marcação em LeBron James é sempre um perigo: talvez ninguém na NBA atual dê passes tão precisos nessas situações, encontrando seus companheiros livres para arremessos de três pontos. A escolha do Warriors foi, portanto, por deixar LeBron jogar no mano-a-mano, trazendo ajuda apenas na cobertura em caso de infiltração, como acontecia com James Harden. Mas qualquer outro jogador do Cavs que não fosse LeBron James não recebeu esse tipo de RESPEITO: sofreram dobras de marcação frequentes não porque eram um “perigo” no ataque, mas porque se atrapalham, não conseguem manter a bola e forçam passes absurdos. Ficou claro já no primeiro quarto que LeBron precisaria carregar todo o ataque do time, e assim foi: ele acertou todos os arremessos que deu na etapa inicial, incluindo uma bola de três pontos e arremessos longos de dois pontos, contestados sob marcação individual. Se por um lado já vimos LeBron acertar INFINITOS desses arremessos contra o Raptors, por outro não são arremessos de alto aproveitamento, de modo que o Warriors parecia confortável de vê-los sendo tentados até o final do jogo. LeBron percebeu e usou o espaço que lhe deram longe da cesta para ganhar velocidade, iniciar passadas longas e arrumar algumas bandejas. Foi um trabalho completo.

Enquanto LeBron não errava NADA, a vantagem do Cavs começou a crescer. O Warriors precisava, então, encontrar alguns bons arremessos e bolas de segurança, mesmo com dificuldade de passar a bola no perímetro. As jogadas individuais com Kevin Durant não pareciam uma boa ideia: o ala foi bem marcado, errou alguns arremessos contestados e representava aquela QUEBRA DE IDENTIDADE da qual o Warriors teve que fugir tão desesperadamente nos Jogos 6 e 7 contra o Rockets, de modo que era melhor não incorrer nesses maus hábitos. As saídas que o Warriors preferiu foram outras: primeiro, com arremessos longos de três pontos nos segundos de atraso que os jogadores de garrafão do Cavs levavam para fazer a troca de marcação se preocupando com eventuais passes. Depois, usando o bom e velho pick-and-roll, porque a defesa do Cavs estava tão preocupada com o perímetro que seus defensores nunca chegavam a um consenso sobre quem deveria acompanhar os adversários que cortavam para a cesta. Entendo perfeitamente o plano de começar o jogo com Kevin Love e Tristan Thompson como titulares, para que os dois pudessem dominar o garrafão nos rebotes ofensivos e fazer o Warriors se sentir PEQUENO, mas eles não pararam de bater cabeça na hora de defender o pick-and-roll. Olha que absurda a jogada abaixo:

Kevin Love errou na hora de fazer a troca, mas Tristan Thompson, certamente com medo do arremesso de Stephen Curry, errou AINDA MAIS e deu a cesta mais fácil da vida para o Jordan Bell.

Pode se acostumar com esse erro porque isso foi a tônica do jogo. No segundo quarto teve um lance parecido que não precisou sequer do corta-luz, com Tristan Thompson trocando a marcação, George Hill esquecendo de acompanhar o corte para a cesta e Kevin Love sendo INCAPAZ de defender na cobertura:

Para manter o placar parelho mesmo com ESSE TIPO de erro defensivo, o Cavs precisava de uma partida impecável no ataque. Tirando Kevin Love, que teve bons momentos próximo à cesta sob marcação individual (e fez lambança sob marcação dupla e no perímetro), ninguém conseguiu tirar de LeBron a responsabilidade de enfrentar a defesa impecável do Warriors. O técnico Tyronn Lue até tentou usar por mais minutos Jordan Clarkson, pelo simples motivo de que ele NÃO TEM NOÇÃO e ataca a cesta o tempo inteiro, tentando arrancar uns espaços na marra, mas o resultado foi só um jogador mais confiante do que deveria sendo TRUCIDADO por uma defesa mais inteligente do que ele.

Mas não foi só o Cavs que apostou num jogador de fundo de banco: depois de ceder 5 rebotes de ataque só no segundo quarto e não conseguir pegar NENHUM, o técnico Steve Kerr resolveu apostar em JaVale McGee para seu garrafão no segundo tempo. Na primeira posse de bola com ele em quadra, LeBron James já atacou ele no mano-a-mano e, quem diria, McGee se saiu bastante bem:

Tudo bem que ele pulou na finta de LeBron, mas sua defesa NO CHÃO para impedir a infiltração foi impecável. “McGee ficou em quadra o resto do jogo então”, você deve estar imaginando. Não, porque quando o Cavs errou outra vez sua defesa e deixou o pivô completamente livre embaixo da cesta, ele fez isso aqui:

Claro que após esse erro ele voltou para o banco de reservas e nunca mais foi visto por olhos humanos.

Meio aos trancos e barrancos, garantindo aqueles rebotes de ataque mas falhando na defesa, e com 24 pontos de LeBron James (acertando 9 de 11 arremessos), o Cavs conseguiu entrar em quadra para o TERCEIRO QUARTO DA MORTE com o placar empatado. E isso porque JR Smith, numa jogada IGUALZINHA àquela em que ele derrubou Klay Thompson, tentou roubar um passe para Stephen Curry no meio da quadra, não chegou a tempo e Curry acertou um arremesso longuíssimo no estouro do cronômetro para empatar o jogo.

Como era de se esperar o Warriors começou o terceiro quarto correndo, agressivo, forçando erros e transformando eles em contra-ataques. A defesa do Cavs não errou apenas nos pick-and-rolls, mas também em muitas transições defensivas, quando mais uma vez os defensores batem cabeça para saber quem deveria estar perseguindo quem. Muitas vezes cada defensor foi para um lado do perímetro e deixaram totalmente livre o caminho para a cesta, com o Warriors ganhando bandejas simples no contra-ataque. Mas para não deixar o Warriors disparar na frente, LeBron James inventou contra-ataques para ele próprio: pegou o rebote, correu para frente e arremessou em movimento, em transição, com marcação individual, a um passo da linha de três. É um tipo de arremesso que ainda não tínhamos visto LeBron tentar com frequência, uma marca dos melhores arremessadores de hoje em dia, e ele foi lá e converteu DOIS DESSES EM SEQUÊNCIA:

Ajudou a estancar a sangria que foram os contra-ataques do Warriors e transformou o terceiro quarto da morte em uma vantagem de apenas 6 pontos para o Warriors. Foi o suficiente para LeBron poder SONHAR e começar a atacar a cesta sem parar no quarto final, abrindo mão dos arremessos longos. Por duas vezes, deixou seu marcador para trás e chegou na cesta antes que Kevin Durant pudesse chegar na cobertura; assim que o Warriors se ajustou e Kevon Looney já estava lá para contestar LeBron embaixo do aro, o ala do Cavs simplesmente IGNOROU a marcação, absorveu todo o contato, sofreu a falta e fez a cesta.

Essa defesa com Looney ou Green no garrafão para impedir uma infiltração deu consideravelmente certo contra James Harden especialmente nos minutos derradeiros do Jogo 7, mas LeBron não fez nenhum ajuste, ele apenas PONTUOU MESMO ASSIM. A solução seria que essa cobertura ficasse bem à frente da cesta, para impedir a passada, mas aí o Warriors cederia os rebotes de ataque que tanto machucaram o time no jogo – ao todo o Cavs pegou DEZENOVE desses rebotes contra apenas 4 do Warriors.

Deixando o Cavs pegar tantos rebotes de ataque e errando muitos BONS arremessos de três pontos em transição, o Warriors foi vendo sua vantagem virar geleia. Draymond Green foi metodicamente deixado completamente livre no perímetro o jogo inteiro, já que ele acertou apenas 3 das suas últimas 24 tentativas nos Playoffs, e seus erros foram machucando a liderança do time. Quando ele acertou sua primeira bola de três pontos no quarto período o Warriors deu uma respirada, mas as infiltrações de LeBron continuaram e, ao engolir Kevon Looney com farinha, o Cavs conseguiu assumir a liderança do jogo por 2 pontos a um minuto do fim.

Kevin Durant resolveu então atacar a cesta e, contrariando tudo que o Cavs fez para defendê-lo ao longo do jogo, LeBron James correu para a cobertura, bem à frente da cesta, deixando Draymond Green livre e cavando uma falta de ataque. Mais uma vez a agressividade e a vontade de decidir de Durant impediram o ala de acionar companheiros em situações melhores, num lance que poderia custar o Jogo 1. Mas aí começou toda a polêmica da arbitragem. Vamos abrir parênteses!


A situação é complicada. Depois de marcar falta de ataque de Kevin Durant, os árbitros resolveram checar melhor o lance no vídeo. Os juízes só podem fazer isso nos últimos 2 minutos do jogo, e apenas – atenção aqui – se a dúvida for sobre se o defensor estava dentro ou fora da “área restrita”, aquele semi-círculo embaixo da cesta. Após tirar essa dúvida, aí sim os árbitros podem ver se foi de fato falta de ataque ou não, e apenas se tiverem CERTEZA ABSOLUTA podem mudar o que marcaram – em caso de dúvida, QUALQUER DÚVIDA QUE SEJA, deve se manter o que foi apitado em tempo real.

Pois bem: os árbitros foram para o replay, garantiram que LeBron estava fora da área restrita e, com absoluta certeza, constataram que LeBron não estava inteiramente parado quando Durant começou sua passada, o que configura uma falta de defesa, não uma falta de ataque. Mudaram a marcação e então Kevin Durant cobrou os lances livres para empatar o jogo.

A polêmica do lance não está no fato de que a marcação foi incorreta – de fato LeBron cometeu uma falta, não há dúvida – mas sim que os árbitros só poderiam pedir o replay em caso de dúvida sobre sua presença ou não na área restrita, coisa que NINGUÉM NO PLANETA tinha dúvidas naquele momento. Fica em questão então a legitimidade do pedido de replay, o que é o bastante para ENFURECER uma parte da torcida que já tinha colecionado na memória uma série de pequenos equívocos de arbitragem, além de um DEDO NO OLHO de Green em LeBron que deixou uma marca visível no jogador do Cavs.

Torcedores e jogadores ficam sempre contrariados com a arbitragem, é normal – já escrevemos um post aqui sobre a reunião que jogadores e árbitros fizeram no meio dessa temporada para tentar acalmar os ânimos entre as duas partes – especialmente porque temos expectativas completamente irreais sobre quão bons deveriam ser os árbitros, esquecendo das limitações HUMANAS na hora de tomar decisões em tempo real em esportes de contato e alta velocidade. Erros fazem parte da arbitragem, fazem parte do esporte e são algo com o que temos que lidar quando escolhemos que pessoas, lá de pé na quadra, tentem manter no olho nu a ordem de um jogo abstrato e arbitrário que assistimos no sofá com os detalhes maravilhosos de uma televisão de alta definição e câmera lenta. O que nos resta discutir sobre arbitragem é apenas se queremos mais ou menos replays, mais ou menos decisões humanas, mais ou menos a tecnologia cuidando disso. Quando puderam fazer uso dos monitores, os árbitros acertaram, dando a Durant os lances livres que ele converteu.


Alheio às questões filosóficas sobre o papel da arbitragem, o impacto da tecnologia e o clubismo dos torcedores, LeBron James simplesmente pegou a bola, infiltrou novamente e, recebendo dessa vez cobertura de Draymond Green, mais uma vez absorveu o impacto e fez uma bola chorada porém certeira. A 30 segundos do fim, Cavs mais uma vez assumiu a frente do placar.

Foi a vez, então, de Stephen Curry colocar a bola debaixo do braço e, marcado por JR Smith, atacar a cesta, mudar de lado no meio da passada e deixar para trás a cobertura defensiva de Kevin Love para converter a cesta, sofrer a falta e acertar o lance livre.

Última posse de bola do jogo, perdendo por um ponto, LeBron James levou a bola para o ataque e imediatamente sofreu marcação dupla no meio da quadra de Curry e Draymond Green. Ele é um excelente passador? Sem dúvidas, mas o Warriors assumiu o risco de que OUTRO JOGADOR decidisse o jogo recebendo um excelente passe. É mais uma decisão arriscada do Warriors nesses Playoffs em momentos decisivos, especialmente vencendo um jogo em casa, o que mostra como o time está no seu LIMITE, tendo que tomar decisões que a qualquer momento podem derrubá-los, e respeitando LeBron a ponto de aceitar qualquer coisa que não fosse um arremesso final de sua mão.

LeBron se livrou da bola, recebeu ela de novo sob marcação individual, mas aí seu COMPUTADOR INTERNO já havia mudado as diretrizes: sabendo que ele receberia marcação dupla assim que colocasse a bola no chão novamente, LeBron resolveu que a jogada seria um passe e, segurando a bola com apenas uma das mãos, esperou um companheiro seu se posicionar para receber a bola em condições de arremesso. Assim que George Hill cortou para a cesta LeBron então soltou a bola, de modo que Klay Thompson só conseguiu impedir a cesta segurando Hill antes do passe chegar. E aqui, senhoras e senhores, começa o SHOW DE HORRORES.

Primeiro, George Hill empatou o jogo e, com a chance de virar o placar a 4 segundos do fim, errou seu segundo lance livre. Já era o bastante para ser CRUCIFICADO, mas JR Smith conseguiu um rebote de ataque perto à cesta. Tentou subir? Pediu um tempo técnico? Não: ele pegou a bola e CORREU PARA O LADO OPOSTO DA QUADRA.

JR Smith disse, na entrevista coletiva, que tentou apenas escapar de Kevin Durant, que já tinha 3 tocos na partida e estava entre ele e a cesta, e que ficou no aguardo do técnico Tyronn Lue pedir um tempo técnico. Tyronn Lue, por sua vez, contou na coletiva que JR Smith admitiu ter achado que o Cavs estava À FRENTE NO PLACAR e por isso só quis queimar os segundos restantes no cronômetro.

Nesse diz-que-não-diz temos LeBron James ENLOUQUECIDO no lance, sem saber se pedia tempo técnico ou mandava JR Smith arremessar a última bola, o que gerou uma das imagens mais icônicas e ABSURDAS dessa pós-temporada:

Essa cena, em movimento, nos permite ver JR Smith tentando se justificar para LeBron – os leitores de lábios veem algo como “Eu achei que estávamos na frente” (“I tought we were ahead“). Veja se concorda com a leitura:

Sobrou para LeBron ficar indignado com JR Smith por não ter arremessado e, logo na sequência, indignado com Tyronn Lue por não ter pedido um tempo técnico que tinha disponível. Foi um desastre total que levou o jogo para a prorrogação com um Cavs frustrado, indignado, rachado e desmoralizado. A partir daí LeBron errou todos os arremessos que tentou na prorrogação, Klay Thompson converteu duas bolas de 3 pontos, Draymond Green acertou outra e o jogo virou farofa de vez.

Mas não pense que o jogo simplesmente terminou: na última posse de bola, com o Cavs perdendo por 8 pontos e todo mundo apenas esperando o estouro do cronômetro, LeBron começou a bater boca com Curry e Klay Thompson, Tristan Thompson tentou impedir um arremesso final de Shaun Livingston e foi expulso sem muita explicação (não se sabe se ele falou alguma coisa, ou se o árbitro entendeu que a contestação do arremesso envolveu uma quase cotovelada), e aí TUDO DESMORONOU, teve empurra-empurra e Tristan Thompson dando bolada na cara do Draymond Green:

Tristan pode ser suspenso para o próximo jogo, ou pode ser absolvido se julgarem que sua expulsão foi injusta, o que acrescenta uma DOSE EXTRA DE DRAMA para o Jogo 2 nesse domingo. Aliás, drama não faltou nessa partida inicial: 51 pontos para LeBron James, Klay Thompson fora por lesão e depois voltando à quadra, arremesso do meio da rua de Stephen Curry para empatar o jogo no intervalo, polêmica quanto ao uso do replay pela arbitragem, erro de lance livre crucial, JR Smith achando que o time estava na frente mas jogando a culpa no técnico, bate-boca e expulsão nos segundos finais. Tá bom ou quer mais? Pode não ser a final que muitos queriam, mas são as finais que os fãs de basquete merecem: duelos táticos, placar parelho, prorrogação e mais drama que novela mexicana. Gostamos.

Torcedor do Rockets e apreciador de basquete videogamístico.

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