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Noite de draft é noite de muitas trocas. Muits times querem posições melhores no draft e usam as escolhas também como iscas para mandar caras que eles já querem trocar faz tempo. E tinham dois que queriam tanto sair de onde estavam que a troca nem pôde esperar até a noite.
O Pacers e o Raptors concordaram em trocar Jermaine O’Neal e a 41° escolha do draft por TJ Ford, Rasho Nesterovic, Maceo Baston e a 17° escolha do draft.
Embora muita gente tenha garantido que essa é praticamente uma troca feita, pelo contrato do TJ Ford ele não pode ser trocado até o dia 9 de julho, então até lá a troca fica na promessa e algum imprevisto pode melar tudo. Mas como tem gente de confiança de toda mídia americana confirmando, creio que o mais provável seja que nada deva impedir essa troca.
Outro motivo é que a troca é boa para os dois lados.
O Pacers foi um time muito ruim nessa temporada quando não tinha Jamaal Tinsley mas foi um time decente quando tinha o garoto na armação. O elenco não é dos piores e com um armador comandando tudo, o time deve mostrar uma evolução. TJ Ford é esse armador. Nesterovic chega para completar elenco e a 17° escolha pode render até um pivô, como Robin Lopez ou Kosta Koufos, que já poderiam ajudar no buraco deixado pela saída de Jermaine O’Neal.
Para o Raptors foi bom mas foi caro. Perderam um pivô reserva, um ótimo armador e uma até-que-valiosa escolha de draft, mas pode valer muito a pena. Jermaine já jogou muitas vezes de pivô na carreira, é reconhecidamente um bom defensor e formará uma dupla magricela mas muito talentosa no garrafão do Raptors junto com Chris Bosh. O Toronto parou dois anos na primeira rodada dos playoffs e realmente precisava de uma atitude de risco para tentar dar o próximo passo.
O que Jermaine O’Neal e TJ Ford têm em comum é o histórico de contusões. O armador já perdeu uma temporada inteira machucado com problemas nas costas e no pescoço e nessa última temporada voltou a ter alguns problemas, já Jermaine tem, faz tempo, problemas no joelho. As equipes trocaram bons jogadores e bons riscos, mas como já diria Jean-Paul Sartre, “Quem não arrisca não petisca”.