>Deixa o homem trabalhar

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Ben Gordon podia tá roubando, podia tá matando, mas tá só pedindo um contrato novo

Promessa não é dívida, promessa é só um jeito de tirar os malas que estão te cobrando do seu pé, mas de qualquer forma, aqui estou eu, como prometido, para falar sobre mais Free Agents que estão aí dando sopa ainda sem time.

Chegou a vez de falarmos sobre os Shooting Guards, os jogadores da posição 2, que assim como os armadores principais, de quem falei ontem, estão à solta atrás de um contrato. Essa semana o Kareen Rush arrumou vaga de novo Kyle Korver no Sixers, enquanto o Maurice Evans será o novo Josh Childress no Hawks, mas além deles ainda tinha muita gente em busca de emprego. Mais ou menos como aquele seu tio, só que com a diferença de que o Ben Gordon não diz que vai em busca de emprego só pra ir no bar.

Falando em Ben Gordon, podemos começar pelo grupo mais interessante dos Shooting Guards disponíveis, o grupo do “Porra, como esse cara tá sem time? Ele é mó bom no videogame!”. Esse time começa com o Ben Gordon e se extende para JR Smith, Devin Brown, Flip Murray e Bonzi Wells.

O Ben Gordon está sem emprego porque ele quer. Ano passado ele recusou uma bela proposta do Bulls porque ele achava que nesse ano receberia propostas melhores, mas ele enxergou mal o mercado e não tem time nenhum com espaço no salário para bancar o que ele quer. É possível que ele continue no Bulls por um salário menor ou, o que é menos provável, assine um contrato de pouca duração com algum outro time, para jogar bem de novo em quartos períodos e mostrar que merece um contrato gordinho.

Com JR Smith, Devin Brown, Flip Murray e Bonzi Wells, o problema é um pouco diferente. Também tem o caso de poucos times terem espaço para oferecer um bom contrato e os jogadores só vão assinar um contrato baixo quando perceberem que não tem outro jeito mesmo, mas além disso os três não são conhecidos por serem bons companheiros de time e que fazem uma equipe melhor, todos tem talento mas são conhecidos como indisciplinados dentro ou fora da quadra. De qualquer forma o talento fala mais alto, secretamente tem muito time por aí juntando coragem pra fazer uma boa proposta para o JR Smith. Em um mundo em que o Chris Duhon e o Kwame Brown ganham contratos milionários, por que o JR iria ficar de fora?

Outro cara de talento, mas que não provou esse talento como o JR Smith, é o Kirk Snyder. Por influência do Danilo eu assisto e acompanho bastante o Houston e já vi ele fazer boas partidas pelo time do Yao Ming, mas por falta de espaço ele nunca se destacou muito e por fim acabou no Timberwolves, ou seja, ninguém nunca mais assistiu a um jogo dele. O cara tem um bom físico, sabe fazer seus pontos e um time que precise de um cara que venha do banco para fazer pontos, trombar com uns caras e pegar uns rebotes poderia gostar dele, seria bacana o Snyder como reserva do Ron Artest no Kings, por exemplo. Mas para isso as pessoas teriam que lembrar que o Snyder existe, o que é mais difícil de acontecer.

Como tinha dito no post de antes, ia falar dos caras híbridos, aqueles que a gente não sabe bem se jogam na posição 1 ou 2. Na dúvida, eu deixei o Delonte West no texto dos armadores principais e o Louis Williams e o Juan Dixon para hoje, assim como deixo o Andre Iguodala para os da posição 3.

Eu sou fã demais do Louis Williams e acho que ele só precisa de espaço e tempo na quadra pra mostrar o quanto é bom. No Sixers, sendo reserva do Andre Miller e às vezes até jogando junto com ele, o rapaz é bom demais e teve grandes jogos nessa temporada. Com o Sixers prestes a ter um time forte com Elton Brand, eu estou torcendo para que o Louis Williams fique por lá, o problema é que as recentes aquisições de Kareen Rush e do nosso querido desconhecido Royal Ivey indicam que o Sixers está se preparando para caso o perca. Caso ele não volte à Philadelphia, quem está interessado em seus serviços é o Cleveland Cavaliers, especialista em armadores que não são tão armadores assim. Eu acho uma boa para o Cavs, o LeBron vai se sentir na seleção americana ao ver que no seu time tem alguém que não precisa de um passe dele para fazer seus pontos, revolucionário.

O Juan Dixon ficou famoso por ser parceirão do Steve Blake. Não no sentido Brokeback Mountain da coisa, mas é que os dois jogaram juntos na Universidade de Maryland, depois jogaram juntos no Washington Wizards e quando viraram Free Agents os dois foram para o Portland Trail Blazers. Aposto que um nunca fez um rap tirando sarro do outro. O Steve Blake ainda está em Portland e não tem espaço lá para o Juan Dixon, então um reencontro não é provável, mas seria triste o Juan Dixon ficar sem lugar nenhum, o cara tem muito talento, sua carreira universitária foi espetacular e na NBA, quando teve chances, chegou a ter média de 12,3 pontos vindo do banco de reservas. Eu gostaria de ver ele no Charlotte Bobcats, contribuindo no banco, ajudando o novato DJ Augustin e Ray Felton.

Assim como o Juan Dixon, os Free Agents da posição 2 têm mais talentos escondidos por aí e os times deveriam ficar atentos. Quem precisa de um bom arremessador poderia ir atrás do vegetariano Salim Stoudamire, que disputou a temporada passada pelo Hawks e é amigão do Gilbert Arenas. Quem precisa de um especialista em defesa tem inúmeras opções, pode ir com a baranga do Mickael Gelebale, que fez uma boa segunda metade de temporada pelo falecido Sonics. Tem também o Yakhouba Diawara, que só não entra no Nuggets porque ele ousa defender, e tem ainda o Quinton Ross, que não é o Bruce Bowen mas teria feito melhor que o Daniel Ewing naquele famoso lance do Raja Bell. Em último caso, para os que acreditam que a vida começa aos 50, ainda tem o Eddie Jones, que era um ótimo defensor na época em que Spice Girls era a banda do momento.

Juntando o talento de arremessar do Salim Stoudamire e a idade do Eddie Jones, temos o Michael Finley, que também é Free Agent. Hoje em dia ele não passa de apenas um arremessador, mas eu já visualizo ele em um uniforme verde entrando nos playoffs só para meter umas bolinhas salvadoras. Se bem que eu, que acho o Morris Peterson um merda, acho que o Michael Finley deveria ir para New Orleans, aquele time cheira título cada vez mais.

Qualquer dia desses continuamos essa excitante série que mostra o drama dos atuais desempregados da NBA. Viramos praticamente um “Profissão Repórter“, mas sem o gatinho do Caco Barcellos.

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