Nós falamos, repetimos e falamos de novo sobre o futuro promissor do Blazers. E sem precisar perder dinheiro ou pés em apostas, acertamos, o Blazers está aí jogando muito com todos os seus meninos de fralda provando que são bons mesmo. Então como o Blazers é muito semana passada, vou pedir para vocês abrirem os olhos para outro time que, por incrível que pareça, tem um futuro promissor. É o Timberwolves.
Antes que vocês pulem o texto inteiro para ir nos comentários me xingar, já explico, não estou dizendo que eles têm talento parecido com o do Blazers, nem um banco de reservas tão talentoso ou que está a alguns anos de títulos. Podem deixar que vou deixar tudo mais claro.
O princípio do futuro promissor do Wolves está em sua estrela, Al Jefferson. Todos os times ruins da liga têm uma superestrela em quem confiam e querem montar o time em volta: o Thunder tem o Durant, o Memphis tem Gay e Mayo, o Clippers tem o Baron Davis e o Knicks, bem, o Knicks tem o LeBron, fazer o quê?
Tirando o LeBron platônico do Knicks, o melhor jogador desses todos é, pra mim, o Al Jefferson. O rapaz é uma potência ofensiva sem tamanho, pega rebotes com facilidade e parece estar evoluindo a cada segundo que passa, ele deve comer talento no café da manhã. E não estou fazendo propaganda do chocolate (embora seja uma delícia e você deva comprar já!). Mas falando sério, não sou daquele tipo de gentinha que fica vendo jogo do Wolves o tempo inteiro, afinal eu gosto de basquete, mas cada vez que eu tomo coragem e vejo, o Al Jefferson parece melhor, é legal ver aquele moleque com potencial do Boston virar um jogador de verdade.
Sabiam que apenas ele, Dwight Howard e o Chris Bosh estão com médias superiores a 20 pontos e 10 rebotes por jogo? E hoje em dia qualquer um que está na mesma frase que o Chris Bosh já é um All-Star.
Quem sabe que o Al Jefferson é tão bom assim são todos os torcedores do Suns. No ano passado, o Suns conseguiu a proeza de perder duas vezes para o Wolves, sendo que nessas duas vitórias o Al Jefferson teve média de 35 pontos por jogo! O perigo é tanto que o Terry Porter, técnico do Suns, descansou o Shaq no jogo de antes de ontem só para ele entrar descansado contra o Wolves. Ele tinha usado a mesma tática contra o Bucks, já que segundo ele o Andrew Bogut sempre dava dor de cabeça pro Suns.
A tática deu certo por um lado, o Suns ganhou e o Al Jefferson saiu com 6 faltas, mas falhou por outro, já que o jogo foi apertado e o “Big Al” fez 28 pontos e pegou 17 rebotes, 12 deles ofensivos.
Então aí está um bom motivo para acreditar no futuro do Wolves, eles têm um jogador muito bom e de uma posição difícil de achar, um pivô, já que mesmo improvisado ele joga por lá. Do lado dele está o Kevin Love, que embora tenha o lado negativo de ter vindo numa troca pelo OJ Mayo- que é muito melhor-, é um bom jogador apesar de ser branco e pode muito bem se firmar como o Robin do Al Jefferson.
O risco maior da troca foi deixar as outras posições no limbo. Enquanto o Mike Miller é uma boa aposta para os arremessos de longe, foi como se o Wolves estivesse contando muito com a evolução do Sebastian Telfair, Randy Foye e Corey Brewer. O que, digamos, é uma aposta um pouco menos segura do que apostar em um título cor-de-rosa no Brasileirão desse ano. Mas, aos poucos, parece que a aposta vem dando resultado.
O Telfair nunca vai ser aquela superestrela que o Portland achava quando o draftou, mas é bom, assim como o Brewer definitivamente não é o cara que parecia que ia ser quando brilhou no título da NCAA pela Universidade da Florida mas é aceitável. Mas tudo isso pode ser esquecido se o Randy Foye virar um jogador mais regular, de preferência regularmente bom.
Quando ele joga bem, o time joga bem. Eles têm um arremessador fenômenal com o Mike Miller, um garrafão forte e bons coadjuvantes como o Ryan Gomes e o Craig Smith, é um elenco implorando por um bom armador. Os melhores jogos do Wolves no ano sempre tiveram uma boa atuação do Foye ou do Telfair.
E você deve estar se perguntando “E desde quando o Wolves tem jogo bom?”. Pois saiba que nesse ano eles tiveram boas atuações sim, o problema é que eles sempre, sempre, perdem no final.
Contra o Thunder, na única vitória do Thunder na temporada, os dois times jogaram bem mal, mas o Wolves liderava até o quarto período, quando perdeu de 18 a 12 e o jogo por 88 a 85. Nesse jogo o Wolves não fez um pontinho sequer nos últimos 2 minutos e 41 segundos de partida.
Depois veio aquele jogo em que eles tomaram 55 pontos do Tony Parker. O jogo foi para duas prorrogações, o Telfair deu 10 assistências, mas eles não aguentaram o tranco dos tempos extras e tomaram pau.
Na semana seguinte eles perderam duas vezes para o Portland, uma por 4 pontos de vantagem e a outra por 5, para o Warriors por 3 pontinhos e por fim para o Nuggets por 6 de diferença graças a uma cesta fantástica do Billups no final do jogo. Depois disso veio aquela vitória sensacional de 26 pontos de diferença sobre o Pistons, em Detroit, com a melhor atuação do Foye na temporada.
Ou seja, o Wolves é um time bom. E vendo eles jogarem é possível ver que eles sabem o que estão fazendo em quadra, e é o mais simples possível. Pick-and-roll o tempo inteiro com o Al Jefferson para usar ele o máximo possível, quando não dá, o Foye ou o Telfair batem para dentro em busca de arremessos de longe.
Nos jogos que eu vi, a jogada que mais aconteceu foi a do armador atacar pela zona morta e, quando chega embaixo da cesta, passar para um arremessador livre de fora. Com Al Jefferson e Love lá dentro, sempre sobrava alguém de longe. Mais simples impossível, certo? E ainda acho que eles poderiam usar mais o Kevin Love na cabeça do garrafão para fazer aqueles passes estilo Brad Miller/Pau Gasol para quem corta em direção à cesta, nada é mais legal que um cara de garrafão passando bem a bola! Tá, sexo é mais legal, admito.
O time joga corretamente, apenas 8 times na NBA inteira cometem menos turnovers, tem bons jogadores jovens e um pivô sensacional. Acho que o começo está aí, pronto para ser desenvolvido. Eles só precisam melhorar mesmo a qualidade dos arremessos de longa distância (tirando o Mike Miller, todo mundo é de lua) e arranjar alguém que tenha sangue frio para decidir os jogos pra eles no final, porque amarelar no quarto período até para o Thunder é palhaçada.
Quem sabe em 2010 não sobra alguém pro Wolves? Afinal 2010 é o ano da salvação de todos os times, até o Corinthians vai contratar Free Agents e ganhar a Libertadores.
A NBA deveria fazer duas séries rápidas de playoff entre Lakers e Celtics e decretar que 2010 chegou, seria mais fácil.
Dois vídeos:
Comentaram na Dime sobre um drible lindo do Jamal Crawford no Ray Allen ontem e eu fui conferir, falaram que ele tinha feito o Ray Allen cair e que tinha sido um drible sensacional. Eu só achei que o Ray Ray caiu pra pedir falta, nada de mais. Vocês acham o quê?
Esse outro vídeo é um rap de um branquelo sobre NBA. Ele fala primeiro sobre a doença da velhice que ataca o LeBron e o Greg OLDen e depois diz que o MVP dessa temporada se chamará Chris, ou Bosh ou Paul. Eu só não coloco o player aqui porque ele dá play sozinho sempre que você abre a página, mas clica aí que vale a pena.