Peguem tudo o que eu disse do jogo 1 entre Lakers e Nuggets e um pouco do que eu disse entre o jogo 1 entre Cavs e Magic, acrescente farinha, água, o Linas Kleiza, tirem ataques surpresa do Darth Vader e vocês terão o que foi o jogo 2 da final do Oeste.
Na análise do jogo 1 da série do Oeste eu coloquei aqui vários números do jogo, como número de rebotes, pontos em contra-ataque, pontos no garrafão, turnovers e o caramba. Em todos, ou houve um empate ou o Nuggets venceu. Ontem todos os números foram a favor do Lakers, e como no jogo anterior, quem teve os melhores números não levou a partida. Não é ridículo? É como você ser o cara mais bonito, mais interessante, mais rico e ter o melhor carro e mesmo assim não levar a garota.
A disputa Melo e Kobe também inverteu: No jogo 1 o Kobe precisou de 28 arremessos pra fazer um ponto a mais que o Melo, que chutou 20 bolas. Ontem foi o Melo que precisou de 29 arremessos pra fazer apenas 2 pontos a mais que o Kobe, que chutou 20. Isso sem contar os pivôs, Bynum fez 6 pontos no jogo 1 e ontem o Nenê é que fez 6. Terrível simetria.
O ritmo do jogo, porém, foi mais parecido com o do Cavs e Magic. O time da casa dominou o primeiro quarto por completo, dando a entender que poderia acontecer uma lavada daquelas e de repente o time visitante se recuperou e tomou conta do jogo no final. A diferença foi que o Magic se recuperou com mais lentidão. Depois de apanhar no primeiro quarto, eles apenas empataram o segundo período, mantendo a diferença de mais de 10 pontos, e só no segundo tempo é que conseguiram a arrancada rumo à virada.
Já o Nuggets foi mais veloz e já acabou o segundo quarto perdendo por apenas um pontinho. Depois de um terceiro período bem disputado, foi o melhor time do quarto período e matou o jogo. De qualquer forma, não importa quem seja campeão, não está absolvido das acusações de ser um time irregular, não temos um Spurs nesse ano.
No primeiro quarto, dominado pelo Lakers, parecia que o Denver estava jogando um amistoso beneficente com artistas globais e uma cobertura enriquecedora do Régis Rosing. Ninguém corria, ninguém ia pegar rebote e o ataque parecia aqueles que a gente faz na pelada de sábado quando já tá cansado, dá um drible pro lado e joga a bola pra cima (e ainda sai no trash talk se o arremesso, por milagre, cai).
Aproveitando-se disso, o Lakers jogou na velocidade, com contra-ataque, infiltração e rebote ofensivo. Esquema que é o que mais tem funcionado para o time na pós-temporada, já que contar com as bolas de 3 não está dando, Derek Fisher e Sasha Vujacic estão competindo pra ver quem mais amassa o aro. Juro que trocava os dois por um clone com defeito do Eddie House.
O Nuggets voltou para o jogo quando, quem diria, Linas Kleiza entrou no jogo. Só no primeiro tempo ele fez os 11 pontos em bolas de 3 que o JR Smith deveria estar fazendo e pegou os 8 rebotes que o Kenyon Martin ficou devendo. Se o lituano não mete umas bolinhas de 3 nos momentos certos, o Lakers poderia muito bem ter aberto 20 pontos no primeiro tempo.
Com o jogo pau a pau no final da partida, o Nuggets conseguiu tudo o que não tinha conseguido no jogo 1: a bola na mão do Billups e do Carmelo pra resolver a parada. O Melo acertou alguns arremessos no começo do quarto período e o Billups terminou o serviço acertando um milhão de lances livres. E não foi exclusividade dele, os dois times, somados, cobraram 72 lances livres. Haja paciência pra assistir tanto cara parado.
Teve muita falta questionável para os dois lados, na hora do jogo dá vontade de estrangular os juízes, mas não acho que eles tenham decidido tanto assim. Eles erraram em um momento decisivo do jogo, porém: Uma bola presa há menos de um minuto do final do jogo entre Gasol e Billups. Quando a bola é jogada para cima, antes de qualquer jogador tocar na bola, o JR Smith cruza o circulo onde os dois jogadores estão e muda de posição para atrapalhar o Trevor Ariza, que pega a bola mas acaba se atrapalhando e entregando o ouro. O JR Smith não poderia ter feito isso e se fosse marcado seria lateral para o Lakers.
Embora tenha sido um erro crucial, o Lakers teve outras inúmeras chances de fazer pontos ou de parar o Nuggets e não conseguiu. No fim das contas ganhou quem jogou melhor o final do jogo, como no jogo 1. Kobe Bryant definiu esses dois primeiros jogos da série dizendo que poderia estar 2 a 0 pra qualquer um dos times e que provavelmente os jogos em Denver vão ser a mesma coisa.
Eu discordo. Dos dois jogos em Utah, o Lakers jogou bem em apenas um. Dos três em Houston, jogou bem em apenas um. Já o Denver arregaçou nas 6 partidas que fez em casa até agora nos playoffs. Acho que o Denver ganha fácil pelo menos um dos jogos, mas o Lakers só precisa vencer um por lá pra recuperar o mando de quadra.
Momento Jogada-Show agora, em homenagem aos bons tempos de NBA na RedeTV. A enterrada do Kobe no Bridman, e a cravada fenômenal do Ariza sobre o Danthay Jones, foram fantásticas. Mas nada supera a malandragem à brasileira do Billups, ah muleque!
O assistente técnico mais feio do mundo
O novo técnico do Wizards, como vocês devem saber, é o Flip Saunders. Ele assume o time na temporada que vem e terá ao seu lado como assistentes técnicos o ex-técnico do Wolves Randy Wittman (demitido no meio dessa temporada) e o Sam Cassell, que foi jogador do Saunders naquela campanha do Wolves que chegou a final do Oeste em 2004. Já é o assistente técnico mais feio de todos os tempos.
E quem sabe não veremos o Arenas fazer a famosa “Big Balls Dance” do Cassell.
Semana dos novatos
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