>Sucesso inesperado

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Faça isso na sua escola, faculdade ou clube quando meter uma bola na cara daquele moleque que só se acha – dá mó moral e as mina curte

Nos comentários do post anterior, o Vitor falou sobre o Wizards e sua atual quarta colocação no Leste mesmo sem Gilbert Arenas. Ele tem razão em se surpreender. Todos estão surpresos, mas isso tem suas explicações e tem até uma história parecida lá no lado Oeste da liga.

A primeira coisa, convenhamos, é que a surpresa mesmo é o Wizards ganhar jogos, porque o fato de ser quarto colocado no Leste hoje em dia não quer dizer nada. Boston, Orlando e Detroit estão tranquilos nas três primeiras posições e o resto são só times muito inconstantes. O Houston, atual nono colocado no Oeste, estaria em sexto no Leste. O Lakers, que é sexto, estaria em quarto no lado Leste. É uma conferência mais fraca e mais nivelada. Qualquer sequência de vitórias empurra um time lá de baixo para o topo da tabela.

A sequência que empurrou o Wizards foi a dos últimos sete jogos em que venceram seis e só perderam um, para o Phoenix. O que impressiona é que no começo da temporada, com todo a badalação em cima da volta de Gilbert Arenas, o Wizards estava um lixo! Perderam os cinco primeiros jogos da temporada, arremessavam mal e continuavam com a mesma defesa queijo suíço do ano passado. Era um time que piorou o ataque mas manteve a regularidade (ruim) da defesa.

Aí veio o joelho do Arenas de novo, a equipe ficou sem sua principal estrela e foi então que o time começou a ganhar. Acho que ficar caçando explicações pra isso era assumidamente meio difícil, então foram perguntar pessoalmente para o time mesmo e em uma entrevista encontrada no InsideHoops Antawn Jamison explica tudo:

“Com o Gilbert fora, no ataque, temos que achar bons arremessos – sem arremessar logo de cara e rápido – e na defesa é que está o segredo. Não podemos ter uma defesa ruim porque com o Gilbert fora perdemos muito no ataque. Precisamos que o Antonio Daniels continue marcando seu homem. Precisamos que Brendan Haywood continue a tomar conta do garrafão com seus tocos e defesa. Se continuarmos a fazer essas coisas e melhorarmos no ataque e especialmente na defesa poderemos ser capazes de ganhar muitos jogos e abrir distância de outros times que estão perto da gente.”

Clap! Clap! Clap! Parabéns, Jamison! Quer dizer que se vocês não forem porra-louca no ataque, pensarem duas vezes ao invés de arremessar logo de cara e ainda marcarem o time adversário, vocês podem vencer muitos jogos mesmo sem seu principal jogador?
Então por que diabos vocês não fazem isso quando o Arenas está jogando?!?! Sério, defensivamente o time está ótimo, Caron Butler e Brendan Haywood estão incomodando muito a vida dos adversários com seus roubos e tocos e o time todo parece bem mais focado tanto na defesa quanto na execução ofensiva.

No último jogo, contra o Kings, quando o Wizards já tinham perdido por contusão o seu outro armador, Antonio Daniels, foi DeShawn Stevenson que armou o time. Todos tinham que ver como ele foi um armador calmo, chamou todas as jogadas, gritou com todo mundo, apontou onde é que todos deveriam ir. Como resultado foram 7 assistências e nenhum turnover, no maior estilo Calderon. E ainda meteu 5 bolas de 3 pontos que acabaram com o jogo, além de nos dar de brinde a chance dele fazer seu “I can’t feel my face”, que é quando ele mete uma bola de 3 (ou quando enterra) e coloca a mão na frente do rosto como na foto do post. Ele é o jogador mais metido a malandrão da NBA entre aqueles que não são estrelas.

O semelhante ao Wizards no Leste é o Portland Trail Blazers. Vocês têm noção de que eles estão com sete vitórias seguidas? A história com o Wizards é parecida porque eles perderam a sua principal esperança para a temporada, Greg Oden, mas em compensação Brandon Roy e LaMarcus Aldridge estão dando uma de Butler e Jamison e levando o time a resultados impressionantes. Mesmo quando o Aldrigde está contundido, até, alguém joga demais para compensar (Outlaw, Channing Frye). Quatro das sete vitórias foram contra times de alto nível, fora a vitória de ontem contra o Nuggets em Denver, eles venceram o Warriors e o Jazz duas vezes, uma em casa e uma fora.

Confesso que não vi muitos desses jogos do Blazers pra entender o que eles estão fazendo para acabar com os outros times, mas por números e por algumas declarações parece que eles se encontraram na defesa. No jogo que eu vi, o de ontem contra o Denver, isso tem fundamento. Iverson fez 38 pontos mas o resto do Nuggets não teve muita chance e o aproveitamento foi bem baixo. Nos jogos contra o Jazz, disseram que o Portland marcou uma defesa zona 2-3 que fechou o garrafão e obrigou o Jazz a só chutar de fora. O resultado foi um aproiveitamento de 5 de 32 arremessos da linha de 3, somando os dois jogos. Sendo que no segundo jogo o Jazz errou todos os 13 arremessos de 3 pontos, aproveitamento para nenhum Antoine Walker botar defeito.

Agora o Blazers terá uma sequência de 6 jogos seguidos em casa, em que estão com o impressionante recorde de 9 vitórias e apenas 3 derrotas. Depois dos 6 jogos enfrentam o mesmo Jazz em Salt Lake na última noite do ano. Será que no ano novo teremos um Portland entre os 8 melhores do Oeste? Eu só esperava isso pro ano que vem. Pra novembro do ano que vem.

Notas:

– Durante um tempo na temporada passada o DeShawn Stevenson foi chamado de “Mister 50” porque disse que só conversaria com jogadores do seu time que acertassem mais de 50% dos seus arremessos, assim como ele.

– A história completa do “I can’t feel my face” do DeShawn Stevenson é a seguinte: ele fazia o movimento para imitar o que o rapper Yayo fazia no clipe da música “So Seductive“. Depois ele viu o Tim Thomas fazer e foi reclamar com ele, pedir para que não roubasse sua marca registrada, mas foi informado que o Tim Thomas já fazia isso faz tempo, desde os playoffs de 2006 quando ele estava no Suns. DeShawn respondeu: “É mesmo? Viu como eu não assisto os outros jogarem nos playoffs.”

– Nada a ver com Portland e nem com o Washington. Mas é um dos melhores vídeos de NBA do YouTube. Parabéns Eddie Jones, o turnover mais imbecil desde aquele do Lamar Odom.

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