>"Tá olhando o quê, amigo?": Roupa apertadinha não convence ninguém

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Wilt Chamberlain, mesmo com essa roupinha eu te respeito


Quem acompanha o site da NBA deve ter percebido que o que é velho é moda. Assim, fanáticos por história ou apenas simples e comuns curiosos visitam o NBA Vault.
São sempre bons textos, falando de velhacos do passado, quando foram draftados, suas expectativas e o que mais gostaram nos anos em que foram grandes estrelas e jogadores importantes da liga. Porém, o que mais me intriga é ver a mudança no estilo de jogo daquela época para a de hoje. A finésse corriqueira se tornou músculos, e dos músculos vieram as explosões de garra, fúria e estúpidas enterradas que fazem o ginásio inteiro levantar e gritar, elevando o nível de testosterona da velhinha mais inofensiva que cochila na última fileira.

Com tanta virilidade, os jogadores notaram que as regatinhas agarradas e os shortinhos mais curtos já conhecidos não combinavam com essa nova forma de jogar. Além, claro, de a marginalidade tomar conta cada vez mais do mundo da NBA, e não estou falando de assédios sexuais, tiros ou desavenças caseiras.

Os novos jogadores que surgiram no pós “mamãe-quero-ser-gay” vieram com ideais das ruas, com letras de hip-hop na mente, gírias do gueto e correntes, muitas, muitas correntes de ouro penduradas no pescoço (quando não acompanhadas de um cifrão enorme cravado com diamantes ou lantejoulas, somente para disfarçar). Quem é que não se lembra do All-Star de 2005, quando Allen Iverson gritava para Kyle Korver, o jogador mais modelete do Sixers e irmão gêmeo de Ashton Kutcher (vide foto), no campeonato de 3 pontos, envolto de um camisetão que ia até as canelas ,uma bermuda que ia até o chão e tantas, mas tantas correntes penduradas em si, que mal dava pra saber se era jogador de basquete, bicheiro ou ferreiro. Vestimenta esta que foi banida dos ginásios pelo todo poderoso David Stern. E o cartola não parou por aí, delimitando um comprimento máximo aos bermudões de jogo, o que causou um certo mal-estar nos jogadores mas que logo foi superado. Outro veto que no começo chamou muito a atenção de toda NBA foi o do Bulls. O chefão proibiu o uso de adereços durante os jogos. Nada de faixas, munhequeiras, meiões, bermudões, joelheiras e tensores sem que haja uma real necessidade. Assim, o Bulls, os Touros Vermelhos, se tornou o time mais bem comportado da liga. Tirando o Hirinch, os negões do time até se ofenderam com a proibição, principalmente o Ben Wallace que sempre posou de maloqueiro no Pistons e agora a única coisa que podia usar para amedrontar o adversário era seu grande e bizarro cabelo.

Mas para essa temporada o técnico Scott Skiles liberou a faixa na cabeça do Wallace. O motivo foi que todos os outros jogadores se juntaram e toparam deixar o Big Ben usar mesmo com a proibição ainda servindo para os outros jogadores. Acho que o Ben Wallace olhou feio pros companheiros e eles liberaram rapidinho. O Skiles não é muito de dar liberdade mas deve ter pensado que que com a faixa ele ia jogar bem como jogava no Pistons. Até agora não deu muito certo.

A aparência é algo constante e de grande valia na NBA. Jogadores se enfeitam de todas as formas, ou para parecerem bonitos enquanto jogam, ou para mostrarem quão marginais são e assustar o adversário. É notório que junto com a evolução do jogo e sua agressividade, a característica das ruas veio como uma tradução a essa nova forma de jogar. Até o Yao tem xingado, socado o ar e tomado falta técnica. Quem diria, o comportado chinês que não sabia nada da vida do gueto hoje é tão nigga quanto o “Skip To My Lou”. Se quiser jogar na NBA um dia e lhe faltar talento, apele para a malandragem, ouça um rap, ande com umas correntes e diga muito “yo”. Tem jogador que só está lá por isso.

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