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Ia escrever antes sobre a lavada que o Hornets levou do Nuggets mas acabei combinando de ir jogar Winning Eleven com o Danilo e aí lá se foi todo o meu tempo livre do dia. Pior que eu jogo mal pra caralho o maldito viciante jogo de futebol. Fica aqui o texto que eu já tinha começado mas não terminado, embora o assunto já esteja um dia mais velho. Vale para não jogar fora os caracteres usados.
Foi simplesmente a maior lavada que eu já vi. Ou melhor, a maior lavada que eu já vi pela metade. Com o Heat e o Hawks se pegando em Miami eu não ia perder meu tempo vendo o coitado do Chris Paul que eu gosto tanto passar a maior humilhação da sua vida diante do Denver Nuggets.
Os 58 (CINQUENTA E OITO) pontos de diferença foram a maior diferença numa vitória na história dos playoffs. Dá pra imaginar que mesmo se o Hornets começasse o jogo com uma vantagem de 50 a 0 eles ainda teriam perdido o jogo? É tipo começar a jogar 21 com o seu primo mais novo, dar a vantagem dele começar com 19 a o e depois ganhar do pirralho.
Eu só fiquei um pouco feliz com a lavada por causa do post que tinha escrito no mesmo dia. Afinal, o jogo confirmou minha teoria de que grandes jogadores ganham jogos, não séries de playoffs. Aconteceu em New Orleans onde o Chris Paul não conseguiu o mesmo milagre do jogo 3 e aconteceu também no jogo que eu vi até o final, em Miami, com o Dwyane Wade jogando mal e cedendo o empate na série para o Atlanta.
O Miami, aliás, mostrou como é um time muito limitado no ataque. Com o Wade jogando mal eles estavam sofrendo para atingir a marca de 30 pontos com o primeiro tempo já acabando! Só voltaram para o jogo porque o James Jones conseguiu a proeza de fazer duas jogadas de 4 pontos em ataques consecutivos.
Mas logo que voltou o terceiro quarto, o Hawks abriu mais um pouco e no quarto período matou o jogo. O Wade estava num de seus piores jogos de playoff da carreira. Ele começou o jogo com uma airball na primeira posse de bola do jogo, assim como o Al Horford já tinha feito pelo Hawks no jogo 3. Mas o Wade continuou e deu mais 3 airballs só no primeiro tempo! Porra, nem eu faço isso jogando depois de comer feijão no almoço com vento forte na quadra descoberta.
O Heat é um time bom que pode vencer quase todo mundo na NBA, mas numa série de 7 jogos é difícil demais, eles não sabem mesmo o que fazer quando o Wade não está em quadra ou está mal. Qualquer uma das duas equipes que saia dessa série não ganha mais de 1 jogo do Cavs.
De volta ao jogo do Hornets, aquilo foi uma das maiores humilhações que eu já vi na minha vida esportiva. Mais destruidor que a derrota do Lakers no jogo 6 das finais do ano passado, mais devastador que a derrota do Spurs para o Pistons no jogo 4 das finais de 2005, mais embaraçoso que quando o Timão meteu 7 a 1 no Santos, talvez no mesmo nível de vergonha alheia da final de Roland Garros do ano passado e do 5 a 0 em anos consecutivos do Cruzeiro sobre o Galo.
Não tem explicação basquetebolística para o que aconteceu. 58 pontos de vantagem (com 26 turnovers para o Hornets) é supremacia mais que absoluta em todos os quesitos possíveis e imagináveis em uma quadra de basquete, acho que até o pinto dos jogadores do Nuggets eram maiores que os do Hornets naquele jogo.
Eu fico com dó do Hornets porque eles ainda vão ter que jogar mais uma vez contra o Nuggets e dessa vez em Denver, a chance de mais uma humilhação é altíssima. Mesmo que não por 58 pontos, por 20 já seria bem doloroso. Proponho uma nova regra para prevenir situações embaraçosas como essa: se um time vence um jogo de playoff por mais de 50 pontos o outro time está automaticamente eliminado e ganha um pirulito sabor framboesa pra ir pra casa da mamãe chorando as mágoas.