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Terminou agora a competição de “Horse” do fim de semana das estrelas. Mas não é aquele “horse” que a Monica Mattos curte (favor só clicar no link se você tiver mais de 18 anos, estômago forte, e sem a sua mãe ou namorada por perto, faz favor), trata-se de uma competição em que um jogador faz uma jogada e desafia o adversário a fazer igual. Vale qualquer coisa bizarra, como arremessar de costas, com a mão esquerda ou sentado no chão. Se um jogador acerta e o desafiado não é capaz de repetir o feito, ganha uma das letras da palavra “horse” e quem completa a palavra está eliminado. O sistema é quase o mesmo da nossa famosa “forca”, brincadeira típica de aulas entediantes de física em que aquele que erra ganha uma parte do corpo desenhada e quem tiver o corpo completo perde.
A brincadeira é típica das quadras de rua nos Estados Unidos e já tinha sido experimentada no All-Star da Liga de Desenvolvimento da NBA na temporada passada, a gente até postou sobre isso na época. É incrível como os coitados da chamada D-League servem de cobaia, foram eles que testaram a fracassada bola sintética que a NBA depois recusou, e eles experimentaram o “Horse” antes. “E se a gente colocasse umas minas terrestres na quadra e o jogador que pisasse nelas durante o jogo explodisse pelos ares, não seria legal? Vamos testar na D-League.” Profissãozinha vagabunda essa.
Agora promovida para a NBA, a competição foi até que bacaninha, com destaque para o “até”. Participaram Kevin Durant, o novato OJ Mayo, e o Joe Johnson, que é All-Star e parece vovô perto dos outros dois. No começo, todo mundo começou errando tudo, mas deu pra colecionar pelo menos uma boa fita de melhores momentos: OJ Mayo acertando uma bola do meio da torcida, Joe Johnson acertando de costas e o Durant de fora da quadra. Mas faltou criatividade e, quando tentaram algumas coisas inovadoras, simplesmente não acertaram. No fim, ganhou o Durant que simplesmente ficou arremessando da linha de três pontos, acertando tudo, e esperando os outros errarem. Virou uma estranha competição de 3 pontos, mas ao ar livre, com vento, um solzinho na cabeça e nenhum glamour. Mas serviu pra mostrar que o Durant não sabe brincar, qualquer oportunidade de vitória (como o jogo dos novatos, por exemplo) ele agarra com unhas e dentes – alguém cansou de perder pelo time-outrora-conhecido-como-Sonics, não é mesmo? Os melhores momentos em breve poderão ser conferidos na área de vídeos do NBA.com, que está cheia de coisas legais como o Shaq e o Kobe falando sobre jogarem juntos novamente, e o Billups e o Shaq (sempre ele) fazendo uma competição de lances livres vendados.
O Durant ganhou, a brincadeira deu certo, mas o único jeito dessa competição ser realmente divertida é chamar o novato do Wolves, Kevin Love. Estou indignado que ele não tenha sido chamado para participar, é uma afronta. Será que os engravatados que escolheram os jogadores não sabem usar o YouTube? Eles precisam dar uma olhada no Kevin Love treinando nos seus tempos de universidade na UCLA:
Tem também as mesmas cenas de um outro ângulo, uma ponte-aérea que ele manda para o Beasley do outro lado da quadra, e um polêmico vídeo em que ele acerta uma série de arremessos bizarros mas que muita gente diz que é montagem (eu concordo, o apresentador desse vídeo tem que ser uma montagem, ninguém seria tão chato assim na vida real). Definitivamente o Kevin Love jamais seria derrotado no “Horse”, até porque seus companheiros de basquete universitário dizem que ele acertava essas coisas o tempo inteiro durante os treinos. O Wolves precisa saber disso, quando eles precisarem de uma bola de segurança, é só passar para o Love no garrafão defensivo que ele arremessa e converte do outro lado da quadra.
Só é uma pena que no “Horse” não vale enterradas, senão o Kevin Love poderia quebrar a tabela outra vez como nos seus tempos de colegial e ninguém poderia imitar. Aliás, inimitável mesmo é a reação dele à tabela quebrada: ficou ali parado, olhando, sem se mexer. Se fosse eu, no mínimo teria vibrado!