Está no ar a ÚLTIMA parte da Análise do Draft 2020! Hoje para apresentar os times que selecionaram jogadores APENAS na segunda rodada e mais o LA Lakers, o único a não escolher ninguém neste ano. Como comentado na primeira parte, essa análise não tenta prever o futuro e sabe que é impossível realmente julgar escolhas no momento em que elas acontecem. A gente até oferece nossos Selos de Qualidade™, mas é com um pé na brincadeira e um pé na jaca, sabendo que alguns erros nos esperam.
A proposta é conhecer todos os jogadores que vão entrar na NBA, suas características, sua história, e tentar entender o que levou cada time a selecioná-los e como (ou se) podem ajudar cada equipe no futuro próximo ou distante. Espero que tenham gostado de mais uma edição de uma das séries mais tradicionais do Bola Presa =)
Agora só falta relembrar os nossos Selos de Qualidade™ que avaliam como cada time foi no Draft!
MÁSCARA – Andar de máscara não é legal, não é bonito, não é confortável e só piora quando o dia está quente. Mas é também a a maneira mais eficaz de se prevenir da Covid-19 e evitar que o vírus se espalhe ainda mais. Selo para os times que podem não estar empolgados com esse Draft, mas que fizeram o que tinham que fazer.
A BOLHA – Jogar basquete sem torcida na Disney durante uma pandemia e com os movimentos sociais tomando as ruas? Soa bizarro, mas até que foi bem legal, não foi? Selo para os times que não conseguiram a situação ideal mas que saíram no positivo.
ZOOM – Ninguém quer assistir aula no Zoom com aquele microfone péssimo do professor, ninguém se empolga em ser convidado para uma videochamada e ninguém quer uma festa de aniversário online com o delay estragando o ritmo do parabéns. Esse ano nos apresentou à “fadiga do zoom”, mas também foi essa tecnologia que nos salvou do isolamento total e absoluto. Selo para os times que fizeram o que dava na atual situação.
NEGACIONISTAS – Pior que tentar levar a vida (e seguir vivo) durante uma pandemia é ter que fazer isso ao lado de quem, tal qual o meme do cachorro dentro de uma casa em chamas, insiste que está tudo bem. Não está, por favor não atrapalhe. Selo para os times que fizeram tudo errado e ainda acreditam que é só uma gripezinha.
Los Angeles Clippers
#33- Daniel Oturu, PF/C
#55- Jay Scrubb, SG
O Los Angeles Clippers chegou no Draft só com a Escolha 57, mas decidiu se mexer e ser um pouquinho mais protagonista na festa. Primeiro se envolveu naquela troca com Brooklyn Nets e Detroit Pistons em que mandou Landry Shamet e recebeu Luke Kennard e ainda pularam da posição 57 para 55, trocando de posição com o Nets. Depois o time negociou com o New York Knicks e enviou uma escolha de segunda rodada futura para receber a 33ª posição neste Draft 2020.
Com presença no começo da segunda rodada, Jerry West e companhia apostaram no ala-pivô Daniel Oturu, um dos jogadores que mais evoluiu na última temporada da NCAA. Depois de ter médias de 10,8 pontos e 7 rebotes no seu primeiro ano na Universidade de Minnesota, ele saltou para médias de 20,1 pontos e 11,3 rebotes por partida! Claro que ajudou que ele ficou mais minutos em quadra, mas DOBRAR a média de pontos foi bem impressionante. Ele até adicionou um arremesso de longa distância na brincadeira, tentando 52 arremessos de 3 pontos (com 36% de aproveitamento) depois de só ter chutado DUAS vezes no seu ano de novato. Os olheiros também elogiam seus rebotes e corta-luzes, é o roteiro para ser um jogador útil de garrafão útil na NBA atual. Cortar o número alto de turnovers, aumentar a intensidade com que joga, melhorar na defesa e criar mais seus arremessos são o desafio para ir além disso.
Filho de pais imigrantes, Oturu teve pai atleta, mas não é daí que veio sua altura. Francis Oturu, que defendeu a seleção da Nigéria de TÊNIS DE MESA, tem apenas 1,67m de altura! Foi a mãe Deborah, no alto de seus 1,85m, quem mais contribuiu com os genes para o pivô chegar aos seus 2,08m.
É a outra seleção do LA Clippers, porém, que realmente chama a atenção. Jay Scrubb tem uma das histórias mais improváveis e raras do Draft 2020: o ala é o primeiro jogador vindo de um Junior College direto para a NBA desde Donta Smith em 2004. Nos EUA, os Junior College são instituições de ensino com cursos de curta duração, geralmente de dois anos, que servem para oferecer ensino técnico, voltado a alguma atividade profissional, ou como preparação dos estudantes para tentar vaga em uma universidade tradicional após a formatura. No mundo dos esportes, os Junior College viraram uma maneira de atletas promissores jogarem após o ensino médio mesmo sem ter cumprido os requisitos acadêmicos exigidos pela NCAA para universidades da Divisão I. Foi o caso de Scrubb, que teve uma adolescência conturbada e não alcançou as notas necessárias para conseguir uma bolsa.
A história de vida de Scrubb é quase um remake do filme The Blind Side (“Um Sonho Possível”), aquele baseado em uma história real onde a personagem da Sandra Bullock adota Michael Oher, um menino negro, pobre e sem muito trejeito social que não tinha onde morar e acaba se tornando um jogador da NFL. Como Oher, Scrubb teve uma vida familiar turbulenta, mudou inúmeras vezes de cidade e no ensino médio sequer tinha um lugar fixo para morar, passava algumas noites na casa de tios, avós ou de amigos. Seu primeiro ano de colegial foi no Central High School de Louisville, onde ele não podia participar dos jogos do time de basquete pelas notas baixas. Depois de quase reprovar, no segundo ano Scrubb conseguiu uma vaga num colégio particular graças a um “school voucher”, um benefício dado pelo governo para que alguns estudantes pobres consigam estudar. Em um ambiente novo, de padrão acadêmico ainda mais exigente e pessoas de outro nível social, Scrubb novamente penou em se adaptar. Depois de chegar a tomar remédios para tratar um suposto déficit de atenção, ele foi diagnosticado com ACE, um Distúrbio por Experiências Adversas na Infância, trauma comum em crianças que sofreram negligência, abandono, abuso ou que viveram extrema pobreza na primeira fase da vida.
Depois de ser afastado do time e com as notas baixíssimas, Scrubb acabou adotado pelos pais de um colega de time que viam um bom garoto por trás do moleque que infernizava professores e o técnico do time de basquete. Ele também passou a participar de um programa especial da escola para alunos com dificuldades, com salas menores e tratamento personalizado. Deu quase tudo certo. Depois da adoção ele deu uma reviravolta, encontrou foco e se destacou em quadra, ganhando a atenção de inúmeras universidades, mas as notas não subiram o bastante e o único caminho possível foi o Junior College.
No desconhecido John A. Logan College, Scrubb jogou muita bola, foi eleito o melhor jogador de Junior College da última temporada e chegou a ser chamado para os treinos da Seleção Americana Sub-19. No fim da seu segundo ano por lá ele chegou a acertar uma ida para a tradicional Universidade de Louisville, mas depois decidiu se arriscar e pular logo para a NBA quando percebeu que tinha chance de ser selecionado no Draft. Em quadra ele é veloz e agressivo no drible e nas infiltrações com sua mão esquerda. Alguns olheiros dizem que ele ainda precisa aprender muito da parte tática para jogar num basquete mais organizado onde ele não é o “faz-tudo” de sua equipe, mas que sua habilidade deve ser o bastante para ele ter uma chance de sucesso.
FORÇA NOMINAL – Dois dos meus nomes favoritos no futebol latino-americano são dos colombianos James Rodriguez e Jackson Martínez. Ambos são combinação de nomes com origens em línguas distintas, mas que de alguma forma conversam muito bem quando falados juntos. Até preferia quando chamavam o meia pelo nome em inglês ao invés de Rãmes Rodríguez. Tenho a mesma impressão com Daniel Oturu: são nomes que num primeiro momento parecem não ter nada a ver e que nem estão presentes na mesma língua, mas juntos há força. Curto, único, fácil de falar e ótima sonoridade.
Em inglês, a palavra “scrub” significa ESFREGAR, mas no mundo das GÍRIAS a palavra é usada para designar um cara insignificante, sem rumo, vagabundo ou que não vale nada. É simplesmente sensacional esse ser o sobrenome de um cara que viveu tão cedo todas as dificuldades da pobreza e que conseguiu dar a volta por cima e chegar na NBA. O mundo conspirou para ele ser um scrub, mas ele não topou.
Milwaukee Bucks
#45- Jordan Nwora, SF/PF
#60- Sam Merrill, SG
Se um cara considerado excelente arremessador de 3 pontos despenca até as últimas escolhas de um Draft, pode ter certeza que todo o resto do seu jogo deve causar muuuuitas dúvidas. É o caso de Jordan Nwora e Sam Merrill, as seleções do Milwaukee Bucks no Draft 2020. Nwora saiu na Escolha 45, Merrill é o chamado Mr. Irrelevant deste ano, foi o ÚLTIMO selecionado.
Alto, com bons números de rebotes e um arremesso de gatilho rápido, Nwora é tudo o que um time precisa na posição 3 ou 4 ao lado de um grande criador de jogadas, por isso o Bucks deve ter ficado bem confortável de selecioná-lo. Com um esquema tático ajeitadinho e a gravidade de Giannis Antetokounmpo, boas oportunidades de arremesso não devem faltar. Só não vamos nos enganar: se a defesa fosse melhor, se tivesse melhor mobilidade sem a bola para se livrar da marcação e se tivesse habilidade pra botar a bola no chão e criar seu arremesso, teria saído na primeira rodada. A esperança do time é não precisar disso tudo ou conseguir desenvolver alguns desses talentos ao longo dos anos. Não que lapidar jovens tenha sido o forte do time desde que acertaram com Giannis…
E sabem da onde é a família de Nwora? Da Nigéria, claro! É o país mais presente nesse Draft. O pai de Jordan, Alex, é o técnico da seleção nigeriana de basquete e já convocou o filho, que tem dupla nacionalidade, para partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIBA.
A descrição dos olheiros sobre Merrill não é muito diferente, mas ele é mais baixo e deve brigar por minutos na posição 2. Com 42% de aproveitamento em insanas 750 tentativas de bolas de 3 pontos em Utah State, precisão não é problema para Merrill. Depois do sucesso de Duncan Robinson imagino que mais desses jogadores que parecem “só” vão ser alvos de apostas de times otimistas. Vamos ver quantos superam os problemas em outras partes de seu jogo e vingam entre os profissionais.
FORÇA NOMINAL – Será que um dia vai existir APOSENTADORIA DE NOME e ninguém nunca mais vai poder chamar Jordan? Pelo menos nesse caso é só o primeiro nome e poderemos chamar o menino só de Nwora que está bom demais. Adoro nome que é esquisito mas ao mesmo tempo é fácil de falar. E prometo que vou segurar meu tiozão interior e não vou fazer piadas sobre como foi melhor draftar a Nwora que a Swogra. Jamais sequer pensei nessa piada, meu humor é muito mais inteligente e crítico que isso.
Nunca pensei que fosse ver um Sam Merrill na NBA. Não jogando, pelo menos. Ele certamente poderia aparecer um dia para tocar no intervalo de um All-Star Game com seu sotaque britânico, um violão na mão, cabelo desarrumado e músicas meladas de amor. Tem quem goste.
Portland Trail Blazers
#54- CJ Elleby, SF
Se escolher a universidade certa ou a errada influencia muito para jogadores muito bem cotados, imagina para os mais limitados. Quem sofreu nessa foi o ala CJ Elleby, selecionado pelo Portland Trail Blazers no finzinho do Draft. Ele foi para a Universidade de Washington State e pegou o último ano conturbado do técnico Ernie Kent, que foi demitido após mais uma temporada fraca do time, e logo depois viveu o ano de de estreia de Kyle Smith, que chegou propondo um sem número mudanças no programa.
A média de Elleby subiu de 14 para 18 pontos por jogo do seu ano de Freshman para Sophomore, mas o aproveitamento nas bolas de 3 pontos despencou de 42% para 34%, enquanto o aproveitamento nos lances-livres subiu de 66% para 82%. Vai entender! Ele também teve que mudar de posição/função algumas vezes e não chegou a ter estabilidade para se desenvolver. De qualquer forma, alguns que escreveram sobre ele batem na tecla do quanto ele se entrega, se dedica e que lidou bem com as adversidades. Para além do talento, que na segunda rodada costuma ser bem parecido entre os candidatos, características como essas podem pesar na hora da seleção. Com elenco profundo e boas opções mais rodadas em todas as posições, é pouco provável que Elleby jogue logo de cara. Deve esperar ao menos um ano para ter destaque, como aconteceu com CJ McCollum, Anfernee Simmons e Gary Trent Jr.
FORÇA NOMINAL – Digitei “Elleby” no Google e só encontrei notícias e mais notícias sobre o novo ala do Blazers. Não há qualquer menção a qualquer outra pessoa no planeta Terra com esse sobrenome. Da onde ele veio? Quem são seus pais? Temos certeza mesmo que ele não é um robô? Elleby soa mais como nome de um produto de uma startup ambiciosa que o sobrenome de um ser humano como eu e você.
Houston Rockets
52- KJ Martin, SF/PF
Quer mais filho de atleta? Aqui temos ninguém menos que KJ Martin, filho de Kenyon Martin, ex-All-Star que fez história na NBA como parte de ótimos times do New Jersey Nets e do Denver Nuggets e que foi o PRIMEIRO escolhido no Draft de 2000. Depois de uma boa carreira colegial em Sierra Canyon, a escola onde hoje joga o filho de LeBron James, KJ Martin se comprometeu a ir jogar na Universidade de Vanderbilt, mas logo depois mudou de ideia e decidiu passar seu ano pós-ensino médio na escola preparatória IMG Academy.
A NBA obriga todos os atletas a ter pelo menos um ano entre a saída do ensino médio e a entrada no Draft. A maioria dos jogadores usa esse ano nas universidades, mas vemos também alguns buscarem opções mais criativas: Brandon Jennings, mais de 10 anos atrás, jogou fora dos EUA como fizeram agora LaMelo Ball e RJ Hampton; Darius Bazley trabalhou como estagiário na New Balance enquanto treinava para o Draft; James Wiseman só treinou; Jalen Green decidiu ir para a G-League já sentir um gostinho da NBA. São muitas opções, e KJ Martin escolheu a de ir para um colégio interno focado em preparar estudantes para universidades ou atletas que ambicionam alguma bolsa ou o próprio Draft.
Ao anunciar sua decisão, Martin disse que havia conversado com LaMelo e Hampton sobre suas decisões e que isso o influenciou a abandonar a ideia de ir para Vanderbilt. Ele não explicou bem os motivos, mas disse que “todos tínhamos a mesma mentalidade sobre o que gostaríamos de alcançar”. O trio vai se ver na NBA, então dá pra dizer que a escolha foi bem feita. O sucesso de Martin é notável, já que embora tenha ido bem como colegial não era visto como uma certeza, ao contrário da dupla que foi para a Austrália. Seu bom ano na IMG fez a diferença e o Houston Rockets, que nem tinha escolha na segunda rodada, se mexeu só para só para garantir o menino. Eles enviaram uma escolha de segunda rodada de 2021 para o Sacramento Kings na transação.
Como o pai, Martin se destaca na intensidade, no porte físico e nos rebotes. Ele joga mais como alguém de garrafão embora tenha tamanho de ala, então pode sofrer um pouco com isso até se adaptar ao jogo da NBA. O arremesso de longe não é sua marca, mas as notícias são de que ele mandou bem nos tiros de longe durante os treinos pré-Draft. Considerando que estamos falando do Rockets, pode ter sido o que fez a diferença. E não sei se vocês repararam no vídeo acima, mas ele arremessa com a mão direita, mas SEMPRE usa a esquerda para enterrar. É tipo o Mike Conley com seus floaters.
FORÇA NOMINAL – O nome Kenyon é fenomenal! Não só lembra a formação geográfica como é forte, pesado e intenso. Uma pena que seu pai já é o único Kenyon Martin possível e o menino teve que optar por um KJ para se diferenciar. Nomes que são duas iniciais são legais, mas nesse caso é uma perda frente ao original.
Indiana Pacers
#54- Cassius Stanley, SG
Bom arremessador? Não. Sabe bater pra dentro e encontrar a cesta? Nem sempre. Defende em alto nível? Não é ruim, mas também não é ainda o ponto forte. Sabe VOAR? Sim. Está draftado! Com 1,98m, Cassius Stanley se destacou no seu ano na Universidade de Duke pela velocidade e pelas enterradas que mandava em todo e qualquer contra-ataque. Parecia bem legal mesmo:
Li alguns especialistas elogiando a mecânica de seu arremesso e dizendo que dá pra desenvolver algo além só da intensidade, mas é bom que o Indiana Pacers saiba que num primeiro momento é provavelmente só isso que vão receber. Como estamos falando do finzinho do Draft, normal que os times aceitem melhor os defeitos e que tenham alguma confiança de que vão saber melhorar a molecada. O seu primeiro ano será em contrato Two-Way, passando boa parte do ano na G-League.
FORÇA NOMINAL – Sabem quantos Cassius temos na história da NBA? DOIS. Um foi selecionado na 53ª Escolha do Draft 2020 pelo Washington Wizards, Cassius Winston, o outro é Cassius Stanley, selecionado IMEDIATAMENTE DEPOIS pelo Indiana Pacers. Dois Cassius seguidos! É a história sendo feita e disso a imprensa não fala.
Como disse na análise do primeiro Cassius, nomes terminados em -us são sempre dramáticos e inesquecíveis. Dos dois sobrenomes, acho que prefiro Stanley. Winston é muito forte e briga com o primeiro nome, às vezes é bom um parceiro mais discreto para deixar o verdadeiro dono da festa brilhar.
Brooklyn Nets
#57- Reggie Perry, PF/C
O Brooklyn Nets tinha a Escolha 19, mas a envolveu na troca com LA Clippers e Detroit Pistons. Acabou saindo com Landry Shamet, que é um excelente arremessador e provavelmente mais pronto para ajudar que a maioria dos novatos que eram candidatos a ser escolhidos àquela altura. Sobrou então ao time do técnico Steve Nash (estou me acostumando a escrever isso) só a longínqua 57ª escolha, usada no ala-pivô Reggie Perry.
Depois de uma boa primeira temporada na Universidade de Mississipi State, Perry foi campeão e MVP da Copa do Mundo Sub-19 com a seleção dos EUA. No embalo do ouro, o segundo ano foi de melhora, com sua média saltando de 9,7 para 17,4 pontos por partida. O que prejudicou seu valor no Draft é que muitos desses pontos vieram como jogador mais clássico de garrafão, de costas para a cesta, mesmo que sua versatilidade receba elogios. Na defesa ele também não brilhou, muitas vezes sofrendo com excesso de faltas.
Sem arremesso consistente, com defesa falha e num time que não deve passar muito a bola pra ele no ataque, difícil imaginar Perry causando um impacto desde cedo. Alguns olheiros, além de seu técnico Ben Howland, elogiam sua visão de jogo e dizem que ele é um jogador muito inteligente. Será uma qualidade essencial para adaptar seu estilo de jogo ofensivo para a nova realidade. Com um contrato Two-Way, o primeiro ano será quase todo na G-League.
FORÇA NOMINAL – Rima! Se for para ter dois nomes relativamente comuns, que eles se conectem de uma maneira lúdica, divertida e que seja um nome saboroso de falar. Se eu fosse narrador, esperaria ansioso para Reggie Perry entrar em quadra e só falaria dele.
Los Angeles Lakers
Sem Escolha
O Los Angeles Lakers tinha a 28ª Escolha no Draft, mas a mandou junto de Danny Green para o OKC Thunder em troca de Dennis Schroder. Uma pena, já que o Lakers tem um histórico simplesmente espetacular em escolhas de fim de primeira rodada ou de segunda rodada, mas é um negócio que não dava pra negar. Ganhar um dos melhores reservas da liga, ainda jovem, era tentador demais.