>Como andam nossos gordinhos favoritos

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– McDonald’s ou Burger King?

Todo mundo que acompanha o Bola Presa com um mínimo de atenção conhece nossos gordinhos favoritos. Com todo o respeito pelo Faustão, Jô Soares, João Gordo, Ronaldo Fenômeno e Preta Gil, os nossos favoritos são Zach Randolph e Eddy Curry.
Desde que foram unidos no Knicks para formar o garrafão mais pesado, lento, preguiçoso e frágil da NBA, eles foram motivos das nossas piadas, que só aumentaram quando o time de Nova York contratou o Mike D’Antoni para ser o técnico da equipe.
Uma coisa era óbiva desde o começo. Não havia a menor chance do garrafão titular ser formado pelos dois se o D’Antoni quisesse usar qualquer coisa similar ao sistema de jogo veloz e ofensivo que ele usava no Suns, a única coisa que seria igual seria a incapacidade de defender, já que os dois não defenderiam nem se ganhassem 10 milhões de dólares pra isso. E eles ganham mais de 10 milhões pra isso, mas não vem ao caso.
O que agravava mais o caso é que o reserva dos dois era o David Lee, que sempre pareceu o cara ideal para o garrafão do D’Antoni. Então um dos dois ia ter que sair. Quem saiu foi o Eddy Curry e a solução foi fácil, já que ele machucou o joelho. O Randolph então foi titular junto com o Lee no começo da temporada.
Para minha surpresa, o Randolph se deu muito bem! E pensando melhor, ele foi feito para jogar com o D’Antoni. Eu sempre pensei no lado físico, que ele era gordo e preguiçoso e não ia aguentar a correria, mas ignorei todas as outras habilidades do rapaz.
O que ele gosta é de marcar pontos e pra isso ele aprendeu a arremessar de todos os lugares da quadra, se posiciona bem pra isso e não passa a bola. Então ele é ideal para finalizar as jogadas com rapidez: ele vai para o ataque, recebe a bola e finaliza. Pronto e ponto! Não precisa defender porque ninguém defende mesmo e ainda ajudava com os rebotes defensivos porque isso ele sempre soube fazer. O resultado foi que em 11 jogos como um Knick nessa temporada, ele teve média de 20 pontos e 12 rebotes.
Mas aí veio a troca para o Clippers visando aquele diabo do verão de 2010 que vai revolucionar a história da NBA, acabar com o aquecimento global, mudar os conceitos da física, da química, da matemática e vai reacelerar a economia. Então nunca vimos Randolph e Cury juntos no run and gun.
Mas vamos ver pelo menos o Curry, e começou ontem. Finalmente ele se recuperou de contusão e jogou poucos minutos nessa última quinta contra o Dallas. Por mais que o Curry tenha algum talento ofensivo, claramente ele não pertence a esse sistema de jogo, o que dá a entender que ele deveria ficar no fundo do banco, certo?
Errado. O Curry ganha pouco menos de 9 milhões de dólares nessa temporada e ganha mais de 10 nas próximas duas. E nessas duas temporadas ele tem aquele “player option”, que quer dizer que ele só vira Free Agent se ele mesmo decidir encerrar o contrato. Agora, por que um ser humano racional desistiria de ganhar 10 milhões de dólares? Eu topava fazer um pornô com o Kid Bengala por 10 milhões! E ainda mais o Curry, que não deve estar recebendo muitas propostas parecidas de outros times na liga.
Com o perdão da piada, o Curry virou então um peso para o Knicks. Não se encaixa no esquema do time e ainda atrapalha contratações para os próximos dois anos, os dois anos com mais possibilidades para deixar o time com alguma chance de ser campeão. A solução para isso é achar um time que queira o Curry para si, alguém que tope pagar tantos milhões para ele pelos próximos anos mesmo sabendo que ele gosta mais de lasanha do que de basquete e que vai comer (oops) 10 milhões do espaço salarial no fatídico 2010.
Para enganar/sacanear/ferrar um time e empurrar o Curry para ele, o outro time tem que achar que o Curry é bom e tal time só vai achar isso se o Curry entrar em quadra. Então eu aposto que cada vez mais o Curry vai entrar em quadra e o tempo todo vão jogar a bola pra ele e que todo mundo vai fazer box out para os rebotes sobrarem livres pro Eddy. Com esse esforcinho extra talvez ele tenha umas médias impressionantes, uma atuação fora de série contra Thunder ou Warriors e talvez assim algum time se interesse por ele.
Mas com sorte o Curry até pode achar um lugar em que ele seja útil de verdade e não uma piada. Deu certo com o Randolph. Ele foi para o Clippers e lá ele se encontrou na situação perfeita ao lado do Marcus Camby. O Camby é capaz de dar 10 tocos e pegar 20 rebotes num mesmo jogo sem fazer um ponto, já o Randolph é capaz de fazer 30 pontos, meter bolas de 3 e nem fazer uma falta de tanto medo de jogar na defesa. Os dois juntos são, em corpos separados, um Tim Duncan sem a cara de bobo.
Tudo o que o Randolph não faz ele tem o Camby atrás pra fazer pra ele. Na soma dos papéis o Clippers tem dentro de seu garrafão todos os tipos de habilidade divividos em dois bons jogadores. E ainda pra completar, ao jogar com o Baron Davis e um Clippers veloz, ele tem uma situação parecida com a que ele se deu bem no Knicks do D’Antoni.
A situação só não é perfeita porque ele está no Clippers, logo ele está machucado e amaldiçoado. Assim como o Baron Davis, o Kaman e o próprio Camby, todos amiguinhos de enfermaria.
Para o Curry, eu imagino como uma situação boa atualmente o Heat. O time do Wade precisa de alguém que faça pontos dentro do garrafão e com o Wade e o Chalmers batendo pra dentro como doidos, vão sobrar bolas pro Curry só botar pra dentro. E assim como o Camby é para o Randolph, acho que o Haslem pode ser um bom complemento para o Curry pegando rebotes. E também tem o fato do Heat já estar se acostumando a não ter um bom garrafão defensivo e com isso eles jogam botando pressão nos armadores, cortam linhas de passe e forçam turnovers.
É um cenário meio irreal porque para isso o Heat deveria mandar na troca algum salário grande como o do Shawn Marion e não sei se é bom negócio deixar o Wade sem Marion e com o Curry do lado na hora dele decidir se fica no Heat ou não em 2010. Mas como exercício de imaginação, é em um time assim que nosso gordinho favorito se daria bem.

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