>Desconhecido do mês

>

O único condenado à morte no Congo a dar um toco em Kobe Bryant

Tá, enrolei um monte pra começar. Mas podem ter certeza de que mesmo só com 15 dias vai dar pra falar tudo o que devemos falar sobre o desconhecido desse mês, DJ Mbenga.

Antes de falarmos sobre sua temporada e como ele está se saindo nesse seu mês especial, acho que devemos falar da história de Mbenga, que é muito diferente das histórias tradicionais dos jogadores que chegam na liga. E prometo nenhum trocadilho com “benga” até o fim do mês!

Didier Ilunga Mbenga nasceu no Congo quando ainda era Zaire, não pegou numa bola de basquete até os 19 anos de idade e não fez isso porque sua vida era muito mais movimentada com outras coisas. Ele era de uma familia que fazia parte do governo nacional mas, depois de uma revolução, seu pai foi morto e Mbenga foi acusado de fazer parte de algum grupo que os novos líderes não gostavam nem um pouco. DJ ficou preso e foi condenado à morte, passou meses preso esperando a execução mas conseguiu sair porque seu irmão subornou um guarda para salvar a vida de Mbenga. Depois disso sua familia pegou o primeiro vôo pra fora do país e acabaram indo para a Bélgica.

Foi na Bélgica que Mbenga começou a jogar basquete mais a sério, já que nas ruas ele foi descoberto por um famoso jogador belga que, vendo o potencial físico de DJ, se ofereceu para treiná-lo. Depois de 5 temporadas na Bélgica (apenas duas na primeira divisão), conseguiu uma vaga no Dallas Mavericks de Don Nelson.

No Dallas ele nunca teve muita chance, jogou pouquíssimo tempo e seu momento de maior destaque foi na série de playoff de 2006 contra o Phoenix Suns. Em um dos jogos a esposa do técnico do Dallas, já Avery Johnson e não mais Don Nelson, estava discutindo feio com duas pessoas na platéia e Mbenga subiu lá para acalmar as coisas. A NBA, seguindo políticas criadas depois da briga entre Pacers e Pistons, suspendeu Mbenga por 6 jogos, o que criou uma grande polêmica já que ele subiu na arquibancada calmo e sem nenhuma intenção de armar confusão, muito pelo contrário, era só pra separar uma briga. Ele nem fez falta pro Mavs já que não participava da rotação, mas a polêmica foi grande na época, criticaram muito a severidade de Stern e da NBA.

Depois de dois anos jogando pelo Dallas ele virou Free Agent e reassinou com o time, mas foi dispensado faz pouco tempo quando o Dallas queria abrir uma vaga para o Juwan Howard. Mas Mbenga não ficou desempregado, semanas depois seu antigo técnico Don Nelson o chamou para fazer parte do Warriors e ele está lá, é reserva do Andris Biendris e joga mais tempo que os novinhos Patrick O’Bryant e Brendan Wright.

A história é legal, ele não virou um superstar mas não podemos dizer que ele fracassou. De ser executado no Congo ele virou um jogador da NBA, nem eu e nem vocês nunca vamos conhecer nenhuma dessas duas sensações. Mas além disso existem outras coisas que fazem ele ser um dos caras mais legais de toda a liga:

– Ele fala português
– É faixa preta de judô (quem derruba um nego de 2,13 m e 115 kg?)
– Tem fãs assumidos em Dallas e na Inglaterra (sei lá eu o motivo) e o Dallas começou a vender suas camisetas, que aliás venderam bem!
– Já deu 5 tocos em 15 minutos contra o Knicks
– Ele se importa com as criancinhas
– É chamado de DJ só porque entendem “Didier” de maneira errada nos EUA
– Quando ele dava um toco em Dallas, tocava a música “Go D.J.”
– Ele tem um site oficial
– Além do site oficial, tem um blog de um moleque belga que acompanha só o Mbenga
– Moleque esse que tem uma camiseta dele e foi num jogo

Depois de tudo isso, acho que vocês já viraram fãs do Mbenga como eu. Com uma história de vida como essa só falta ter um filme em Hollywood. E, pra completar o texto, um vídeo que já foi chamado de “o melhor vídeo já colocado no YouTube” com Didier Ilunga Mbenga:

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.