>Do melhor ao pior

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Eu acho que o anel está na mão direita!

O segundo dia de temporada foi bem mais movimentado que o primeiro, foram 12 jogos e agora 28 dos 30 times já jogaram pelo menos uma vez, faltam apenas Bucks e Bulls.
A estréia mais impressionante foi, sem dúvida, a do Orlando Magic. Jogou em casa contra o 76ers e foi uma lavada monumental, nem pareceu que se esforçaram. Foram 70 pontos no primeiro tempo, 50 pontos em um segundo tempo só pela formalidade e o Sixers não teve chance nem de respirar. Dava pra ver que o Phila não teria muitas chances quando o Dalembert deu uns 5 arremesses seguidos logo nas primeiras posses de bola do jogo. Eles podem não ter entendido ainda a Princeton Offense que o Eddie Jordan quer implantar, mas podem ter certeza que não envolve o Dalembert como a primeira opção ofensiva. O mascote aparece antes dele nessa lista.
No Orlando nem deu muito para analisar o Vince Carter, que jogou apenas 21 minutos, mas ao que parece sua função é exatamente a mesma do Turkoglu no ataque. Ele não deve ter dificuldade alguma em realizar isso. É melhor esperar para ver como ele se comporta em jogos mais disputados para analisar melhor, já que o Turkoglu era quem chamava o jogo no quarto período.
O Rashard Lewis não está jogando, cumpre 10 jogos de suspensão por doping, e foi substituído pela sua versão branca (logo, piorada), que meteu 4 das 16 bolas de três que o Magic acertou no jogo. Não tenho dúvida de que o Magic será o melhor ataque da NBA nessa temporada regular tamanha a quantidade de opções que eles tem, ontem nem se deram ao trabalho de se esforçar na defesa de tão fácil que estava marcar pontos. Parecia o Lakers, que volta e meia só dá migué na defesa pra poder atacar logo.
No meio de um jogo onde todo mundo jogou bem, o Jason Williams conseguiu se destacar ainda mais. Há pouco mais de um ano fizemos um post sobre sua aposentadoria, estávamos tristes de ver um cara que foi um ícone da NBA no final dos anos 90 e começo dessa década se aposentar quando ainda tinha idade pra jogar, ele pode não ser o mesmo mágico do começo de carreira mas ainda dava conta do recado.
Pois a aposentadoria virou ano sabático à la Glória Maria, mas sem Patrícia Poeta pra roubar seu lugar. O White Chocolate voltou com tudo e distribuiu o jogo, acertou 3 bolas de três, botou o time pra correr e parecia ter mais entrosamento com o resto do time do que o Jameer Nelson. O Magic tem, oficialmente, o melhor banco de reservas da liga.
Por outro lado a estréia mais horripilante foi a do Charlotte Bobcats. O relógio marcava 4 minutos para o fim do terceiro quarto e o placar do período era 21 a 2 para o Boston Celtics. No fim das contas conseguiram chegar aos 10 nesse período mas em nenhum passaram dos 20. O jogo acabou 92 a 59 e o cestinha do Bobcats foi o Gerald Wallace com 10 pontos.
O Bobcats tinha uma das melhores defesas na temporada passada e o pior ataque da NBA, com a contusão do Raja Bell eles perdem muito na defesa de perímetro e seu principal arremessador de 3. Como os reservas se resumem ao DJ Augustin e um banco de sucata feito de Yakult, o desastre foi épico.
Porém, embora o Bobcats tenha grandes chances de ser um fracasso nessa temporada, não se deve levar esse primeiro jogo tão em conta. O Tyson Chandler acabou de jogar seu primeiro jogo, nem tinha jogado na pré-temporada, e qualquer time com alguma dificuldade ofensiva fica completamente exposto quando enfrenta o Celtics. Contra outros times eles saem do nível “horripilante” para “feio arrumado” de ataque.
Por fim, a estréia mais surpreendente (negativamente) foi a do Cavs. Sim, ela aconteceu antes de ontem contra o Cavs mas ganhou uma continuação trágica ontem quando tomaram pau do Toronto Raptors. A sorte não parecia do lado do Toronto quando o Jose Calderon, que na temporada passada liderou a NBA em aproveitamento de lance livre e chegou a acertar 87 em sequência, errou suas duas primeiras tentativas da temporada. Mas depois disso outro gringo tomou conta do jogo.
Andrea Bargnani, o melhor jogador com nome de mulher desde a contusão da Tracy McGrady, arregaçou com 28 pontos, 21 deles no primeiro tempo. Bargnani fica na linha dos três e volta e meia acerta arremessos bem bonitos e outras corta em direção à cesta com velocidade para receber passes de quem infiltra, jogou demais! O Toronto teve um pouco de dificuldade no segundo tempo quando se focou muito nos arremesses de três mas no geral ficou no controle do jogo o tempo todo.
Engraçado pensar que esses dois primeiros jogos do Cavs lembram demais as derrotas do time para o Orlando nos playoffs da temporada passada. Contra o Celtics eles abriram quase 20 pontos de vantagem logo no primeiro quarto com um ataque veloz e envolvente e depois desistiram de jogar e ficaram assistindo ao LeBron James tentar vencer (e acabar perdendo) sozinho. Ontem contra o Raptors eles sofreram de novo contra um garrafão leve, veloz e com arremesso de longe. Ao invés de Lewis e Dwight eram Bargnani e Bosh, mas o resultado foi o mesmo.
Pode-se tentar justificar isso dizendo que o Shaq ainda está se adaptando, mas o problema vai muito além do entrosamento. O ataque está estagnado. Não tem contra-ataque, não tem movimentação, não tem nem improviso. São 4 jogadores parados na quadra esperando pra ver se o LeBron vai infiltrar e resolver ou infiltrar e passar pra eles. Muita culpa do patético Mike Brown, que repete as mesmas falhas há umas 3 temporadas, mas também culpa do LeBron, que deveria desistir de tentar resolver sozinho e começar a cobrar mais qualquer coisa dos seus companheiros.
Nos dois jogos o Mo Williams não jogou como armador principal, jogou como segundo armador. Ele dava a bola para o LeBron decidir e ia se posicionar pra arremessar, o que deixava, na prática, o LeBron na posição 1. Ridículo. Na temporada passada, antes do time se desesperar contra o Orlando, o Cavs tinha um ataque muito simples mas muito eficiente, com bastante movimentação e participação ativa do Mo Williams com a bola nas mãos. Nessa temporada voltaram a ser o time limitado de antes.
Não custa lembrar que quando o ataque do Cavs começou a funcionar no ano passado o Mike Brown creditou todo o sucesso a seu assistente técnico John Kuester, que treinava o ataque da equipe. Para essa temporada Kuester foi embora para ser o técnico principal do Detroit Pistons e o ataque do Cavs voltou a piorar. Também não custa lembrar que na NBA existe uma pequena maldição onde os técnicos eleitos como melhores de uma temporada costumam ser mandados embora um ou dois anos depois. Foi assim com Avery Johnson, Mike D’Antoni, Hubie Brown, Rick Carslile
Dependendo do substituto essa maldição até que cairia bem para o Cavs.
Notas:
New Jersey Nets: Brook Lopez, Yi Jianlian e Devin Harris foram soberbos por 3 quartos, pareciam um timaço. Mas no fim deixaram escapar uma diferença de 17 pontos para o Wolves. O novato Flynn e Al Jefferson com um tocaço no último minuto resolveram a parada.
Damien Wilkins: Mais que coadjuvante no Wolves, não faz juz ao sobrenome mas ganhou um rebote ofensivo na sua mão e fez o primeiro arremesso vitorioso de último segundo da temporada.
DeJuan Blair: Apelidado por mim de “O bruxo”, assombrou todo mundo com um belo double-double na sua estréia. Valiosos minutos de descanso para o Duncan à vista.
Tim Hardaway: O Mr. Crossover teve sua camisa 10 aposentada no Miami Heat.
Carmelo Anthony: Não tratou o Paul Millsap muito bem.

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