>Eu me desenvolvo e evoluo

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Eduardo Najera imitando seu conterrâneo Professor Girafales

Todo mundo tem uma história parecida com essa. Aquela amiga da sétima série, cara de peixe morto, cabelo desgrenhado, roupas largas. Aí sai da escola porque todo mundo a alopra e o que acontece? Anos depois você reencontra ela toda gostosona, peituda e cheirosa. Você, idiota, tenta ficar com ela e obviamente não dá certo, ela ainda te odeia. Mas tudo bem, não se sinta mal, afinal de contas, como você iria adivinhar que aquela coisinha ia ficar um mulherão?

Estou dizendo isso porque no basquete essas coisas acontecem também. Nenhum jogador fica de repente mais bonito (só o Nash quando tirou o cabelinho ridículo) mas alguns que você nunca esperava, que sempre tirava sarro, de repente começam a jogar bem.

Não estou falando de casos famosos como o Monta Ellis ou o Kevin Martin, os dois são aberrações, são como se a menina com cara de peixe morto da sétima série de repente virasse a Scarlett Johansson ou a Eva Mendes, e isso não acontece sempre, se acontecesse eu teria o telefone da Rúbia e da Karen da minha sala até hoje. Estou falando daqueles que melhoraram mas nunca vão receber mais do que um texto do Bola Presa (e alguns milhões de dólares) como reconhecimento.

O primeiro caso que me aparece na cabeça é o do Ronny Turiaf. Quando ele apareceu, era o coitado que talvez nunca mais pudesse jogar por causa de problemas no coração, depois virou o herói que conseguiu jogar mesmo depois de ter operado o bendito coração, aí ele virou um cara razoável que vinha do banco e achei que ia ficar nisso. Mas não, nessa temporada ele tem sido maravilhoso para o Lakers. É um ótimo reboteiro e, sem que ninguém esperasse, desenvolveu também um bom arremesso de meia-distância e até dá tocos! Contra o Warriors na semana passada ele, como único homem de garrafão em quadra (contando os dois times), mostrou até certo domínio às vezes, desviando arremessos do Warriors e se garantindo no ataque. Hoje ele é peça fundamental não só para esse ano como também para o futuro do Lakers, e tem espaço garantido como reserva da dupla Gasol e Bynum.

Mais um que eu nunca ia esperar ver jogando bem, e está, é o Gordan Giricek. Eu só não disse antes no blog que achava que ele tinha que dar o fora da NBA porque eu não queria perder tempo falando nele. Fazia muito tempo que ele não rendia nada, não marcava, não arremessava bem, não era rápido, não fazia nada. Serviu para o Jazz apenas conseguir o Korver e o Sixers que o pegou em troca logo o dispensou. Mas não é que ele foi parar no Suns e até está jogando bem?

Lá, claro, ele não precisa marcar, então é um defeito a menos, mas os seus arremessos estão realmente caindo, ele tem se movimentado bem e até tem servido pra levar a bola da defesa pro ataque de vez em quando, começando as jogadas ofensivas! É tipo a menina feia do ginásio não só ficar bonita como também participar da Malhação. Nesse ritmo, ele não só tem espaço na NBA como também vira peça importante do Suns, já que qualquer um que esteja naquele banco e realmente tenha minutos já faz alguma diferença.

Um que eu fico até com vergonha de ver quando joga bem é o Mikki Moore. Pra mim ele ia ser mais uma viuvinha do Kidd, mais um que o Kidd fez render e que sem ele por perto estava fadado ao fracasso. Mas nada disso, ele tem sido muito importante para o Kings e em muitos jogos até consegue ser melhor que o Brad Miller. Ele não tem o jumper do Brad Miller e nem os passes, mas compensa com vontade e ótimo posicionamento, e seja com o Kidd, seja com o Udrih, ele está lá metendo suas bolas.

Deixei por último o cara que mais me impressiona por estar jogando bem. Ele, pra mim, é como se a diretora da escola ficasse bonita e mais nova de repente, de tanto que eu achava o cara limitado e tosco. Ele é Eduardo Najera.
Sempre achei ele muito ruim e que jogava na NBA só porque o Mark Cuban era esperto e queria vender suas TVs no México, mas ele saiu do Dallas, continuou com espaço na liga e hoje tá jogando no Nuggets, e jogando muito bem. De um dia para o outro ele começou a chutar bolas de 3 e nem pensa duas vezes antes de arremessar, tamanha é a confiança com que ele joga hoje em dia. Além disso, tem marcado com qualidade. No Denver marcar bem não é lá grande coisa, ninguém liga pra isso além do Camby, mas Najera sempre que entra se entrega com tudo na defesa e o ápice disso aconteceu no jogo contra o Suns de domingo, quando ele deu um toco no Shaquille O’Neal. Quando eu ia imaginar que iria viver pra ver essa cena? Aquilo foi de outro mundo, falta só ver o Chris Quinn enterrando em cima do Duncan.

Esse não é o texto em que falamos dos candidatos a jogador que mais evoluiu na temporada, eles não são bons o bastante pra isso, mas é justamente por isso que eu achei que esses poucos jogadores mereciam ao menos uma citação, um reconhecimento, afinal não são novatos e é legal vê-los ainda buscando evoluir, melhorar alguns aspectos do seu jogo para continuarem jogando na liga. São caras que buscam melhorar sempre que conseguem jogar por 10 ou mais anos na NBA sem serem estrelas, e esses são bem poucos.

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