🔒Filtro Bola Presa #107

Filtro Bola Presa no ar! Preciso admitir que a Amorinha aos nove meses de idade dá muito mais trabalho do que eu poderia imaginar e olha que eu nem sou um otimista. Por isso o Filtro acabou demorando mais que o normal, mas nenhuma boa história  das últimas semanas ficou de fora por causa disso. Hoje temos inúmeros recordes que mostram o assustador poderio ofensivo da temporada 20-21, além de muitos outros inspirado pela tuitosfera nerd que fala de basquete. Trazemos também LeBron James inspirando frases, a ex-mulher de Maciej Lampe causando polêmica, Kyrie Irving de cajado, Montrezl Harrell vestido de desenho animado, a enterrada do ano, gafes e muito mais!


ESTATÍSTICAS DA SEMANA

Já falei sobre essa no podcast, mas é interessante ver a tabela. Como bem aponta o Todd Whitehead, se a porcentagem de aproveitamento de arremessos de 3 pontos sem marcação deveria ser aleatória e eventualmente semelhante para todos os times ao longo dos anos, por que o Boston Celtics é sempre bom em limitar as cestas dos rivais nessa situação?

A “Defesa Jedi” de forçar mais erros que o normal mesmo estando livre ainda não é totalmente entendida, mas os números indicam que pode haver alguma coisa aí. Alguns creem que há o fator “deixar o cara certo livre”, mas não é todo mundo que acredita que isso seja possível. Entre outras teorias que movimentaram o “Nerd Twitter” por uma semana, há a de que um time pode ceder arremessos de mais longe que o normal, a de que  um time pode só não dar a zona morta ou ainda que pode ser só aleatório mesmo, que um time entre 30 pode acabar tendo um resultado mais exagerado que a média. O ThreesAndLayups fez um bom texto sobre tudo isso!

O mesmo Todd Whitehead trouxe outro dado legal no Twitter: o LA Clippers está bem perto de ser o melhor time da história da NBA em aproveitamento de arremesso de 3 pontos! Hoje eles têm 42% de acerto, bem pertinho do Charlotte Hornets de 1996-97, que teve 42,8%.

A diferença é que o Hornets fez isso no último dos três anos em que a linha dos 3 pontos foi colocada mais perto da cesta, o que resultou em aproveitamentos melhores ao redor da NBA. E tem mais, o Clippers arremessa 34 bolas de 3 por jogo contra apenas TREZE daquele Hornets, que tinha um certo Dell Curry no elenco.

Mais coisa boa vindo do NerdTwitter da NBA: Darryl Blackport percebeu que os arremessos ao redor do aro (como bandejas e enterradas) são marcados um pouco mais longe da cesta do que o normal nos jogos em Washington. Segundo ele, isso poderia explicar porque o Wizards tem uma marca tão boa de impedir que os adversários finalizem próximos à cesta. O time LIDERA a NBA com apenas 24,9% dos arremessos dos rivais vindo colados à cesta, QUATRO pontos percentuais à frente do segundo colocado Milwaukee Bucks. A gente acha que é estratégia, mas pode ser só um erro de coleta de dados:

O New York Knicks está fazendo uma ótima temporada para seus padrões, e o problema está na última parte da sentença. Grandes momentos do time ou do seu All-Star Julius Randle mostram ao mesmo tempo o grande ano e também a DRAGA que a franquia era até outro dia. Veja essa por exemplo: quando Randle marcou 44 pontos contra o Atlanta Hawks em Fevereiro, se tornou o primeiro jogador do Knicks a alcançar os 40 pontos nas últimas 183 partidas da franquia! Era a maior seca de um time na NBA, herdada agora pelo OKC Thunder com 108 partidas:

E sabe quem tinha sido o último a marcar 40 com a camisa azul e laranja? TREY BURKE! Foi contra o Charlotte Hornets em 2018. Se não fosse aquela atuação muito fora da curva do armador, o último teria sido Carmelo Anthony em 2017. A carência é tamanha que quando a torcida foi finalmente permitida (em número reduzido, claro) no Madison Square Garden, os fãs recepcionaram Randle com gritos de “MVP! MVP!”:

Um dos jogadores favoritos do Bola Presa, TJ McConnell entrou para a história da NBA com ao conseguir NOVE ROUBOS de bola apenas no primeiro tempo contra o Cleveland Cavaliers! Nunca alguém roubou tantas bolas em um só tempo. Só que o recorde de um jogo inteiro, ONZE, não foi alcançado. O armador do Indiana Pacers roubou só uma bola na segunda etapa =/

Uma explosão ofensiva somada a um pouquinho de manipulação de números pode fazer maravilhas: o Dan Feldman mostra na NBC Sports que essa temporada tem SETENTA E SETE jogadores com estatísticas que os fazem merecer ir para o All-Star Game. Como assim? Ele dá os nomes:

Todos os jogadores que por uma temporada tiveram médias de 17,2 pontos, 60,9% de aproveitamento de arremessos de 2 pontos, 36,6% em 3 pontos e 87,7% em lances-livres como DeAndre Hunter em 2020-21, foram All-Stars.

Todos os jogadores que por uma temporada tiveram médias de 17,4 pontos, 13,5 rebotes e tiveram 15,8 de assist percentage como Andre Drummond em 2020-21, foram All-Stars.

Todos os jogadores que por uma temporada tiveram médias de 18,2 pontos, 38% de aproveitamento em bolas de 3 pontos e 95,8% em lances-livres como Jordan Clarkson em 2020-21, foram All-Stars.

Ele diz que a NBA cresceu nas últimas décadas, tem mais times que no passado, e mesmo assim o elenco do All-Star Game segue com apenas 12 jogadores e que isso ajuda nas injustiças. Com os números exuberantes que vemos de todo mundo atualmente, segundo ele, elas vão aparecer ainda mais.

Mais números que mostram poder ofensivo nunca antes visto? O Brooklyn Nets pode se tornar o primeiro time da história a ter três jogadores com médias superiores a 25 pontos por jogo:

Dois desse trio do Nets, Kyrie Irving e Kevin Durant, entram em mais um número ofensivo impressionante: eles estão entre os cinco jogadores que nessa temporada estão com ao menos 27 pontos de média com aproveitamento de arremesso de 50% no geral, 40% de 3 pontos e 85% de lances-livres. Completam o grupo Zach LaVine, Nikola Jokic e Joel Embiid. Até essa temporada, apenas CINCO JOGADORES NA HISTÓRIA alcançaram a marca por uma temporada toda =0

Como se a gente precisasse de mais provas de que pontuar tá bem fácil na NBA, tivemos mais um dia com dois jogadores marcando mais de 50 pontos: Jamal Murray e Joel Embiid em 20 de Fevereiro, apenas QUATORZE dias depois que Steph Curry e Nikola Jokic também alcançaram a marca numa mesma rodada. É a primeira vez que vemos dois dias de múltiplos marcadores de 50 pontos desde a histórica temporada de 1962-63:

A atuação de Jamal Murray nesse dia foi de tirar o chapéu. Ele chegou nos 50 arremessando apenas 25 bolas e acertando VINTE E UMA delas! O aproveitamento de 84% é o segundo maior de uma partida de 50 pontos na história da NBA, atrás apenas dos 87% de Wilt Chamberlain, claro. Mas talvez o mais impressionante é que Murray tenha se tornado o PRIMEIRO da história da liga a marcar 50 em um jogo sem cobrar um lance-livre sequer!

O armador esteve envolvido em outro recorde, este talvez o mais surpreendente de toda a temporada da NBA até agora. Em um jogo contra o Portland Trail Blazers, o Denver Nuggets cometeu apenas UM turnover! Só uma vez desperdiçaram a bola! É a menor marca de toda a HISTÓRIA da NBA, e o erro foi justamente de Murray. Ele não driblou errado ou deu um passe torto, apenas jogou a bola fora quando tentava cavar uma faltinha boba com os árbitros. Se eles tivessem caído, o Nuggets passava em branco:

Para fechar a seção Nuggets, uma curiosidade para acalentar os corações que seguem partidos mesmo depois de uma década: em dez jogos desde que forçou sua saída, Carmelo Anthony NUNCA venceu seu ex-time em Denver. Com apenas um turnover, é claro que o Nuggets bateu o Blazers de Melo:

O Kirk Goldsberry divulgou seu mapinha com os líderes em pontuação em cada setor da quadra. Surpreende ver Nicolas Batum, que até outro dia a gente nem sabia se tinha lugar da NBA, herdando o lugar de PJ Tucker na zona morta e Nikola Vucevic liderando em DOIS setores, na meia distância do lado esquerdo do ataque e nas bolas de 3 pontos de frente para a cesta. Como foi bem lembrado no Twitter, um baita feito para alguém que só acertou SETE bolas de 3 pontos nos primeiros CINCO ANOS de carreira:

Em uma partida que até analisamos no Top 7 da Prancheta, o Phoenix Suns AMASSOU o New Orleans Pelicans por 41 a 12 (!!!), finalizando uma das viradas mais avassaladoras da temporada. Em quadra por boa parte do último quarto, Jae Crowder  teve saldo de +30 pontos apenas no quarto período, marca apenas superada nos últimos 25 anos por Shaquille O’Neal em 2002:

O fracasso de Bradley Beal em jogos em que faz mais de 40 pontos já foi citado por aqui e a marca segue piorando: ele é um dos 95 jogadores da história da NBA a ter ao menos 10 partidas em que marcou 40 pontos ou mais e desses é o que tem pior aproveitamento: 6 vitórias em 20 partidas (28%).

Ao ouvir sobre o assunto, o técnico Scott Brooks ironizou: “Eu tentei tirar a bola da mão dele quando ele estava com 39, mas não funcionou”.

O recorde que me deixou mais confuso nessa semana veio no jogo entre Brooklyn Nets e San Antonio Spurs: o Nets venceu na prorrogação e assim chegou ao seu primeiro triunfo em San Antonio em temporada regular desde… 2002! DOIS MIL E DOIS! Curiosamente, na mesma temporada ainda houve uma vitória na FINAL da NBA de 2003, quando o Nets venceu o Jogo 2 da decisão em San Antonio.

Para quem pergunta o que é “reconstrução” no contexto da NBA, explique usando o Detroit Pistons: na temporada passada, Sekou Doumbouya era o jogador mais jovem da liga. Hoje, depois da troca de Svi Mykhailiuk para o OKC Thunder e da dispensa de Blake Griffin, ele é o jogador há mais tempo na franquia:


O HOMEM MAIS INTERESSANTE DO MUNDO

Já falamos aqui no Filtro Bola Presa que Kyrie Irving é nossa versão contemporânea do Homem Mais Interessante do Mundo. Reforço essa tese com isso: ele agora anda usando um CAJADO! Tem feito nos jogos e repetiu na sua entrada no All-Star Game:

Pra mim é ainda uma piada interna. Quando fiz um mochilão pela Patagônia com minha mulher, durante uma de nossas andanças no meio do nada eu peguei um pedaço de madeira, caminhei com ele e passei o resto do passeio tentando convencê-la de como aquilo me fazia uma pessoa mais sábia, misteriosa e interessante. Agora sei que tinha razão.


ARTE DA SEMANA

Foi o Bola Presa que começou com a ARTE EM PAINT sobre NBA, mas temos que aceitar que é hora de passar o bastão. O NBA Paint no Twitter herdou esse talento com uma união de Paint e TROCADILHOS com o nome dos jogadores. Eu particularmente adorei um Jordan Clark-Kent, sugestão de ninguém menos que Dwyane Wade


TEMPORADA DE TROCAS DA SEMANA

Com a Trade Deadline chegando, as especulações estão a todo vapor. Por mim tudo bem, mas para o Larry Nance Jr. já tá chato! Ele compartilhou com a gente como está a aba de fotos em que ele é marcado no Instagram, uma coleção de montagens dele com camisas de outros times. Caso ele seja trocado, a imagem já tá pronta:


NBA FASHION WEEK

Tem muito papo de Kyle Kuzma e Kelly Oubre por aí, mas sabemos bem quem é o maior ÍCONE FASHION da liga. Bem vindo de volta, Russell Westbrook! A referência do tuíte é a Dick Tracy (o que faz todo sentido!), mas se ele fosse brasileiro teríamos certeza que é um aceno àquela cena clássica do Pica Pau.

Mas não podemos esquecer do sempre criativo Montrezl Harrell. Às vezes ele exagera nas correntes e nos tênis coloridos, mas às vezes ele acerta… em personagens da Nickelodeon:

O Jaylen Brown apareceu para o All-Star Game com tênis bem chamativo: um pé azul, o outro vermelho. Parecia estranho, mas tinha história por trás: foi a primeira vez que ele usou o tênis desde a abertura da temporada 2018-19. É um modelo da linha de Tracy McGrady da Adidas e tem “Humilde e Faminto” escrito em cada um dos pés. É uma referência a uma mensagem que o próprio T-Mac mandou para o ala do Boston Celtics quando ele ainda estava no ensino médio.


CARAS E BOCAS DA SEMANA

A reação de Zion Williamson para a enterrada do rival (e amigo) Ja Morant dedura bem a impulsão do menino:

O Zion foi no podcast do seu companheiro JJ Redick para falar sobre outra vez que fez caras e bocas, no vídeo que viralizou com ele sendo marcado por um moleque muito, mas MUITO baixinho ainda no ensino médio. O pequeno aguerrido é Bryson Bishop, que ganhou elogios de Zion e vai jogar na NCAA:

Apenas Bradley Beal pode competir com Jimmy Butler na NBA quando o assunto é caras e bocas:


JOGADA BOLA PRESA DA SEMANA

Algumas jogadas bizarras duram poucos segundos, outras são “longform“. Essa entre Denver Nuggets e Washington Wizards precisa ser apreciada com calma e paciência, vendo como a narrativa se constrói a cada erro, com uma reviravolta chocante no fim:

No mesmo jogo tivemos uma das faltas mais absurdas do ano, um TACKLE de Garrison Matthews em Facundo Campazzo, que ainda acertou o arremesso. O mais engraçado é ouvir a galera do Wizards gritando “falta de ataque” no fundo. Creio que não, amigos…

Sempre colocamos aqui nas Jogadas Bola Presa as versões mais infames dos “wedgies“, que é quando a bola fica presa entre o aro e a tabela. O The Starters, programa já cancelado da NBA TV, sempre destacava esses lances e inspirou um cara a criar um site só para agregar todos os wedgies do ano, com vídeo é tudo. É o Wedgie Tracker! Até agora tivemos 30, com o último sendo esse do Minnesota Timberwolves:

Em uma presepada punida com gosto pelos deuses do basquete, Draymond Green conseguiu tomar DUAS FALTAS TÉCNICAS com menos de dez segundos de jogo contra o Charlotte Hornets. Resultado? As duas técnicas resultaram no empate do adversário, que virou e venceu num arremesso de Terry Rozier no estouro:

Na Bolha da G-League tivemos a LENDA Aleksej Pokusevski pedindo um passe na zona morta e recebendo a bola. Seria uma jogada normal se ele não estivesse FORA DO JOGO! Trollada ou ele estava de braços para o alto celebrando alguma coisa?


DICAS DE LEITURA


BIZARRICE DA SEMANA

Devemos pesquisar para saber mais sobre esse esporte ou é o mistério que o deixa fascinante?

Segundo Steve Kerr, isso era como jogar contra o New York Knicks dos anos 1990.

O que você faria se esperasse DOIS MESES pela sua camisa do Jae’Sean Tate, o novo queridinho hipster da torcida do Houston Rockets, e chegasse isso aqui na sua casa? Compre somente em lojas de confiança, crianças:

Mas a maior bizarrice da semana foi descobrir que o folclórico polonês Maciej Lampe tem uma ex-namorada brasileira que causou polêmica na Espanha por posar para a Playboy Africa com uma camiseta do Barcelona do jogador. Nem vou tentar entender.

Light The Lampe

E mais estranho ainda é ela posar usando a camisa do EX dois meses depois dela entrar na justiça por Lampe ter SEQUESTRADO o filho do casal por três após sair para um passeio e não voltar mais.


SOCIAL MEDIA DA SEMANA

O Sacramento Kings pode ser esquecível em quadra, mas nas redes sociais segue imbatível. Dessa vez aproveitou a SURRA que estava tomando do Atlanta Hawks para brincar com um anúncio de advogado (algo estranhamente comum nos EUA) que estava num telão atrás da quadra: “Se feriu em Atlanta, ligue para o Ken”:


GASTOS MILIONÁRIOS DA SEMANA

Um card autografado por Luka Doncic foi vendido nesta semana por 4,6 milhões de dólares! Aí fica a critério de vocês decidir que informação do tuíte abaixo é mais supreendente: (1) esse valor ser maior que o salário anual de SEIS dos companheiros de time de Luka ou (2) a sua assinatura ser “LULU”

Se o mercado de cards físicos está bombando, o de VIRTUAIS está mais ainda. O TopShot, criado há poucos meses e bancado pela NBA para negociar “MOMENTOS” da liga como itens colecionáveis, está ganhando adeptos e cifras assustadoras. Funciona assim: você compra um pacotinho virtual, abre e recebe pequenos vídeos de lances da NBA. Alguns são raros, outros comuns, mas o mais importante é que eles são FINITOS. Sim, você pode ver os vídeos no YouTube assim como poderia ver a foto do card em qualquer revista, mas daquele Top Shot só existem alguns e um deles é seu. Tudo usa a tecnologia NFT, que usa blockchain e está tomando conta não só do mundo dos colecionáveis como até da arte. Os jogadores da NBA estão todos engajados e comprando seus pacotes, o Josh Hart que não deu muita sorte e recebeu TRÊS LANCES DO OG ANUNOBY de uma vez:

No último Filtro eu já tinha recomendado um texto do Brian Windhorst sobre o Top Shot. Recomendo agora também o que o Ethan Strauss fez no The Athletic. É um assunto bem esquisito de entender e eu prometo que falaremos mais sobre isso quando estivermos menos confusos.

Dono do Dallas Mavericks, Mark Cuban investiu em uma empresa de NFTs, a Mintable, e disse que o fez porque acha que essa tecnologia irá tomar conta do mercado de colecionáveis no futuro próximo. Será que ele tá no TopShot também?

O bilionário também afirmou que seu Mavs agora aceita Dogecoins como forma de pagamento na compra de produtos e ingressos. A Dogecoin é uma criptomoeda, como a famosa Bitcoin, que foi criada como PIADA anos atrás e usa um cachorro de meme como símbolo. De uns meses para cá, porém, ela tem se valorizado e ganhado adeptos. Cuban diz que o Mavs se tornou o maior negociador de Dogecoin no mundo e que crê que pode ajudar a criptomoeda a alcançar o valor de um dólar. Hoje cada Dogecoin vale CINCO CENTAVOS de dólar:


RETORNOS E HOMENAGENS DA SEMANA

A volta de James Harden a Houston poderia ter sido mais emocionante se o ginásio estivesse lotado, mas foi legal mesmo assim. Não só ele teve mais uma atuação magistral na vitória do Nets sobre seu ex-time, como o Rockets fez um dos vídeos-tributo mais legais dos últimos tempos. Excelente edição com os lances e um final destacando o trabalho comunitário que ele promoveu na cidade e que mantém mesmo depois de deixar o time:

O Steph Curry cresceu em Charlotte vendo o pai jogar, mas hoje age como se fosse fã do Golden State Warriors desde criancinha. Além de volta e meia usar a camisa de Baron Davis da época do famoso time que bateu o Dallas Mavericks, agora tá até imitando o armador. Ele deu uma enterrada no aquecimento de um jogo e comemorou como o armador fez depois de sua cravada mais famosa, aquela sobre Andrei Kirilenko nos Playoffs de 2007:

O Kyrie Irving, fã e amigo de Kobe Bryant, começou uma campanha para que a silhueta do jogador se torne o novo logo da NBA: “Queremos estabelecer um padrão e um precedente para a excelência. Kobe Bryant. Logo. Sim. Tem que acontecer, não importa o que qualquer um diga”:

A pressão de Kyrie, porém, não teve resultado imediato. Em sua entrevista anual antes do All-Star Game, o comissário Adam Silver disse que “não há discussões sobre esse assunto no momento” e que “não parece que é o momento certo para isso”. Com pandemia rolando, ginásios vazios e temporada corrida, imagino que mudar o logo seja realmente a última preocupação da NBA em 2021.


FRASES E PROVOCAÇÕES DA SEMANA

No jogo entre LA Lakers e Brooklyn Nets, após LeBron James errar um lance-livre de uma falta técnica, Kyrie Irving se virou para o banco dos rivais e mandou: “esse é o melhor arremessador que vocês têm?”

Não foi a única provocação que LeBron James ouviu, mas a outra veio de uma fonte bem mais aleatória e não foi mero trash talk de basquete. Ninguém menos que Zlatan Ibrahimovic (!?) criticou LeBron por “meter o nariz em política”. LeBron respondeu: “Nunca vou calar a boca sobre as coisas que estão erradas. Eu prego sobre meu povo e prego sobre igualdade, justiça social, racismo, repressão eleitoral. Vou usar minha plataforma para continuar a lançar luz sobre tudo o que está acontecendo neste país e ao redor do mundo. De jeito nenhum eu iria me limitar aos esportes, porque eu entendo o quão poderosa esta plataforma e minha voz são”.

Mas o melhor foi LeBron lembrar que em 2018 o próprio Ibrahimovic foi além do esporte e reclamou que na Suécia, seu país natal, ele não recebia o mesmo tratamento da imprensa que outros jogadores por não ter um sobrenome tradicional do país. “Eu sou o tipo cara errado para bater de frente porque eu faço minha lição de casa”, disse LeBron.

E não é que teve mais uma frase BISONHA inspirada por LeBron? Kyle Kuzma, que pegou fogo no último quarto da virada contra o Indiana Pacers, disse que estava, com o perdão do palavreado, “FODENDO ELE COM OS OLHOS para me passar a bola”. Ok então…

Depois de trocar de camisa com Zion Williamson após uma partida entre seu Milwaukee Bucks e o New Orleans Pelicans, Giannis Antetokounmpo explicou que a ação era, na verdade, um investimento: “Há muito valor nessas camisas. Quanto eu tomo uma falta técnica, isso me custa 2 mil dólares. Então agora tenho uma camisa pra vender por um pouco mais. Se eu não vender, dou para meus filhos venderem depois”:


GAFE ROBÓTICA DA SEMANA

A NBA tem transmitido jogos de maneira gratuita para o público brasileiro via YouTube. Até aí tudo bem, porém… um desses jogos era o mesmo transmitido pela SporTV. Aí por um erro de algum robô que caça pirataria no YouTube, a transmissão da NBA foi derrubada e quem estava vendo Milwaukee Bucks e Toronto Raptors perdeu quase dois quartos da partida até que o problema fosse resolvido. A Globo, que aparecia na mensagem como solicitante da queda de transmissão, depois pediu desculpas:

Captura de Tela 2021-03-13 às 1.22.50 PM

A ESPN gringa teve gafe um pouco mais compreensível. Eles anunciaram o quinteto titular do Indiana Pacers usando uma foto de Aaron Holiday sobre o nome do irmão Justin Holiday. Quem nunca…

Teve gafe dentro de quadra também, mas essa por culpa totalmente humana. No jogo entre Orlando Magic e Golden State Warriors, o relógio ficou parado por DEZOITO SEGUNDOS no último quarto e ninguém percebeu. O play-by-play do jogo indicava que os arremessos de Evan Fournier e Andrew Wiggins acontecerem AO MESMO TEMPO!


PROPAGANDA DA SEMANA

O Subway usou Draymond Green e Jayson Tatum para anunciar novos lanches. Cada um narra os ingredientes do seu sanduba até que Tatum começa o trash talk dizendo que o seu “te ajudará a marcar mais pontos, diferente de outros por aí”. Draymond sente a indireta e ambos trocam farpas até o ala do Warriors soltar o argumento supremo da NBA: “meu lanche tem mais ANÉIS que o seu!”. Mas Tatum tem uma resposta final: “O meu tem BACON”

https://www.youtube.com/watch?v=dxqiP531rg0

Não que a propaganda seja incrível, mas lembra os bons tempos de jogadores da NBA se provocam com bobagens roteirizadas em atuações medíocres para promover produtos. Quem não gosta? Isso existe desde Magic Johnson e Larry Bird nos anos 1980, é importante que a tradição não morra. Só a parte da piada dos anéis que já tinha sido usada por Kobe Bryant com Derrick Rose num comercial do NBA 2K10…

https://www.youtube.com/watch?v=J-58hkaEf3I


AOMILHAÇÃO DA SEMANA

Existem enterradas, existem ENTERRADAS e existem destruições de outros seres humanos. O que o novato Anthony Edwards fez com o Yuta Watanabe foi do terceiro tipo:

A expressão “botar no pôster” nem sempre vira realidade literal, mas dessa vez virou um baita pôster mesmo:

AE

O jogador japonês não pareceu muito preocupado com a situação: “Quando se toma uma enterrada como essa, todos riem de você e você fica famoso de um jeito ruim. Mas eu não tenho outra escolha senão tentar dar o toco. Prefiro tomar uma enterrada do que entregar dois pontos fáceis”:

Mais algumas dessas e o ANT passa a ser conhecido mais pelas enterradas do que pelas entrevistas. Nessa aqui ele até esqueceu a pergunta de tão ENCANTADO que ficou pelo sotaque irlandês:


CELEBRAÇÃO DA SEMANA

Fazia tempo que não tínhamos Luka Doncic e Boban Marjanovic fazendo umas palhaçadas juntos, né? Acho que faltava o Dallas Mavericks voltar a vencer pra gente a dupla sorrir =)

E uma curiosidade: eles venceram esse jogo da dancinha contra o Boston Celtics graças a duas bolas de 3 pontos de Luka  nos últimos VINTE SEGUNDOS de jogo, ambas para virar o placar. Ele foi apenas o segundo jogador nas últimas 25 temporadas a marcar duas bolas  de 3 para virar o placar com tão pouco tempo no relógio. Bizarramente, o outro foi o completamente esquecível Dan Dickau:

Não dá pra falar de celebração sem citar o FUN GUY Kawhi Leonard! Veja só a alegria dele após a cesta de Mfioundu Kabengele em uma surra do LA Clippers sobre o Washington Wizards. Alegria contagiante que inunda esse elenco:

Nenhuma celebração supera o que a torcida do Panathinaikos da Grécia fez para recepcionar… Mario Hezonja? Não sei como tá a pandemia por lá, mas beleza…


RÉGIS RÖSING DA SEMANA

Lembram do jornalista Régis Rösing com aquelas revoltantes matérias em que “adivinhava” que um gol iria sair nas suas costas enquanto fazia a reportagem? Pois o mago agora tem uma aprendiz na NBA: a repórter Zora Stephenson fez todo um texto para falar sobre as pontes aéreas de Khris Middleton para Giannis Antetokounmpo nessa temporada e adivinha o que aconteceu exatamente enquanto ela finalizava o a fala…


ALL-STAR GAME DA PANDEMIA

A lesão de Kevin Durant tirou o ala d0 Brooklyn Nets do All-Star Game, embora ele tenha mantido o nome do time e o direito de selecionar o elenco. Para seu lugar a NBA chamou Domantas Sabonis, do Indiana Pacers. Embora eu tivesse ido de Khris Middleton, a escolha fez sentido. Só me pergunto se o Pacers também não preferia o ala do Bucks por lá, afinal o contrato de Sabonis tem uma cláusula que dá 1,3 milhão de dólares por ser um All-Star! Quem aqui nunca ganhou UM MILHÃO por causa do músculo da coxa de um colega de trabalho?

Com os elencos fechados e Sabonis mais rico, LeBron James e Kevin Durant foram para o Draft, e mais uma vez o atual MVP das Finais arrasou. Ele saiu com um quinteto inicial que tinha, além dele mesmo, Giannis Antetokounmpo, Steph Curry, Nikola Jokic e Luka Doncic. Quando Giannis, que estava jogando quanto tudo aconteceu, ficou sabendo de qual time faria parte, avisou: “Já era!”. E o fez enquanto dava uma entrevista comendo frango frito, claro, super normal:

Na hora de escolher os reservas, LeBron começou com um de seus jogadores favoritos, Damian Lillard. Ele escolher o armador enquanto bate no pulso e diz “Dame Time” já é tradição:

Nas últimas posições, LeBron tinha que escolher entre três nomes: Donovan Mitchell, Rudy Gobert e Domantas Sabonis. Ele fez uma baita introdução dizendo que precisava de tamanho, presença de garrafão e defesa e então escolheu… Sabonis. O discurso parecia tão feito para Gobert, que pareceu uma provocação, reforçada pelo fato de que ele acabava de deixar os dois jogadores do Utah Jazz como os dois últimos selecionados da partida. O comentarista Charles Barkley apontou a PERSEGUIÇÃO, mas LeBron se defendeu: “Vocês precisam entender. É como quando crescemos jogando video game, a gente nunca escolhia Utah. Mesmo com John Stockton e Karl Malone sendo ótimos, a gente nunca escolhia aqueles caras nos video games”:

O mais legal é que isso não aconteceu num vácuo. Um dia antes, o Jazz foi protagonista de uma baita polêmica na partida contra o Philadelphia 76ers, quando algumas decisões questionáveis dos árbitros motivaram a expulsão de Donovan Mitchell e falas fortes dele e de Gobert, ambos afirmando que o Jazz é prejudicado regularmente pela arbitragem e que ninguém os leva a sério por serem “um time de mercado pequeno”:

O tom de deboche veio até de Joel Embiid, que durante a partida fez um TEATRO para exigir a segunda falta técnica e consequente expulsão de Mitchell. Os dois até brincaram sobre isso no Twitter depois:

Pelo menos Gobert mostrou bom senso de humor e apareceu para a sua primeira entrevista pós-Draft do All-Star Game com uma camiseta que mostrava Stockton e Malone no saudoso NBA Jam:

A dupla foi MULTADA pelas críticas aos árbitros e isso motivou Joe Ingles a brincar com a história que saiu ano passado sobre a relação dos dois não ter solução: “Irreparável? Eles até tomam multas juntos”

Bom, mas vamos para o All-Star Game de fato? Tudo aconteceu num dia só, no domingo. Primeiro com o TEDIOSO Skills Challenge e depois com o sempre empolgante Torneio de 3 pontos, vencido por Steph Curry. Mas não foi fácil, ele precisou de uma sequência insana de arremessos no final para superar Mike Conley, que nem ia participar e foi chamado de última hora para ocupar o lugar de Devin Booker. E sabe o mais cruel? Curry só ganhou por causa das BOLAS VERDES, arremessos de mais longe criados por um patrocinador e que valiam mais pontos. Pelas regras antigas teria dado Conley:

Com o troféu em mãos, Curry disse que a vitória era em homenagem ao lesionado PARÇA Klay Thompson. Fofura pura:

Durante o All-Star tivemos uma coleção de grandes momentos. Mas mais do que os arremesso de longe de Steph Curry e Damian Lillard, me fascinaram a BOLA AO ALTO entre os nanicos Chris Paul e Mike Conley

…e a DANCINHA de Nikola Jokic, o homem de maior GINGADO em toda a liga:

Como previsto por Giannis, o jogo foi uma SURRA do Team LeBron, que entrou no último quarto vencendo por VINTE PONTOS. Uma pena para o Mike Beuoy, que tinha programado uma Calculadora de Probabilidade para definir a chance do time que entrasse no último quarto na frente de chegar antes no “placar alvo”. Não é uma surpresa que o resultado era de praticamente 99%. Essa conta até eu fazia =/


DISCURSO DE ÓDIO DA SEMANA

Nem tudo é celebração na NBA. Durante uma live em que jogava videogame, o pivô Meyers Leonard usou a palavra “kike” ao xingar uns adversários. O problema é que essa é uma das palavras mais OFENSIVAS que se pode usar contra um judeu na língua inglesa. Ridículo:

Depois disso seguimos todo o protocolo de FALOU MERDA publicamente: el pediu desculpas (dizendo que não sabia o significado da palavra que falou!!!), viu o Miami Heat o suspender “indefnidamente” e depois tomou multa de 50 mil dólares da NBA, além de uma suspensão de uma semana.


MASCOTES POWER RANKING

Não há relação mais bonita no mundo dos mascotes hoje do que a de Lonnie Walker com o Coyote, do San Antonio Spurs. Nessa semana eles trocaram declarações de carinho e mostraram fotos que comprovam a paixão: Walker com camisa do mascote, Coyote com camisa do jogador. Muito amor para a dupla e DEZ PONTOS para o Coyote:

Sem poder participar do All-Star Game deste ano, o nosso querido Bango fez a sua parte do jeito mais fofo possível, com uma PELÚCIA EM MINIATURA. Só clicar no tuíte abaixo para acompanhar toda a jornada até Atlanta! Como dono de muitas pelúcias de mascote, até me emocionei. CINCO PONTOS PRA ELE!

RANKING
Coyote – 30
Bango – 22,5
Gorilla – 10
Franklin – 7,5
Hugo, Clutch e Rumble – 5

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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