🔒Filtro Bola Presa #108

Filtro Bola Presa no ar e eu já aviso: aconteceu muito mais coisa que tudo que está aí embaixo desde o último Filtro. Mas se tem algo que eu NÃO aprendi no último ano foi a conciliar a produção do conteúdo mais demorado do Bola Presa com a vida de pai. Peço desculpas e prometo que nenhuma boa história fica de fora. Devemos ter mais um ou dois Filtros até o fim da temporada regular e tudo será registrado nos anais da irrelevância.

Nesta edição temos o susto aéreo do Utah Jazz, Steph Curry e Nikola Jokic superando recordes de Wilt Chamberlain (o que é sempre impressionante), Luka Doncic xavequeiro, Ja Morant feito de arroz, despedidas tristes, Jimmy Butler sendo bully e parceiro dos mais jovens, barba de juiz, Poku, Paul Pierce com strippers e muito mais!


SUSTO DA SEMANA

O Utah Jazz viveu um dos maiores sustos de toda a temporada da NBA quando o avião que o time usava para ir de Salt Lake City para Memphis atingiu um grupo de PÁSSAROS e perdeu de um dos motores, forçando o piloto a dar meia volta e retornar ao aeroporto de Utah. As fotos mostram que o estrago não foi pequeno:

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Em um relato para o TrueHoop, Georges Niang deu detalhes dos momentos de pavor que o elenco viveu. O incidente aconteceu dez minutos após a decolagem, o barulho foi altíssimo e resultou em um pequeno incêndio e um BURACO em uma das turbinas. A equipe do voo logo mandou todos sentarem e o silêncio tomou conta.

Segundo Niang, o desespero bateu no grupo quando imediatamente depois do susto o avião deu uma virada rápida para o pouso de emergência. Logo rolou um pedido desesperado para que ligassem o Wi-Fi, para que tentassem falar com familiares. O problema é que o avião estava muito alto para que os telefones pegassem e baixo demais para que a internet funcionasse. Apenas quem usava o iMessage da Apple conseguiu algum tipo de contato, segundo ele.

O ala conta que alguns jogadores ficaram muito nervosos e se perguntaram se “esse era o fim”. A descida foi em completo silêncio, assim como o pouso. Depois só suspiros aliviados. Já no aeroporto, o time foi para uma sala para conversar com o psicólogo que acompanha a equipe em viagens, e a comissão técnica deixou que os atletas decidissem se queriam ir para um novo avião rumo a Memphis ou se queriam voltar para casa. Apenas Donovan Mitchell decidiu ficar em Salt Lake City.

Niang afirmou que pouco lembra da vitória sobre o Grizzlies algumas horas depois, que a experiência foi traumática e que considera uma verdadeira superação para a equipe ir para quadra naquele dia. “Foi como um sonho muito ruim, mas que você precisou viver de verdade”, finalizou.


XAVECO DA SEMANA

Ninguém resiste ao sorriso de Luka Doncic, né? Pelo jeito ele mesmo já sabe disso e está usando seu charme para seduzir até ÁRBITRAS! No jogo contra o LA Clippers vemos ele chegou para conversar com a juíza Ashley Moyer-Gleish e não vemos o que ele fala, mas é possível ver ela super confusa repetindo “que falta?”. Ao ouvir sua resposta, ela entrega um sorriso. Fisgou.

A pergunta que fica é: o que diabos Luka falou para ela?! Eu acho que era algo do nível:

-E aquela falta?
-Que falta?
-A falta que você faz na minha cama


DICAS DE LEITURA


ARTE DA SEMANA

Você já viu um Ja Morant feito de ARROZ? Então prepare-se…

E para quem não conhece, é isso mesmo que parece: essa artista gasta horas incontáveis da sua vida para fazer retratos que ela joga no ar para que durem poucos segundos no mundo real e sobrevivam na beleza do slow motion.


JOGADAS BOLA PRESA DA SEMANA

Lembro de um levantamento de mais de dez anos atrás que mostrava que muitos bons arremessadores de lances-livres tinham aproveitamento bem pior quando batiam lances de falta técnica. É a pressão de não ter ninguém em volta? Não sei, mas acontecia com muita gente. O que nunca aconteceu, não que eu tenha visto antes ao menos, é o cara selecionado para esse lance-livre (geralmente o melhor do time nesse quesito entre os que estão em quadra) meter uma AIRBALL! Foi o que Kyle Kuzma fez contra o Golden State Warriors, aí teve que ouvir o trash talk…

No mesmo jogo tivemos esse singelo corta-luz de LeBron James que mostrou ao novato Nico Mannion como os bloqueios na NBA são mais fortes do que ele estava acostumado no basquete universitário. LeBron não mexeu nem um centímetro para o lado com a trombada…

Uma Jogada Bola Presa é aquela que a gente vê, revê e termina sempre com a mesma conclusão: que diabos eu acabei de ver?! Poucas resumem melhor isso do que o PASSE PARA O VAZIO que Russell Westbrook deu quando o Washington Wizards precisava de uma cesta a 0.7 segundo do fim. A minha impressão é que ele se frustrou com a movimentação errada e tacou tudo fora de propósito, mas depois ele disse que achou que o Raulzinho iria correr para a zona morta. Sei não…

Eu e o Danilo passávamos o dia na quadra de basquete da nossa escola no ensino médio, muitas vezes jogando por conta própria. Aí volta e meia apareciam uns meninos de 11 anos de idade querendo jogar contra a gente. Era assim que a gente enfrentava eles:


REPRESENTATIVIDADE DA SEMANA

No mesmo dia, a TV do Brasil e dos EUA tiveram suas primeiras transmissões de NBA com narradoras e comentaristas mulheres.


NBA FASHION WEEK

A torcida do San Antonio Spurs é simplesmente TARADA por qualquer coisa que o time faça com a combinação de cores “Fiesta“, como eles chamam. É aquela paleta com preto, laranja, rosa e verde claro que chegou a ser as cores oficiais do time nos anos 1990 e que volta e meia volta em alguma homenagem, como nos uniformes alternativos deste ano. A New Balance aproveitou a onda e lançou um tênis para DeJounte Murray com essas cores. O estoque acabou em menos de DOZE HORAS!

Já faz uns anos que a NBA virou uma grande passarela para que milionários jogadores mostrem suas roupas caríssimas de renomados estilistas. Mas recentemente nenhuma roupa cara de jogador chamou tanta atenção quanto a BARBA de um ex-árbitro. O Monty McCutchen, que saiu das quadras e hoje coordena a parte de treinamento de arbitragem na NBA, apareceu em uma transmissão de TV e o público foi ao delírio com a barba que ele cultivou na quarentena:

Se a internet pudesse ver McCutchen na sua frente, provavelmente a reação da maioria seria fazer com a barba dele o que Jimmy Butler fez com o rabicó de cabelo do Collin Sexton. Tem maior BULLY na NBA que Jimmy?

Na moda dos pés, pontos para o tênis de Joe Ingles homenageando seu filho Jacob, que é autista:

Um dia Aleksej Pokusevski vai ser tão famoso que seu estilo vai ser mundialmente reconhecido. Como você se veste? Ah, um estilo meio Poku, meio gótico suave.


DEMISSÃO DA SEMANA

Em uma das histórias mais piradas do extra-quadra nesta temporada, Paul Pierce foi demitido do seu trabalho de comentarista da ESPN porque publicou um vídeo mostrando sua noite de jogatina, maconha e strippers. O vídeo não vazou. Ele publicou, com comentários, na sua própria página:

Em outro trecho do vídeo ele diz que está preparando um conteúdo sobre a VERDADEIRA vida pós-carreira dos jogadores da NBA. Aguardamos ansiosos.


ESTATÍSTICAS DA SEMANA

Não é que Derrick Rose não tenha ajudado bastante o NY Knicks nessa temporada, mas ele não é mais AQUELE Derrick Rose. Talvez o número que melhor mostre isso seja esse abaixo, o aproveitamento de bandejas. Ele é simplesmente O PIOR da NBA entre aqueles com ao menos 100 tentativas, pouco a frente de Kelly Oubre (que começou a temporada frio longe da cesta e termina frio perto) e Aaron Holiday, que vai perdendo espaço no Indiana Pacers. E como comentamos no vídeo sobre os rebotes no YouTube, tá aí Andre Drummond na quarta posição entre os piores! O líder, muito por não se arriscar em infiltrações malucas, é o excelente Jalen Brunson!

Quando a gente acha que Steph Curry não pode surpreender mais, que já acostumamos com seus arremessos do meio da quadra, lá está ele nos pegando de calças curtas mais uma vez. Seu feito agora foi uma sequência de ONZE jogos com ao menos 30 pontos, a mais longa da história da NBA para jogadores com 33 anos ou mais de idade. Só não é a maior sequência da história da franquia porque um tal de Wilt Chamberlain fez, em 1964, mais de 30 pontos em SESSENTA E QUATRO jogos consecutivos…

Mas pelo menos Curry superou Chamberlain em total de pontos com a camisa do Warriors para se tornar o maior cestinha da história da franquia! Tudo bem que Curry chegou nesse número em 12 temporadas e Wilt disputou apenas SEIS com a camisa do Warriors, mas tá valendo…

Mas talvez o feito mais espetacular de Steph Curry nessa sequência tenham sido os jogos com mais de DEZ bolas de 3 pontos acertadas. Foram TRÊS jogos com 10 bolas ou mais de 3 pontos em uma semana! Curry chegou a VINTE jogos na carreira em que acertou ao menos 10 bolas de longa distância. Sabe quem é o segundo colocado? Klay Thompson, com cinco jogos. Ninguém mais na história da NBA tem mais que três. E no caminho Curry ainda quebrou seu próprio recorde (de um ranking onde também é segundo, terceiro e quarto colocado) de mais bolas de 3 pontos sem três jogos seguidos:

E Steph Curry estava tão inspirador que Jaylen Brown resolveu imitar. Meteu 10 bolas de 3 pontos em um jogo e depois foi no Twitter dizer que estava se sentindo Curry:

Já aceitamos que Nikola Jokic está revolucionando a posição de pivô na NBA com seus passes absurdos, com seu talento único para criar jogadas e até mesmo o alto aproveitamento no post-up, que parecia falecido até outro dia. Se você quer um número para marcar essa revolução, aqui está: Jokic já passou dos 80 jogos com ao menos 10 assistências, se tornando assim o pivô com mais jogos de 10 assistências na HISTÓRIA DA NBA! Ele passou Wilt Chamberlain. Já é o líder. Ele acabou de fazer 26 anos!

Na surra fora de série que o Toronto Raptors meteu pra cima do Golden State Warriors de 130 a 77, o recém-adquirido Gary Trent Jr. já entrou na história da NBA ao marcar um saldo de +54 pontos! É a segunda maior marca desde 1997, ano em que começaram a se registrar o plus/minus. Só Luc Mbah a Moute (claro, seria seu primeito palipte né?) já teve um saldo maior.

Só que o mais legal do jogo foi o tuíte do ÍBIS parabenizando o Warriors!

O Golden State Warriors se recuperou do susto quando Curry voltou ao time, mas voltou a passar vergonha justo no jogo que o técnico Steve Kerr tinha indicado que era um dos mais importantes da temporada, o duelo contra o Dallas Mavericks que poderia fazer o time saltar da incômoda DÉCIMA posição para colar no sexto colocado de um embolado Oeste. Só que logo no fim do primeiro quarto e começo do segundo eles tomaram uma sequência de 28 a 0 e o jogo meio que escapou. Foi a segunda maior sequência de pontos sofrida sem resposta nos últimos 20 anos!

Até outro dia o Boston Celtics era o nêmesis do Philadelphia 76ers, até rolou VARRIDA nos Playoffs do ano passado. Pois nesse ano tudo mudou! O Sixers briga pelo topo do Leste, o Celtics despencou e agora foi a vez do time de Joel Embiid varrer o rival, ao menos na temporada regular. O mais impressionante é que nessas três vitórias da temporada, Embiid acertou mais lances-livres que todo o time do Celtics somado: 47 a 45!

Ainda no mês passado, Damian Lillard empatou e virou o jogo com lances-livres nos segundos finais de uma vitória do Portland Trail Blazers contra o New Orleans Pelicans. Segundo a ESPN, com esses pontos ele chegou a DEZESSETE marcados na temporada só contando pontos feitos para empatar ou virar jogos no MINUTO FINAL de um jogo. Não fica mais clutch que isso!

O Blazers só sobreviveu na tabela do Oeste por boa parte da temporada ser capaz de vencer jogos apertados. O time chegou a ter 9 vitórias e 4 derrotas em partidas decididas por três pontos ou menos. Poréeeeem… uma hora a regressão à média volta para assombrar. Eles perderam QUATRO dos seus últimos OITO jogos por um ou dois pontos de diferença! E venceram o San Antonio Spurs por um também. Vivem no limite extremo!

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No jogo contra o Pelicans, Damian Lillard fez não só 50 pontos como também deu 10 assistências, empatando com Tiny Archibald e Russell Westbrook na segunda posição de todos os tempos em partidas com esses números. Tão raro quanto foi ele chegar aos 50 com apenas 20 arremessos tentados, a terceira MENOR marca de arremessos tentados para alcançar 50 pontos:

Eu também fiquei curioso e fui atrás dos dois que ficaram na frente de Lillard: em 1980, Adrian Dantley marcou 50 pontos pelo Utah Jazz contra o Dallas Mavericks tentando apenas 17 arremessos! Ele acertou DOZE deles, todos de 2 pontos, e fez os outros 26 pontos em lances-livres. Atrás dele aparece Willie Burton, que fez 50 para o Philadelphia 76ers contra o Miami Heat em 1994 acertando 12 de 19 arremessos (com quatro bolas de 3 pontos!) e ainda acertou 25 lances-livres.

Estamos acostumados com recordes de James Harden por aqui, mas vocês têm noção que o cara, em basicamente MEIA TEMPORADA de Brooklyn Nets, já é o segundo colocado na lista de mais triple-doubles da história da franquia?! Só Jason Kidd (ainda) está na sua frente: 43 a 12

Lembram que fizemos um texto sobre a banalização do triple-double? Seguimos tendo provas quase diárias disso: dia 17 de Março contou com SEIS triple-doubles no mesmo dia, recorde da história da NBA superando os cinco do dia 13 de Março.

A temporada pandêmica está sendo, vejam só, mais EQUILIBRADA que o normal. Neste ano o Utah Jazz foi a única equipe a chegar em 41 jogos (o que normalmente significa a METADE do ano da NBA) com ao menos 70% de aproveitamento. Foi a primeira vez desde 1992-93 que apenas um time estava tão bem nessa altura do campeonato, a média é 3,7 times.

O Draymond Green se tornou um jogador único na NBA, uma espécie de Rajon Rondo que às vezes joga de pivô. No último mês ele teve uma partida de apenas DOIS pontos, ambos de lance-livre, 11 rebotes e TREZE assistências. O primeiro jogador desde 1980 a ter mais de um jogo na carreira com mais de 10 rebotes, 10 assistências e NENHUM ARREMESSO convertido.

Nosso querido MC Keldinho, mais conhecido na NBA como Keldon Johnson, conseguiu nada menos que 23 pontos e 21 rebotes em um jogo contra o Cleveland Cavaliers. Foi só a sétima vez na história da NBA que um jogador que 1,96m conseguiu um jogo de ao menos 20 pontos e 20 rebotes. No Spurs, o último 20-20 tinha sido de Tim Duncan em 2013.

Da série ESTATÍSTICAS PARA EXPLODIR MIOLOS: o Sacramento Kings tem a pior defesa da NBA, mas o quinteto Fox, Hield, Haliburton, Barnes e Holmes tinha, há um mês, um rating defensivo equivalente à SEGUNDA MELHOR defesa da liga. Mas sabe o que aconteceu desde que o tuíte abaixo foi postado? O rating desse grupo saltou para 114,9 pontos sofridos a cada 100 posses de bola, equivavalente a VIGÉSIMA SÉTIMA melhor defesa da NBA. As coisas mudam rápido quando falamos de estatísticas de quintetos específicos…


INJUSUTÇA DA SEMANA

A Sedona Prince, jogadora da Universidade do Oregon, mostrou nas redes sociais a diferença da sala de musculação dos homens e das mulheres na Bolha que sediou o NCAA Tournament desse ano. De um lado uma academia completa, da outra uma meia dúzia de pesinhos que devem ter custado uns trocados. Muitos jogadores da NBA, como Stephen Curry no tuíte abaixo, ajudaram a espalhar a mensagem e forçaram a entidade a corrigir o problema. Como se já não fosse fácil odiar a NCAA…


CLUTCH TIME DA SEMANA

Não é que Pascal Siakam errou todos os quatro arremessos de último segundo que teve para empatar ou virar o jogo nessa temporada, o cruel é como todas essas bolas ficaram ensaiando entrar:

E claro que o Gary Trent Jr. acertou seu primeiro arremesso para a vitória após chegar no time na Trade Deadline.


TROCADOS DA SEMANA

Havia uma teoria da conspiração que dizia que Blake Griffin não estava tão mal fisicamente quanto parecia no Detroit Pistons, mas que era só um jeito de forçar sua dispensa. Eu não acredito, mas o próprio jogador alimentou a especulação quando sua PRIMEIRA CESTA com a camisa do Brooklyn Nets foi também a sua primeira enterrada desde o fim de 2019!

Como defesa de Blake Griffin contra essa conspiração maldosa, reparem que CELEBROU bem discretamente uma boa jogada do Detroit Pistons contra seu novo time. É o amor ao Pistons falando mais alto! Ou só hábito mesmo…

Estamos acostumados a ver jogadores chegarem em seus novos clubes beijando o escudo e provocando o rival, sempre focados em ganhar o apoio da nova torcida. Na Trade Deadline vimos o oposto. Evan Fournier chegou convidando a torcida do Boston Celtics a fazer o que NINGUÉM deve fazer sob qualquer hipótese: pesquisar o seu sobrenome no Google.

O começo de passagem de Fournier no Celtics, aliás, é das mais bizarras: ele estreou errando todos os DEZ ARREMESSOS que tentou em 33 minutos de quadra! Foi o máximo de tempo que um jogador já passou em quadra pelo Celtics sem acertar um chutinho sequer. Também foi o quarto jogador a estrear por um time errando ao menos 10 arremessos.

Poréeeeeeeem…. na partida seguinte ele se tornou apenas o segundo jogador do Celtics a marcar VINTE PONTOS em apenas um quarto sem errar um arremesso sequer no período, igualando Paul Pierce em 2009. Montanha-russa.


TOKEN NÃO FUNGÍVEL DA SEMANA

Quer saber a emoção de abrir um pacote do Top Shot, os cards em NFT da NBA que por algum motivo estão valendo milhares de dólares mundo afora? A reação do cara quando descobre que tirou um LUKA é sensacional:


MULTA DA SEMANA

O técnico Nick Nurse, do Toronto Raptors, recebeu uma salgada multa de CINQUENTA MIL dólares. Os motivos? Usar “linguagem inapropriada” contra os árbitros e JOGAR SUA MÁSCARA na arquibancada. Nem preciso checar para cravar que é a primeira vez na história que alguém é multado por isso, uma ofensa típica dos nossos tempos.

Todos os xingamentos rolaram na derrota do Raptors para o Houston Rockets, que na ocasião conseguiu encerrar sua sequência dolorosa de VINTE derrotas seguidas. O quão ruim tava a situação? Essa era a condição do técnico Stephen Silas respondendo perguntas após um dos fracassos:


HISTÓRIA DA SEMANA

O Jack Silverstein fez um apanhado dos 45 dias do começo de 1995 que quase fizeram Micahel Jordan seguir no beisebol e Scottie Pippen ser trocado do Chicago Bulls. Em um relato de todos os dias, ele conta a relação de Jordan com a greve do sindicato de jogadores da MLB e que Pippen chegou a iniciar rumores de que iria para o Phoenix Suns para ver se conseguia emplacar um negócio. O ala quase foi parar no LA CLippers também, mas desistiu de forçar um negócio depois que Ron Harper contou como era um inferno jogar na franquia de Donald Sterling:


TRETAS E PROVOCAÇÕES DA SEMANA

O tuiteiro Kevin Durant não descansa. O ala do Brooklyn Nets entrou em uma discussão com o comediante Michael Rapaport, cujo um dos hobbies é fazer comentários esportivos sem sentido, e a coisa desandou. Durant não só respondeu Rapaport publicamente como foi nas mensagens privadas do ator e destilou todo tipo de xingamento, incluindo algumas pesadas ofensas homofóbicas:

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O comediante publicou o print das mensagens, o que resultou em uma multa de 50 mil dólares da NBA para o jogador por “linguagem depreciativa”. Durant se desculpou daquele jeito beeeem mais ou menos: “Sinto muito que as pessoas tenham visto aquela linguagem que usei. Não é o que quero que as pessoas vejam e ouçam de mim”.

Um texto bem interessante do OutSports questiona se a NBA e o Nets não deveriam ter sido mais vocais contra uma homofobia tão evidente vinda de um dos jogadores mais famosos e populares da liga.

Em um dos duelos entre os favoritos Milwaukee Bucks e Philadephia 76ers, Giannis Antetokounmpo resolveu a partida com improváveis arremessos de meia e longa distância e então decidiu SENTAR NA QUADRA do adversário para comemorar. É o equivalente basquetebolístico do Diego e do Robinho comemorando gol no escudo do São Paulo no Morumbu?

Após a partida, Dwight Howard (que tomou o arremesso em questão na sua fuça) disse que a vontade dele era dar um “cold stone stunner” em Giannis, mas que não podia porque já tinha uma falta técnica. Se você não sabe o que é isso, é porque te falta cultura norte-americana de LUTA LIVRE. Aprenda aqui! Depois do jogo, o grego conheceu uma parte mais deliciosa da cultura dos EUA, a comida gorda! Ele comeu um Whiz Wit, a versão clássica do Philly Cheesesteak (um lanche da carne e queijo cremoso tradicional da cidade), mas precisou que Donte DiVincenzo o corrigisse: é Whiz Wit, não Whiz Whiz. Só que Giannis achou que sua versão soava melhor…

Até quando um tapinha não dói? Depois de fazer uma cesta sobre Donovan Mitchell e ainda sofrer falta, Jaylen Brown deu um provocativo tapa na BUNDA do rival. Mitchell não gostou e revidou com um tapa no braço do ala do Celtics, que reclamou na hora e depois no Twitter pedindo uma falta técnica. Por que bunda é aceitável e braço não?

Nem sempre as provocações são físicas ou agressivas, como no caso de Anthony Edwards, que simplesmente disse na entrevista que todo o plano deles na última bola do jogo entre Minnesota Timberwolves e NY Knicks era mesmo colocar a bola nas mãos de RJ Barrett: “Era ele que a gente queria arremessando a bola, a gente não queria mais ninguém”

Teve provocação nas redes sociais também. A conta do Memphis Grizzlies tirou uma com o Miami Heat dizendo que “nem ia perguntar sobre esses novos uniformes amarelos”, e o estagiário do Heat respondeu dizendo que era da cor “Amarelo Troféu”, que eles jamais conseguiriam entender. Foi uma boa resposta, mas a Nike fazer um uniforme amarelo só porque o Heat já foi campeão algumas vezes e o troféu é dourado é de uma forçação de barra sem tamanho…


ALEATORIEDADE DA SEMANA

Das coisas que se descobre pesquisando por “LeBron”em algumas redes sociais: tem um jogador fantástico de PADEL chamado Juan Lebrón. Se não conhecem, se deliciem com esse estranho esporte jogado dentro de um aquário:

https://www.youtube.com/watch?v=9AJWfyyrusM


BRODERAGEM DA SEMANA

Na última sexta-feira o Golden State Warriors venceu o Denver Nuggets no primeiro jogo do time nesta temporada com a presença de torcedores. O barulho dos fãs fez Klay Thompson, que não joga uma partida há quase dois anos, se emocionar. Steve Kerr falou sobre a situação: “A vida é difícil para todos na pandemia, então há muitos fatores que deixam as coisas mais difíceis. Klay teve sua paixão e seu amor pelo jogo arrancados dele por quase dois anos, é meio doido, não é fácil lidar com isso”. Mas pelo menos ele tinha seu parça Steph lá para consolá-lo:

Para além das tretas, temos a AMIZADE! Vejam que legal Jimmy Butler dando dicas para RJ Barrett depois de tirar uma tentativa frustrada de bandeja do jovem jogador do NY Knicks. Mesmo sem o menino pedir, Butler mostra que ele deve fazer para acertar da próxima: “me acerta primeiro no corpo, depois vai”

Depois de um jogo entre Boston Celtics e Charlotte Hornets, Terry Rozier trocou camisa com Robert Williams, mas seu ex-companheiro Marcus Smart tentou roubar o presente pra ele. É muita saudade do Scary Terry!

E que tal essa reação do Danilo Gallinari ao descobrir que era Vince Carter que iria fazer a entrevista pós-jogo com ele?

Viralizou internet afora o vídeo de um moleque colegial desafiando o eterno White Mamba Brian Scalabrine para um duelo de 1-contra-1 e ainda apostou seu TÊNIS que venceria. E aí, quem vocês acham que levou? Um ex-profissinal de 43 anos, acima do peso, que não joga na NBA quase há uma década e que era um dos piores jogadores da liga quando estava em atividade ou um moleque novo, em forma e que parece saber o que faz em quadra? Respondo com uma frase do próprio Scal: “Eu estou mais perto de LeBron James do que você de mim”:


FRASE DA SEMANA

Lembram do último Filtro quando a gente mostrou aqui LeBron James e Kevin Durant deixando os jogadores do Utah Jazz em último na escolha dos times do All-Star Game e depois LeBron argumentando que “ninguém escolhe o Jazz no videogame”? Foi logo depois de Rudy Gobert e Donovan Mitchell reclamarem que o time não era respeitado também pelos árbitros. Depois disso tudo, porém, o pivô francês colocou os pés no chão: “Temos que perceber que não conquistamos merda nenhuma. Ficamos bravos quando riem da gente na TV e nos desrespeitam, mas temos que nos respeitar e entender que ainda não somos campeões. Não somos um time que pode jogar de qualquer jeito”

Outra excelente frase dessa semana veio de Dwyane Wade e também é sobre o Jazz. Wade diz que se jogasse na NBA hoje não iria querer ser uma super estrela como foi no seu tempo, ao invés disso iria querer ser como o Jordan Clarkson!!!

“Não iria querer ser uma super estrela porque quero manter meus joelhos inteiros. Quero ser Jordan Clarkson: vir do banco, arremessar quando quiser, luz verde total, me vestir bem, ir pra casa e relaxar”

E não é que pouco tempo depois Wade se tornou CHEFE de Clarkson? O ex-jogador, que não aceitou ser sócio minoritário do seu Miami Heat, segundo tuíte do dono Micky Arison, decidiu investir uma parte de sua fortuna no Jazz. Wade se tornou amigo próximo de Ryan Smith, que comprou a franquia há poucos meses, e aceitou o convite para ajudá-lo na jornada. E não é que justo o melhor amigo de LeBron resolveu escolher o Jazz para alguma coisa?


TRISTEZAS DA SEMANA

O ex-pivô Shawn Bradley, um dos mais altos jogadores da história da NBA com 2,28m, ficou paraplégico após ser atropelado por um carro enquanto andava de bicicleta a uma quadra de sua casa nos arredores de Salt Lake City, em Utah. O incidente aconteceu em Janeiro, mas só foi divulgado pela família meses depois, via nota enviada pelo Dallas Mavericks, equipe pela qual o pivô jogou a maior parte da carreira. Além de ser um dos líderes da NBA em tocos, Bradley é conhecido até pelos mais leigos em basquete por ter participado do filme Space Jam.

Outra notícia que chacoalhou o mundo da NBA nas últimas semanas foi a morte de Elgin Baylor, um dos maiores jogadores de todos os tempos e um dos poucos com camisa aposentada pelo LA Lakers e estátua na frente do Staples Center. O Lakers, que agora usará um “patch” na camisa com as iniciais do ídolo até o fim da temporada, fez um bonito vídeo para homenageá-lo:

https://www.youtube.com/watch?v=tD_Kw5B8rxk

Por fim, o mundo do basquete perdeu o jovem Terrence Clarke, de apenas 20 anos, morto em um acidente de carro em Los Angeles na última semana. Um dos mais promissores armadores do basquete universitário há duas temporadas, Clarke jogou a temporada universitária na Universidade de Kentucky e era presença certa no Draft da NBA deste ano. Para muitos ele deveria ser a escolha do Boston Celtics na segunda rodada, muito por ser nascido na cidade e já ter relação próxima com Jayson Tatum. Uma das imagens mais legais de Clarke é ele no fundo dessa foto no TD Garden celebrando uma cesta do ala:

Até está rolando uma campanha para o Celtics homenagear o menino e draftá-lo na segunda rodada, mesmo que de maneira simbólica. Poderia ser um jeito também, com alguma assinatura de contrato, de ajudar financeiramente a família dele. Imagino que a NBA possa fazer algo assim sem que o Celtics precise usar sua escolha oficial para isso, né? Também vale a pena ver um trecho de um documentário que Clarke gravou para a revista SLAM onde ele conversa com Donovan Mitchell:


MASCOTES POWER RANKING

Sem poder ficar no meio da quadra nem no meio da torcida, nossos mascotes estão muitas vezes condenados a entretar um ralo público de um micropalco escondido na arena. Não é fácil fazer isso, por isso vamos dar CINCO PONTOS para o Boomer, que só perdeu a cabeça e não sabe mais como lidar com a própria loucura e solidão:

Os DEZ PONTOS dessa semana são divididos entre as estrelas da temporada Coyote e Benny the Bull, que fizeram um COLAB (é esse o termo, juventude?) cinematográfico inspirado em Indiana Jones, mas com uma trilha sonora um pouco melhor:

RANKING
Coyote – 35
Bango – 22,5
Gorilla – 10
Franklin – 7,5
Hugo, Boomer, Benny, Clutch e Rumble – 5

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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