🔒Filtro Bola Presa #22

Confesso que acho esse momento da temporada um dos mais chatos do ano. Algumas disputas de posição são interessantes, mas elas só vão parecer decisivas mesmo daqui um mês, quando os Playoffs mostrarem qual teria sido a melhor opção. E as disputas pelas últimas vagas na pós-temporada empolgam só até você lembrar que é tudo uma grande briga para perder na primeira rodada. Bom pra eles, claro, mas nem tão atrativo pra gente.

Talvez por isso mesmo que nas últimas semanas tenha dado alguma atenção extra para a D-League. É mais legal? Mais competitivo? O nível é alto? Não, não e não. O único real apelo é ser diferente, ver umas caras novas e tentar descobrir as razões que levaram aqueles jogadores que parecem bons não estarem no Sixers ou no Nets.

O meu favorito do momento é o DJ Stephens, eleito o melhor da última semana com médias de 25 pontos, 61% de aproveitamento dos arremessos, 8 rebotes e aproveitamento de 11/18 em bolas de 3 pontos. Ah, e AS MELHORES ENTERRADAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS!

Também vimos na última semana o absurdo recorde de Russ Smith, que marcou 65 pontos em um jogo, superando Jordan McRae, que tinha estabelecido a melhor marca da história da D-League apenas algumas semanas antes com 62. O mais absurdo da marca de Russ? 32 desses pontos vieram em bandejas!

Nem dá pra ver o que é O e o que é X em volta de cesta!

Quem sabe o nosso Bruno Caboclo não chega lá, né? Ele tem jogado bastante na D-League, já são 35 jogos, bem mais do que esses jogadores que vão pra lá, fazem duas ou três partidas e já retornam para o time da NBA. Está com boa média de 15 pontos por jogo, mas com desanimadores 40% de aproveitamento nos arremessos (33% nos 3 pontos). Nesta última segunda-feira, porém, conseguiu sua maior marca na carreira: 31 pontos!

Fechando a seção SÉRIE B do Filtro, essa semana também tivemos um jogo de DEZ TOCOS do Walter Tavares, pivô de 2,21m nascido em Cabo Verde. Ele é jogador do Atlanta Hawks, o que só prova mais uma vez que eles são tão paga paus do Spurs que até arranjaram seu próprio Boban Marjanovic.


Isso é uma deixa clara e óbvia para o MOMENTO BOBAN DA SEMANA!

Nosso herói de 2,90m conseguiu marcar 19 pontos em 14 minutos contra o Miami Heat, sua nova maior marca na carreira. E ele fez quase tudo isso sendo marcado por Hassan Whiteside, que por fim conseguiu provar sua teoria de que essa história de small ball é bobagem e que sempre um pivô enorme iria dominar um nanico. Tá bom que ele disse isso pensando em enterrar na cabeça de Draymond Green, não imaginava que um dia ele que seria o anão da história.

Gregg Popovich comentou a atuação de seu pivô depois do jogo: “Foi egoísta, arremessou todas as vezes que tocou na bola e precisa pedir desculpas para seus companheiros”.


O San Antonio Spurs está descansando geral e mesmo assim atropelando quase todos os times. Só contra o OKC Thunder que esse descanso não se traduziu em vitória, mas não é por menos. Olha só a margem de vitória de Kevin Durant e cia. nos seus últimos 8 jogos:

Foram duas vitórias por 4 pontos de frente e o resto só de 14 pra cima, incluindo três jogos com lavadas de mais de 20 pontos de frente! E como lembrou o John Schuhmann logo depois, 7 desses 8 adversários são times que estariam indo para os Playoffs hoje. Em um ano normal esse time seria favorito demais ao título!


O jogo entre Memphis Grizzlies e Los Angeles Lakers foi um dos mais estranhos do ano, saca só:

  1. O Lakers ganhou
  2. Foi apenas a QUARTA VEZ no ano que o Lakers acertou mais de 50% de seus arremessos
  3. Tony Allen acertou todos os seus DOZE arremessos. Nenhum outro jogador essa temporada conseguiu acertar tantos arremessos sem errar nenhum no mesmo jogo

Vale lembrar que Tony Allen sempre foi motivo de piada entre os próprios companheiros de time por errar bandejas em contra-ataque com uma frequência desagradável para um jogador profissional. Provavelmente foi uma vingança pessoal dele após ter vencido o Prêmio de Jogada Bola Presa do Ano, na temporada passada, contra o mesmo Lakers


A verdadeira Jogada do Ano, sem ironias dessa vez, nem na NBA aconteceu…


As piadas feitas pelo mascote do Houston Rockets, o Clutch, para distrair os adversários na hora do lance-livre já está alcançando níveis dadaístas de insanidade


Está cansado de ouvir elogios ao Golden State Warriors? Quer que a gente relembre o quanto eles são humanos e que também erram? Então bora lá:

Primeiro a interação com a torcida de Klay Thompson

…depois a PATÉTICA combinação de excesso de companheirismo e excesso de confiança no amiguinho

Como disseram no nosso Facebook, será que teremos coragem de dar o prêmio de Jogada Bola Presa do Ano para o Warriors?! Por um lado eles merecem, por outro não seria deixar o time de Steph Curry ainda mais em destaque do já está? Fica o dilema.

O último pitaco Golden Stateano do Filtro também é contra eles: o LA Clippers usou a mais clássica jogada de fundo bola do Warriors contra eles! Mas fica aí a diferença entre um time e outro: tem que acertar o arremesso.


Sempre há a discussão de qual será o próximo grande time da NBA. Embora esteja longe de ser uma ciência exata, um jeito lógico de olhar para a situação é ver que equipe reúne o melhor grupo de jovens talentos. Aí lembramos de Milwaukee Bucks, Orlando Magic e, claro, o Minnesota Timberwolves.

Um cara com muito tempo livre pegou todos os jogos dessa temporada onde jogadores com 21 anos ou menos fizeram 25 ou mais pontos, e praticamente metade desses caras vestia a camiseta do Wolves!

Além de Andrew Wiggins, Zach LaVine e Karl-Anthony Towns, também aparecem na lista Jabari Parker e Giannis Antetokouinmpo (Bucks), D’Angelo Russell (Lakers), Myles Turner (Pacers), Devin Booker e Archie Goodwin (Suns), Emmanuel Mudiay e Nikola Jokic (Nuggets), Kristaps Porzingis (Knicks), Marcus Smart (Celtics) e Jahill Okafor (Sixers).

Entre tantos pirralhos, o novato do Knicks, porém, pode se orgulhar de merecer o apelido “Unicórnio” que ganhou de Kevin Durant. Ele é único MESMO!

Porzingod

Ainda falando do Wolves, sabem que jogadores estão na lista dos que mais melhoraram seu aproveitamento de arremessos desde aquela parada de uma semana para o All-Star Game? Zach LaVine e… Ricky Rubio?! Será que nosso espanhol favorito, motivo de DISCUSSÕES FEROZES na internet, está aprendendo a arremessar?

Apenas Joe Johnson e Derrick Rose melhoraram mais. O primeiro caso parece uma combinação certeira de motivação por não estar mais no Brooklyn Nets e os benefícios de se atuar num time organizado e bem treinado. Com Rose não sei explicar, mas pode ser só melhor condição física e ritmo de jogo.

Devo comentar que a versão MELHORADA de Rubio acerta só 43% dos arremessos? Que ele é o único da lista que, após a melhora, está abaixo de 47%? Melhor não. Mas se ele conseguir manter esses 38% de acerto da linha dos 3 pontos para o resto da carreira, está feito.


Embora Frank Vogel, técnico do Indiana Pacers, seja em geral elogiado ao redor da liga, a insistência dele em jogadas de 1-contra-1 de Monta Ellis em minutos finais de jogos tem irritado um bocado de torcedores locais. Uma estatística saiu essa semana e confirmou que o time não tem sido um dos melhores em fechar jogos.

O Pacers tem apenas 1 arremesso certo em VINTE E QUATRO tentados nos 10 segundos finais de jogos onde os times estão separados por uma posse de bola (3 ou menos pontos)


Lembram que semana passada falamos sobre os 10 anos do Twitter? O HoopsHype celebrou a ocasião relembrando o primeiro tweet de uma série de grandes jogadores da NBA. O meu favorito é o de James Harden, que estreou sua conta no dia em que foi draftado pelo OKC Thunder

Falando no barba, que tal estatísticas para jogá-lo pra cima e pra baixo sem dó nem piedade? Primeiro vemos esse cruel gráfico que acompanha o número de TURNOVERS de Harden em paralelo com o total de bolas de 3 feitas por Steph Curry…

Curry-Harden

…mas depois lembramos que James Harden é um dos maiores pontuadores que essa liga já viu. São mais pontos nas suas primeiras temporadas que muitas lendas da liga. E isso porque foi reserva no tempo de OKC Thunder!


Numa fase nostálgica, o mesmo HoopsHype nos fez o favor de montar uma galeria com screenshots de como era o site oficial da NBA ao longo dos anos. Ainda me pergunto como a gente gostava de ~SURFAR~ na rede mundial de computadores naquela época!

O mais deprimente é lembrar de entrar em todos esses sites. E com internet discada! Falando nisso, não esqueçam de visitar este museu. Museus são importantes, crianças.


Uma das críticas que David Blatt recebia quando era técnico do Cleveland Cavaliers era que seu time começava mal os jogos e depois tinha que correr atrás. Isso foi resolvido com Tyronn Lue, mas pelo jeito o problema do time é cobertor curto. Agora é no segundo tempo que o Cavs não consegue superar seus adversários.

E LeBron James gravou um vídeo COMENDO UMA BANANA para mostrar sua insatisfação com a mídia que transforma todos seus atos em “ele está indo embora de Cleveland”

A maior diferença no Cavs da era Blatt e Lue, porém, está no fato de que LeBron James não tenta jogar um deles para o olho da rua (ainda), certo? Com ou sem banana, você dá motivos, Bron.


No Sacramento Kings a coisa não anda tão bonita entre DeMarcus Cousins e o técnico George Karl. A relação tinha dado uma aliviada no miolo da temporada, mas agora degringolou de vez junto com as chances de Playoff da equipe. Dessa vez Cousins não aceitou o comentário que Karl fez dizendo que Seth Curry, irmão de Steph e que cavou uma vaga no elenco do Kings deste ano, “estaria na NBA apenas por alguns anos”. Após uma boa partida de Seth, Cousins invadiu sua entrevista para dizer “você vai ficar nessa liga por muito tempo, garoto, lembre disso. Por muito tempo”

DeMarcus Cousins é aquele cara que faz muita merda e estraga tudo, mas sempre parece que faz isso só porque é um cara incompreendido com um coração muito grande. E George Karl está alcançando o nível Phil Jackson de gênio-do-basquete-que-a-gente-ainda-escuta-embora-no-fundo-achemos-que-já-está-ficando-gagá.


Sabe como no Brasil está acontecendo essa onda de culpar as menores coisas pela ERA 7 A 1 do nosso futebol? Entre os pecados da atual geração estariam as selfies e as chuteiras coloridas. O que será que o pessoal anti-futebol moderno acharia de jogadores usando TÊNIS COMEMORATIVOS DE PÁSCOA? Nada moralizador, né?

Mas foi de tênis verde COMBINANDINHO com o uniforme que Isaiah Thomas deu o toco mais espetacular da semana. Foi o melhor pelo mero motivo de ter sido dado por ele, claro.

Como eu sei que vocês estão pensando nisso, aí vai: Isaiah Thomas tem 7 tocos nessa temporada, Zach Randolph tem 12.


Uma regra básica do trash talk: quando falar merda, banque essa merda. Não faça como Gerald Henderson, que mandou um “veja como se faz” para DeAndre Jordan e um segundo depois errou o lance-livre


Difícil de imaginar isso para um jogador profissional, mas até ontem Rudy Gobert não tinha NENHUMA cesta feita fora do garrafão na temporada! Zero. Nada.

Rudy Gobert

Aquele pontinho verde apareceu na vitória do Jazz por 48 pontos de frente contra o LA Lakers

Essa, aliás, foi a maior derrota sofrida por Kobe Bryant em toda sua carreira. Um péssimo sinal já que o seu último jogo como profissional, dessa vez em Los Angeles, será contra o mesmo Jazz. O time de Salt Lake City, local famoso pelo turismo de inverno, presenteou Kobe com coisinhas para ele usar durante a aposentadoria: equipamento para esqui e um season pass para ele ir lá esquiar quando bem entender

JazzKobe


Falamos que não ia ter mais Golden State Warriors, mas não dissemos nada sobre Steph Curry em um uniforme diferente! Veja só essa relíquia do Baby Faced Assassin pela Universidade de Davidson no Sweet 16, as oitavas-de-final do NCAA Tournament

Por um lado parece muito o Curry de hoje, por outro dá pra entender completamente como ele não era um armador na época e como era impensável que muito disso fosse reproduzível na NBA. Ainda bem que erramos. Na rodada seguinte, porém, Davidson perdeu para Kansas, que acabou campeã daquele ano sob a liderança dele, o grande Mario Chalmers.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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