Todo mundo odeia as segunda, ama as sextas e assiste futebol nas quartas. Que graça tem a terça-feira? É dia de Filtro Bola Presa, o momento para ficar por dentro de tudo o que jamais iria virar um post de 19 parágrafos no Bola Presa. Entre vídeos, estatísticas causos e boas matérias espalhadas por aí, o que temos pra hoje?
Que tal começar falando de ÓCULOS? Nada mais excitante que falar de troços que penduramos nas orelhas para enxergar o mundo. Mas Kawhi Leonard não usa óculos para enxergar melhor, muito pelo contrário. O óculos que ele usa visa ATRAPALHAR a sua visão.
Como conta Tom Haberstroh, da ESPN, tudo começou com Michael Jordan. Ele disse para seu técnico particular que queria treinar com luzes piscantes, como em uma balada. O objetivo era treinar a si mesmo para lidar o o White Out, aquele milissegundo em que os flashes das câmeras disparam em todos os cantos da quadra, justamente quando MJ arremessava. Problemas de primeiro mundo, sabe.
Um fotógrafo, Andrew Bernstein, criou um problema ainda maior ao instalar um grande flash no topo das arenas, sempre sincronizado com sua câmera. O sistema para criar fotos melhores existe até hoje, mas é menos perceptível porque as transmissões atuais tem muito mais frames que as do passado. Segundo Bernstein, porém, há mais de 1.000 flashes rolando a cada partida.
O treinador de Jordan, então, para recriar esses flashes, criou um óculos que ficava eternamente piscando, para tirar essa visão momentânea que Jordan citava e precisava saber como ignorar:
O que parecia ajudar para uma coisa só, passou a ajudar em várias. Jordan disse que sentia como se o jogo todo estivesse em câmera lenta quando usava o aparelho, e ficava mais fácil de repetir depois, sem usá-los. O treinador decidiu manter segredo da técnica, mas isso virou um problema: ninguém soube, ninguém copiou e os óculos pararam de ser fabricados.
Apenas em 2011 a Nike lançou um modelo novo, e um estudo de Duke provou que o treinamento com esses tipo de óculos melhora a retenção de memória visual e a habilidade perceptiva. O próximo grande cliente dos óculos foi Stephen Curry, que resolveu apostar na tecnologia mesmo após ter sido MVP e campeão da NBA. Bom, vocês lembram da melhora dele no ano passado e das 400 bolas de 3 pontos!
A versão usada por Kawhi Leonard, focada para o seu drible e para jogadas de mano-a-mano, é diferente, feita especialmente para militares treinarem para combate. “É como se a bola estivesse se mexendo em câmera lenta”, segundo Kawhi. Também funciona:
Ainda no campo da visão, uma das histórias mais estranhas da semana envolve Chris Paul, que admitiu que finalmente fez uma cirurgia para corrigir sua visão após ANOS vendo tudo embaçado. Dinheiro para a cirurgia ele tinha, claro, mas tinha MEDO também. CP3 é hipocondríaco, e disse que se algo está errado, “sinto que estou morrendo”. E por isso evitou por tanto tempo.
Ele era tão pirado com isso que ele DECOROU a ordem das letrinhas do teste de visão para poder enganar seu médico e convencê-lo de que não precisava operar!!!
Mesmo depois de fazer o procedimento, Paul disse que entrou em desespero durante as duas semanas que sua visão ainda ficou mais embaçada que o normal, algo normal durante a recuperação. Imagina aquele homem dando chilique com medo de nunca se recuperar? Ele disse que ligava todos os dias para o médico com medo de algo dar errado com seu olho.
Deu tudo certo, agora ele finalmente enxerga e é capaz de dar passes como esse aqui:
Existe jogador mais quinta série que o Dwight Howard? Por bem e por mal, não. A nova história é de uma pegadinha que ele pregou na própria mãe e que, de alguma forma, serviu pra cutucar os torcedores do Utah Jazz! O pivô disse que nesta offseason ele ligou para a mãe todo feliz, dizendo que fechou um novo contrato de 150 MILHÕES de dólares. Quando a mãe perguntou, empolgada, o time. Ele disse “Utah Jazz”, e a Sra. Howard desandou de chorar. E não foi de alegria.
Só então ele disse que voltaria para a terra natal deles, Atlanta, e então ela o perdoou. O caso lembra um pouco o da BIZARRA rivalidade entre Dirk Nowitzki, o cara mais gente boa da Terra, e os torcedores do Jazz. Durante os Playoffs de 2001, o alemão disse que o Mavs iria voltar para Dallas ao invés de ficar entre um jogo e outro em Salt Lake City porque “Utah is a bad city“. O seu inglês era ruim e ele não conseguiu dizer que o ambiente era hostil, e nem especificou que Utah é um ESTADO, não uma cidade. No jogo seguinte uma faixa no ginásio dizia “Germany is a bad city”.
Essa já tínhamos adiantado no nosso último podcast, mas é legal mesmo assim: pela primeira vez na história da NBA tivemos 5 jogadores ultrapassando os 300 pontos marcados nos primeiros 10 jogos da temporada.
What if I told you the 2016-17 #NBA season would start with five scoring performances the likes of which the league has never seen… pic.twitter.com/4zITBJ1kEg
— StatMuse (@statmuse) November 16, 2016
Falando em estatísticas espetaculares, e se eu te dissesse que os 11 primeiros do Los Angeles Clippers registram um saldo de pontos melhor do que os 11 primeiros jogos do Golden State Warriors na temporada passada? É a quarta melhor marca da história da liga!
Through 11 games, 2017 Clippers (+183) have a better point differential than 2016 Warriors (+179). No. 4 all time… pic.twitter.com/FdxbWLwFkl
— Ben Golliver (@BenGolliver) November 15, 2016
Você é Embiideiro? Eu sou Embiideiro assumidíssimo! Já perdi a vergonha de assumir que deixei alguns jogos bons de lado só porque queria ver o LIXO do Philadelphia 76ers só por causa do novato mais legal da temporada. O chato é que ele ainda está com restrição de minutos por causa de suas lesões, então joga no máximo 24 minutos dos 48 de partida. Quando ele sai dá vontade de ir ver outros jogos no League Pass, mas como vou saber quando voltar?
Bom, nossos problemas acabaram! A conta IsJoelInTheGame? no Twitter existe apenas para nos avisar quando Embiid entra em quadra! É um olho no League Pass, o outro no Twitter e o outro nas mina!
Yes
— Is Joel Embiid Playing? (@IsJoelInTheGame) November 18, 2016
No duelo da última semana entre Toronto Raptors e Golden State Warriors, lá no Canadá, o Raptors organizou mais uma edição da sua Drake Night, uma noite temática em homenagem ao rapper mais famoso da cidade. Empolgado com a homenagem, Drake resolveu que iria encher o saco de Kevin Durant. Primeiro provocando ele durante a partida…
Olha a reação do Drake do lado do Durant depois da cesta do Raptors 😂😂😂😂https://t.co/bxTS18ZBHg
— Camisa 24 (@camisa_23) November 17, 2016
…depois dando uma senhora TROMBADA no jogador do Warriors durante a entrevista pós-jogo. Mas aí nem o Escoteiro Durant aguentou: “Eu não dou a MÍNIMA pra Drake Night”
KD wanted to throw hands https://t.co/a6oMLC3NfS
— XXL Magazine (@XXL) November 17, 2016
Mas eles se amam!
When yo homie that has no game say "watch how I pull her" https://t.co/gD2IxcTWE4
— 𝐽𝑎𝑦 イカ (@SQUlDZ) November 17, 2016
Nessa noite, Drake usou uma camiseta com uma imagem da Doris Burke, repórter e comentarista de NBA da ESPN nos EUA. Ele explicou depois que é um grande admirador dela e que queria mostrar esse carinho. Bonito, né? Aí ele quase estragou tudo dizendo que queria jantar com a moça, mas desde que ela fosse sozinha. Nada como um xaveco onde você parece um abusador bêbado, né?
A parte estranha é que DEU CERTO! Come ele, Doris!
@Drake dinner is on ❤️️
— Doris Burke (@heydb) November 17, 2016
A fase do Toronto Raptors não é das mais fáceis. Eles jogaram em noites seguidas contra o Cleveland Cavaliers (perderam) e Warriors (perderam de novo), e então partiram para quatro jogos fora de casa na costa oeste. O primeiro era contra o Sacramento Kings. Até parece fácil, mas na verdade o time é o NÊMESIS de DeMar DeRozan. Efeito colateral da “Lei do Ex” por causa de Rudy Gay? Não sei, mas é vejam só:
Toronto's DeMar DeRozan is averaging 17.5 PPG against Sacramento this season … compared to 33.9 PPG against all other teams.
— Marc Stein (@TheSteinLine) November 21, 2016
Dos 14 jogos de DeRozan no ano, o cestinha da NBA só não fez 25 ou mais em dois. Nos dois contra o Kings! Fez 23 na partida em Toronto, e míseros DOZE no jogo na Califórnia. E o pior, perderam os dois. O último foi ainda mais dolorido porque a cesta que empataria o jogo, de Terrence Ross, foi anulada em decisão polêmica:
Terrence Ross’ game-tying three was waved off and Dwane Casey was NOT happy (NSFW) pic.twitter.com/rOfVIgh6Ss
— Bleacher Report (@BleacherReport) November 21, 2016
Tão polêmica que Kyle Lowry incorporou seu Rasheed Wallace interior e só respondeu “no comments” ao fim da partida para evitar multas por xingar a arbitragem com todos os nomes que mereciam.
Ou talvez Kyle Lowry estivesse tenso só porque seu BROMANCE com DeRozan não vive o seu melhor momento…
JOGADA BOLA PRESA DO ANO?
Aqui está um fortíssimo candidato a Jogada Bola Presa desta temporada. Veja como reúne tudo o que valorizamos: (1) Imprevisibilidade, (2) Humor, (3) Talento e (4) O que eu estou vendo aqui?!
Esse jogo entre Memphis Grizzlies e LA Clippers teve um final emocionante, com Marc Gasol finalizando o jogo com uma bola de 3 da zona morta. Para celebrar ele imitou a dancinha do lutador Connor McGregor e pediu desculpas… A NINGUÉM!
I want to apologize…. TO ABSOLUTELY NOBODY!#GrindCity pic.twitter.com/JN6p8YdV0G
— Marc Gasol (@MarcGasol) November 17, 2016
Outros lances podem muito bem ganhar eventuais prêmios nesta temporada:
Que tal o FUNK DO PACHULIA? Quem em sã consciência faz isso depois de marcar míseros DOIS dos seus QUATRO pontos no jogo?
E o que será que o técnico Quin Snyder disse para Dante Exum quando ele simplesmente DESISTIU de marcar James Harden quando percebeu que um tombo estava próximo?
Já comentamos no podcast que um dos melhores cabelos da NBA é de Gordon Hayward, o ala do Utah Jazz. Descobrimos essa semana que aquela beleza toda não é conquistada de maneira fácil. Tem muito trabalho e dedicação por trás!
Sabemos que o Russell Westbrook é uma máquina de estatísticas INSANAS, mas que tal essa? Ele se tornou apenas o segundo jogador da história a acumular 13.000 pontos, 3.400 rebotes e 4.500 assistências em seus primeiros 600 jogos como profissional. Só Oscar Robertson, o homem que teve média de triple-double por uma temporada, já havia feito isso antes.
#NBAHistory Russell Westbrook now only 2nd player EVER to record 13,000p-3,400r-4,500a through first 600 games. Joins Oscar Robertson pic.twitter.com/TWfENs7gar
— OKC THUNDER (@okcthunder) November 19, 2016
Falando nisso, as médias atuais de Westbrook são de 31,6 pontos, 9,7 rebotes e 10,4 assistências após 14 jogos. Será que dá pra fechar o ano com média de triple-double? Confesso que esse era um dos recordes que eu colocava na lista de marcas impossíveis, tipo quase todo recorde do Wilt Chamberlain.
Em um recorde menos nobre, será que a volta de Jrue Holiday salva o Anthony Davis de acabar o ano com média de pontos maior que a de TODOS os outros titulares somados?!?
Anthony Davis is averaging more points per game this season than the rest of the current Pelicans starters combined. pic.twitter.com/lJHEOqleud
— StatMuse (@statmuse) November 21, 2016
Quantas vezes você já enterrou, amigo internauta? Eu não enterro uma bola na cesta há mais de década, e jamais consegui em um jogo. Ficava na faculdade, matando aula, no auge de minha forma física, tentando dar umas cravadas em um aro que talvez tivesse alguns centímetros a menos do que deveria. Bons tempos! Pelo menos tenho a desculpa de que sou um anão de 1,80m que nunca foi nada próximo de um profissional.
Hora de saber quem são os jogadores da NBA que estão há mais tempo sem uma enterradinha sequer…
Ranking: The NBA players with the most games without a dunk. pic.twitter.com/raJPAZzb9R
— HoopsHype (@hoopshype) November 17, 2016
Não sei se vocês sabem, mas a NBA vive uma EPIDEMIA de irmãos. Temos os gêmeos Morris, os Lopez, os Gasol, os Harrison, os Curry, os Zeller, os Holiday… enfim, demais. Mas ninguém supera a família Plumlee! São TRÊS jogadores: Mason, Miles e, agora, Marshall, que foi contratado pelo NY Knicks.
Ainda ralando na carreira, Marshall joga no Westchester Knicks, afiliado do time principal na Liga de Desenvolvimento. No último sábado ele marcou 22 pontos para o seu time e depois do jogo ficou treinando até a meia-noite com seu irmão Mason, que estava na cidade para um jogo do Blazers contra o Nets. Cansado, foi dormir tarde e acordou às 10h da manhã com uma ligação do Knicks: ele deveria sair de Westchester, nos arredores de Nova York, e correr para a cidade, porque Joakim Noah estava doente, eles precisavam de um pivô e a partida, por ser um domingo, seria logo no começo da tarde.
O novato pegou um trem, depois um táxi e, como em toda boa cidade, ficou TRAVADO no trânsito! Com o aquecimento já rolando, ele desceu do carro e foi CORRENDO PELAS RUAS DA CIDADE para chegar ao Madison Square Garden a tempo. Quando perguntaram se ele precisava se aquecer, respondeu que “já estou aquecido”.
O menor Plumlee jogou 5 minutinhos, pegou um rebote, cometeu uma falta e tentou, só tentou, marcar Dwight Howard. Quando Kent Bazemore viu que o pobre e cansado novato tentava marcar seu pivô, não se aguentou e RIU antes de lançar a ponte aérea:
Quando nós do Bola Presa finalmente realizarmos nosso sonho de comprar o Milwaukee Bucks, vamos mudar muitas coisas por lá. A primeira, claro, vai ser dar um lugar pra gente logo atrás do banco de reservas para darmos palpites na orelha do Jason Kidd.
Mas JAMAIS iremos mudar a pessoa que tem as ideias de interações com a torcida no meio das partidas. O GÊNIO que criou a ‘Bandwagon Cam’ merece um aumento! O termo ‘bandwagon‘ é usado quando alguém, de repente, resolve adotar uma opinião ou atitude que está muito na moda. No esporte, é para quando alguém resolve torcer para um time depois que ele se tornou o melhor.
O Bucks acionou a ‘Bandwagon Cam’ para flagrar pessoas com o uniforme do Golden State Warriors na torcida e colocar legendas para comentar casa caso:
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”-Esqueceu que o Warriors desperdiçou uma liderança de 3 a 1″]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/11/A4.jpg[/image]
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”-Torcedor do Warriors desde 2015″]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/11/A3.jpg[/image]
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”-Comprou essa camiseta hoje, mais cedo”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/11/A2.jpg[/image]
[image style=”” name=”on” link=”” target=”off” caption=”-Não sabe em que cidade joga o Golden State Warriors”]http://bolapresa.com.br/wp-content/uploads/2016/11/A1.jpg[/image]
E encerramos a semana com o momento mais esperado…
MASCOTES POWER RANKING!
Essa semana seria a da primeira aparição do nosso mascote favorito, mas Benny The Bull não conseguiu uma boa performance numa entrevista de rádio. Fica pra semana que vem, Benny!
Benny sat down with @RachelBrady_ of @WLSAM890 to talk about his recent mascot hall of fame nomination. The interview didn't go too well… pic.twitter.com/YFmL6K7j9d
— Chicago Bulls (@chicagobulls) November 11, 2016
Outro que chegou perto de pontuar foi o Rocky, do Denver Nuggets. Não só porque ele acertou uma cesta de costas do meio da quadra, afinal esse é SEU TRABALHO! Mas pelo seu ESTILO e atitude após o arremesso. Nada como um mascote convencido!
Só não deu pra ele levar os pontos porque tiveram outros dois mascotes com performances ainda melhores! O VENCEDOR da semana é o herói dos anos 90 Hugo The Hornet, que levou todas as dancinhas mais famosas e ~VIRAIS~ dos últimos anos para uma mesma performance.
E os 5 pontos da segunda colocação vai para Rumble the Bison, do OKC Thunder, que teve um BAITA trabalho para fazer um mini documentário e mostrar como é dura a vida de um mascote inflável na NBA.
O Ranking após a Semana 4 fica assim:
Raptor > 10
Moondog > 10
Grizz > 10
Hugo > 10
Rumble > 10
Clutch > 5
Stuff > 5