🔒Filtro Bola Presa #80

A temporada está entrando no último quarto, amigos! Vamos aproveitar as últimas semanas de Filtro Bola Presa antes do RECESSO de Playoffs. Nesta semana temos dicas de livros, jogadores presos em elevador, maconha, acidente de carro, ganhador de Oscar, arremessos decisivos e alguns recordes de James Harden só pra não abandonar a tradição desta temporada.

CLUBE DO LIVRO DA SEMANA

Nesta semana tenho duas dicas de livro que eu NÃO LI. O mundo digital é assim mesmo, amigos, a gente recomenda livro na internet mas não tem tempo pra ler. Na verdade um deles nem saiu: o Kirk Goldsberry, um dos caras que mais e melhor estudou a revolução estatística do basquete nos últimos 10 anos, vai lançar no próximo dia 30 de abril o ‘Sprawball‘, que conta como a bola de 3 pontos ajudou a montar o basquete contemporâneo. Aparentemente a obra conta com ótimas ilustrações, como é de praxe nos trabalhos do cara. Destaque para o desenho de Manu Ginóbili ensinando o conceito do eurostep para seu aluno James Harden:

Um preview legal do livro está na imagem abaixo: as localizações de arremesso mais comuns na NBA em 2000-01 e em 2017-18. O jogo de meia distância não morreu, mas perdeu MUITO protagonismo:

O segundo livro até já saiu e eu planejo ler, mas a mera EXISTÊNCIA dele já é o bastante para virar uma nota aqui no Filtro. Sente o drama: Royce White, o ex-jogador do Houston Rockets que sofria com crises de ansiedade e nunca conseguiu carreira na NBA, decidiu largar o basquete e se tornar um lutador profissional de MMA. Logo depois de anunciar a mudança, anunciou também um livro: MMA x NBA: Uma crítica do esporte moderno nos Estados Unidos.

Captura de Tela 2019-03-01 às 9.51.26 AM

E não sei como passou em branco, mas esse é o SEGUNDO LIVRO do jogador que foi personagem do texto mais comentado da história do Bola Presa. Ele também escreveu um sobre a NBA e a questão da saúde mental, a grande questão que o afastou da liga em primeiro lugar. Faço aqui um compromisso de ler ao menos um dos dois livros e revisitar o texto famoso nesta offseason.


QUASE TRAGÉDIA DA SEMANA

Nesta semana Karl-Anthony Towns desfalcou o Minnesota Timberwolves pela primeira NA CARREIRA. Sim, o pivô tinha 303 partidas seguidas desde que estreou na liga, era a maior marca deste tipo desde 1970. A causa do desfalque foi uma concussão provocada por um acidente de carro. Deixo Towns falar se o acidente foi grave ou não:

Eu diria que tinha 5% de chance de sair com vida. Diria que tinha 4% de ficar gravemente ferido e 1% de uma lesão leve. Fiquei nesse 1%

UAU. Dois jogos depois, ele voltou com 34 pontos, 21 rebotes e 5 assistências:


FRASE DA SEMANA

Lembram quando o ex-jogador e ex-técnico Don Nelson apareceu na cerimônia do Hall da Fama parecendo um rockstar aposentado?

Pois ele agora faz jus ao visual com as melhores aspas que só alguém que não pode ser multado pela NBA pode soltar. Em um evento do Golden State Warriors que celebrava o time do “We Believe”, que fez história nos Playoffs de 2007 sob o comando de Nelson, ele foi perguntado sobre o que fazia na vida pós-basquete: “Tenho fumado maconha”, respondeu. Para a surpresa de NINGUÉM, o Stephen Jackson vibrou muito na mesa…

Como as políticas americanas em relação à maconha estão afrouxando, Don Nelson nem pode ser atacado pelo o que falou. Não é o mesmo caso de Nikola Jokic. Ele convidou os torcedores a irem ao ginásio para o jogo contra o OKC Thunder e mandou: “mesmo se eles não deixarem, arranje um jeito de entrar”:


OSCAR DA SEMANA

O ator Mahershala Ali, atual BI-CAMPEÃO do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, já foi jogador de basquete. No domingo acharam vídeos de quando ele, nos anos 1990, jogou como armador da Universidade St. Mary:


ESTATÍSTICAS DA SEMANA

O Boston Celtics está decepcionando aqueles que apostaram que eles iriam dominar o Leste nessa temporada. Em outras palavras, eles estão decepcionando TODO MUNDO. Na busca para saber quem é o culpado, já descobriram números que indicam um herói e um vilão improváveis.

Quando o pivô australiano Aron Baynes joga ao menos 15 minutos, o Boston Celtics tem 15 vitórias e míseras 2 derrotas. Quando ele joga menos, são só 22 vitórias e 21 derrotas. E o Rating Defensivo, que calcula quantos pontos por 100 posses de bola o time sofre, despenca sem o australiano. Mas se Baynes é o herói, quem é o vilão?

Volta para o LeBron, Kyrie. Com ele você era feliz! E leva o Anthony Davis junto, o Monocelha até já está recebendo OVAÇÕES da torcida de Los Angeles mesmo usando o uniforme errado. Vocês serão amados em LA:

A derrota do Golden State Warriors para o Orlando Magic não foi só rara e improvável por se tratar de um time fraco do Leste, mas também pela circunstância. Os atuais campeões venciam por 11 pontos no começo do quarto período, essa foi a primeira vez que o time tomou uma virada depois de entrar no último período com vantagem em dígitos duplos desde OUTUBRO DE 2017!

Não foi uma viagem agradável para o Warriors. No dia anterior, ainda na Flórida, eles tinham perdido para o Miami Heat no ÚLTIMO SEGUNDO. Cortesia de Dwyane Wade, que acertou o quinto arremesso vitorioso de sua carreira no estouro do cronômetro:

Vale ver a jogada e comparar com a que Dwyane Wade TOMOU há 10 anos contra Kobe Bryant em Los Angeles. O próprio Wade percebeu a semelhança e agradeceu Kobe por ensiná-lo a fazer arremessos improváveis usando a tabela no segundo final:

E a segunda maior sequência de jogos com ao menos 30 pontos da história da NBA chegou ao fim. Após inacreditáveis 32 partidas, James Harden falhou em passar dos 30 contra o Atlanta Hawks, marcou APENAS 28. O fraco time do Leste perdeu o jogo, mas tratou de fazer MARCAÇÃO QUÁDRUPLA para impedir que o barba marcasse os últimos dois pontos nos segundos finais:

Nesse jogo, o novato Trae Young quebrou uma marca curiosa: a maior distância média de arremessos de 3 tentados nos últimos seis anos (se não me engano, não existem muitos dados precisos de antes disso). Ele arremessou DOZE bolas de 3 pontos a uma distância média de 8,74 metros da cesta. Na NBA, a distância da cesta para a linha dos 3 é de 7,24 metros =0

Mas James Harden não desanimou, não. Na mesma semana que não chegou aos 30, passou dos 50. Ele fez CINQUENTA E OITO pontos contra o Miami Heat, a terceira maior marca da história do Houston Rockets. Ele empatou com James Harden e agora está apenas atrás de James Harden e James Harden. Completando o Top 5, James Harden:

Esse foi nada menos que o SEXTO jogo de Harden com ao menos 50 pontos na temporada, igualando Rick Barry, Wilt Chamberlain, Kobe Bryant e Michael Jordan como os únicos a conseguiram o feito num ano. Como critério de comparação,  Russell Westbrook, Kevin Durant e Steph Curry tem seis jogos de ao menos 50 pontos NAS SUAS CARREIRAS.


FALTA TÉCNICA DA SEMANA

Sabe aquele clássico sinal de falta técnica em que o juiz bate com a ponta do dedo médio na palma da outra mão, formando uma espécie de T cheio de dedos? Pois o Scott Foster, pesadelo do Houston Rockets, resolveu dar uma falta técnica com T minúsculo para Chris Paul. Nunca vi antes e acho que jamais verei de novo:

Isso tudo aconteceu no jogo entre Los Angeles Lakers e Houston Rockets em que James Harden foi eliminado com seis faltas após duas faltas de ataque no minuto final. Após a partida, Harden disse que Foster tinha um “problema pessoal” com ele, que era impossível de conversar com o juiz, que o árbitro é arrogante e que ele gostaria que a NBA jamais o escalasse de novo para uma partida da equipe no ano. A multa que Harden levou por desabafar foi de singelos 25 mil dólares.


TRASH TALK DA SEMANA

Jogadores se ofendendo gratuitamente dentro das quatro linhas acontece o tempo inteiro, mas nem sempre os microfones capturam as alfinetadas tão bem:


HOMENAGEM DA SEMANA

Nem só de ofensas vive a NBA. No último duelo entre LA Clippers e Dallas Mavericks em Dallas, o técnico Doc Rivers parou o jogo com menos de 10 segundos para o seu final, pegou o microfone do Staples Center e pediu aplausos para Dirk Nowitzki. O alemão ainda não cravou que vai se aposentar ao fim da temporada, mas todos agem como se esse fosse o caso.  Ele pareceu ficar feliz com a homenagem:


TORCIDA DA SEMANA

Sabe como em todo podcast aparece algum ouvinte que chegou no mundo da NBA agora e está desesperado para saber para qual time torcer? Pois criaram no Reddit uma tabela para ajudar os indecisos:

Tabela

Não dá pra traduzir tudo, mas acho que vocês conseguem sacar. Eu gosto do caminho que leva até New Orleans Pelicans e Minnesota Timberwolves:

  1. Você quer torcer para o melhor time? NÃO
  2. Você quer torcer para o melhor jogador? NÃO
  3. Quão bom deve ser o time agora? NO MEIO DO CAMINHO
  4. Você quer torcer para um time que ganhou alguma coisa nos últimos 40 anos? NÃO
  5. Cidade grande, mesmo que seja o segundo time mais popular lá? NÃO
  6. Roxo ou Azul? AZUL
  7. O que você acha de times com temática mágica? ISSO É BASQUETE, NÃO QUADRIBOL
  8. Que solução parece menos dolorosa? Sua mulher está de deixando (PELICANS) ou Não alcançar seu potencial e decepcionar todos que acreditaram em você (WOLVES)

NOSTALGIA DA SEMANA

O HoopsHype compilou imagens dos 30 técnicos da NBA em seus tempos de jogador. Desde o recente Luke Walton até um irreconhecível Tom Thibodeu e um hilário Terry Stotts, temos imagens dos PROFESSORES da liga atuando na NBA, na Europa ou no basquete universitário:


MINA DA SEMANA

Quem se aventurou a ver o jogo entre Chicago Bulls e Memphis Grizzlies na última semana pode ter se surpreendido com uma mulher narrando a partida na transmissão de Chicago. Embora o número de comentaristas mulheres até tenha crescido nos últimos anos, vê-las na narração ainda é raríssimo. A dita cuja era a Lisa Byington, que narra uma penca de esportes universitários e foi convidada pela NBC Chicago para fazer parte da equipe que substitui o veteraníssimo Neil Funk nesta temporada. Após incríveis VINTE E OITO ANOS, o narrador decidiu que iria diminuir o ritmo e cortar 20 jogos fora de Chicago da sua rotina. Ele merece o descanso e mulheres como Lisa merecem a chance de aparecer em eventos maiores.


FOTOS DA SEMANA

As duas imagens, com estes recortes, estão fora de contexto. Mas quem, em 2019, se importa com a verdade? Simbolismo é tudo e ver Kyrie Irving se tornar o LeBron James rabugento é como ver aquela criança que tomava surra do pai dizer para o filho que é só por isso que ele se tornou uma pessoa correta:

Mas a melhor foto da semana é uma enterrada de Giannis Antetokoumnpo. Não pelo Greek Freak, ele enterra o tempo todo, mas pelo cara disfarçado que está logo abaixo dele. Por que Corey Brewer resolveu colocar uma faixa, barba e óculos? QUEM É ESSA PESSOA? Por que ele está se escondendo? Todo mundo sabe que é você, Corey. E por que você não está olhando para o lance?


TIME UNIDO DA SEMANA

É sabido de todos que o Portland Trail Blazers é um dos times mais unidos da NBA. Os caras são amigos, jantam juntos, treinam juntos na offseason e compartilham diversos momentos extra quadra. O que eles não planejaram, porém, era ter que compartilhar tempo num ELEVADOR QUEBRADO em Boston:

E não foi fácil, foram mais de TRINTA MINUTOS num lugar minúsculo com diversos homens gigantescos. Enquanto Rodney Hood e Damian Lillard não pareciam muito bem, Enes Kanter fez nossa alegria compartilhando tudo em vídeo. No dia seguinte apenas Evan Turner teve coragem de pegar elevadores:

Evan Turner


SHOW DO INTERVALO DA SEMANA

Por falar em Giannis, achei muito legal que ele resolveu participar do show do Ja Rule no intervalo de uma partida do Bucks em Milwaukee. Pode parecer que ele só voltou do vestiário antes da hora e está treinando arremessos, mas juro que ele deve A-D-O-R-A-R a música:

E se tem uma coisa que a internet e os vídeos de gatinho deveriam ter ensinado a sociedade é que MENOS É MAIS. Pra que chamar um rapper famoso, com cachê caro e uma super produção se nós nos divertimos muito mais com um rapaz gordinho dançando e dando piruetas enquanto usa uma camisa retrô do Michael Redd?

Outro time que mandou bem no intervalo foi o Charlotte Hornets, que teve os seus jogadores lendo um livro de rimas infantil do Dr. Seuss, mas como se fosse um rap contemporâneo:

Sem dúvida divertido, mas pareceu aleatório demais? Nosso assinante Marcelo Martins explicou a origem da brincadeira no grupo de assinantes:

Captura de Tela 2019-03-01 às 10.05.41 AM

E o Denver Nuggets acabou entrando na moda também. Achei o Michael Porter Jr bem empolgado com sua performance:


GIFs DA SEMANA

Na nossa sociedade os GIFs surgiram como uma alternativa ao vídeo. Antes da Era YouTube e ainda antes das redes sociais, postar um GIF era um jeito de mostrar um vídeo curto de algo que parecia legal. Até aqui no Bola Presa já usamos essa ferramenta para mostrar jogadas muitos anos atrás. Mas o mundo é outro em 2019. Os GIFs se tornaram maneiras especiais de demonstrar emoção. Só falar “que porra é essa?!”, por exemplo, parece não ter o mesmo impacto de mandar esse GIF do David Fizdale:

Já o Larry Nance Jr nos deu uma bonita reinterpretação do clássico GIF do Alonzo Mourning:


MASCOTES POWER RANKING

Os 10 pontos vão para o Rumble, mascote do OKC Thunder. Ele tem feito um bom trabalho divulgando eventos do ginásio da equipe, como a Star Wars Night, que acontece neste domingo…

… ou o show da cantora de “música de menina” Pink

… e até  levando ingressos para funcionário da rede Love’s, que patrocina o OKC Thunder e presenteou alguns de seus funcionários com ingressos para os jogos:

Os 5 pontos dessa semana vão para Harry, que pelo jeito vai finalmente conseguir encher o ginásio do Atlanta Hawks. Ele saiu nas ruas da cidade com um monte de ingressos nas costas e desafiou TRANSEUNTES pelos tíquetes em dificílimas partidas de jokempô, o tradicional pedra-papel-tesoura:

RANKING

Bango – 45
Rumble – 35
Coyote, Benny e Franklin – 30
Grizz – 25
Raptor – 20
Crunch, Hugo, Jazz Bear, Clutch, Harry e Rumble – 15
G-Wiz e Stuff – 10
Champ, Slamson, Gorilla, Chuck, Pierre, Moondog e Rocky – 5

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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