🔒Filtro Bola Presa #99

Muita coisa aconteceu na última semana, mas nenhuma foi mais marcante, emocionante e dolorosa que a morte de Kobe Bryant em um acidente de helicóptero em Los Angeles. Morreram também sua filha Gianna Bryant e mais sete pessoas. A tragédia chacoalhou o mundo da NBA de uma maneira que não era vista, talvez, desde o anúncio do HIV de Magic Johnson, visto na época como uma sentença de morte. Vamos guardar as boas histórias, lances bizarros e mascotes para a próxima edição do Filtro Bola Presa e colocar aqui só as coisas relacionadas a Kobe: homenagens, bons textos, choro e muitas boas memórias.


COINCIDÊNCIA DA SEMANA

Uma das coisas que mais impressionaram em toda essa tragédia são as homenagens feitas a Kobe ANTES do acidente. No sábado à noite, poucas horas antes do acidente, LeBron James ultrapassou justamente Kobe no terceiro lugar da lista de maiores cestinhas da história da NBA. A partida foi na Philadelphia, cidade natal de Kobe e onde a dupla já havia compartilhado um momento importante em 2001, quando LeBron ainda era uma promessa colegial. Ele contou o caso após a partida:

Embora ambos já tivessem se visto em um ABCD Camp, evento que reúne alguns dos melhores jogadores adolescentes dos EUA, em 2000, foi no ano seguinte, antes do All-Star Game da Philadelphia que eles interagiram de maneira mais profunda. LeBron foi até o hotel onde Kobe estava hospedado antes do evento e eles conversaram. Kobe deu ao jovem admirador um de seus tênis, uma versão rara da sua linha da Adidas com as cores da bandeira americana, que LeBron usou no dia seguinte em um jogo muito esperado contra o time de Oak Hill de Carmelo Anthony. O legal é que o tênis era de um número MENOR do que o usado por LeBron, mas ele usou mesmo apertado:

No jogo deste sábado LeBron usou um tênis assinado por Kobe e com a mensagem #Mamba4Life, além do número de Kobe e do número de pontos que LeBron estava fazendo para ultrapassar o amigo.

A Nike até resgatou aquele PENTELHO do Lil Dez, a criança curiosa e empolgada que não deixava a versão FANTOCHE de LeBron e Kobe em paz naquela histórica campanha publicitária de 2009.

Também dias antes da tragédia o tenista sérvio Novak Djokovic estava no Aberto da Austrália (vencido por ele neste último domingo) falando de como Kobe havia o ajudado a superar um momento ruim na carreira:


SILÊNCIO DA SEMANA

O primeiro jogo do domingo após o acidente foi entre Denver Nuggets e Houston Rockets, que contou com um minuto de silêncio enquanto o resto do mundo ainda tentava entender o que tinha acontecido poucas horas antes. Tyson Chandler, o veterano pivô do Rockets, parecia um dos mais abalados ao longo do jogo:

Logo depois, porém, os times começaram a pensar numa homenagem diferente, original e personalizada: deixar passar, sem jogar, os 24 segundos das primeiras posses de bola sob os aplausos da torcida. Como Kobe jogou também com a camisa 8, além da 24, eventualmente os times passaram a alternar a violação de 24 segundos com uma de 8 segundos, tempo que um time tem para passar do meio da quadra:

Quando foi a vez do Minnesota Timberwolves prestar sua homenagem, Andrew Wiggins colocou a bola na linha de lance-livre de onde Kobe fez os pontos que o colocaram na frente de Michael Jordan na lista de maiores pontuadores da história da NBA.

Mas talvez a homenagem mais bonita tenha vindo do Brooklyn Nets, que deixou vagas as duas cadeiras onde Kobe e Gigi se sentaram em um jogo do Nets nessa temporada. A cena dos dois juntos, com Kobe explicando mil coisas do jogo para a filha super entretida, viralizaram na época e voltaram à tona nesta semana:


A PRIMEIRA DECLARAÇÃO

Foi só na quarta-feira à noite que Vanessa Bryant, esposa de Kobe, se pronunciou pela primeira vez. Ela usou o Instagram para agradecer o apoio de todos e para dizer que ela e as filhas estão devastadas pelo acontecimento. “Não há palavras para descrever nossa dor agora. Acho conforto em pensar que Kobe e Gigi sabiam que eram muito amados”, escreveu Vanessa. Foi interessante ver como ela se mostrou desde essa primeira mensagem focada em buscar apoio também para as famílias das outras vítimas do acidente.


LUTO EM CALABASAS

O helicóptero caiu em Calabasas, cidade no entorno de Los Angeles, onde fica a Mamba Academy, escola de basquete criada por Kobe para promover e desenvolver jovens jogadores e especialmente jogadoras de basquete. Haveria um campeonato no dia e por isso não só Gigi estava no voo, mas outras duas companheiras de time. Um momento de silêncio foi feito durante o torneio quando a notícia chegou:

O técnico do time adversário do de Kobe naquele domingo também é nome conhecido da NBA: o ex-Dallas Mavericks Jason Terry ficou sabendo da morte do adversário pouco antes da partida, imediatamente ordenou para que nenhum jogo mais fosse disputado. Ele disse ao The New York Times nesta semana que estava “literalmente tremendo” ao voltar a treinar suas jovens jogadoras nessa semana. À Fox Sports, ele afirmou que Gianna era uma “cópia ambulante” de Kobe e que suas filhas querem jogar basquete não por causa dele ou de Kobe, mas por causa de Gigi:


EMOÇÃO EM QUADRA

Muitos jogadores não quiseram nem conseguiram disfarçar o choro e a emoção em quadra nos primeiros dias após a tragédia. Um deles foi Trae Young, que chorou ao ser abraçado pela família antes de entrar em quadra no próprio domingo.

Usando excepcionalmente a camisa 8 para essa partida, Trae Young marcou 45 pontos, distribuiu 14 assistências e até acharam uma estatística forçada para fechar a homenagem: primeiro jogador a marcar 45 pontos em menos de 25 arremessos contra o Wizards desde Kobe Bryant em 2006. Tá valendo!

Para Trae Young a dor foi ainda maior por Gigi: Kobe foi a apenas três jogos nessa temporada, dois deles foram do Atlanta Hawks justamente porque Trae era o jogador favorito dela.

No outro time de Los Angeles, a cidade que mais sentiu a tragédia, um emocionado Doc Rivers falou de como os jovens jogadores do seu time, alguns que sequer conheceram ou jogaram contra Kobe, estavam emocionados com a tragédia:

Criado em LA, Paul George disse que Kobe “foi meu Michael Jordan” e que começou a jogar basquete por causa dele. Foi o ala o responsável por narrar a bonita homenagem que o time fez para Kobe no primeiro jogo do Staples Center depois da morte:

A dor foi bem pessoal também para DeMar DeRozan, que não conseguiria esconder a inspiração em Kobe nem se tentasse, tamanho seu estilo de jogo é parecido com o do Black Mamba. Ele precisou ser consolado por Gregg Popovich antes da partida. A emoção também tomou conta de Tim Duncan e Becky Hammon:

Depois da partida DeRozan disse que “tudo o que aprendi veio do Kobe. Tudo. Tire Kobe e eu não estaria aqui. Eu não teria o amor, a paixão, a vontade”. Companheiro de DeRozan no Spurs, o jovem Dejounte Murray disse que Kobe foi uma inspiração para ele como pai e que vê-lo com Gigi o motivou a levar sua filha junto dele para qualquer lugar que fosse:

Um dos grandes admiradores de Kobe na NBA atual, Devin Booker, que herdou até a vontade de arremessar tudo e bater recordes, chorou quando a torcida do Memphis Grizzlies começou a gritar po nome de Kobe na arquibancada:

Choro também visto nos olhos de Kyrie Irving, que virou amigo próximo e pessoal de Kobe nos últimos anos. O armador do Brooklyn Nets foi embora do Madison Square Garden, onde iria enfrentar o NY Knicks no domingo, assim que ficou sabendo do acidente e não participou da partida. Ele voltou no jogo seguinte para marcar 55 pontos e o chamar o amigo de mentor e filósofo:

Uma das mensagens mais tristes de ler foi a de Lamar Odom, que afirmou que preferia que ele tivesse morrido ao invés de Kobe. O jogador também lembra do apoio do amigo quando ele esteve próximo da morte há alguns anos. No dia seguinte, Odom postou um vídeo dele treinando e disse que era uma homenagem a Kobe e que iria tentar voltar a liga Big 3 inspirado por ele:

Em Portland, Carmelo Anthony falou com dificuldade sobre sua amizade com Kobe. Os dois ficaram muito próximos ao longo de suas carreiras e, como disse Melo, a relação ia muito além do basquete. Ele disse até que tinha combinado com Kobe dele aparecer no jogo entre Lakers e Blazers, que acabou sendo o primeiro do Lakers em casa após a tragédia. Carmelo preferiu não ir para a partida:

As homenagens chegaram também ao basquete feminino universitário. Primeiro pelo fenômeno Sabrina Ionescu, a maior promessa do basquete feminino atual e outra jovem que se tornou amiga de Kobe nos últimos anos. Emocionada, ela dedicou toda essa temporada a ele:

Já a Universidade de Connecticut homenageou Gigi. Programa mais vencedor do basquete feminino, UConn era o sonho de Gigi no futuro de sua carreira. Na primeira partida da tragédia ela ganhou flores e uma camisa do time:

Entre as profissionais, Diana Taurasi falou sobre como ela cresceu fã, continuou fã e que se identificava muito com Kobe mesmo muito antes de se conhecerem. Depois diz que a relação se desenvolveu de maneira natural, tamanha era a semelhança com a qual encaravam o basquete:


NBA FASHION WEEK

Para homenagear Kobe, os técnicos da NBA usaram tênis da sua linha durante as partidas. Nem sempre as combinações ficaram bonitas com os ternos, mas certamente foi mais confortável e um jeito criativo de lembrar que Kobe foi influente até nos calçados. É só clicar nas fotos abaixo para ampliar e ver o pack de Kobes =)


DICAS DE LEITURA


O SEGUNDO FUNERAL

Um dos jogos mais inesquecíveis da história da NBA, e o de segunda maior audiência da ESPN em temporada regular, foi marcante pelo pré-jogo, não exatamente pelo que Portland Trail Blazers e Los Angeles Lakers fizeram em quadra. Depois da NBA aceitar o pedido do Lakers de adiar o duelo de terça-feira contra o LA Clippers, o jogo marcou a primeira aparição pós-tragédia do time pelo qual Kobe fez história e onde ainda tem tantos amigos.

O preço dos ingressos disparou, diversos personagens da NBA e da história do Lakers estiveram presentes e a franquia fez um bonito trabalho de homenagear seu maior ídolo. E tudo começou com metade do ginásio recebendo camisetas número 8 e metade recebeu a camisa 24 para celebrar todas as épocas do ídolo:

Nos dois lugares ocupados por Kobe e Gigi na última partida que assistiram por lá, suas camisetas e flores:

O primeiro a pisar na quadra foi o rapper Usher, que cantou “Amazing Grace”enquanto o telão mostrava homenagens feitas a Kobe ao longo da semana:

Depois, uma apresentação ao vivo de violoncelo serviu de trilha sonora para uma celebração de Kobe narrada pelo próprio jogador. Um trabalho bem sensível e bem feito. Nada melhor que um cara que sempre quis tanto controlar sua narrativa e contar histórias que ele mesmo fazer sua homenagem final:

Foi então a vez de LeBron James ser chamado para um discurso. Achei que ele não ia conseguir, já que estava chorando segundos antes durante a execução do hino nacional, mas ele deu conta do recado. Primeiro leu o nome das nove vítimas, depois jogou fora o discurso que tinha planejado e falou “do coração”. Lembrou de Kobe, falou do luto e valorizou o carinho da torcida do Lakers ao longo da semana, afirmando que nesses momentos o mais importante é o apoio da família e que era isso que ele sentia lá.

Antes ainda do jogo, LeBron já tinha homenageado Kobe de outra forma. Ele fez uma TATUAGEM com uma Black Mamba, rosas e os dois números usado pelo amigo ao longo da carreira. Em sua primeira mensagem no Instagram após o acidente, LeBron disse que deus lhe deu “ombros largos” e que iria fazer de tudo para continuar o legado de Kobe. E pensar que menos de dois anos atrás a gente discutia se um dia a torcida do Lakers iria aceitar LeBron como ídolo…

Para finalizar, um bonito toque de anunciar todos os cinco titulares do Lakers do jeito que Kobe era anunciado:


NÚMEROS DA SEMANA

Os números 8 e 24 de Kobe e o 2, usado por Gigi, viraram obsessão da NBA nesta semana de homenagens: desde os segundos de silêncio a recordes forçados por aqueles que queriam ver intervenção divina em todos os acontecimentos. Mas aconteceram também mudanças mais práticas: diversos jogadores da NBA solicitaram à NBA trocas de número de camisetas após a tragédia. A liga, que normalmente só permite alterações entre uma temporada e outra, atendeu aos pedidos.

O primeiro a anunciar foi Spencer Dinwiddie, que mudou da 8 para a 26. Ele acha que não deveria mais usar o número de Kobe e citou “razões familiares” para escolher a 26:

Quin Cook, do Lakers, deixou de usar a número 2 para homenagear Gigi Bryant. Ele foi para o número 28, juntando o 2 da Mambacita com o 8 do seu pai. Cook foi um dos jogadores que mais sentiram o baque ao longo da semana: fã do Lakers desde muito criança e entusiasmado por jogar no time especialmente pelo amor do pai à franquia, Cook era fanático por Kobe e foi direto do aeroporto para o Staples Center no domingo da tragédia, se juntando a milhares de fãs anônimos no funeral improvisado na frente do ginásio:

Curioso como na cultura da NBA a homenagem se dá por NÃO USAR o número de alguém. Nos tempos de escola eu usava a camisa 8 por causa de Kobe e se fosse atleta de qualquer esporte hoje em dia usaria com ainda mais gosto para homenagear meu jogador favorito. Se não usasse, mudaria para fazer a homenagem. Para os americanos, não. Aqui a lista de quem fugiu do 8 e do 24 nesta semana:

E assim como o citado Trae Young acima, alguns jogadores mudaram de número por uma partida só. Joel Embiid, que disse que só começou a jogar basquete após assistir Kobe na final da NBA de 2010, usou a 24 por uma partida, com direito a grito de “KOBE!” depois de acertar um fadeaway típico do ídolo.

O curioso é que o número 24 já é aposentado no Sixers por causa de Bobby Jones. Embiid ligou pessoalmente para o ídolo dos anos 1970 e 1980 e pediu autorização para usar o número uma vez. Permissão gentilmente cedida.


ESTATÍSTICAS DA SEMANA

Em seu material sobre Kobe, o LA Times colocou todos os arremessos dele em um gráfico e destacou seus chutes mais famosos:

Quer saber quantos pontos Kobe fez no dia 4 de fevereiro ao longo da sua carreira? Fácil, só correr no On This Day Kobe e descobrir! Ele marcou 230 pontos em 4 de fevereiro:

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MEMÓRIAS DA SEMANA

Em 2008, Dwayne Wilson, responsável pelos materiais de treino e jogo do Sacramento Kings, sofreu um derrame. Ele estava no hospital prestes a tentar andar pela primeira vez quando Kobe ligou para saber como ele estava e para dizer que “se alguém vai sair andando daí, é você”. A história foi contada pelo ex-jogador Doug Christie na transmissão do Kings e citada pelo próprio Wilson em seu Instagram, onde disse que Kobe foi o primeiro a ligar naquele dia:

A história do Anthony Davis é mais leve: ele diz que sempre checa se está mesmo com o uniforme por baixo da roupa de aquecimento porque uma vez, na Olimpíada de 2012, esqueceu de colocar a camisa de jogo, não pode entrar na partida justo quando finalmente teria uma chance e tomou bronca de Kobe:

O Jeff Stotts, especialista em lesões na NBA, conta que na última temporada de Kobe ele ajudou o Baxter Holmes, da ESPN, em um texto sobre as lesões do jogador ao longo de sua carreira. O jornalista tinha computado 41 delas ao longo dos 20 anos dele na NBA, mas uma pesquisa mais profunda de Stotts encontrou nada menos que… 141! E só não jogava quando era literalmente impossível estar em quadra.

Uma boa lembrança veio de Shareef O’Neal, filho de Shaq que se tornou próximo do “Uncle Kobe” ao longo dos últimos dez anos. Ele repostou o vídeo de uma conversa de alguns anos atrás entre seu pai e Kobe, quando os dois sentaram para falar sobre os títulos e brigas dos seus tempos de LA Lakers no começo do século. Em um determinado momento, Shaq relembra de quando eles dividiram o troféu de MVP do All-Star Game de 2009 e Kobe disse que Shaq deveria ficar com o troféu e entregá-lo para Shareef, já que era um momento em que Shaq estava se reaproximando do filho e que ele ficaria feliz:

O menino não só ficou muito contente como tem até hoje a relíquia e disse que foi seu “presente favorito na vida”:

Eles chegaram até a trocar mensagens na manhã do dia do acidente…

Pai de Shareef e nome que sempre será citado ao lado de Kobe, Shaquille O’Neal foi um dos que mais se emocionou ao longo da semana. No especial organizado pela TNT, sua fala foi disparada a mais tocante. Ele disse que a morte de Kobe certamente já o mudou como pessoa, que ele trabalha demais e que não pode deixar para depois as coisas que quer falar para quem ele gosta. Shaq também fala sobre ter perdido a irmã há pouco tempo e que mal consegue dormir. Não é um momento fácil para o grande palhaço, no sentido mais nobre da palavra, da NBA e ele se abriu como poucas vezes o fez na vida:

Vale lembrar também da vez que Buddy Hield subiu na arquibancada para abraçar Kobe durante um jogo do mata-mata do basquete universitário. Ele era fascinado pelo Black Mamba e chegou a treinar com ele ao chegar na NBA, causo divertido que ele conta no Player’s Tribune: o medo de Hield de decepcionar Kobe era tão grande, assim como as histórias sobre os treinos de Kobe eram tão épicas, que eles marcaram às 6 da manhã e Hield chegou lá às 4 e meia. Vai que…

Embora tenha dito a princípio que nem queria tocar no assunto, Draymond Green acabou falando sobre sua relação com Kobe  e lembrou do apoio dele após a derrota do Warriors para o Cleveland Cavaliers na Final de 2016. Segundo Draymond, aquele era o pior momento de sua carreira (sua suspensão no Jogo 5 custou caro!) e Kobe estava lá para conversar e ajudar:

Foi legal ver também a lembrança de Rachel Nichols, da ESPN, de uma entrevista que ela fez com Kobe e Tracy McGrady há pouco tempo. Os dois falam sobre a amizade deles na juventude, como se ajudaram muito quando começaram suas carreiras afundados no banco de reservas e de como Kobe se afastou quando se tornou o lobo solitário maníaco por vitórias durante o tricampeonato do Lakers:

O comediante Jimmy Fallon contou em seu programa sobre como ele e Kobe se conheceram: ele com 21 anos, recém-chegado a Los Angeles para tentar se firmar como comediante, e Kobe com 17 anos logo depois de ser draftado pelo LA Lakers. Ambos não conheciam mais ninguém em uma festa, se aproximaram, viraram amigos e se tornaram celebridades conhecidas no mundo inteiro:


#GIRLDAD

Perder um ídolo é bem pesado, mas ver sua filha ir embora junto foi ainda mais cruel. E fica pior quando se pensa na relação forte que os dois estavam criando nos últimos anos, com Kobe e Gigi unidos pelo basquete e pela garota revelando nele um lado de liderança bem menos cruel do que o que vimos ao longo da carreira. Ele estava presente, encantado pelo amor da filha pelo jogo, sem aquela cobrança cruel que volta e meia vemos de pais de atletas. No vídeo abaixo, gravado não muito tempo antes do acidente, Kobe fala do amor dela pelo esporte:


OUTRAS VÍTIMAS

Uma das outras vítimas do acidente era John Altobelli, técnico de beisebol do Orange Coast College. Ele estava com a mulher Keri e a filha Alyssa, parceira de time de Gigi, a caminho do campeonato. Como conta a ESPN, “John era uma espécie de Kobe Bryant no mundo do beisebol de Junior College”.

Campeão estadual em 2019, o time de John iria começar a temporada na terça-feira e seus jogadores pediram para jogar mesmo de luto. Horas depois da notícia do acidente, cerca de 300 de jogadores e técnicos que passaram por Orange Coast se reuniram no estádio do time para homenagear o treinador.

Um dos jogadores a homenagear todas as vítimas do acidente foi Luka Doncic, que escreveu o nome das nove pessoas em seu tênis antes da partida. Luka não foi bem no jogo e admitiu depois que foi difícil se concentrar….

O último jogo que Kobe foi assistir em Los Angeles foi justamente LA Lakers e Dallas Mavericks, já que Gigi também é fã de Luka. Kobe foi o pai babão que fotografou os dois juntos depois da partida:


INTERAÇÃO DA SEMANA

Vocês sabiam que Kobe e Paulo Coelho estavam planejando um livro infantil juntos? O escritor brasileiro disse que agora vai apagar o rascunho porque “o livro perdeu sua razão”.

Uma matéria do The Athletic que compartilhamos aqui algum tempo atrás conta como Kobe recomendou “O Alquimista”, de Paulo Coelho, para Kyrie e como o livro e a adoração pelo brasileiro se espalhou rapidamente NBA afora.


CRIATIVIDADE DA SEMANA

Os torcedores em frente ao Staples Center decidiram homenagear Kobe Bryant de uma maneira que qualquer fã de basquete já fez em algum momento da vida: colocaram um lixo no meio de todo mundo, atiraram bolinhas de papel e gritaram “Kobe!”:

Pontos também para quem fez esse mural em uma quadra de basquete nas Filipinas. O país é apaixonado por basquete e é claro que não faltam fãs de Kobe por lá:


FOFURA DA SEMANA

Esse garotinho usou todos os poucos recursos que tinha para reproduzir vídeos icônicos da carreira de Kobe. É uma versão improvisada e low budget daquele famoso comercial do Michael Jordan que não mostra o Michael Jordan até o último segundo.

Torcedor do Lakers e defensor de 87,4% das estatísticas.

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