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Amigos internautas, como vocês sabem o Filtro Bola Presa é um resumo de tudo o que de pouco importante acontece na NBA. Destacamos algumas jogadas de efeito em jogos que muita gente não viu, estatísticas que não mudam em nada a sua vida, links interessantes e notícias curiosas que movimentam o submundo da NBA. Durante a temporada regular é uma boa maneira de ficar por dentro das coisas, mas nos playoffs eu acho que é algo desnecessário. No mata-mata o negócio é falar dos jogos que, finalmente, valem alguma coisa! Por isso esse é o último Filtro da temporada. Ele volta (se a greve não for muito longa) em Novembro.
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– Mas não fiquem tristes, certamente não vão perder nada de interessante. Coisas boas que acontecem nos Playoffs você sempre fica sabendo. Ou você acha que se alguém der uma de JaValle McGee pra cima do Heat não vai ser notícia em todos os lugares do mundo?
E pior que o McGee não fez só isso, também deu um toco humilhante no Wes Matthews e até o Blake Griffin ele pegou. O dia que esse cara aprender a jogar basquete, ele vai ser incrível!
– Para deixar o Kevin Garnett orgulhoso: segundo uma rádio de Phoenix, o árbitro Ken Mauer gastou todo o seu trash talk no jogo entre Suns e Thunder duas semanas atrás. Quando o novato Zabian Dowdell estava reclamando demais de alguma coisa o juiz virou pro jogador e disse “pare de ser uma putinha” ou, em bom ingrêis, “stop being a little bitch”. Dowdell perguntou se o juiz teria coragem de dizer o mesmo pra ele fora da quadra e assim tomou uma bela expulsão no meio da fuça. Juiz pode ofender, Arnaldo? Eu acho que não, isso seria admitir que eles são pessoas e que se irritam, o que obviamente não é verdade.
– Alguém em algum lugar (precisão, você vê por aqui!) me passou um Print Screen muito engraçado que apareceu no UOL durante essa temporada. Mas por algum motivo eu sempre esquecia de postar. Hoje, como é o último Filtro do ano, não poderia deixar passar. Vejam a pérola:
Para quem não consegue ler (é só abrir a foto em outra aba, porém), a legenda diz “Eric Gordon, do Los Angeles Kares, se choca com Blake Griggin, dos Clippers, em jogo válido pela temporada regular da NBA”. O que mais dava pra errar nessa legenda?!?! Dizer que aconteceu no meio de um espetáculo de ballet?
– A SportsIllustrated não é uma revista tão boa quanto sua fama pode fazer parecer, mas de vez em quando eles fazem umas coisas bem legais. A melhor dos últimos tempos foi esse perfil do Doug Collins, excelente técnico do Sixers e melhor comentarista de TV que eu já vi na vida. Entre histórias e anedotas contadas, a mais espetacular é aquela em que Collins lembra, de cabeça, jogada a jogada, o que aconteceu nos últimos minutos de uma partida qualquer que havia acontecido 4 meses atrás! O cara é um gênio, uma enciclopédia do basquete ambulante.
– Ótimo texto do TrueHoop abordando a discussão sobre se a NBA deve ou não ter um Hard Cap (um teto salarial que não pode ser ultrapassado de maneira alguma). O texto diz que o tema é encarado como tabu por muita gente (entre dirigentes e jogadores) mas que não deveria, já que, no fundo, não seria muito diferente do que é hoje. É uma ótima leitura sobre as regras atuais e bem interessante para quem gosta dessa parte econômica da NBA. Para os interessados em entender como funciona o sistema salarial da NBA eu fiz dois textos sobre o tema: Entendendo o Salary Cap Parte 1 e ESC Parte 2.
– Nós sabemos que a adidas é nossa parceira e marca mais sensacional da Terra, e que aquela outra empresa que usa o nome da deusa grega da vitória é do mal. Mas os malvados mandaram muito bem ao contratarem a artista plástica Sara Blake para decorar a sua loja em Nova York, veja como a mina desenha demais!
– Uma música que associa mulheres com jogadores da NBA? Tudo em nome da rima!
– Seguindo o exemplo de Ron Artest, outro ícone da NBA contemporânea, Darko Milicic, resolveu fazer um leilão de seu anel de campeão. Na temporada 2003/04 o Darko era o “charuto da vitória humano” do campeão Pistons, só entrava quando o jogo estava ganho para mostrar para o adversário que a partida estava liquidada. Ele sempre se mostrou pouco emocionado com aquele título e agora decidiu que vai se livrar do anel, usando o dinheiro para pagar operações em crianças que tem a Doença de Batten, um transtorno mental raro que ataca crianças e tem um tratamento caro. Além do anel vai também para leilão o cinturão de campeão (tipo de boxe mesmo) que o Rasheed Wallace usava na época de Pistons e que deu de presente para Darko, esse o sérvio admitiu que foi mais difícil de abrir mão, mas que, no espírito de Pelé, o faz pelas criancinhas.
– Darko, além de boa pessoa (ou, uma das minhas expressões favoritas, “pessoa humana”), inspirou o nome de um dos blogs mais criativos sobre NBA na gringolândia, o FreeDarko. Este, infelizmente, anunciou hoje que encerra suas atividades. Se hoje existem blogs diferentes da linha tradicional de cobertura do basquete, o FreeDarko é parte importante dessa conquista. Para a história eles deixam um arquivo cheio de ótimos posts, dois livros espetaculares (um almanaque da NBA e outro sobre a história da liga) e uma loja onde você pode comprar pôsteres com as imagens mais fodas já feitas sobre basquete.
– Vocês viram essa coisa doida que o Marc Gasol fez?
Legal foi o narrador dizendo “Quem ele pensa que é, o Okafor?”. Tudo por causa dessa outra maluquice ainda mais impressionante! Assistência sensacional do Chris Paul, diga-se de passagem:
– Uma coletânea com as cinco melhores metáforas criadas pelo Kevin Garnett. Só clicando para entender pérolas como “Doc Rivers é como um bolo de aniversário”, “Se eu fosse uma Caesar Salad”, “Isso é como um esquilo verde”.
– Vocês sabiam que o Jay-Z já montou o melhor elenco de time de rua do mundo? E que esse elenco nunca jogou inteiro junto? A história é maluquinha. Em 2003 o rapper montou um super time com os nova-iorquinos Lamar Odom, Sebastian Telfair, Eddy Curry e Jamal Crawford, além de eventualmente um pirralho LeBron James. A equipe havia sido montada para derrotar um time montado por outro rapper, Fat Joe, que dominava a famosa quadra de Rucker Park em Nova York. A arma secreta de Jay-Z para essa surreal partida que parece ter saído de um filme da Sessão da Tarde era, acreditem, Shaquille O’Neal, que era uma arma secreta e apareceria de surpresa no meio do jogo.
A partida estava marcada e o clima estava montado quando, numa obra do destino, um apagão tomou conta de Nova York. O jogo, no meio da rua, de noite, foi adiado. Jay-Z, com turnê marcada pela Europa, não conseguiu achar uma nova data e a partida nunca aconteceu. Para mais detalhes dessa história maluca, a primeira aventura do Jay-Z, dono minoritário do Nets, como organizador de um time de basquete pode ser lida nesse post do TrueHoop.
Foto da Semana
Frase da Semana
“LeBron é o melhor em pegar os jogadores por trás” – Hubie Brown fazendo nossa imaginação fértil ir bem longe
– Se tivesse um prêmio de melhor multa do ano, iria para o Paul Pierce: 15.000 dinheiros por atirar um chiclete na torcida do Pacers!
Não sei o que o Pierce tem contra o Pacers, mas há algumas semanas ele já havia roubado a água de um torcedor de Indiana! Será que ainda é raiva dessa época?
– A pergunta que anuncia o episódio do programa “Frontline“, da TV Americana PBS, é a mesma que muita gente se faze a cada March Madness: “Se todo mundo está ganhando dinheiro com o negócio bilionário que é o basquete universitário, por que os atletas não podem?”. Para ver é só clicar aqui.
8 ou 80 – O cantinho das estatísticas desnecessárias
As estatísticas são colhidas em todo canto da Internet. Algumas em blogs, outras em sites, algumas na marra por conta própria. Mas a grande parte é coletada nas divulgações do Elias Sports Bureau e Basketball-Reference.com
– Essa é para quem gosta da briguinha de MVP: Sabia que o nanico do Derrick Rose tem um rebote ofensivo a mais (80 a 79) e o mesmo número de tocos (50) que o LeBron James? Esse último número, porém, é o maior da carreira do Rose e o menor da carreira do King James.
– Blake Griffin, com 62 double-doubles, é o terceiro colocado na categoria nessa temporada (atrás de Kevin Love e Dwight Howard) e é apenas o segundo jogador desde 1976 a ter mais de 60 double-doubles em seu ano de estréia. O outro foi Shaq, que teve 68 na temporada 92-93.
– Na semana passada o Wizards bateu o Pistons para assegurar uma sequência de 3 vitórias. Foi a primeira vez desde abril de 2008 que o time de Washington venceu 3 partidas seguidas! Esse período de 244 jogos sem as 3 vitórias é a seca mais longa da história da NBA.
– O Big 3 de Miami tem a média somada de 71 pontos por jogo, é a maior média desde o Warriors do Run TMC (Tim Hardaway, Mitch Richmond e Chris Mullin) de 1995 que tinha 72,5. Dos outros grandes trios da história da liga só um tinha mais pontos que o atual do Heat:
Jordan, Pippen e Grant: 65.3
Kobe, Shaq, Rice: 68.1
Bird, McHale, Parish: 71.7
Magic, Kareem, Worthy: 62.2
– Com uma vitória de 99 a 89 sobre o Bobcats, o Cavs conseguiu sua segunda vitória por pelo menos 10 pontos de vantagem na temporada. Caso não tivesse conseguido seria apenas o segundo time na história da NBA (Raptors, 1998) a não conseguir mais de uma vitória por dígitos duplos em uma temporada completa. Curiosamente a outra vitória larga foi contra o Heat de LeBron James.
– Em quem os números votam para melhor defensor do ano? NBA.com responde.
– Carmelo Anthony fez a cesta da vitória sobre o Pacers a 4 segundos do fim e mantém sua reputação de acertar bolas decisivas. Nessa temporada ele já tem 5 arremessos que empataram ou venceram um jogo nos últimos 10 segundos de partida, maior marca da liga. Atrás dele vem Deron Williams, Monta Ellis e Rudy Gay com 4.
– Ty Lawson acertou 10 arremessos de 3 seguidos contra o Wolves, um recorde da história da NBA. Antes a marca era dividida entre Latrell Sprewell e Ben Gordon, com 9.
– Nessa temporada 17 reservas diferentes já marcaram pelo menos 30 pontos em um jogo. Nos últimos 20 anos só em 2006-07 houve um número maior de substitutos marcando tantos pontos, 18. Ainda há três dias para algum Brian Cardinal da vida empatar essa marca.