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Depois de uma pausa maior do que deveria ocorrer, o Filtro está de volta. Para os novatos, o Filtro é o post onde a gente comenta assuntos menores, que não viraram post, ou em que linkamos coisas interessantes em outros sites e onde postamos as estatísticas mais desimportantes dos últimos tempos. Em resumo, é tudo o que ficou no coador, não passou no filtro para virar um texto grande.
– Para a alegria de 95% de quem acompanha NBA começamos falando mal de LeBron James, os outros 5% que torcem para o Heat vão ter que aguentar. Quer dizer, na verdade não é exatamente falar mal, explico: O site Psychology Today publicou um estudo bem grande em duas partes feito pelo psicólogo Leon Seltzer fazendo um diagnóstico de quem é LeBron James. A óbvia conclusão é que ele é um narcisista, mas o caminho para chegar a esse resultado é bem interessante e vale a leitura. Aqui os links para a Parte 1 e Parte 2.
Digo que não é exatamente falar mal porque é um diagnóstico baseado em alguns preceitos da psicologia, é uma interpretação, não necessariamente um julgamento. E também não é falar mal porque falamos sobre as mesmas coisas aqui outras vezes e nos acusaram de estar defendendo o LeBron. Entre muitas coisas abordadas chama a atenção como o LeBron parece não ter parâmetro, todos o colocam em um pedestal desde sempre e ele não tem contato com quem não o endeusa: Seus amigos na escola o chamavam de King James, sua mãe ia assistir aos seus jogos no colegial e provocava as outras mães na arquibancada dizendo que seu filho era melhor, a mídia babava ovo (foi capa da SportsIllustrated com 17 anos de idade e a chamada “O Escolhido“) e no fim das contas o LeBron não criou nada disso, apenas abraçou a idéia com força. Vale muito a leitura, pra quem gosta e não gosta de psicologia e do LeBron.
– No último Filtro eu tinha postado a então “Foto do Ano” com o LeBron James e o Dwyane Wade. A foto é realmente fantástica, mas demorou pouco para ela ser superada. Dá um ligue nessa tirada logo depois que o Paul Pierce fez o arremesso da vitória contra o Knicks no Madison Square Garden:
Tem tudo. Paul Pierce com cara de fodão, Kevin Garnett zoando com a torcida, Nate Robinson com cara de dor depois de um epic fail na comemoração e o Ray Allen, sempre o mais sóbrio do trio, só curtindo. Pegaram o momento exato e perfeito.
– Eu estava me esforçando para sempre colocar no Filtro a melhor frase da semana, mas essa semana tava foda, foram muitas pérolas. Merece um …
Top 5 – As melhores frases da semana quinzenal dos últimos 20 dias
5. “O cara do bar me perguntou se eu já tinha visto o Danny Granger jogar basquete. Eu respondi ‘Não, mas ouvi dizer que ele é muito bom’ “. – Danny Granger
4. “Isso não é álgebra chinesa. Se você defende e executa direito no ataque, normalmente o time vence” – Tony Allen (O que eu aprendi com Tony Allen? Que realmente existe álgebra chinesa)
3. “Toda vez que você perde um jogo por 30 pontos algo está errado” – O RLY, Paul Silas? Bem-vindo ao Bobcats
2. “Eu nunca ganhei 10 jogos seguidos antes, estou muito feliz!” – Chris Bosh. CB são as iniciais de outro grande vencedor
1. “Eu acho que a filosofia do Popovich é não me dar minutos no quarto período com a gente ganhando ou perdendo. Eu acho que ele pensa que nosso time é melhor comigo fora. Estou tentando provar que ele está errado, quanto mais tempo eu fico fora, mais chato no banco de reservas vou ser, pentelhando até ele me botar de volta em quadra. Esse é meu objetivo.” – Tim Duncan
– Essa é pra você pensando em pular a faculdade no maior estilo Kobe e Garnett para se aventurar na NBA do telemarketing. Talvez uma matéria faça você decidir ir para a escola. Não, não é álgebra chinesa, mas sim “Cultura do Basquete”. A aula é nova e pode ser feita na Universidade de Michigan por qualquer aluno atrás de alguns bons créditos.
O professor Dr.Santiago Colás explica o que pretende no curso: “A partir do basquete podemos pegar idéias de raça, classe, gênero, geografia e também sobre questões de egoísmo, trabalho em equipe, individualismo… a lista é enorme. E podemos colocar tudo isso dentro de histórias reais.”
E sabem qual o livro que ele vai usar? O de história do basquete recém-lançado pelo blog FreeDarko, que é meu atual sonho de consumo. Seria a primeira vez na minha vida acadêmica que eu compraria o livro pedido pelo professor. “Eles tratam de áreas importantes como o jogo de rua versus jogo escolar e o profissional, além de expressão individual versus resultados coletivos além de conflitos étnicos e globalização”. Poderia até ser melhor que o curso de astronomia que eu fiz na faculdade! Ah, a vida acadêmica!
– Mas chega de coisas legais! Sabem os prêmios Bola Presa de fim de temporada? Pois é, o “Jogada Bola Presa do Ano” já tem um provável vencedor, vai ser difícil superar Andray Blatche.
Alguém faz o favor de fazer uma montagem desse vídeo com o Keyboard Cat? Ele merece.
– Eu queria muito ter o talento artístico para ser capaz de fazer coisas lindas como esse infográfico que explica todos os números de camiseta usados na carreira do Ron Artest. Vale uma olhada no site inteiro, uma pena que é feito para beisebol e não para o basquete.
– O site Bullets Forever sobre o Washington Wizards fez uma série de posts espetacular sobre a saída do último grande ídolo do time, Gilbert Arenas. São vários posts e vocês devem ir lá ler todos, Sr. Hibachi merece.
– As 5 melhores cestas de último segundo de Gilbert Arenas
– 5 estatísticas que mostram como o Arenas era subestimado
– Os fatos que fizeram as todos esquecerem as boas memórias sobre Arenas
– Top 10 com pérolas da Gilbertologia
– As melhores pegadinhas feitas por Arenas com os seus companheiros de time
– 10 frases de outras pessoas sobre Gil Zero
Meu arremesso favorito do Arenas? O contra o Jazz que está abaixo. A melhor parte não está nem no arremesso, mas pelo o que ele disse antes do jogo, “Vou fazer 37 pontos e mais o arremesso da vitória”. Ele errou, fez 51 pontos e a cesta da vitória.
– Outro dia perguntaram sobre o novato Landry Fields no nosso formspring, dizendo que não é possível que ele seja tão bom na NBA e não era assim no basquete universitário. Bom, é possível. E uma matéria do DraftExpress explica tudo:
“Ele quase não jogou nos dois primeiros anos de faculdade em Stanford e não chamou muita atenção quando começou a jogar mais no terceiro. Quando começou a produzir de verdade no último ano ele não chamava a atenção por estar no meio de uma conferência fraca nesse ano, a Pac-10. Não estava na lista de nenhum olheiro por aí.
Fields não era considerada um possível futuro jogador da NBA mesmo depois do seu ótimo último ano, como foi comprovado por ele não ter sido um dos 53 jogadores convidados para o Pré-Draft Camp oficial da NBA, o que significa geralmente um adeus da liga para os jogadores americanos.
Fields jogou no Portsmouth Invitational Tournament, mas não chamou a atenção lá também. Nem conseguiu ser um dos 12 escolhidos para a seleção do torneio (nenhum deles está na NBA agora). Ele também não liderou o seu time em pontuação, quem fez isso foi Reggie Holmes, de Michigan State, que hoje joga em Marrocos. “
No nosso formspring também nos ensinaram a chamar ele de Leandro Campos. Vamos adotar a nomenclatura daqui pra frente.
8 ou 80 – O cantinho das estatísticas desnecessárias
As estatísticas são colhidas em todo canto da Internet. Algumas em blogs, outras em sites, algumas na marra por conta própria. Mas a grande parte é coletada nas divulgações do Elias Sports Bureau e Basketball-Reference.com
– Simplesmente lindo esse estudo do ShootHoops sobre o aumento do número de jogadores com aproveitamento superior a 50% de arremesso nos últimos anos. Em 2003-04 só 4 jogadores passaram dessa marca, ano passado foram 26 e nessa temporada podemos acabar com mais de 30!
Em resumo, as razões são as mudanças de regras impostas pela NBA para facilitar a vida dos jogadores em marcar pontos. Hoje é mais fácil infiltrar, mais fácil conseguir faltas (o que deixa os defensores mais cautelosos) e ainda houve uma mudança de cultura, como o nascimento do Phoenix Suns do Mike D’Antoni que conseguiu aliar ataque veloz, time baixo, alto aproveitamento e muitas vitórias. Mesmo equipes que não levam ao extremo como aquele Suns começaram a ver os benefícios de jogar num ritmo mais rápido e ofensivo.
– Ontem o Mavs perdeu para o Raptors sem Nowitzki. E não um Raptors qualquer, mas um que estava fora de casa, sem Bargnani, sem Calderon, sem Reggie Evans e que teve Linas Kleiza expulso e Jerryd Bayless saindo machucado. Surpreendente, né? Sim, mas olhem os números do Mavs com e sem o alemão nessa temporada.
Diferença de pontos por 48 minutos
Com: + 13.3 / Sem: -13.7
Pontos por 48 minutos
Com: 104.7 / Sem: 83.9
Pontos sofridos por 48 minutos
Com: 91.4 / Sem: 97.6
Aproveitamento de arremessos
Com: 49,9% / Sem: 42%
Aproveitamento de bolas de 3 pontos
Com: 38,5% / Sem: 29%
– Aos entusiastas de Lakers x Heat na final: Nunca uma partida disputada no Natal foi repetida na Final da mesma temporada. Lakers e Celtics se enfrentaram nas finais de 07/08 e 09/10 e só se pegaram no Natal de 08/09, a zica é braba.
– No massacre do Spurs sobre o Lakers ontem, o Duncan marcou 2 pontos em 29 minutos. Igualou a pior marca de sua carreira, mas nas outras duas vezes ele tinha jogado menos de 12 minutos. No mesmo jogo Kobe fez apenas 21 pontos. Agora são 6 jogos seguidos contra o Spurs em que Kobe não passa dos 25, é a maior sequência desse tipo contra qualquer time para o Black Mamba.
– Com a derrota de ontem para o Spurs, foi apenas a quinta vez em toda a história da franquia que o Lakers perdeu três jogos seguidos por 15 pontos ou mais.
– O Rockets está com 50% de aproveitamento depois de ter começado a temporada com 4 vitórias e 11 derrotas. É o primeiro time da história a estar mais de cinco jogos abaixo dos 50% depois de 15 jogos e voltar aos 50% nas 15 partidas seguintes.
– Com um jogo de 22 pontos, 13 assistências, 6 rebotes e 5 roubos, o Chris Paul conseguiu seu nono jogo na carreira com pelo menos 20-10-5-5. Desde que CP3 entrou na liga ele é o líder nesse tipo de jogo, seguido em segundo por LeBron James e Allen Iverson, ambos com 3.
– Larry Brown foi mandado embora do Bobcats, é a quarta vez que o técnico é mandado embora no meio de uma temporada. O maior número entre todos os treinadores na história da NBA.
– Ben Wallace jogou a sua partida número 1.000 de temporada regular na última semana. Ele é o 95º jogador da história a alcançar esse número e o único da lista a nunca ter marcado mais de 25 pontos em um jogo de temporada regular (ele já fez 29 em uma partida de playoff). O recorde da carreira do Big Ben é 23, marcado no começo de dezembro e com direito a bola de três pontos, a sua sexta na carreira em 46 tentativas.
– Efeito Kevin Love: Nos últimos nove meses os jogadores que tiveram pelo menos 20 pontos e 20 rebotes em um jogo perderam 17 das 21 partidas em que conseguiram esse feito. Nos 21 jogos anteriores os 20/20 tinham 19 vitórias e 2 derrotas.
– Apesar do Wade ter o grande momento da sua carreira na final de 2006 contra o Mavs, na temporada regular eles são o nêmesis de Wade. Ele já enfrentou o Dallas 11 vezes e perdeu 10, já seu companheiro LeBron James tem um recorde de 6 vitórias e 10 derrotas contra o time de Nowitzki, o pior aproveitamento de Bron contra qualquer oponente.