>Filtro Bola Presa – Um resumo semanal

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Bango ganhou o prêmio de melhor mascote da temporada passada. Foi merecido!

O Filtro Bola Presa é uma coluna semanal que eu criei como teste no fim da temporada passada. Achei divertido de fazer e a maioria dos leitores pareceu gostar, então ela está de volta. Mas como ganhamos leitores novos durante os playoffs e a offfseason, é melhor explicar o que ela é: Nós não postamos sobre tudo o que acontece na NBA aqui, algumas coisas não passam pelo nosso filtro e não viram posts grandes e detalhados. Mas isso não quer dizer que as histórias que não viram post não são interessantes, então resolvemos criar um lugar só para comentar essas coisas menores. São alguns casos engraçados, estatísticas, histórias, notícias.  Alguma dúvida? Não importa, vamos começar.

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– Os últimos meses foram cheios de papo de dinheiro, contratos e mais dinheiro. Acha que acabou? Nada disso! Todos os jogadores que tem a chance estão se matando para conseguir uma extensão de contrato antes que apareçam novas regras no acordo entre NBA e jogadores na temporada que vem. A ameaça de greve e cortes de salário está aí, então é melhor não se arriscar. Nos últimos dias alguns jogadores assinaram suas extensões:

Tony Parker, 50 milhões por 4 anos – O Spurs preferiu pagar um pouco mais do que o francês realmente vale para não correr o risco de perdê-lo como Free Agent na próxima temporada. Eles precisam de Parker para aproveitar os últimos anos de Duncan e Ginobili na NBA. Mais um jogador que o Knicks paquera, paquera e toma bota.

Al Horford, 60 milhões por 5 anos – Sim, é muita grana. Por um lado entendo, agora que eles tem o Joe Johnson por lá durante mais 6 anos precisam garantir gente boa do lado dele, mas eles tem como bancar isso? Um dia depois do anúncio da extensão já estão pipocando boatos de que o Josh Smith pode ser trocado. Entre Josh Smith e Horford é difícil escolher, mas acho que o Hawks fez sua decisão. Jamal Crawford é o próximo a encher o saco da diretoria por um contrato novo.

Mike Conley, 45 milhões por 5 anos – Cof, cof!! Desculpa, vomitei no teclado. Sério?! Como disse o melhor comentário que li sobre o tema, “O Conley salvou as filhas do dono do time de um ônibus em chamas ou algo assim?”. Tá bom que ele teve uma primeira semana de temporada fantástica, mas até um mês atrás eles estavam no mercado atrás de um armador novo. E eles não sabem que são um time dos que mais passam dificuldades financeiras e que precisam segurar, já no ano que vem, os Free Agents Marc Gasol e Zach Randolph? E o OJ Mayo daqui dois anos? E que acabaram de acertar um contrato Eike Batista com o Rudy Gay? Não se paga tanto dinheiro para o seu quinto melhor jogador.

Jared Dudley, 22 milhões por 5 anos – O Dudley é aquele jogador que consegue ser útil e importante mesmo sem ser espetacular em nada, simplesmente faz as coisas certas na hora certa e não inventa. Importante segurar um jogador assim e nem saiu tão caro para os padrões atuais. Bom negócio para o Suns e para o Dudley.

– O Shaq transformou, em pouquíssimo tempo, o time mais marrento da NBA no mais engraçado e divertido.  Isso mesmo que vocês leram, vou falar de Celtics e diversão na mesma frase. Não defesa, trash talk e faltas técnicas, diversão!

Tudo começou quando ele decidiu ir para a Harvard Square, na famosa faculdade de Harvard em Boston, para brincar de estátua. Shaq chegou lá, sentou num banco e passou uma hora parado, só olhando para frente enquanto uma multidão de pessoas tirava fotos em volta dele. O Shaq disse que fez isso por dois motivos, o primeiro era porque sempre havia admirado os famosos guardas ingleses que não demonstram nenhuma reação e queria testar a sua concentração fazendo o mesmo, e segundo porque queria poder dizer para os amigos que foi para Harvard. Morra de inveja do Jeremy Lin, Shaq.
Aqui tem uma matéria com vídeo sobre o Shaq de estátua.

E não foi só isso. Depois da estátua ele prometeu que no Halloween ele iria se vestir de mulher, uma personagem que ele chamou de Shaquita. E eis Shaquita cantando a segunda melhor música da Beyoncé, ‘Sweet Dreams’ (só perde pra ‘Halo’)

O Celtics entrou no clima e fizeram primeiro uma festa no vestiário, que foi gravada pelo Paul Pierce e postada no Twitter. Dá pra ver o vídeo aqui. E depois fizeram uma festa de Halloween que teve algumas fantasias bizarras, como o KG vestido de um troço laranja gigante, o Ray Allen de Michael Jackson, e uma fantasia GENIAL, o Rajon Rondo de Tiger Woods.

Nesse link do excelente Ball Don’t Lie você consegue ver a fantasia do Ray Ray na primeira foto e o Marquis Daniels de padre na última. Irônico, eu sei.

– Só pra não dizer que tudo é festa no mundo verde, na semana passada o Delonte West deu um soco no companheiro de time Von Wafer. Pelo jeito algum repórter disse que um jogador, que ele não deu o nome, disse alguma coisa sobre o Delonte e ele diz ter certeza que foi o Wafer. Em um 3-contra-3 no treino o Delonte desceu o braço no Wafer, que, puto, saiu no meio do jogo. O que não adiantou nada, já que West foi atrás dele para brigar no vestiário. Lembra quando eu disse que achava o Delonte West perfeito para o meu Lakers? Deixa pra lá.

– Outro dia o Miami Herald contou com detalhes como aconteceu a renovação de contrato do Udonis Haslem com o Miami Heat. Pra gente, na época, só foi uma coletiva de imprensa anunciando que ele ficaria, nenhuma surpresa, mas por trás foi uma coisa corrida e meio doida.

A coletiva era pra anunciar que o Haslem não ia mais continuar no time, anunciar seu carinho, apoio e amizade ao Pat Riley e ao Dwyane Wade e então provavelmente aceitar uma proposta bem rica do Mavs ou Nuggets, que tinham 34 milhões de doletas na mesa para Haslem, enquanto o Heat não chegava perto disso depois que acertaram as idas de LeBron e Bosh. Haslem até cogitou continuar no time por um contrato mínimo de um ano, mas com muitos familiares para sustentar e em especial sua mãe, que está seriamente doente e vive no hospital há meses, decidiu ir atrás de mais dinheiro. Segundo ele até dava para aceitar menos dinheiro do que nos outros times, tudo para ficar mais perto da sua mãe, do time que o descobriu e de Wade, um de seus melhores amigos, mas negar 30 milhões de dólares era demais.

Então Haslem mandou uma mensagem de texto dizendo para Wade que “você sempre será meu irmão”, se despedindo. Foi então que o armador do Heat decidiu fazer alguma coisa, ligou para Bosh e LeBron e perguntou algo que muita gente não imagina perguntar para outra pessoa sem tomar um soco na cara, “Vocês topariam cortar cada um 15 milhões do total dos seus salários para podermos manter o Haslem? Eu cortarei 17 do meu”. Segundo o Wade os dois toparam sem questionar e mesmo só conhecendo o Haslem por dar oi e tchau a cada jogo contra o Heat.

Então Wade ligou para o agente de Haslem que interrompeu os preparativos da entrevista para conversar com seu cliente e Pat Riley. Em uma hora tudo mudou e a entrevista para anunciar a despedida de Haslem serviu para anunciar o novo contrato do ala com o Heat. Logo após a entrevista Haslem ligou para Bosh e LeBron para dizer que “vocês não vão se arrepender“, e para Wade para dizer “I love you, Bro“. Bromance total em Miami!

A história é meio piegas, eu sei, mas achei interessante para mostrar como o Miami Heat está lidando com o fato de ser o time mais odiado dos Estados Unidos. Já que todos odeiam eles, se apoiam um nos outros.

– Querem outra história bonita de amor? A população de Cleveland está se unindo para conseguir roupas para moradores de rua. Ou, para ser mais específico, está coletando camisetas do LeBron James e querendo mandar elas para os moradores de rua de Miami.

Um morador de Cleveland chamado Chris Jungjohan criou uma fundação chamada “Break up with LeBron“, algo como “Terminando com o LeBron“, num sentido de relacionamento amoroso mesmo. No site, poucas linhas que explicam o sentimento de boa parte da torcida:

“Querida Cleveland e região nordeste de Ohio, sentimos sua dor.
Entendemos o seu coração partido. E dessa vez foi diferente, foi um dos nossos nos dispensando em rede nacional. Nós merecemos mais do que isso. LeBron, o problema não é com a gente, é com você. Obrigado por ótimos sete anos. Mas acabou e estamos aqui para devolver suas coisas.”


Em semanas o grupo conseguiu pelo menos 400 itens entre camisetas, tênis e outras roupas, e tentou mandar para Miami, mas o governo da cidade recusou o presente/piada. Dá pra entender, os moradores de rua precisam de toda ajuda que as pessoas puderem dar, mas serem usados para uma piada dessas já é demais. Li num lugar que o grupo agora estaria tentando vender as camisetas para então doar para os moradores de rua de Miami, mas não consegui confirmar ser era mesmo verdade.

– Viram as duas enterradas do Eric Gordon contra o Spurs ontem? Espetaculares! Splitter teve estréia discreta, Blake Griffin não estava inspirado, jogo fácil. Só as duas jogadas que valeram muito a pena. São as número 3 e 1 do Top 5 abaixo.

– Nunca apareceu nenhum boato que dissesse que o Marcin Gortat pudesse ir jogar no New York Knicks, mas na minha cabeça ociosa que pensa em NBA mais do que deveria, sempre achei que seria o lugar perfeito para ele jogar. Sairia da sombra do Dwight Howard, seria um bom parceiro para o Amar’e Stoudemire, é ótimo no pick-and-roll que o D’Antoni tanto ama. Como ele chegaria lá eu não sei, mas é um cara que o Knicks deveria correr atrás.

Até ontem. O glorioso Polish Hammer deu uma entrevista dizendo que Nova York “é uma cidade suja, horrivelmente suja”. Tá, depois disso ele desembestou de elogios à Big Apple, mas o estrago estava feito. Agora é notícia em todo lugar e provavelmente ele é odiado por todo mundo que mora em NY. Os nova-iorquinos não só amam sua cidade como são motivos de piada nos EUA por acharem que não precisam viajar para outros lugares do mundo porque tudo acontece em Nova York. Boa, Gortat, sempre bom arruinar suas chances com outras equipes. Próximo passo é imitar o Bola Presa e fazer piada com os mórmons e Salt Lake City!

– Top 10 da primeira semana. O número 9 do Rudy Gay já vale por toda a lista.

8 ou 80
O cantinho das estatísticas desnecessárias

– O Raptors tem oficialmente o garrafão que mais se completa na NBA. O arroz e o feijão, Romário e Bebeto, Lindomar e Romerito, unha e carne, bacon e meu estômago. Depois de uma semana de NBA o Reggie Evans, o cara que não sabe jogar basquete, tem médias de 2,7 pontos e 16,3 rebotes. A Dedé Bargnani tem médias de 23,3 pontos por jogo e 3 rebotes. Se a ciência conseguisse juntar os dois em uma só pessoa seria alguém bem feio e um ótimo pivô negro de sotaque italiano.

– O blog Round Ball Mining Company, que trata só do Denver Nuggets, fez uma excelente análise estatística comparando Carmelo Anthony com Kobe, LeBron, Wade, Durant e Kevin Martin para saber porque o Melo não tem reconhecimento do mundo das estatísticas como um jogador tão eficiente como esses citados. O resultado ficou ótimo, vale uma lida. 

– Com os 40 pontos de ontem sobre o Blazers, o Luol Deng se tornou o quinto jogador de Duke da era Coach K a conseguir pelo menos 40 pontos em um jogo da NBA. Os outros foram Grant Hill, Elton Brand, Carlos Boozer e Gene Banks.

– Com os 30 pontos e 16 rebotes contra o Thunder no domingo, Paul Millsap se tornou o quarto jogador da história do Jazz a conseguir pelo menos 30 pontos e 15 rebotes num jogo. Karl Malone fez isso 69 vezes, Carlos Boozer 11 e Mehmet Okur uma vez.

– Com o triple-double que fez no dia de seu aniversário, Brandon Jennings se juntou a Elgin Baylor como os únicos jogadores da história a conseguirem um jogo de 50 pontos e um triple-double dentro dos seus primeiros 100 jogos de NBA.

– O Cavs desperdiçou uma liderança de 16 pontos no último período para perder para o Kings na última semana. Nas últimas duas temporadas completas o Cavs só havia perdido um jogo onde haviam liderado por mais de 15 pontos no quarto período, foi um jogo contra o Magic no qual o LeBron James não jogou.

– Mas nem tudo são más notícias numéricas para o Cavs. O Basketball-Reference, o site mais fodido em termos de números de basquete, fez previsões otimistas para o time do Varejão. Todos os anos eles fazem uma tonelada de previsões de números individuais para todos os jogadores. Aí eles juntam esses números e simulam num programa de computador toda a temporada. Mas não fazem isso uma vez, fazem 2.500 vezes! São diversas simulações usando essa previsões citadas, outras de plus/minus e outras contas mais complexas como o Win Shares.

O resultado final com a média de todas as simulações foi postado aqui. Pela previsão estatística deles, usando o complexo Win Shares (tem uma explicação sobre o termo aqui) o Heat vence o Leste e depois a final da NBA contra o Lakers. Mas para chegar até lá eles precisam vencer na segunda rodada dos playoffs o quarto melhor time do Leste, o Cavs! Bizarro, essa foi só pra perder a credibilidade. No Oeste o Lakers bate o Blazers na final de conferência.

– A combinação de pelo menos 11 assistências, 7 rebotes e 7 roubos de bola de Mike Conley no último jogo contra o Wolves só foi alcançada uma vez nas últimas duas temporadas, no ano passado pelo então novato Stephen Curry.

– Na surra que o Magic tomou do Heat na última sexta-feira eles conseguiram apenas 5 assistências no total! Nas últimas 30 temporadas de NBA só dois times conseguiram igualar um número tão baixo, o Clippers (claro!) contra o Bulls em 1999 e o Hawks contra o Knicks também em 1999.

– Na estréia de Kings e Wolves na temporada o time de Sacramento venceu por 1 ponto de diferença. Foi só a segunda vez na história da liga que houve uma vitória de apenas um ponto em um jogo onde os dois times faziam seu primeiro jogo na temporada.

– Na estréia de LeBron James como jogador do Heat ele deu 12 arremessos, enquanto seu companheiro Wade deu 20. Foi só o segundo jogo da carreira de LeBron em que um jogador do seu time deu pelo menos 8 arremessos a mais do que ele, o outro jogo foi o segundo da carreira de LeBron em 2003, quando ele arremessou 17 bolas e o Ricky Davis (irgh!) tentou 25.

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