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Para os marinheiros de primeiro Bola Presa: O Filtro é uma coluna semanal que comenta todo o tipo de bobagem, notícia ou história que não passou pelo nosso filtro na hora de virar um post grande e detalhado. É um espaço dedicado ao resto.
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– Foi uma semana matrimonial. Uns casamentos começam, outros acabam, é o ciclo da vida e do amor representada no microcosmo da NBA. O bafão do momento é que o Tony Parker está se separando da atriz-modelo-e-delícia Eva Longoria. Isso é fato. O que ainda é só boato é que pelo jeito o motivo foi que ele estava a traindo com a esposa de um ex-jogador do Spurs, o Brent Barry. O causo já seria de novela mexicana e para encher os sites de fofoca se o Parker fosse casado com uma qualquer, mas ele pega uma celebridade hollywoodiana que todos acham uma das mulheres mais sexys do mundo. É assunto para uns seis meses no mínimo! Daqui um mês já vai ter um E! True Hollywood Story sobre o casal.
Essa super-exposição é o que pode ser importante para quem está interessado em basquete e não em quem o Tony Parker coloca seu pênis francês. Ele vai sentir a pressão? Entrar em depressão? Seus companheiros, alguns amigos de Brent Barry, vão criar um clima estranho no vestiário? No primeiro jogo depois que a notícia vazou no TMZ, a New York Times das celebridades, o Parker foi o cestinha do Spurs com 21 pontos na vitória sobre o Bulls. Jogou bem e pareceu tranquilo.
Agora a história romântica. O Anthony Tolliver, famoso por zoar o LeBron com o seu próprio The Decision, contratou um fotógrafo e um cinegrafista para fazer um ensaio com a sua namorada. Para ela era um trabalho profissional, para uma revista ou algo do tipo, em que iriam tirar fotos primeiro em um parque e depois em um dos ginásios do Wolves. No ginásio eles tirariam fotos juntos usando uniformes do Wolves personalizados. Mas para a surpresa da noiva, nas costas do seu uniforme não estava seu nome, Jessica Svoboda, mas sim “Sra. Tolliver” e foi quanto o jogador se ajoelhou e a pediu em casamento. Awwwwwnn!!! S2 pra eles!
O Tolliver também é famoso pela cravada que tomou do Amar’e Stoudemire no ano passado e vai ficar mais ainda pela que tomou do Blake Griffin na última quarta-feira. O vídeo das duas marretadas abaixo:
– Seguir jogadores no Twitter geralmente é um porre. Ou eles postam suas opiniões sobre futebol americano universitário ou dão status geográficos do tipo “Olá! Acabei de chegar em Atlanta”. Mas às vezes vale a pena, como quando o Derrick Brown do Charlotte Bobcats postou a foto abaixo dizendo que havia pedido dois ovos no hotel. Cinco estrelas, galera.
Frase da semana
– Muita gente pede a volta da frase da semana, então aqui ela está, toda semana no Filtro. A dessa semana vai para o Paul Pierce logo após a segunda vitória do Celtics sobre o Heat, dessa vez em Miami: “Foi um prazer trazer os meus talentos para South Beach, agora para Memphis”.
Para quem não tem cultura popular, foi uma piada com a já clássica frase “Bring my talents to South Beach” que o LeBron James usou quando disse que estava indo para o Miami Heat.
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– E falando em cultura popular, o South Park já está zoando o LeBron James. Lembram do comercial da Nike que ganhou até uma resposta da população de Cleveland? Então assistam a esse episódio do South Park e esperem até mais ou menos o minuto 4:20.
Ok, o episódio não está mais no ar, não sei porque. Mas dá pra ver essa cena (por enquanto) no YouTube e ainda outra piada com o mesmo tema nesse vídeo.
– Às vezes lucro pode ser notícia ruim. A NBA tinha projetado uma queda de 2.5% até 5% nas receitas para a temporada passada, mas acaba de divulgar que na verdade houve um crescimento de 3.5%, alcançando os números mais altos da história. E por que é má notícia? Com esses números altos, como eles vão convencer os jogadores a cortar até em 30% os salários para o próximo ano como o David Stern havia dito antes de começar a temporada? Alguns times estão mesmo mal das pernas, mas será difícil convencer todo mundo que a NBA precisa cortar gastos. O que eles precisam mesmo é de donos que não joguem dinheiro no lixo (ou no bolso do Brian Cardinal).
– Vocês querem saber como NÃO se marca um pick-and-roll? Andray Blatche ensina como se fosse o Zach Randolph dos dias mais preguiçosos. Ele não corre atrás do Rondo, não acompanha o Garnett e só não deita porque não tem uma cama.
– Muito legal o post que o próprio Kevin Love escreveu sobre a sua partida de 31 pontos e 31 rebotes. Ele comenta como um torcedor que passou o primeiro tempo inteiro gritando que ele deveria ser trocado o motivou a jogar tudo aquilo no segundo tempo. Depois conta de como acabou encontrando o mesmo torcedor após o jogo e que recebeu 114 mensagens de texto no celular além de telefonemas e e-mails de gente que ele não via há anos para parabenizá-lo pelo feito.
– No final ele comenta do vídeo que ficou famoso na internet entre ele o Wesley Johnson. O vídeo é esse, o cumprimento mais embaraçoso da NBA. Mas melhor ainda é o que o próprio site do Wolves fez depois tirando sarro da situação.
– No TrueHoop tem o melhor texto sobre a contusão do Greg Oden, que o tira de toda a temporada pela terceira vez em 4 anos. É uma recapitulação de todas as vezes que ele se machucou e uma constatação assustadora: Sempre são coisas diferentes. Não é como o Grant Hill que sempre machucava o mesmo tornozelo ou o T-Mac e seus intermináveis problemas nas costas, cada vez aparece algo diferente para estragar o Oden. Daqui a pouco o coitado machuca a orelha.
– Até o New York Times se rendeu e agora eles tem, no blog de basquete do seu site, a colaboração de um cara que analisa a NBA apenas através de números e estatísticas. É escrita por Justin Kubatko, o criador da meca das estatísticas de basquete, o Basketball-Reference. Vale a pena uma lida, lá eles explicam alguns dos termos que só quem está no mundo do NerdBall está acostumado, como os SRS, Win Shares e Total Rebound Percentage. A importância e evolução da análise estatística no basquete é até um tema para um post maior, passou no filtro, mas decidi postar pelo link.
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8 ou 80
O cantinho das estatísticas desnecessárias
– Com os 35 pontos no jogo contra o Suns, o Chris Bosh se tornou o terceiro jogador diferente do Heat a passar dos 30 pontos na temporada. Quem não sabe quem foram os outros dois está no blog errado. O Heat é o primeiro time desde 1997 a ter 3 jogadores diferentes marcando 30 pontos nos primeiros 11 jogos da temporada. O último time foi o Lakers, com Eddie Jones, Nick Van Exel e Shaquille O’Neal.
– Depois de passar três jogos sem alcançar pelo menos 10 pontos pela primeira vez na carreira, Tim Duncan voltou ao normal. Contra o Bulls fez 16 pontos e 18 rebotes. Foi a 202ª vez que ele conseguiu pelo menos 15 pontos e 15 rebotes na carreira, somente Shaq (235) e Garnett (204) tem mais entre os jogadores em atividade.
– Na última segunda-feira o Clippers entrou em quadra com Eric Bledsoe, Eric Gordon, Al-Farouq Aminu, Blake Griffin e DeAndre Jordan. A escalação com três novatos é a mais jovem da história da NBA, com média de 21 anos e 143 dias. A antiga marca era do Hawks em 2004 com Joe Johnson, Josh Childress, Marvin Williams, Josh Smith e Zaza Pachulia.
– Para calar os críticos (só por um dia): Darko Milicic conseguiu 13 pontos, 12 rebotes, 5 assistências e 4 tocos na última segunda-feira. Tais mínimos só foram alcançados uma vez nessa temporada, pelo Gerald Wallace, e na temporada passada apenas Tim Duncan, Pau Gasol e LeBron James tiveram jogos com esses números.
– Na partida contra o Nuggets na última semana o Knicks venceu a batalha estatística em arremessos convertidos, bolas de três feitas, rebotes, assistências, tocos e ainda tiveram menos turnovers. E mesmo assim perderam o jogo por dois pontos! O motivo foram os 8 lances livres a mais que o Nuggets acertou.
Nas últimas 266 vezes que um time venceu todas essas categorias, saiu com a vitória, o Knicks foi o primeiro desde o Cavs em 2006 a conseguir perder nessa situação.
– Esse jogo em Denver foi também a quarta vez seguida que o Knicks vence o adversário se contados apenas os minutos em que Amar’e Stoudemire NÃO está em quadra. Ele saiu com -11 contra o Nuggets.
– O jogo de 31 pontos e 31 rebotes do Kevin Love foi o primeiro de pelo menos 30-30 desde Moses Malone (um assustador 38-32) em 1982. E o primeiro de pelo menos 30 pontos, 30 rebotes e 5 assistências desde 1979.