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Fim de festa é uma droga. Todo mundo cansado, quebrado e com aquela depressão ao lembrar de que a vida vai voltar a ser aquela coisa igual e entediante de sempre. Mas como esse blog vive de NBA, voltar para a vida rotineira é voltar a assistir uns trocentos jogos de basquete todo dia e voltar aqui pra fazer piada, falar bobagem e conversar de basquete. Eita vida boa, falta só ganhar dinheiro!
Fazendo um resumo geral do fim de semana das estrelas, foi bem divertido. A sexta-feira teve o sensacional Air Up There fazendo o que faz de melhor na vida, além do espetacular campeonato de enterradas da D-League e o sempre divertido jogo dos novatos, com o DeJuan Blair mostrando que vontade, raça e braços maiores do que rodovias podem superar qualquer garrafão do mundo. Além disso teve a grata surpresa do Eric Gordon fazendo duas enterradas fenomenais e sendo roubado na votação, alguém esperava que ele fosse capaz de fazer aquilo? Nem a mãe dele.
O sábado vai ficar marcado para a história como o pior campeonato de enterradas de todos os tempos. E sejamos sinceros, é o campeonato de enterradas que define o sucesso do sábado, o resto é sempre divertido-mas-nem-tanto. É como o sábado de carnaval mesmo, tudo o que acontece antes até é divertido se você tiver afim, mas o que define o sucesso da noite está em se você consegue ou não levar a garota bêbada pra casa, a NBA tentou pegar uma baranga e ainda tomou toco.
Para mim também ficará marcado como o dia em que descobri que o Rajon Rondo sabe arremessar! Empatado com o Kevin Durant na disputa do HORSE e com o tempo de transmissão da TNT americana acabando (Charles Barkley mandava eles continuarem a acertar para a TNT se virar!), eles foram para uma disputa de bolas de 3 pontos, quem errasse ganhava uma letra e assim até acabar. O Durant acertou quase tudo, claro, porque ele é um demente, e quando a gente achava que o Rondo tava perdido, ele continuou acertando bolas de 3 como se fossem bandejas!
Curioso que nos últimos jogos do Celtics antes da parada ele já estava acertando alguns arremessos a mais que o normal, da onde veio isso? A única explicação plausível e realista é que ele ganhou pontos de experiência por ter se tornado um All-Star e gastou todos os pontos na sua barra de arremesso de longa distância. Ou é isso ou eu tenho jogado muito videogame nos últimos tempos.
O domingo, no entanto, foi a melhor parte. Um jogo só com jogadores bons, todos os que não chamam Gerald Wallace com vontade de jogar e, pra completar, a coisa que deixa o All-Star Game mais divertido: um placar apertado. Durante 3 quartos é festa e show (ontem o nível do show até que estava bom), com várias jogadas bonitas e todo mundo jogando em velocidade, aí no quarto período são 10 jogadores fora de série em quadra jogando um basquete pra valer, com defesa e competitividade, perfeito!
O lado negativo, o único talvez, foi como o jogo foi decidido. Lances livres do Wade, seguidos de lances livres do Nowitzki, seguidos de lances livres do Bosh e depois um arremesso patético do Carmelo Anthony que por pouco não foi uma air ball. E pior, a falta no Wade, com o jogo empatado, foi de propósito! O Deron Williams achou que o Oeste ainda tinha uma falta pra gastar e abraçou o cara, se fosse nos playoffs ele ia ter fama de Chris Webber pro resto da vida.
O Wade foi o MVP com folga. Apesar de boas partidas do LeBron e do Dwight Howard, o armador do Heat estava tão feliz de finalmente jogar ao lado de jogadores que sabem o que estão fazendo dentro de quadra que fez a festa e foi o líder do time em pontos, assistências e roubos, não tinha como dar o troféu pra outro jogador.
Como anunciado na semana passada, eu e o Danilo fomos assistir ao All-Star Game no bar O’Malley’s. Foi uma experiência divertida mas longe de ser perfeita. Primeiro porque o link do mapa do Google Maps estava errado e levou o Danilo para um pouco longe do lugar, mas ele se achou (e cansou, suou e correu). Lá, o gerente com que tinhamos acertado tudo tinha ido embora sem avisar o cara que ficou no seu lugar, fazendo com que arranjássemos apenas um lugar bem mais ou menos para ver o jogo, próximo da barulhenta banda que tocava por lá. Acabamos apertados e surdos perto de uma TV velha, enquanto as TVs gigantes de plasma do andar de baixo transmitiam patinação no gelo.
Por sorte algum tempo depois uma das TVs grandes localizadas em um lugar mais silencioso começou a passar NBA e fomos para lá assistir a partida. Estavam lá eu, Danilo, minha digníssima (ela estava com medo que a Alinne Moraes passasse lá pra me agarrar) e mais 5 fiéis leitores do blog para acompanhar, finalmente com calma, a partida. É pouco para o número de leitores do Bola Presa, mas considerando que foi num domingo de carnaval às 23h e levando em conta o mapa errado e o medo que eu estava de que não aparecesse ninguém, estava ótimo! E bastaram essas poucas pessoas para conseguirmos reunir torcedores de Lakers, Rockets, Kings, Magic e Bobcats no mesmo lugar, além de um cara que gosta da Shakira mais do que de basquete, uma façanha! Detalhe que o torcedor do Magic, até a temporada passada, torcia para o Nets, quer timing melhor para mudar de time?
Ficamos lá até as 3h da matina, assistimos a um jogão, sorteamos as camisetas, batemos umas fotos e fizemos novos coleguinhas. Um saldo bem positivo para os últimos momentos do All-Star Weekend. Tentaremos repetir um encontro em um horário melhor, um lugar melhor e longe de um grande feriado nacional, talvez para assistir a um jogo 7 dos playoffs. Mas isso fica pra depois, agora é hora de se concentrar em basquete competitivo de novo, amanhã já tem post sobre a troca que pode colocar o Dallas no topo do Oeste. Ou não.
Promoção do All-Star Game
Recebemos quase 250 e-mails com palpites do All-Star Game, uma loucura que só seremos capazes de terminar de apurar na quarta-feira de cinzas, tipo carnaval do Rio mesmo. Então aguardem, aproveitem seus últimos dias de folia (ou de passar o dia no Tumblr) que na quarta vocês saberão quem é o sortudo que levará para casa uma camiseta do LeBron James.
