>Foi bom enquanto durou

>

“Salve os canguruuuuus e os coalas tambéeeeem

… mas acabaram as Paraolimpíadas de Pequim. Quer dizer, ainda tem maratona, futebol de cego e outras coisas, mas nenhuma envolve uma bola laranja, então para o Bola Presa as Paraolimpíadas acabaram.

Depois de derrotar os EUA em uma semi-final histórica, o Canadá foi para a final contra a Austrália como favorito. A seu favor, uma campanha inédita, o melhor jogador do mundo e uma vitória estimulante nas semi-finais. Além disso, o time dos alces e dos guardas florestais estava com a liderança do jogo até a metade do terceiro período, mas então tudo desmoronou.
Se a semi-final tinha sido uma tardia revanche sobre os EUA, na mesma situação da semi-final do Mundial de 2002, dessa vez foi o Canadá que sofreu com a revanche, já que em Atenas o Canadá tinha sido campeão paraolímpico justamente sobre a Austrália. E dessa vez não tem depoimento do Patrick Anderson no seu blog para contar sobre o jogo, ele ainda deve estar com a cabeça bem quente.
O craque do Canadá foi o reboteiro do jogo, com 12, e também o cestinha, com 22 pontos, mas perdeu 6 dos 12 lances livres que cobrou e não conseguiu segurar o ímpeto ofensivo da Austrália no segundo tempo. O placar da segunda etapa foi de 44 a 28 para a Austrália, uma atuação impecável! Pode-se dizer que no geral o Canadá é um time mais forte, um time que venceria a Austrália em uma melhor de 7 jogos, por exemplo, mas não dá pra dizer que o time não merecia o ouro, jogar o seu melhor basquete da competição justamente contra o melhor time e no jogo mais decisivo é coisa de herói olímpico que merece estátua em praça pública na Austrália, do lado da estátua do Patrick Rafter e do Steve Irwin, o caçador de crocodilos.
Na disputa do bronze, mostrando que aquela semi-final histórica deixou o braço de todo mundo bem cansado, os EUA perderam para a Grã-Bretanha e ficaram sem medalha.
O nosso amado Brasil também terminou sua participação hoje, com uma vitória bem tranquila sobre a África do Sul. Confesso que até dormi assistindo o segundo tempo do jogo de tão tranquilo que o jogo estava. No primeiro tempo, o Brasil dominou completamente o garrafão e pegava rebotes ofensivos com a mesma facilidade que o Dado Dolabella pega celebridades B. O José Marcos Silva, o popular Pipoca, e novamente o Leandro Mirando, hoje sem trocadilhos, dominaram a partida para o Brasil e no fim do jogo até entrou o nosso banco de reservas pra ficar brincando de basquete um pouco, pra fazer o tempo passar.
No fim das contas foi um ótimo campeonato. O Brasil manteve sua posição em relação ao Mundial mas teve atuações melhores, incluindo o histórico jogo contra a Austrália, quando quase vencemos a equipe que veio a ser medalha de ouro. Além do Brasil, o torneio teve bons jogos, principalmente a semi-final entre Canadá e EUA, além de um fato curioso para você contar para os netos quando ficarem sem assunto na mesa de jantar, o jogo entre EUA e Irã.
O jogo na verdade não aconteceu. Seria válido pelas quartas-de-final, já que os EUA foram 2° colocados do grupo do Brasil e o Irã conseguiu um excelente 3° lugar no grupo do Canadá. Porém, os iranianos resolveram abandonar os jogos com a desculpa de que tinham sido avisados muito em cima da hora de uma mudança de horário do jogo. O horário realmente foi modificado devido a transmissões da TV (iria passar ao vivo no Irã, inclusive) mas tudo foi avisado com 24 horas de antecedência, como todos os times sabiam que poderia ocorrer durante a competição.
O que estão dizendo é que na verdade os iranianos desistiram porque se perdessem para os americanos eles iriam cruzar com Israel, confronto que o Irã não queria de jeito nenhum devido aos confrontos políticos dos dois países, o Irã nem reconhece Israel como um país legítimo. Nas olimpíadas desse ano um nadador iraniano se recusou a nadar os 100m peito porque tinha um israelense na mesma prova! Ele alegou que estava doente, mas convenceu tanto quanto o Ginóbili cavando falta. Em Atenas já tinha acontecido algo parecido, naquela ocasião foi pior porque o iraniano que abandonou os jogos foi um judoca que era favoritíssimo ao título, mas pelo menos ele teve as bolas de dizer que foi por motivos políticos.
O que levamos das Paraolimpíadas, crianças?
Aprendemos sobre o esporte, conhecemos o assistente técnico da Seleção, o Sileno, que foi muito legal e essencial para toda nossa cobertura, conhecemos o lendário Doinha, descobrimos quem é o Patrick Anderson, acompanhamos um jogo histórico e por fim até conflito político teve. Faltou só ganhar dinheiro por ter feito isso.
Agradecemos aos que acompanharam os Jogos Paraolímpicos por aqui, e agradecemos a paciência daqueles que só gostam de NBA e não estão nem aí para qualquer outra competição. A partir de amanhã, voltamos com o que o Bola Presa sabe, a NBA, com suas enterradas, correntes de ouro, caras malas, cheerleaders, Eddy Curry e até um time chamado Thunder (irgh!).

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.