>Foi por pouco

>

-E aí, vamos ganhar agora?
-Pode ser…

Mas foi o mesmo resultado. O Orlando jogou muito melhor do que no primeiro jogo da série contra o Pistons, mas não foi o bastante. No primeiro quarto, o time de Detroit achou que era o Suns (o dos bons tempos, claro) e não errava um arremesso sequer, era Prince, Billups, Sheed e Hamilton levando o Orlando pra escola e roubando o lanche deles.

Mas o Orlando não se intimidou e aos poucos foi fazendo seu jogo, pouco tempo depois a partida já estava pau a pau de novo. Muito porque dessa vez a forte e boa marcação do Pistons sobre o Dwight Howard não deu tanto resultado, mesmo sendo boa de verdade, e o pivô acabou o jogo com impressionantes 22 pontos e 18 rebotes, 6 deles ofensivos. Um monstro.

A defesa sobre o Dwight consiste em revezar quatro jogadores com características diferentes em cima do Superman de Orlando. Começa com Rasheed Wallace, que além de não calar a boca por um segundo, é ótimo marcador e talvez seja o que melhor segure Howard nos rebotes ofensivos, depois é a vez de Maxiell que é bem mais baixo mas é forte como um touro bravo e que até disse um dia desses que Dwight Howard nem é tão forte assim, que tipo de ser humano diz que o Dwight não é forte? Nem o DeShawn Stevenson diria isso! Bom, depois do doido do Maxiell é a vez do McDyess, que com sua finesse e máscara pra proteger o nariz quebrado gasta algumas de suas faltas pra levar o grandão pra linha do lance livre, e por final é a vez de Theo Ratliff que, segundo o técnico Flip Saunders, é o melhor marcador homem-a-homem que o Pistons tem para enfrentar Dwight. Com essa blitz de bad boys em cima de um jogador, estava nas mãos de Turkoglu, Rashard Lewis e Jameer Nelson garantir a vitória fora de casa para o Magic.

No terceiro quarto pareceu que a vitória viria mesmo. Foram sete tentativas de bolas de 3 pontos do Orlando e as 7 bolas cairam. E no Orlando é tudo Maria vai com as outras, se um começa a acertar bola de longe, um minuto depois tá lá o Bogans, Evans e cia. acertando também, se as estrelas não acertam eles não metem as deles também.

Depois do terceiro período, o Magic só não saiu com a liderança por causa de uma jogada bem polêmica.

Faltando 5.1 segundos para o fim do quarto, o Detroit colocou a bola em jogo e a jogada acabou com uma bola de 3 do Billups que virou o jogo. Porém, no meio da jogada, o relógio travou em 4.8 segundos, então não dava pra saber se a bola tinha saído das mãos do Billups antes ou depois de passados 5.1 segundos. Os juízes estavam em um dilema porque a regra diz que eles só podem olhar o replay em jogadas em que o cronômetro é zerado, então tiveram que ir no chutômetro. Chutaram que a bola valeu e deram mais 0.3 segundos pro Magic tentar mais alguma coisa. Porém, com o auxílio do replay, a TV mostrou que o Billups demorou 5.22 segundos pra soltar a bola, ou seja, o tempo já teria se esgotado.

No final do quarto período, com o jogo empatado, esses três pontos fizeram muita diferença. Mas não dá pra dizer que foi por isso que o Pistons ganhou. Com o jogo pra ser decidido, vimos aquela velha história se repetir de novo: o Pistons estava com cara de que tinha o controle do jogo e o Orlando estava com o rabo na mão.

O Billups meteu umas bolas de três, o Hamilton chutou uns traseiros (depois de sair de 18 bloqueios feitos por suas dezenas de companheiros de time e alguns torcedores) e o Orlando respondeu com o Rashard Lewis tocando uma bola pra torcida e o Turkoglu não segurando um rebote ofensivo. Jogo pro Pistons.

Na jogada em que o Turkoglu não segurou o rebote, quem fez o arremesso foi o Rashard, ou melhor, arremesso não, bandeja. Acho que foi uma decisão bem equivocada, ele não leva o menor jeito pra infiltrar, estava bem marcado e antes disso teve espaço pra chutar de 3. E o que arremessadores devem fazer quando tem a chance de arremessar? Até sua vó sabe.

Se você é o LeBron, o Iverson, o Kobe, o Wade, você bate pra dentro e se vira. Se você é o Peja, o Ray Allen ou o Rashard Lewis, você nem pensa duas vezes, te deram chance pra chutar você vai lá, chuta e faz eles pagarem o preço.

Desabafos à parte, acho que o Orlando tinha uma chance de vencer a série apenas se roubasse um jogo em Detroit logo no começo. Não boto muita fé que o Magic irá conseguir vencer os dois jogos em casa, o Detroit gosta de jogar com a vantagem, sabe usar isso a seu favor e acho que o Magic irá sentir a pressão e perder um dos jogos em casa. Mas sei lá, como diz a música da Vanessa Rangel, é só um palpite.

Kobe MVP!


Oficialmente Kobe Bryant foi eleito o MVP da temporada, o prêmio mais subjetivo, confuso e que gera confusões na NBA.

Aqui tem um link com vários dados sobre a história dos MVPs, como os 5 melhores a nunca ter ganhado o prêmio e em que posições jogava cada um dos MVPs. Sabia que 26 MVPs eram pivôs e apenas 8 eram armadores principais? E que Kobe foi apenas o segundo Shooting Guard a ser eleito, o único além de Michael Jordan?

Como homenagem ao grande Kobe, amanhã teremos uma matéria traduzida escrita pelo próprio Kobe. Aguardem!

Como funcionam as assinaturas do Bola Presa?

Como são os planos?

São dois tipos de planos MENSAIS para você assinar o Bola Presa:

R$ 14

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

R$ 20

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo: Textos, Filtro Bola Presa, Podcast BTPH, Podcast Especial, Podcast Clube do Livro, FilmRoom e Prancheta.

Acesso ao nosso conteúdo exclusivo + Grupo no Facebook + Pelada mensal em SP + Sorteios e Bolões.

Como funciona o pagamento?

As assinaturas são feitas no Sparkle, da Hotmart, e todo o conteúdo fica disponível imediatamente lá mesmo na plataforma.